Urântia

OS DOCUMENTOS DE URÂNTIA

- A REVELAÇÃO DO TERCEIRO MILÊNIO -

INDICE

Documento 46

A Sede-Central do Sistema Local

46:0.1 (519.1) Jerusém, a sede-central de Satânia, é uma capital mediana de um sistema local e, à parte as inúmeras irregularidades ocasionadas pela rebelião de Lúcifer e a consagração de Micael em Urântia, ela é típica de esferas semelhantes. O sistema local de vocês passou por algumas experiências turbulentas, mas no momento está sendo administrado com a maior eficiência e, com o passar das eras, os resultados da desarmonia estão sendo erradicados lenta mas seguramente. A ordem e a boa vontade estão sendo restauradas, e as condições em Jerusém estão cada vez mais se aproximando do status celestial de suas tradições, pois a sede-central do sistema é verdadeiramente o céu visualizado pela maioria dos crentes religiosos do século 20.

 

1. Aspectos Físicos de Jerusém

 

46:1.1 (519.2) Jerusém está dividida em mil setores latitudinais e dez mil zonas longitudinais. A esfera tem sete capitais principais e setenta centros administrativos menores. As sete capitais seccionais estão envolvidas em diversas atividades, e o Soberano do Sistema está presente em cada uma delas pelo menos uma vez por ano.

46:1.2 (519.3) O quilômetro-padrão de Jerusém equivale a cerca de onze quilômetros de Urântia. O peso-padrão, o “gradante”, é estabelecido por intermédio do sistema decimal a partir do ultimaton maduro e representa quase exatamente 283 gramas do peso de vocês. O dia de Satânia iguala três dias do tempo de Urântia, menos uma hora, quatro minutos e quinze segundos, sendo esse o tempo da rotação axial de Jerusém. O ano do sistema consiste em cem dias de Jerusém. O tempo do sistema é transmitido pelos cronoldeques mestres.

46:1.3 (519.4) A energia de Jerusém é esplendidamente controlada e circula pela esfera nos canais das zonas, os quais são diretamente alimentados pelas cargas de energia do espaço e habilmente administrados pelos Controladores Físicos Mestres. A resistência natural à passagem destas energias pelos canais físicos de condução gera o calor necessário para a produção da temperatura equalizada de Jerusém. A temperatura à plena luz é mantida em torno de 21 graus Celsius, enquanto durante o período de diminuição da luz cai um pouco abaixo dos 10 graus.

46:1.4 (519.5) O sistema de iluminação de Jerusém não deve ser de tão difícil compreensão para vocês. Não há dias e noites, nem estações de calor e frio. Os transformadores de potência mantêm cem mil centros a partir dos quais energias rarefeitas são projetadas para cima através da atmosfera planetária, passando por certas alterações, até atingirem o teto de ar elétrico da esfera; e então estas energias são refletidas de volta para baixo como uma luz suave, penetrante e uniforme, mais ou menos da intensidade da luz do sol de Urântia quando o sol está brilhando no céu às dez horas da manhã.

46:1.5 (520.1) Sob tais condições de iluminação, os raios de luz não parecem vir de um só lugar; eles apenas são filtrados do céu, emanando igualmente de todas as direções do espaço. Esta luz é muito semelhante à luz solar natural, exceto que contém muito menos calor. Assim se reconhecerá que tais mundos-sede não são luminosos no espaço; se Jerusém estivesse muito perto de Urântia, não seria visível.

46:1.6 (520.2) Os gases que refletem esta energia-luz desde a ionosfera superior de Jerusém de volta ao solo são muito semelhantes aos dos cinturões aéreos superiores de Urântia, que estão relacionados com os fenômenos aurorais das suas chamadas luzes setentrionais, embora estas sejam produzidas por causas diferentes. Em Urântia é este mesmo escudo de gás que impede o escape das ondas de transmissão terrestre, refletindo-as em direção à terra quando atingem este cinturão de gás em sua trajetória direta para fora. Desta forma as transmissões são mantidas perto da superfície enquanto viajam pelo ar ao redor de seu mundo.

46:1.7 (520.3) Esta iluminação da esfera é mantida uniformemente durante setenta e cinco por cento do dia de Jerusém, e então há uma diminuição gradual até que, no momento de iluminação mínima, a luz seja aproximadamente a da sua lua cheia numa noite clara. Esta é a hora de silêncio para toda a Jerusém. Apenas as estações receptoras-transmissoras estão em operação durante este período de repouso e recuperação.

46:1.8 (520.4) Jerusém recebe luz pálida de vários sóis próximos – uma espécie de luz brilhante das estrelas – mas não depende deles; mundos como Jerusém não estão sujeitos às vicissitudes dos distúrbios do sol, nem são confrontados com o problema de um sol esfriando ou morrendo.

46:1.9 (520.5) Os sete mundos de estudo transicionais e seus quarenta e nove satélites são aquecidos, iluminados, energizados e irrigados pela técnica de Jerusém.

 

2. Características Físicas de Jerusém

 

46:2.1 (520.6) Em Jerusém vocês sentirão falta das cadeias escarpadas de montanhas de Urântia e outros mundos evoluídos, pois não há terremotos nem chuvas, mas vocês apreciarão as formosas terras altas e outras variações singulares de topografia e paisagem. Enormes áreas de Jerusém são preservadas num “estado natural”, e a grandiosidade de tais setores está muito além dos poderes da imaginação humana.

46:2.2 (520.7) Há milhares e milhares de pequenos lagos, mas não há rios caudalosos nem oceanos extensos. Não há chuva, nem tempestades nem nevascas em nenhum dos mundos arquitetônicos, mas há a precipitação diária da condensação da umidade durante o período de menor temperatura que acompanha a diminuição da luz. (O ponto de orvalho é mais alto num mundo de três gases do que num planeta de dois gases como Urântia.) Tanto a vida vegetal física quanto o mundo da morôncia dos seres vivos requerem umidade, mas esta é amplamente suprida pelo sistema de circulação no subsolo que se estende por toda a esfera, mesmo até os cumes das terras altas. Este sistema de irrigação não é totalmente subterrâneo, pois há muitos canais interligando os lagos cintilantes de Jerusém.

46:2.3 (520.8) A atmosfera de Jerusém é uma mistura de três gases. Este ar é muito semelhante ao de Urântia com a adição de um gás adaptado à respiração da ordem de vida da morôncia. Este terceiro gás de modo algum inabilita o ar para a respiração de animais ou plantas das ordens materiais.

46:2.4 (521.1) O sistema de transporte é conectado às correntes circulatórias do movimento da energia, estando estas principais correntes de energia localizadas em intervalos de dezesseis quilômetros. Por ajuste de mecanismos físicos, os seres materiais do planeta podem se deslocar numa velocidade que varia de trezentos a oitocentos quilômetros por hora. Os pássaros de transporte voam a cerca de cento e sessenta quilômetros por hora. Os mecanismos aéreos dos Filhos Materiais viajam a cerca de oitocentos quilômetros por hora. Os seres materiais e moronciais iniciais têm que utilizar estes meios de transporte mecânicos, mas as personalidades de espírito deslocam-se por ligação com as forças superiores e as fontes de energia do espírito.

46:2.5 (521.2) Jerusém e seus mundos associados são dotados das dez divisões-padrão da vida física características das esferas arquitetônicas de Nébadon. E como não há evolução orgânica em Jerusém, não há formas de vida conflitantes, nem luta pela existência, nenhuma sobrevivência do mais apto. Em vez disso há uma adaptação criativa que prenuncia a beleza, a harmonia e a perfeição dos mundos eternos do universo central e divino. E em toda esta perfeição criativa há o mais surpreendente entrelaçamento das vidas física e da morôncia, artisticamente contrastada pelos artesãos celestiais e seus companheiros.

46:2.6 (521.3) Jerusém é de fato um antegozo da glória e grandiosidade paradisíacas. Mas vocês jamais podem esperar obter uma ideia adequada destes gloriosos mundos arquitetônicos por qualquer tentativa de descrição. Há tão pouco que pode ser comparado com qualquer coisa em seu mundo, e ainda assim as coisas de Jerusém transcendem tanto as coisas de Urântia que a comparação é quase grotesca. Até que vocês realmente cheguem a Jerusém, dificilmente conseguem entreter algo como um conceito verdadeiro dos mundos celestiais, mas esse não é um tempo tão distante no futuro quando sua próxima experiência na capital do sistema for comparada com sua chegada em algum momento nas esferas mais remotas de treinamento do universo, do superuniverso e de Havona.

46:2.7 (521.4) O setor fabril ou laboratorial de Jerusém é um domínio extenso, um que os urantianos dificilmente reconheceriam pois não tem chaminés fumegantes; não obstante, há uma intrincada economia material associada a estes mundos especiais, e há uma perfeição da técnica mecânica e realização física que espantaria e até abismaria seus químicos e inventores mais experientes. Façam uma pausa para considerar que este primeiro mundo de confinamento na jornada ao Paraíso é muito mais material do que espiritual. Ao longo de sua estada em Jerusém e seus mundos de transição, vocês estão muito mais próximos de sua vida terrena de coisas materiais do que de sua vida posterior de existência do espírito em avanço.

46:2.8 (521.5) O monte Seraf é a elevação mais alta em Jerusém, quase quatro mil e quinhentos metros, e é o ponto de partida de todas as serafinas de transporte. Numerosos desenvolvimentos mecânicos são usados para fornecer energia inicial para escapar da gravidade planetária e superar a resistência do ar. Um transporte seráfico parte a cada três segundos do tempo de Urântia durante o período iluminado e, às vezes, bem avançado pela fase de diminuição da iluminação. As transportadoras decolam por padrão a cerca de quarenta quilômetros por segundo do tempo de Urântia e não atingem a velocidade-padrão até que estejam a mais de três mil e duzentos quilômetros de Jerusém.

46:2.9 (521.6) Os transportes chegam ao campo de cristal, o chamado mar de vidro. Ao redor desta área estão as estações de recepção para as várias ordens de seres que atravessam o espaço por meio do transporte seráfico. Perto da estação de recepção polar de cristal para visitantes estudantis, vocês podem subir ao observatório perolado e ver o imenso mapa em relevo do planeta-sede inteiro.

 

3. As Transmissões de Jerusém

 

46:3.1 (522.1) As transmissões do superuniverso e do Paraíso-Havona são recebidas em Jerusém em ligação com Salvaciópolis e por uma técnica que envolve o cristal polar, o mar de vidro. Além das provisões para a recepção destas comunicações desde fora de Nébadon, há três grupos distintos de estações receptoras. Estes grupos de estações separados mas tricirculares estão ajustados à recepção de transmissões dos mundos locais, das sede-centrais das constelações e da capital do universo local. Todas estas transmissões são exibidas automaticamente de forma a serem discerníveis por todos os tipos de seres presentes no anfiteatro central de transmissão; de todas as preocupações para um mortal ascendente em Jerusém, nenhuma é mais envolvente e cativante do que ouvir o fluxo interminável de informações do espaço no universo.

46:3.2 (522.2) Esta estação de transmissão-recepção de Jerusém é circundada por um enorme anfiteatro, construído com materiais cintilantes maioritariamente desconhecidos em Urântia e com capacidade para mais de cinco bilhões de seres – materiais e da morôncia – além de acomodar inúmeras personalidades de espírito. É a diversão favorita de todo o Jerusém passarem seu lazer na estação de transmissão, para aí aprenderem sobre o bem-estar e o estado do universo. E esta é a única atividade planetária que não é desacelerada durante a diminuição de luz.

46:3.3 (522.3) Neste anfiteatro de recepção-transmissão as mensagens de Salvaciópolis chegam continuamente. Perto, a palavra de Edêntia dos Altíssimos Pais da Constelação é recebida pelo menos uma vez por dia. Periodicamente as transmissões regulares e especiais de Uversa são retransmitidas através de Salvaciópolis, e quando as mensagens do Paraíso estão sendo recebidas, a população inteira é congregada em redor do mar de vidro, e os amigos de Uversa adicionam os fenômenos de refletividade à técnica da transmissão do Paraíso de modo que tudo o que é ouvido se torna visível. E é desta maneira que antegozos contínuos de beleza e grandiosidade crescentes são proporcionados aos sobreviventes mortais enquanto viajam para dentro na aventura eterna.

46:3.4 (522.4) A estação de emissora de Jerusém está localizada no polo oposto da esfera. Todas as transmissões para os mundos individuais são retransmitidas das capitais do sistema, exceto as mensagens de Micael, as quais às vezes vão diretas aos seus destinos pelo circuito dos arcanjos.

 

4. Áreas Residenciais e Administrativas

 

46:4.1 (522.5) Porções consideráveis de Jerusém são designadas como áreas residenciais, enquanto outras porções da capital do sistema são entregues às funções administrativas necessárias que envolvem a supervisão dos assuntos de 619 esferas habitadas, 56 mundos de cultura de transição e a própria capital do sistema. Em Jerusém e em Nébadon estes arranjos são projetados da seguinte forma:

 

46:4.2 (522.6) 1. Os círculos – as áreas residenciais dos não-nativos.

46:4.3 (522.7) 2. Os quadrados – as áreas administrativo-executivas do sistema.

46:4.4 (522.8) 3. Os retângulos – o ponto de encontro da vida nativa mais baixa.

46:4.5 (522.9) 4. Os triângulos – as áreas administrativas locais ou de Jerusém.

 

46:4.6 (522.10) Este arranjo das atividades do sistema em círculos, quadrados, retângulos e triângulos é comum a todas as capitais dos sistemas de Nébadon. Em outro universo um arranjo inteiramente diferente pode prevalecer. Estes são assuntos determinados pelos diversos planos dos Filhos Criadores.

46:4.7 (523.1) Nossa narrativa destas áreas residenciais e administrativas não leva em conta as vastas e belas propriedades dos Filhos Materiais de Deus, os cidadãos permanentes de Jerusém, nem mencionamos numerosas outras fascinantes ordens de criaturas de espírito e quase-espírito. Por exemplo: Jerusém usufrui dos eficientes serviços dos spironga de desígnio para funcionamento no sistema. Estes seres são devotados à ministração espiritual em favor dos residentes e visitantes supramateriais. Eles são um grupo maravilhoso de seres inteligentes e belos que são os servos da transição das criaturas mais elevadas da morôncia e dos ajudantes da morôncia que trabalham para a manutenção e embelezamento de todas as criações da morôncia. Eles são em Jerusém o que as criaturas interplanárias são em Urântia, auxiliares funcionando a meio caminho entre o material e o espiritual.

46:4.8 (523.2) As capitais dos sistemas são singulares porque são os únicos mundos que exibem quase perfeitamente todas as três fases da existência no universo: a material, a moroncial e a espiritual. Sejam uma personalidade material, da morôncia ou de espírito, vocês se sentirão em casa em Jerusém; o mesmo acontece com os seres combinados, tais como as criaturas interplanárias e os Filhos Materiais.

46:4.9 (523.3) Jerusém tem grandes edifícios tanto do tipo material quanto da morôncia, enquanto o embelezamento das zonas puramente espirituais não é menos requintado e pleno. Se ao menos eu tivesse palavras para lhes falar sobre as contrapartes da morôncia do maravilhoso equipamento físico de Jerusém! Se eu pudesse dar prosseguimento a descrever a grandiosidade sublime e a requintada perfeição dos apontamentos espirituais deste mundo-sede! Seu conceito mais imaginativo de perfeição da beleza e plenitude de apontamento dificilmente se aproximaria destas grandiosidades. E Jerusém é apenas o primeiro passo no caminho para a perfeição superna da beleza do Paraíso.

 

5. Os Círculos de Jerusém

 

46:5.1 (523.4) As reservas residenciais atribuídas aos principais grupos de vida do universo são designadas os círculos de Jerusém. Esses grupos de círculos que encontram menção nestas narrativas são os seguintes:

 

46:5.2 (523.5) 1. Os círculos dos Filhos de Deus.

46:5.3 (523.6) 2. Os círculos dos anjos e espíritos mais elevados.

46:5.4 (523.7) 3. Os círculos dos Ajudantes do Universo, incluindo os dos filhos trinitarizados por criaturas não designados aos Filhos Instrutores da Trindade.

46:5.5 (523.8) 4. Os círculos dos Controladores Físicos Mestres.

46:5.6 (523.9) 5. Os círculos dos mortais ascendentes designados, incluindo as criaturas interplanárias.

46:5.7 (523.10) 6. Os círculos das colônias de cortesia.

46:5.8 (523.11) 7. Os círculos dos Corpos da Finalidade.

 

46:5.9 (523.12) Cada um destes agrupamentos residenciais consiste em sete círculos concêntricos e sucessivamente elevados. Eles são todos construídos ao longo das mesmas linhas, mas de tamanhos diferentes e modelados em materiais diferenciados. Eles estão todos cercados por recintos de longo alcance, que se elevam para formar extensos passeios que abrangem inteiramente cada grupo de sete círculos concêntricos.

 

46:5.10 (524.1) 1. Círculos dos Filhos de Deus. Embora os Filhos de Deus possuam um planeta social próprio, um dos mundos de cultura de transição, eles também ocupam estes domínios extensos em Jerusém. Em seu mundo de cultura de transição os mortais ascendentes misturam-se livremente com todas as ordens de filiação divina. Lá vocês conhecerão e amarão pessoalmente estes Filhos, mas a vida social deles está largamente confinada a este mundo especial e seus satélites. Nos círculos de Jerusém, no entanto, estes vários grupos de filiação podem ser observados em ação. E como a visão da morôncia é de enorme alcance, vocês poderão caminhar pelos passeios dos Filhos e observar as intrigantes atividades de suas numerosas ordens.

46:5.11 (524.2) Estes sete círculos dos Filhos são concêntricos e sucessivamente elevados de modo que cada um dos círculos externos e maiores dá vista para os círculos internos e menores, cada um estando cercado por uma muralha de passeio público. Estas muralhas são construídas com pedras de cristal de brilho reluzente e são tão elevadas que dão vista para todos os seus respectivos círculos residenciais. Os muitos portões – de cinquenta a cento e cinquenta mil – que penetram cada uma dessas muralhas consistem em cristais perolados únicos.

46:5.12 (524.3) O primeiro círculo do domínio dos Filhos é ocupado pelos Filhos Magisteriais e suas equipes assessoras pessoais. Aqui se concentram todos os planos e atividades imediatas dos serviços de consagração e adjudicação destes Filhos jurídicos. É também por meio deste centro que os Avonais do sistema mantêm contato com o universo.

46:5.13 (524.4) O segundo círculo é ocupado pelos Filhos Instrutores da Trindade. Neste domínio sagrado, os Dainais e seus associados levam adiante o treinamento dos Filhos Instrutores primários recém-chegados. E em todo este trabalho eles são habilmente assistidos por uma divisão de certos coordenados dos Brilhantes Estrelas do Entardecer. Os filhos trinitarizados por criaturas ocupam um setor do círculo Dainal. Os Filhos Instrutores da Trindade chegam mais perto de serem os representantes pessoais do Pai Universal num sistema local; eles são pelo menos seres originários da Trindade. Este segundo círculo é um domínio de extraordinário interesse para todos os povos de Jerusém.

46:5.14 (524.5) O terceiro círculo é dedicado aos Melquisedeques. Aqui os chefes do sistema residem e supervisionam as atividades quase infindáveis destes Filhos versáteis. Desde o primeiro dos mundos das mansões adiante ao longo de toda a carreira dos mortais ascendentes em Jerusém, os Melquisedeques são pais adotivos e conselheiros sempre presentes. Não seria errado dizer que eles são a influência dominante em Jerusém, além das atividades sempre presentes dos Filhos e Filhas Materiais.

46:5.15 (524.6) O quarto círculo é o lar dos Vorondadeques e de todas as outras ordens de Filhos visitantes e observadores que não são providos de outra forma. Os Altíssimos Pais da Constelação fazem sua morada neste círculo quando em visitas de inspeção ao sistema local. Perfeccionadores da Sabedoria, Conselheiros Divinos e Censores Universais residem todos neste círculo quando a serviço no sistema.

46:5.16 (524.7) O quinto círculo é a morada dos Lanonandeques, a ordem de filiação dos Soberanos de Sistemas e dos Príncipes Planetários. Os três grupos se misturam como um só quando estão em casa neste domínio. As reservas do sistema são mantidas neste círculo, enquanto o Soberano do Sistema tem um templo situado no centro do grupo governante de estruturas na colina da administração.

46:5.17 (524.8) O sexto círculo é o local de permanência dos Portadores da Vida do sistema. Todas as ordens destes Filhos estão aqui reunidas, e daqui partem para as suas missões nos mundos.

46:5.18 (524.9) O sétimo círculo é o ponto de encontro dos filhos ascendentes, aqueles mortais designados que podem estar temporariamente funcionando na sede-central do sistema, junto com suas consortes seráficas. Todos os ex-mortais acima do status de cidadãos de Jerusém e abaixo do de finalitores são considerados como pertencentes ao grupo que tem sua sede-central neste círculo.

46:5.19 (525.1) Estas reservas circulares dos Filhos ocupam uma área enorme, e até mil e novecentos anos atrás existia um grande espaço aberto no seu centro. Esta região central é agora ocupada pelo memorial de Micael, concluído há cerca de quinhentos anos. Quatrocentos e noventa e cinco anos atrás, quando este templo foi dedicado, Micael estava presente pessoalmente, e toda Jerusém ouviu a tocante história da consagração do Filho Mestre em Urântia, o menor de Satânia. O memorial de Micael é agora o centro de todas as atividades abrangidas na gestão modificada do sistema ocasionada pela consagração de Micael, incluindo a maioria das atividades mais recentemente transplantadas de Salvaciópolis. A equipe do memorial consiste de mais de um milhão de personalidades.

 

46:5.20 (525.2) 2. Os círculos dos anjos. Como a área residencial dos Filhos, estes círculos dos anjos consistem em sete círculos concêntricos e sucessivamente elevados, cada um com vista para as áreas internas.

46:5.21 (525.3) O primeiro círculo dos anjos é ocupado pelas Personalidades Mais Elevadas do Espírito Infinito que possam estar estacionadas no mundo-sede – Mensageiros Solitários e seus associados. O segundo círculo é dedicado às hostes de mensageiros, Conselheiros Técnicos, companheiros, inspetores e registradores, quando porventura eles possam atuar em Jerusém de tempos em tempos. O terceiro círculo é ocupado pelos espíritos ministradores das ordens e agrupamentos mais elevados.

46:5.22 (525.4) O quarto círculo é ocupado pelas serafinas administradoras, e as serafinas que servem num sistema local como Satânia são uma “inumerável hoste de anjos”. O quinto círculo é ocupado pelas serafinas planetárias, enquanto o sexto é o lar dos ministradores de transição. O sétimo círculo é a esfera de permanência de certas ordens não reveladas de serafinas. Os registradores de todos estes grupos de anjos não permanecem com seus companheiros, sendo domiciliados no templo de registros de Jerusém. Todos os registros são preservados em triplicado nesta sala tríplice de arquivos. Na sede-central de um sistema, os registros são sempre preservados em forma material, da morôncia e do espírito.

46:5.23 (525.5) Estes sete círculos são rodeados pelo panorama de exibição de Jerusém, oito mil quilômetros padrão de circunferência, o qual é dedicado à apresentação do estado de avanço dos mundos povoados de Satânia e é constantemente revisto de modo a representar verdadeiramente as condições atualizadas nos planetas individuais. Não duvido que este vasto passeio com vista para os círculos dos anjos será a primeira vista de Jerusém a chamar a sua atenção quando lhes for permitido lazer prolongado em suas visitas iniciais.

46:5.24 (525.6) Estas exposições estão a cargo dos viventes nativos de Jerusém, mas são auxiliados pelos ascendentes dos vários mundos de Satânia que se demoram em Jerusém a caminho de Edêntia. A representação das condições planetárias e do progresso dos mundos é efetuada por muitos métodos, alguns conhecidos por vocês, mas principalmente por técnicas desconhecidas em Urântia. Estas exposições ocupam a borda externa desta vasta muralha. O restante do passeio é quase inteiramente aberto, sendo alta e magnificamente embelezado.

 

46:5.25 (525.7) 3. Os círculos dos Ajudantes do Universo têm a sede-central dos Estrelas do Entardecer situada no enorme espaço central. Aqui está localizada a sede-central de Galântia no sistema, o chefe-adjunto deste poderoso grupo de superanjos, sendo o primeiro comissionado de todos os Estrelas do Entardecer ascendentes. Este é um dos mais magníficos de todos os setores administrativos de Jerusém, embora esteja entre as construções mais recentes. Este centro tem oitenta quilômetros de diâmetro. A sede-central de Galântia é um cristal monolítico fundido, totalmente transparente. Estes cristais materiais-moronciais são grandemente apreciados tanto pelos seres da morôncia quanto pelos materiais. Os Estrelas do Entardecer criados exercem sua influência em toda Jerusém, possuindo tais atributos de extrapersonalidade. O mundo inteiro tornou-se espiritualmente fragrante desde que tantas de suas atividades foram transferidas de Salvaciópolis para cá.

 

46:5.26 (526.1) 4. Os círculos dos Controladores Físicos Mestres. As várias ordens dos Controladores Físicos Mestres estão dispostas concentricamente ao redor do vasto templo da potência, onde preside o chefe de potência do sistema em associação com o chefe dos Supervisores de Potência da Morôncia. Este templo da potência é um dos dois setores em Jerusém onde mortais ascendentes e criaturas interplanárias não são permitidas. O outro é o setor de desmaterialização na área dos Filhos Materiais, uma série de laboratórios onde as serafinas de transporte transformam os seres materiais em um estado bastante semelhante ao da ordem de existência da morôncia.

 

46:5.27 (526.2) 5. Os círculos dos mortais ascendentes. A área central dos círculos dos mortais ascendentes é ocupada por um grupo de 619 memoriais planetários representativos dos mundos habitados do sistema, e estas estruturas são submetidas periodicamente a extensas mudanças. É privilégio dos mortais de cada mundo concordarem, de tempos em tempos, com certas alterações ou acréscimos em seus memoriais planetários. Muitas mudanças estão sendo feitas agora mesmo nas estruturas de Urântia. O centro destes 619 templos é ocupado por uma maquete de Edêntia e seus muitos mundos de cultura ascendente. Esta maquete tem sessenta e cinco quilômetros de diâmetro e é uma reprodução real do sistema de Edêntia, fiel ao original em todos os detalhes.

46:5.28 (526.3) Os ascendentes desfrutam dos seus serviços em Jerusém e têm prazer em observar as técnicas de outros grupos. Tudo o que é feito nestes vários círculos está aberto à plena observação de toda Jerusém.

46:5.29 (526.4) As atividades de um tal mundo são de três variedades distintas: trabalho, progresso e diversão. Dito de outra forma, são eles: serviço, estudo e relaxamento. As atividades compostas consistem em relações sociais, entretenimento em grupo e adoração divina. Há um grande valor educacional em se mesclar com diversos grupos de personalidades, ordens muito diferentes dos próprios companheiros.

 

46:5.30 (526.5) 6. Os círculos das colônias de cortesia. Os sete círculos das colônias de cortesia são agraciados por três enormes estruturas: o vasto observatório astronômico de Jerusém, a gigantesca galeria de arte de Satânia e o imenso salão de congregação dos diretores de retrospecção, o teatro de atividades da morôncia dedicadas ao repouso e recreação.

46:5.31 (526.6) Os artesãos celestiais dirigem os spornágias e fornecem a multidão de decorações criativas e memoriais monumentais que abundam em todos os locais de congregação pública. Os ateliês destes artesãos estão entre as maiores e mais belas de todas as estruturas incomparáveis deste mundo maravilhoso. As outras colônias de cortesia mantêm extensas e belas sedes-centrais. Muitos destes edifícios são construídos inteiramente de gemas de cristal. Todos os mundos arquitetônicos estão repletos de cristais e dos chamados metais preciosos.

 

46:5.32 (527.1) 7. Os círculos dos finalitores têm uma estrutura única no centro. E este mesmo templo desocupado é encontrado em cada mundo-sede dos sistemas por todo o Nébadon. Este edifício em Jerusém está selado com a insígnia de Micael e traz esta inscrição: “Ainda não dedicado ao sétimo estágio do espírito – ao compromisso eterno”. Gabriel colocou o selo neste templo de mistério, e ninguém além de Micael pode ou deve romper o selo de soberania afixado pelo Radiante Estrela da Manhã. Algum dia vocês contemplarão este templo silencioso, mesmo que não consigam penetrar seu mistério.

 

46:5.33 (527.2) Outros círculos de Jerusém: além destes círculos residenciais há em Jerusém numerosas moradas designadas adicionais.

 

6. Os Quadrados Executivo-Administrativos

 

46:6.1 (527.3) As divisões executivo-administrativas do sistema estão localizadas nos imensos quadrados departamentais, em número de mil. Cada unidade administrativa é dividida em cem subdivisões de dez subgrupos cada. Estes mil quadrados estão agrupados em dez grandes divisões, constituindo assim os dez departamentos administrativos seguintes:

 

46:6.2 (527.4) 1. Manutenção física e melhoramento material, os domínios da potência e energia físicos.

46:6.3 (527.5) 2. Arbitragem, ética e julgamento administrativo.

46:6.4 (527.6) 3. Assuntos planetários e locais.

46:6.5 (527.7) 4. Assuntos da constelação e do universo.

46:6.6 (527.8) 5. Educação e outras atividades dos Melquisedeques.

46:6.7 (527.9) 6. Progresso físico planetário e do sistema, os domínios científicos das atividades de Satânia.

46:6.8 (527.10) 7. Assuntos da morôncia.

46:6.9 (527.11) 8. Atividades e ética do puro espírito.

46:6.10 (527.12) 9. Ministração ascendente.

46:6.11 (527.13) 10. Filosofia do grande universo.

 

46:6.12 (527.14) Estas estruturas são transparentes; daí que todas as atividades do sistema podem ser visualizadas até mesmo pelos visitantes estudantis.

 

7. Os Retângulos – Os Spornágias

 

46:7.1 (527.15) Os mil retângulos de Jerusém são ocupados pela vida nativa inferior do planeta-sede, e no centro deles está situada a vasta sede-central circular dos spornágias.

46:7.2 (527.16) Em Jerusém, vocês ficarão espantados com as realizações agrícolas dos maravilhosos spornágias. Lá a terra é cultivada em grande parte para efeitos estéticos e ornamentais. Os spornágias são os paisagistas dos mundos-sede, e eles são originais tanto quanto artísticos no seu tratamento dos espaços abertos de Jerusém. Tanto utilizam animais quanto numerosos artefatos mecânicos na cultura do solo. Eles são inteligentemente peritos no emprego das agências de potência dos seus reinos, bem como na utilização de numerosas ordens de seus irmãos menores das criações animais inferiores, muitas das quais lhes são providenciadas nestes mundos especiais. Esta ordem de vida animal é agora amplamente dirigida pelas criaturas interplanárias ascendentes das esferas evolucionárias.

46:7.3 (528.1) Os spornágias não são resididos por Ajustadores. Eles não possuem almas de sobrevivência, mas desfrutam de vidas longas, às vezes com a duração de quarenta a cinquenta mil anos-padrão. Seu número é uma legião, e eles prestam ministração física a todas as ordens de personalidades do universo que requeiram serviço material.

46:7.4 (528.2) Embora os spornágias não possuam nem evoluam almas de sobrevivência, apesar de não terem personalidade, mesmo assim eles de fato desenvolvem uma individualidade que pode experimentar a reencarnação. Quando, com o passar do tempo, os corpos físicos destas criaturas singulares se deterioram com o uso e a idade, seus criadores, em colaboração com os Portadores da Vida, fabricam novos corpos nos quais os velhos spornágias restabelecem suas residências.

46:7.5 (528.3) Os spornágias são as únicas criaturas em todo o universo de Nébadon que experienciam este ou qualquer outro tipo de reencarnação. Eles são reativos apenas aos cinco primeiros espíritos ajudantes da mente; eles não reagem aos espíritos de adoração e sabedoria. Mas a mente dos cinco ajudantes equivale a uma totalidade ou sexto nível da realidade, e é este fator que persiste como uma identidade experiencial.

46:7.6 (528.4) Não tenho comparações ao tentar descrever estas criaturas úteis e incomuns pois não há animais nos mundos evolucionários comparáveis a elas. Elas não são seres evolutivos, tendo sido projetadas pelos Portadores da Vida em sua forma e status atuais. Elas são bissexuadas e procriam à medida que sejam requisitadas para atender às necessidades de uma população crescente.

46:7.7 (528.5) Talvez seja melhor eu sugerir às mentes de Urântia algo da natureza destas belas e úteis criaturas dizendo que elas abraçam as características combinadas de um cavalo fiel e de um cão afetuoso e manifestam uma inteligência que excede a do tipo mais elevado de chimpanzé. E são muito belas, se julgadas segundo os padrões físicos de Urântia. Elas apreciam muito as atenções que lhes são dispensadas pelos viajantes materiais e semimateriais nestes mundos arquitetônicos. Têm uma visão que lhes permite reconhecer – além dos seres materiais – as criações da morôncia, as ordens angélicas mais baixas, criaturas interplanárias e algumas das ordens mais baixas de personalidades de espírito. Não compreendem a adoração do Infinito, nem captam a importância do Eterno, mas, por meio da afeição pelos seus mestres, unem-se às devoções espirituais externas dos seus reinos.

46:7.8 (528.6) Há aqueles que acreditam que, numa futura era do universo, estes fiéis spornágias escaparão do seu nível animal de existência e alcançarão um destino evolutivo condigno de crescimento intelectual progressivo e até de realização espiritual.

 

8. Os Triângulos de Jerusém

 

46:8.1 (528.7) Os assuntos puramente locais e rotineiros de Jerusém são dirigidos a partir dos cem triângulos. Estas unidades estão agrupadas em torno das dez maravilhosas estruturas que domiciliam a administração local de Jerusém. Os triângulos são cercados pela representação panorâmica da história da sede-central do sistema. Atualmente, há um vazio de mais de três quilômetros-padrão nesta seção circular. Este setor será restaurado após a readmissão de Satânia na família da constelação. Todas as provisões para este evento foram feitas pelos decretos de Micael, mas o tribunal dos Anciães dos Dias ainda não terminou o julgamento dos assuntos da rebelião de Lúcifer. Satânia pode não voltar à plena comunhão com Norlatiadeque enquanto abrigar arquirrebeldes, seres de elevada criação que caíram da luz para as trevas.

46:8.2 (529.1) Quando Satânia puder retornar ao aprisco da constelação, então será considerada a readmissão dos mundos isolados na família de planetas habitados do sistema, acompanhada pela sua restauração à comunhão espiritual dos reinos. Mas mesmo que Urântia fosse restaurada aos circuitos do sistema, vocês ainda ficariam embaraçados pelo fato de que o seu sistema inteiro repousa sob uma quarentena de Norlatiadeque, separando-o parcialmente de todos os outros sistemas.

46:8.3 (529.2) Mas, em breve, o julgamento de Lúcifer e seus associados reintegrará o sistema de Satânia à constelação de Norlatiadeque e, subsequentemente, Urântia e as outras esferas isoladas serão reintegradas aos circuitos de Satânia, e novamente tais mundos desfrutarão dos privilégios da comunicação interplanetária e da comunhão intersistêmica.

46:8.4 (529.3) Chegará um fim para os rebeldes e a rebelião. Os Governantes Supremos são misericordiosos e pacientes, mas a lei do mal deliberadamente nutrido é executada universal e infalivelmente. “O salário do pecado é a morte” – obliteração eterna.

 

46:8.5 (529.4) [Apresentado por um Arcanjo de Nébadon.]

Paper 46

The Local System Headquarters

46:0.1 (519.1) JERUSEM, the headquarters of Satania, is an average capital of a local system, and aside from numerous irregularities occasioned by the Lucifer rebellion and the bestowal of Michael on Urantia, it is typical of similar spheres. Your local system has passed through some stormy experiences, but it is at present being administered most efficiently, and as the ages pass, the results of disharmony are being slowly but surely eradicated. Order and good will are being restored, and the conditions on Jerusem are more and more approaching the heavenly status of your traditions, for the system headquarters is truly the heaven visualized by the majority of twentieth-century religious believers.


1. Physical Aspects of Jerusem


46:1.1 (519.2) Jerusem is divided into one thousand latitudinal sectors and ten thousand longitudinal zones. The sphere has seven major capitals and seventy minor administrative centers. The seven sectional capitals are concerned with diverse activities, and the System Sovereign is present in each at least once a year.

46:1.2 (519.3) The standard mile of Jerusem is equivalent to about seven Urantia miles. The standard weight, the “gradant,” is built up through the decimal system from the mature ultimaton and represents almost exactly ten ounces of your weight. The Satania day equals three days of Urantia time, less one hour, four minutes, and fifteen seconds, that being the time of the axial revolution of Jerusem. The system year consists of one hundred Jerusem days. The time of the system is broadcast by the master chronoldeks.

46:1.3 (519.4) The energy of Jerusem is superbly controlled and circulates about the sphere in the zone channels, which are directly fed from the energy charges of space and expertly administered by the Master Physical Controllers. The natural resistance to the passage of these energies through the physical channels of conduction yields the heat required for the production of the equable temperature of Jerusem. The full-light temperature is maintained at about 70 degrees Fahrenheit, while during the period of light recession it falls to a little lower than 50 degrees.

46:1.4 (519.5) The lighting system of Jerusem should not be so difficult for you to comprehend. There are no days and nights, no seasons of heat and cold. The power transformers maintain one hundred thousand centers from which rarefied energies are projected upward through the planetary atmosphere, undergoing certain changes, until they reach the electric air-ceiling of the sphere; and then these energies are reflected back and down as a gentle, sifting, and even light of about the intensity of Urantia sunlight when the sun is shining overhead at ten o’clock in the morning.

46:1.5 (520.1) Under such conditions of lighting, the light rays do not seem to come from one place; they just sift out of the sky, emanating equally from all space directions. This light is very similar to natural sunlight except that it contains very much less heat. Thus it will be recognized that such headquarters worlds are not luminous in space; if Jerusem were very near Urantia, it would not be visible.

46:1.6 (520.2) The gases which reflect this light-energy from the Jerusem upper ionosphere back to the ground are very similar to those in the Urantia upper air belts which are concerned with the auroral phenomena of your so-called northern lights, although these are produced by different causes. On Urantia it is this same gas shield which prevents the escape of the terrestrial broadcast waves, reflecting them earthward when they strike this gas belt in their direct outward flight. In this way broadcasts are held near the surface as they journey through the air around your world.

46:1.7 (520.3) This lighting of the sphere is uniformly maintained for seventy-five per cent of the Jerusem day, and then there is a gradual recession until, at the time of minimum illumination, the light is about that of your full moon on a clear night. This is the quiet hour for all Jerusem. Only the broadcast-receiving stations are in operation during this period of rest and rehabilitation.

46:1.8 (520.4) Jerusem receives faint light from several near-by suns—a sort of brilliant starlight—but it is not dependent on them; worlds like Jerusem are not subject to the vicissitudes of sun disturbances, neither are they confronted with the problem of a cooling or dying sun.

46:1.9 (520.5) The seven transitional study worlds and their forty-nine satellites are heated, lighted, energized, and watered by the Jerusem technique.


2. Physical Features of Jerusem


46:2.1 (520.6) On Jerusem you will miss the rugged mountain ranges of Urantia and other evolved worlds since there are neither earthquakes nor rainfalls, but you will enjoy the beauteous highlands and other unique variations of topography and landscape. Enormous areas of Jerusem are preserved in a “natural state,” and the grandeur of such districts is quite beyond the powers of human imagination.

46:2.2 (520.7) There are thousands upon thousands of small lakes but no raging rivers nor expansive oceans. There is no rainfall, neither storms nor blizzards, on any of the architectural worlds, but there is the daily precipitation of the condensation of moisture during the time of lowest temperature attending the light recession. (The dew point is higher on a three-gas world than on a two-gas planet like Urantia.) The physical plant life and the morontia world of living things both require moisture, but this is largely supplied by the subsoil system of circulation which extends all over the sphere, even up to the very tops of the highlands. This water system is not entirely subsurface, for there are many canals interconnecting the sparkling lakes of Jerusem.

46:2.3 (520.8) The atmosphere of Jerusem is a three-gas mixture. This air is very similar to that of Urantia with the addition of a gas adapted to the respiration of the morontia order of life. This third gas in no way unfits the air for the respiration of animals or plants of the material orders.

46:2.4 (521.1) The transportation system is allied with the circulatory streams of energy movement, these main energy currents being located at ten-mile intervals. By adjustment of physical mechanisms the material beings of the planet can proceed at a pace varying from two to five hundred miles per hour. The transport birds fly at about one hundred miles an hour. The air mechanisms of the Material Sons travel around five hundred miles per hour. Material and early morontia beings must utilize these mechanical means of transport, but spirit personalities proceed by liaison with the superior forces and spirit sources of energy.

46:2.5 (521.2) Jerusem and its associated worlds are endowed with the ten standard divisions of physical life characteristic of the architectural spheres of Nebadon. And since there is no organic evolution on Jerusem, there are no conflicting forms of life, no struggle for existence, no survival of the fittest. Rather is there a creative adaptation which foreshadows the beauty, the harmony, and the perfection of the eternal worlds of the central and divine universe. And in all this creative perfection there is the most amazing intermingling of physical and of morontia life, artistically contrasted by the celestial artisans and their fellows.

46:2.6 (521.3) Jerusem is indeed a foretaste of paradisiacal glory and grandeur. But you can never hope to gain an adequate idea of these glorious architectural worlds by any attempted description. There is so little that can be compared with aught on your world, and even then the things of Jerusem so transcend the things of Urantia that the comparison is almost grotesque. Until you actually arrive on Jerusem, you can hardly entertain anything like a true concept of the heavenly worlds, but that is not so long a time in the future when your coming experience on the system capital is compared with your sometime arrival on the more remote training spheres of the universe, the superuniverse, and Havona.

46:2.7 (521.4) The manufacturing or laboratory sector of Jerusem is an extensive domain, one which Urantians would hardly recognize since it has no smoking chimneys; nevertheless, there is an intricate material economy associated with these special worlds, and there is a perfection of mechanical technique and physical achievement which would astonish and even awe your most experienced chemists and inventors. Pause to consider that this first world of detention in the Paradise journey is far more material than spiritual. Throughout your stay on Jerusem and its transition worlds you are far nearer your earth life of material things than your later life of advancing spirit existence.

46:2.8 (521.5) Mount Seraph is the highest elevation on Jerusem, almost fifteen thousand feet, and is the point of departure for all transport seraphim. Numerous mechanical developments are used in providing initial energy for escaping the planetary gravity and overcoming the air resistance. A seraphic transport departs every three seconds of Urantia time throughout the light period and, sometimes, far into the recession. The transporters take off at about twenty-five standard miles per second of Urantia time and do not attain standard velocity until they are over two thousand miles away from Jerusem.

46:2.9 (521.6) Transports arrive on the crystal field, the so-called sea of glass. Around this area are the receiving stations for the various orders of beings who traverse space by seraphic transport. Near the polar crystal receiving station for student visitors you may ascend the pearly observatory and view the immense relief map of the entire headquarters planet.


3. The Jerusem Broadcasts


46:3.1 (522.1) The superuniverse and Paradise-Havona broadcasts are received on Jerusem in liaison with Salvington and by a technique involving the polar crystal, the sea of glass. In addition to provisions for the reception of these extra-Nebadon communications, there are three distinct groups of receiving stations. These separate but tricircular groups of stations are adjusted to the reception of broadcasts from the local worlds, from the constellation headquarters, and from the capital of the local universe. All these broadcasts are automatically displayed so as to be discernible by all types of beings present in the central broadcast amphitheater; of all preoccupations for an ascendant mortal on Jerusem, none is more engaging and engrossing than that of listening in on the never-ending stream of universe space reports.

46:3.2 (522.2) This Jerusem broadcast-receiving station is encircled by an enormous amphitheater, constructed of scintillating materials largely unknown on Urantia and seating over five billion beings—material and morontia—besides accommodating innumerable spirit personalities. It is the favorite diversion for all Jerusem to spend their leisure at the broadcast station, there to learn of the welfare and state of the universe. And this is the only planetary activity which is not slowed down during the recession of light.

46:3.3 (522.3) At this broadcast-receiving amphitheater the Salvington messages are coming in continuously. Near by, the Edentia word of the Most High Constellation Fathers is received at least once a day. Periodically the regular and special broadcasts of Uversa are relayed through Salvington, and when Paradise messages are in reception, the entire population is assembled around the sea of glass, and the Uversa friends add the reflectivity phenomena to the technique of the Paradise broadcast so that everything heard becomes visible. And it is in this manner that continual foretastes of advancing beauty and grandeur are afforded the mortal survivors as they journey inward on the eternal adventure.

46:3.4 (522.4) The Jerusem sending station is located at the opposite pole of the sphere. All broadcasts to the individual worlds are relayed from the system capitals except the Michael messages, which sometimes go direct to their destinations over the archangels’ circuit.


4. Residential and Administrative Areas


46:4.1 (522.5) Considerable portions of Jerusem are assigned as residential areas, while other portions of the system capital are given over to the necessary administrative functions involving the supervision of the affairs of 619 inhabited spheres, 56 transitional-culture worlds, and the system capital itself. On Jerusem and in Nebadon these arrangements are designed as follows:


46:4.2 (522.6) 1. The circles—the nonnative residential areas.

46:4.3 (522.7) 2. The squares—the system executive-administrative areas.

46:4.4 (522.8) 3. The rectangles—the rendezvous of the lower native life.

46:4.5 (522.9) 4. The triangles—the local or Jerusem administrative areas.


46:4.6 (522.10) This arrangement of the system activities into circles, squares, rectangles, and triangles is common to all the system capitals of Nebadon. In another universe an entirely different arrangement might prevail. These are matters determined by the diverse plans of the Creator Sons.

46:4.7 (523.1) Our narrative of these residential and administrative areas takes no account of the vast and beautiful estates of the Material Sons of God, the permanent citizens of Jerusem, neither do we mention numerous other fascinating orders of spirit and near-spirit creatures. For example: Jerusem enjoys the efficient services of the spironga of design for system function. These beings are devoted to spiritual ministry in behalf of the supermaterial residents and visitors. They are a wonderful group of intelligent and beautiful beings who are the transition servants of the higher morontia creatures and of the morontia helpers who labor for the upkeep and embellishment of all morontia creations. They are on Jerusem what the midway creatures are on Urantia, midway helpers functioning between the material and the spiritual.

46:4.8 (523.2) The system capitals are unique in that they are the only worlds which exhibit well-nigh perfectly all three phases of universe existence: the material, the morontial, and the spiritual. Whether you are a material, morontia, or spirit personality, you will feel at home on Jerusem; so also do the combined beings, such as the midway creatures and the Material Sons.

46:4.9 (523.3) Jerusem has great buildings of both material and morontia types, while the embellishment of the purely spiritual zones is no less exquisite and replete. If I only had words to tell you of the morontia counterparts of the marvelous physical equipment of Jerusem! If I could only go on to portray the sublime grandeur and exquisite perfection of the spiritual appointments of this headquarters world! Your most imaginative concept of perfection of beauty and repleteness of appointment would hardly approach these grandeurs. And Jerusem is but the first step on the way to the supernal perfection of Paradise beauty.


5. The Jerusem Circles


46:5.1 (523.4) The residential reservations assigned to the major groups of universe life are designated the Jerusem circles. Those circle groups which find mention in these narratives are the following:


46:5.2 (523.5) 1. The circles of the Sons of God.

46:5.3 (523.6) 2. The circles of the angels and higher spirits.

46:5.4 (523.7) 3. The circles of the Universe Aids, including the creature-trinitized sons not assigned to the Trinity Teacher Sons.

46:5.5 (523.8) 4. The circles of the Master Physical Controllers.

46:5.6 (523.9) 5. The circles of the assigned ascending mortals, including the midway creatures.

46:5.7 (523.10) 6. The circles of the courtesy colonies.

46:5.8 (523.11) 7. The circles of the Corps of the Finality.


46:5.9 (523.12) Each of these residential groupings consists of seven concentric and successively elevated circles. They are all constructed along the same lines but are of different sizes and are fashioned of differing materials. They are all surrounded by far-reaching enclosures, which mount up to form extensive promenades entirely encompassing every group of seven concentric circles.


46:5.10 (524.1) 1. Circles of the Sons of God. Though the Sons of God possess a social planet of their own, one of the transitional-culture worlds, they also occupy these extensive domains on Jerusem. On their transitional-culture world the ascending mortals freely mingle with all orders of divine sonship. There you will personally know and love these Sons, but their social life is largely confined to this special world and its satellites. In the Jerusem circles, however, these various groups of sonship may be observed at work. And since morontia vision is of enormous range, you can walk about on the Sons’ promenades and overlook the intriguing activities of their numerous orders.

46:5.11 (524.2) These seven circles of the Sons are concentric and successively elevated so that each of the outer and larger circles overlooks the inner and smaller ones, each being surrounded by a public promenade wall. These walls are constructed of crystal gems of gleaming brightness and are so elevated as to overlook all of their respective residential circles. The many gates—from fifty to one hundred and fifty thousand—which penetrate each of these walls consist of single pearly crystals.

46:5.12 (524.3) The first circle of the domain of the Sons is occupied by the Magisterial Sons and their personal staffs. Here center all of the plans and immediate activities of the bestowal and adjudicational services of these juridical Sons. It is also through this center that the Avonals of the system maintain contact with the universe.

46:5.13 (524.4) The second circle is occupied by the Trinity Teacher Sons. In this sacred domain the Daynals and their associates carry forward the training of the newly arrived primary Teacher Sons. And in all of this work they are ably assisted by a division of certain co-ordinates of the Brilliant Evening Stars. The creature-trinitized sons occupy a sector of the Daynal circle. The Trinity Teacher Sons come the nearest to being the personal representatives of the Universal Father in a local system; they are at least Trinity-origin beings. This second circle is a domain of extraordinary interest to all the peoples of Jerusem.

46:5.14 (524.5) The third circle is devoted to the Melchizedeks. Here the system chiefs reside and supervise the almost endless activities of these versatile Sons. From the first of the mansion worlds on through all the Jerusem career of ascending mortals, the Melchizedeks are foster fathers and ever-present advisers. It would not be amiss to say that they are the dominant influence on Jerusem aside from the ever-present activities of the Material Sons and Daughters.

46:5.15 (524.6) The fourth circle is the home of the Vorondadeks and all other orders of the visiting and observer Sons who are not otherwise provided for. The Most High Constellation Fathers take up their abode in this circle when on visits of inspection to the local system. Perfectors of Wisdom, Divine Counselors, and Universal Censors all reside in this circle when on duty in the system.

46:5.16 (524.7) The fifth circle is the abode of the Lanonandeks, the sonship order of the System Sovereigns and the Planetary Princes. The three groups mingle as one when at home in this domain. The system reserves are held in this circle, while the System Sovereign has a temple situated at the center of the governing group of structures on administration hill.

46:5.17 (524.8) The sixth circle is the tarrying place of the system Life Carriers. All orders of these Sons are here assembled, and from here they go forth on their world assignments.

46:5.18 (524.9) The seventh circle is the rendezvous of the ascending sons, those assigned mortals who may be temporarily functioning on the system headquarters, together with their seraphic consorts. All ex-mortals above the status of Jerusem citizens and below that of finaliters are reckoned as belonging to the group having its headquarters in this circle.

46:5.19 (525.1) These circular reservations of the Sons occupy an enormous area, and until nineteen hundred years ago there existed a great open space at its center. This central region is now occupied by the Michael memorial, completed some five hundred years ago. Four hundred and ninety-five years ago, when this temple was dedicated, Michael was present in person, and all Jerusem heard the touching story of the Master Son’s bestowal on Urantia, the least of Satania. The Michael memorial is now the center of all activities embraced in the modified management of the system occasioned by Michael’s bestowal, including most of the more recently transplanted Salvington activities. The memorial staff consists of over one million personalities.


46:5.20 (525.2) 2. The circles of the angels. Like the residential area of the Sons, these circles of the angels consist of seven concentric and successively elevated circles, each overlooking the inner areas.

46:5.21 (525.3) The first circle of the angels is occupied by the Higher Personalities of the Infinite Spirit who may be stationed on the headquarters world—Solitary Messengers and their associates. The second circle is dedicated to the messenger hosts, Technical Advisers, companions, inspectors, and recorders as they may chance to function on Jerusem from time to time. The third circle is held by the ministering spirits of the higher orders and groupings.

46:5.22 (525.4) The fourth circle is held by the administrator seraphim, and the seraphim serving in a local system like Satania are an “innumerable host of angels.” The fifth circle is occupied by the planetary seraphim, while the sixth is the home of the transition ministers. The seventh circle is the tarrying sphere of certain unrevealed orders of seraphim. The recorders of all these groups of angels do not sojourn with their fellows, being domiciled in the Jerusem temple of records. All records are preserved in triplicate in this threefold hall of archives. On a system headquarters, records are always preserved in material, in morontia, and in spirit form.

46:5.23 (525.5) These seven circles are surrounded by the exhibit panorama of Jerusem, five thousand standard miles in circumference, which is devoted to the presentation of the advancing status of the peopled worlds of Satania and is constantly revised so as to truly represent up-to-date conditions on the individual planets. I doubt not that this vast promenade overlooking the circles of the angels will be the first sight of Jerusem to claim your attention when you are permitted extended leisure on your earlier visits.

46:5.24 (525.6) These exhibits are in charge of the native life of Jerusem, but they are assisted by the ascenders from the various Satania worlds who are tarrying on Jerusem en route to Edentia. The portrayal of planetary conditions and world progress is effected by many methods, some known to you, but mostly by techniques unknown on Urantia. These exhibits occupy the outer edge of this vast wall. The remainder of the promenade is almost entirely open, being highly and magnificently embellished.


46:5.25 (525.7) 3. The circles of the Universe Aids have the headquarters of the Evening Stars situated in the enormous central space. Here is located the system headquarters of Galantia, the associate head of this powerful group of superangels, being the first commissioned of all the ascendant Evening Stars. This is one of the most magnificent of all the administrative sectors of Jerusem, even though it is among the more recent constructions. This center is fifty miles in diameter. The Galantia headquarters is a monolithic cast crystal, wholly transparent. These material-morontia crystals are greatly appreciated by both morontia and material beings. The created Evening Stars exert their influence all over Jerusem, being possessed of such extrapersonality attributes. The entire world has been rendered spiritually fragrant since so many of their activities were transferred here from Salvington.


46:5.26 (526.1) 4. The circles of the Master Physical Controllers. The various orders of the Master Physical Controllers are concentrically arranged around the vast temple of power, wherein presides the power chief of the system in association with the chief of the Morontia Power Supervisors. This temple of power is one of two sectors on Jerusem where ascending mortals and midway creatures are not permitted. The other one is the dematerializing sector in the area of the Material Sons, a series of laboratories wherein the transport seraphim transform material beings into a state quite like that of the morontia order of existence.


46:5.27 (526.2) 5. The circles of the ascending mortals. The central area of the circles of the ascending mortals is occupied by a group of 619 planetary memorials representative of the inhabited worlds of the system, and these structures periodically undergo extensive changes. It is the privilege of the mortals from each world to agree, from time to time, upon certain of the alterations or additions to their planetary memorials. Many changes are even now being made in the Urantia structures. The center of these 619 temples is occupied by a working model of Edentia and its many worlds of ascendant culture. This model is forty miles in diameter and is an actual reproduction of the Edentia system, true to the original in every detail.

46:5.28 (526.3) Ascenders enjoy their Jerusem services and take pleasure in observing the techniques of other groups. Everything done in these various circles is open to the full observation of all Jerusem.

46:5.29 (526.4) The activities of such a world are of three distinct varieties: work, progress, and play. Stated otherwise, they are: service, study, and relaxation. The composite activities consist of social intercourse, group entertainment, and divine worship. There is great educational value in mingling with diverse groups of personalities, orders very different from one’s own fellows.


46:5.30 (526.5) 6. The circles of the courtesy colonies. The seven circles of the courtesy colonies are graced by three enormous structures: the vast astronomic observatory of Jerusem, the gigantic art gallery of Satania, and the immense assembly hall of the reversion directors, the theater of morontia activities devoted to rest and recreation.

46:5.31 (526.6) The celestial artisans direct the spornagia and provide the host of creative decorations and monumental memorials which abound in every place of public assembly. The studios of these artisans are among the largest and most beautiful of all the matchless structures of this wonderful world. The other courtesy colonies maintain extensive and beautiful headquarters. Many of these buildings are constructed wholly of crystal gems. All the architectural worlds abound in crystals and the so-called precious metals.


46:5.32 (527.1) 7. The circles of the finaliters have a unique structure at the center. And this same vacant temple is found on every system headquarters world throughout Nebadon. This edifice on Jerusem is sealed with the insignia of Michael, and it bears this inscription: “Undedicated to the seventh stage of spirit—to the eternal assignment.” Gabriel placed the seal on this temple of mystery, and none but Michael can or may break the seal of sovereignty affixed by the Bright and Morning Star. Some day you shall look upon this silent temple, even though you may not penetrate its mystery.


46:5.33 (527.2) Other Jerusem circles: In addition to these residential circles there are on Jerusem numerous additional designated abodes.


6. The Executive-Administrative Squares


46:6.1 (527.3) The executive-administrative divisions of the system are located in the immense departmental squares, one thousand in number. Each administrative unit is divided into one hundred subdivisions of ten subgroups each. These one thousand squares are clustered in ten grand divisions, thus constituting the following ten administrative departments:


46:6.2 (527.4) 1. Physical maintenance and material improvement, the domains of physical power and energy.

46:6.3 (527.5) 2. Arbitration, ethics, and administrative adjudication.

46:6.4 (527.6) 3. Planetary and local affairs.

46:6.5 (527.7) 4. Constellation and universe affairs.

46:6.6 (527.8) 5. Education and other Melchizedek activities.

46:6.7 (527.9) 6. Planetary and system physical progress, the scientific domains of Satania activities.

46:6.8 (527.10) 7. Morontia affairs.

46:6.9 (527.11) 8. Pure spirit activities and ethics.

46:6.10 (527.12) 9. Ascendant ministry.

46:6.11 (527.13) 10. Grand universe philosophy.


46:6.12 (527.14) These structures are transparent; hence all system activities can be viewed even by student visitors.


7. The Rectangles—The Spornagia


46:7.1 (527.15) The one thousand rectangles of Jerusem are occupied by the lower native life of the headquarters planet, and at their center is situated the vast circular headquarters of the spornagia.

46:7.2 (527.16) On Jerusem you will be amazed by the agricultural achievements of the wonderful spornagia. There the land is cultivated largely for aesthetic and ornamental effects. The spornagia are the landscape gardeners of the headquarters worlds, and they are both original and artistic in their treatment of the open spaces of Jerusem. They utilize both animals and numerous mechanical contrivances in the culture of the soil. They are intelligently expert in the employment of the power agencies of their realms as well as in the utilization of numerous orders of their lesser brethren of the lower animal creations, many of which are provided them on these special worlds. This order of animal life is now largely directed by the ascending midway creatures from the evolutionary spheres.

46:7.3 (528.1) Spornagia are not Adjuster indwelt. They do not possess survival souls, but they do enjoy long lives, sometimes to the extent of forty to fifty thousand standard years. Their number is legion, and they afford physical ministry to all orders of universe personalities requiring material service.

46:7.4 (528.2) Although spornagia neither possess nor evolve survival souls, though they do not have personality, nevertheless, they do evolve an individuality which can experience reincarnation. When, with the passing of time, the physical bodies of these unique creatures deteriorate from usage and age, their creators, in collaboration with the Life Carriers, fabricate new bodies in which the old spornagia re-establish their residences.

46:7.5 (528.3) Spornagia are the only creatures in all the universe of Nebadon who experience this or any other sort of reincarnation. They are only reactive to the first five of the adjutant mind-spirits; they are not responsive to the spirits of worship and wisdom. But the five-adjutant mind equivalates to a totality or sixth reality level, and it is this factor which persists as an experiential identity.

46:7.6 (528.4) I am quite without comparisons in undertaking to describe these useful and unusual creatures as there are no animals on the evolutionary worlds comparable to them. They are not evolutionary beings, having been projected by the Life Carriers in their present form and status. They are bisexual and procreate as they are required to meet the needs of a growing population.

46:7.7 (528.5) Perhaps I can best suggest to Urantia minds something of the nature of these beautiful and serviceable creatures by saying that they embrace the combined traits of a faithful horse and an affectionate dog and manifest an intelligence exceeding that of the highest type of chimpanzee. And they are very beautiful, as judged by the physical standards of Urantia. They are most appreciative of the attentions shown them by the material and semimaterial sojourners on these architectural worlds. They have a vision which permits them to recognize—in addition to material beings—the morontia creations, the lower angelic orders, midway creatures, and some of the lower orders of spirit personalities. They do not comprehend worship of the Infinite, nor do they grasp the import of the Eternal, but they do, through affection for their masters, join in the outward spiritual devotions of their realms.

46:7.8 (528.6) There are those who believe that, in a future universe age, these faithful spornagia will escape from their animal level of existence and attain a worthy evolutional destiny of progressive intellectual growth and even spiritual achievement.


8. The Jerusem Triangles


46:8.1 (528.7) The purely local and routine affairs of Jerusem are directed from the one hundred triangles. These units are clustered around the ten marvelous structures domiciling the local administration of Jerusem. The triangles are surrounded by the panoramic depiction of the system headquarters history. At present there is an erasure of over two standard miles in this circular story. This sector will be restored upon the readmission of Satania into the constellation family. Every provision for this event has been made by the decrees of Michael, but the tribunal of the Ancients of Days has not yet finished the adjudication of the affairs of the Lucifer rebellion. Satania may not come back into the full fellowship of Norlatiadek so long as it harbors archrebels, high created beings who have fallen from light into darkness.

46:8.2 (529.1) When Satania can return to the constellation fold, then will come up for consideration the readmission of the isolated worlds into the system family of inhabited planets, accompanied by their restoration to the spiritual communion of the realms. But even if Urantia were restored to the system circuits, you would still be embarrassed by the fact that your whole system rests under a Norlatiadek quarantine partially segregating it from all other systems.

46:8.3 (529.2) But ere long, the adjudication of Lucifer and his associates will restore the Satania system to the Norlatiadek constellation, and subsequently, Urantia and the other isolated spheres will be restored to the Satania circuits, and again will such worlds enjoy the privileges of interplanetary communication and intersystem communion.

46:8.4 (529.3) There will come an end for rebels and rebellion. The Supreme Rulers are merciful and patient, but the law of deliberately nourished evil is universally and unerringly executed. “The wages of sin is death”—eternal obliteration.


46:8.5 (529.4) [Presented by an Archangel of Nebadon.]

 

Documento 46

A Sede-Central do Sistema Local

46:0.1 (519.1) JERUSÉM, a sede-central de Satânia, é um tipo comum de capital de sistema e, à parte as inúmeras irregularidades ocasionadas pela rebelião de Lúcifer e pela auto-outorga de Michael em Urântia, é uma esfera típica entre as congêneres. O vosso sistema local tem passado por algumas experiências tempestuosas mas, no momento atual, está sendo administrado eficientemente e, à medida que as idades passam, os resultados da desarmonia vão sendo erradicados vagarosa mas eficazmente. A ordem e a boa vontade estão sendo restauradas e as condições em Jerusém aproximam-se cada vez mais do status celeste das vossas tradições, pois a sede-central do sistema é verdadeiramente o céu visualizado pela maioria dos crentes religiosos do século vinte.

 

1. Aspectos Físicos de Jerusém

 

46:1.1 (519.2) Jerusém é dividida em mil setores latitudinais, e em dez mil zonas longitudinais. Esta esfera tem sete capitais maiores e setenta centros administrativos menores. As sete capitais seccionais dedicam-se a diversas atividades, e o Soberano do Sistema está presente uma vez por ano, ao menos, em cada uma delas.

46:1.2 (519.3) O quilômetro-padrão de Jerusém é equivalente a cerca de onze quilômetros de Urântia. O peso-padrão, o “gradante”, é estabelecido por meio do sistema decimal a partir do ultímatom maduro e representa quase exatamente 280 gramas do vosso peso. O dia de Satânia iguala-se a três dias do tempo de Urântia, menos uma hora, quatro minutos e quinze segundos, este sendo o tempo da rotação de Jerusém em torno do próprio eixo. O ano do sistema consiste de cem dias de Jerusém. O tempo do sistema é teledifundido pelos mestres cronoldeques.

46:1.3 (519.4) A energia de Jerusém é controlada de um modo magnífico e circula em torno da esfera em canais, por zonas que são diretamente alimentadas pelas cargas de energia do espaço e administradas habilmente pelos Mestres Controladores Físicos. A resistência natural à passagem dessas energias, pelos canais físicos de condução, fornece o calor necessário à manutenção de uma temperatura uniforme adequada em Jerusém. A temperatura, à luz plena, é mantida em torno de 21 graus Celsius, enquanto, durante o período de recesso de luz, ela cai até um pouco abaixo dos 10 graus.

46:1.4 (519.5) O sistema de iluminação de Jerusém não deveria ser muito difícil de compreender para vós. Não há dias e noites, não há estações de calor e frio. Os transformadores de poder mantêm cem mil centros dos quais as energias rarefeitas são projetadas para o alto, através da atmosfera planetária, passando por algumas modificações, até que alcancem o teto elétrico de ar da esfera; e então essas energias são refletidas de volta para baixo, na forma de uma luz suave, filtrada e uniforme, com a mesma intensidade, aproximadamente, da luz do sol em Urântia, quando o sol está brilhando, às dez horas da manhã.

46:1.5 (520.1) Sob essas condições de iluminação, os raios de luz não parecem vir de um único ponto; eles filtram-se no céu, emanando igualmente de todas as direções do espaço. Essa luz é muito semelhante à luz natural do sol, exceto pelo fato de que contém muito menos calor. Por isso é que se sabe que esses mundos sedes-centrais não são luminosos no espaço; ainda que Jerusém estivesse muito próxima de Urântia, não seria visível.

46:1.6 (520.2) Os gases que refletem essas energias de luz, da ionosfera superior de Jerusém, de volta para o chão, são muito similares àqueles das camadas superiores de ar em Urântia, que são responsáveis pelos fenômenos da aurora boreal das vossas chamadas luzes setentrionais, embora estas sejam produzidas por causas diferentes. Em Urântia é esse mesmo escudo de gás que impede a ultrapassagem das ondas das transmissões terrestres, refletindo-as de volta para a Terra, quando elas tocam esse cinturão de gás, na sua trajetória direta para fora. Desse modo as teletransmissões ficam retidas perto da superfície, à medida que percorrem o ar em volta do vosso mundo.

46:1.7 (520.3) Essa iluminação da esfera é mantida uniforme durante setenta e cinco por cento do dia de Jerusém e, então, há um recesso gradual, até que, no momento de iluminação mínima, a luz torna-se semelhante à da vossa lua cheia, em uma noite clara. Essa é a hora do silêncio para toda a Jerusém. Apenas as estações de recepção das comunicações ficam em operação durante esse período de repouso e recuperação.

46:1.8 (520.4) Jerusém recebe uma pálida luz de vários sóis próximos — uma espécie de luz brilhante das estrelas — mas não depende dela; os mundos como Jerusém não estão sujeitos às vicissitudes das perturbações solares, nem se defrontam com o problema de um sol que se resfria ou morre.

46:1.9 (520.5) Os sete mundos transicionais de estudo e os seus quarenta e nove satélites são aquecidos, iluminados, energizados e irrigados pelas técnicas de Jerusém.

 

2. Características Físicas de Jerusém

 

46:2.1 (520.6) Em Jerusém, vós ireis sentir falta das cadeias escarpadas das montanhas de Urântia, e de outros mundos evoluídos; não há nem terremotos nem chuvas, mas ireis desfrutar dos magníficos planaltos e de outras variações singulares na sua topografia e paisagem. Áreas enormes de Jerusém são preservadas em “estado natural”, e a grandeza desses setores ultrapassa, em muito, os poderes da imaginação humana.

46:2.2 (520.7) Há milhares e milhares de pequenos lagos, mas não há rios turbulentos nem oceanos imensos. Não há chuvas, nem tempestades, nem furacões em nenhum dos mundos arquitetônicos, mas há a precipitação diária em decorrência da condensação de umidade durante as horas de temperatura mais baixa que acompanha a diminuição da luz. (O ponto de orvalho é mais alto em um mundo com atmosfera de três gases, do que em um planeta de dois gases como Urântia.) A vida física das plantas e o mundo moroncial de coisas vivas, precisam, ambos, da umidade; todavia esta é amplamente suprida pelo sistema de circulação no subsolo, o qual se espalha por toda a esfera, indo até mesmo aos cumes dos planaltos. Esse sistema de irrigação não se faz inteiramente pelo subsolo, pois há muitos canais superficiais interconectando os resplandecentes lagos de Jerusém.

46:2.3 (520.8) A atmosfera de Jerusém é uma mistura de três gases. Esse ar é muito semelhante ao de Urântia, com o acréscimo de um gás adaptado à respiração das ordens moronciais de vida. Esse terceiro gás, de nenhum modo, torna o ar inadequado à respiração dos animais, nem das plantas das ordens materiais.

46:2.4 (521.1) O sistema de transporte é conjugado com as correntes circulatórias do movimento da energia, estando essas principais correntes de energia localizadas em intervalos de dezesseis quilômetros. Por meio de ajustes dos mecanismos físicos, os seres materiais do planeta podem deslocar-se a uma velocidade que varia de trezentos a oitocentos quilômetros por hora. Os pássaros de transporte voam a uma velocidade de cerca de cento e sessenta quilômetros por hora. Os mecanismos aéreos dos Filhos Materiais viajam a uma velocidade de oitocentos quilômetros por hora. Os seres materiais e os seres na sua primeira fase moroncial devem utilizar esses meios mecânicos de transporte, mas as personalidades espirituais deslocam-se por ligação com as forças superiores e as fontes espirituais de energia.

46:2.5 (521.2) Jerusém e os seus mundos interligados são dotados com as dez divisões padronizadas de vida física, características das esferas arquitetônicas de Nébadon. E, como não há evolução orgânica em Jerusém, não há formas conflitantes de vida, nenhuma luta pela existência, nenhuma sobrevivência dos mais aptos. Há, antes, uma adaptação criativa que deixa antever a beleza, a harmonia e a perfeição dos mundos eternos do universo central e divino. E, em toda essa perfeição criativa, está o entrelaçamento mais surpreendente das vidas físicas e moronciais, artisticamente realçadas pelos artesãos celestes e pelos seus afins.

46:2.6 (521.3) Jerusém, de fato, é como um antegozo da glória e grandeza paradisíacas. Mas vós não podeis jamais esperar ter uma idéia adequada desses gloriosos mundos arquitetônicos por meio de qualquer tentativa de descrição. Tão pouco há que possa ser comparado com qualquer coisa do vosso mundo e, também, as coisas de Jerusém transcendem tanto as coisas de Urântia que uma comparação ficaria quase grotesca. Antes de chegardes de fato em Jerusém, dificilmente podereis ter uma concepção verdadeira dos mundos celestes, mas isto não está tão longe no tempo futuro, quando a vossa próxima experiência na capital do sistema será comparada à vossa chegada futura em esferas ainda mais remotas de aperfeiçoamento do universo, do superuniverso e de Havona.

46:2.7 (521.4) O setor industrial e os laboratórios de Jerusém são um domínio amplo que os urantianos dificilmente iriam reconhecer, pois não têm nenhuma chaminé expelindo fumaça; contudo, há uma intrincada economia material, associada a esses mundos especiais, e há uma perfeição de técnica mecânica e realização física que iria assombrar e maravilhar até mesmo os vossos químicos e inventores mais experientes. Parai para considerar que esse primeiro mundo de retenção, na jornada até o Paraíso, é muito mais material do que espiritual. Na vossa estada em Jerusém e nos seus mundos de transição, vós estais muito mais próximos da vossa vida terrestre de coisas materiais do que na vossa vida futura de avanço na existência espiritual.

46:2.8 (521.5) O monte Seraf é o ponto mais elevado em Jerusém, com quase quatro mil e quinhentos metros de altitude; e é o ponto de partida de todos os serafins de transporte. Inúmeros desenvolvimentos mecânicos são utilizados com o fito de prover a energia inicial para escapar da gravidade do planeta e vencer a resistência do ar. Um transporte seráfico parte a cada três segundos do tempo de Urântia, durante o período iluminado; algumas vezes invadindo as horas de pouca iluminação. Os transportadores levantam vôo a uma velocidade de quarenta quilômetros por segundo, do tempo de Urântia, e não atingem a velocidade-padrão até que estejam a uma distância de três mil e duzentos quilômetros de Jerusém.

46:2.9 (521.6) Os transportes chegam ao campo de cristal, o chamado mar de vidro. Em torno dessa área estão as estações de recepção para as várias ordens de seres que atravessam o espaço por meio do transporte seráfico. Perto da estação de recepção polar de cristal, para os estudantes visitantes, vós podeis subir ao observatório aperolado e avistar um mapa imenso, em relevo, de todo o planeta-sede-central.

 

3. As Transmissões de Jerusém

 

46:3.1 (522.1) As teletransmissões do superuniverso e do Paraíso-Havona são recebidas em Jerusém, na ligação com Sálvington, por uma técnica que envolve o cristal polar, o mar de vidro. Além dos dispositivos de recepção das comunicações vindas de fora de Nébadon, há três grupos distintos de estações receptoras. Esses grupos separados e tricirculares de estações estão ajustados para receber as transmissões dos mundos locais, das sedes-centrais das constelações e da capital do universo local. Todas essas mensagens são expostas automaticamente, de um modo tal que sejam discerníveis por todos os tipos de seres presentes ao anfiteatro central das difusões; entre todas as ocupações de um mortal ascendente em Jerusém, nenhuma é mais atraente e absorvente do que escutar a corrente sem fim de informes espaciais do universo.

46:3.2 (522.2) Essa estação de recepção e de transmissões em Jerusém está circundada por um enorme anfiteatro, construído de materiais cintilantes totalmente desconhecidos em Urântia, e onde se sentam mais de cinco bilhões de seres — materiais e moronciais — , além de acomodar inúmeras personalidades espirituais. A diversão favorita de toda a Jerusém é passar o tempo de lazer na estação difusora, para ficar sabendo sobre as condições de bem-estar e o estado geral das coisas no universo. E essa é a única atividade planetária que não fica reduzida, durante o recesso de luz.

46:3.3 (522.3) Nesse anfiteatro de recepção das teledifusões, as mensagens de Sálvington chegam continuamente. A palavra dos Pais Altíssimos das Constelações, vinda de Edêntia, a qual está próxima dali, é recebida pelo menos uma vez por dia. Periodicamente as transmissões regulares e especiais de Uversa são feitas através de Sálvington e, quando as mensagens do Paraíso estão sendo recebidas, toda a população congrega-se ao redor do mar de vidro, e os amigos de Uversa aliam o fenômeno da refletividade à técnica da transmissão do Paraíso; assim tudo o que é ouvido torna-se visível. E é dessa maneira que a antecipação contínua, da beleza avançada e da grandeza, é proporcionada aos mortais sobreviventes à medida que fazem a sua jornada adentro na aventura eterna.

46:3.4 (522.4) A estação emissora de Jerusém está localizada no pólo oposto da esfera. Todas as transmissões para os mundos individuais são retransmissões das capitais dos sistemas, exceto as mensagens de Michael que, algumas vezes, vão diretamente aos seus destinos pelos circuitos dos arcanjos.

 

4. As Áreas Residencial e Administrativa

 

46:4.1 (522.5) Porções consideráveis de Jerusém estão destinadas a áreas residenciais, enquanto outras porções da capital do sistema são destinadas às funções administrativas necessárias, envolvendo a supervisão dos assuntos das 619 esferas habitadas, dos 56 mundos de cultura de transição e da própria capital do sistema. Em Jerusém e em Nébadon esses arranjos são designados como a seguir:

 

46:4.2 (522.6) 1. Os círculos — as áreas residenciais dos não-nativos.

46:4.3 (522.7) 2. Os quadrados — as áreas do sistema executivo-administrativo.

46:4.4 (522.8) 3. Os retângulos — o ponto de encontro dos seres de vida nativa mais baixa.

46:4.5 (522.9) 4. Os triângulos — as áreas locais ou administrativas de Jerusém.

 

46:4.6 (522.10) Esses arranjos das atividades do sistema em círculos, quadrados, retângulos e triângulos são comuns a todas as capitais dos sistemas de Nébadon. Num outro universo, um arranjo inteiramente diferente poderia prevalecer. Essas questões são determinadas pelos diferentes planos dos Filhos Criadores.

46:4.7 (523.1) A nossa narrativa sobre essas áreas residenciais e administrativas não leva em conta as vastas e belas moradas dos Filhos Materiais de Deus, os cidadãos permanentes de Jerusém; e também não mencionamos as outras numerosas e fascinantes ordens de espíritos e criaturas quase espirituais. Por exemplo: Jerusém desfruta dos serviços eficientes dos espirongas designados a funcionar no sistema. Esses seres devotam-se à ministração espiritual em favor dos residentes e visitantes supramateriais. Eles são um grupo maravilhoso de seres inteligentes e formosos, e são mesmo os servidores de transição das criaturas moronciais mais elevadas, dos ajudantes moronciais que trabalham para a manutenção e o embelezamento de todas as criações moronciais. Eles são, em Jerusém, o que as criaturas intermediárias são em Urântia: ajudantes intermediários, funcionando entre o material e o espiritual.

46:4.8 (523.2) As capitais dos sistemas são singulares, como únicos mundos que exibem quase perfeitamente todas as três fases da existência no universo: a material, a moroncial e a espiritual. Quer sejais uma personalidade material, moroncial ou espiritual, vos sentireis em casa, em Jerusém; e é assim que se sentem também os seres combinados, entre os quais as criaturas intermediárias e os Filhos Materiais.

46:4.9 (523.3) Jerusém tem grandes edifícios, tanto do tipo material quanto moroncial, e a ornamentação das zonas puramente espirituais é não menos refinada e abundante. Tivesse eu palavras para dizer-vos das contrapartes moronciais do maravilhoso equipamento físico de Jerusém! Se apenas pudesse eu dar prosseguimento à descrição da grandeza sublime e da sutileza de perfeição dos dispositivos espirituais desse mundo sede-central! O vosso conceito mais imaginativo da perfeição, beleza e plenitude, em matéria de instalações, dificilmente aproximar-se-ia dessa grandeza. E Jerusém é apenas o primeiro patamar no caminho até a superna perfeição da beleza do Paraíso.

 

5. Os Círculos de Jerusém

 

46:5.1 (523.4) As reservas residenciais destinadas aos grupos maiores de vida do universo são chamadas círculos de Jerusém. Esses agrupamentos de círculos, mencionados nessas narrativas, são os seguintes:

 

46:5.2 (523.5) 1. Os círculos dos Filhos de Deus.

46:5.3 (523.6) 2. Os círculos dos anjos e espíritos mais elevados.

46:5.4 (523.7) 3. Os círculos dos Auxiliares Universais, incluindo os dos filhos trinitarizados pelas criaturas, não designados aos Filhos Instrutores da Trindade.

46:5.5 (523.8) 4. Os círculos dos Mestres Controladores Físicos.

46:5.6 (523.9) 5. Os círculos dos mortais ascendentes designados para ali, incluindo as criaturas intermediárias.

46:5.7 (523.10) 6. Os círculos das colônias de cortesia.

46:5.8 (523.11) 7. Os círculos dos Corpos da Finalidade.

 

46:5.9 (523.12) Cada um desses agrupamentos de residentes consiste de sete círculos concêntricos e sucessivamente elevados. Todos são construídos ao longo das mesmas linhas, mas em tamanhos diferentes e modelados em materiais diferentes. São todos contornados por cercas de grande extensão, que se elevam formando imensos passeios que rodeiam internamente cada grupo de sete círculos concêntricos.

 

46:5.10 (524.1) 1. Os círculos dos Filhos de Deus. Ainda que possuam um planeta social próprio, um dos mundos de cultura de transição, os Filhos de Deus ocupam também esses extensos domínios em Jerusém. No seu mundo de cultura transicional, os mortais ascendentes misturam-se livremente a todas as ordens de filiação divina. Ali, ireis pessoalmente conhecer e amar esses Filhos; mas a vida social deles é grandemente confinada a esse mundo especial e seus satélites. Nos círculos de Jerusém, todavia, esses vários grupos de filiação podem ser observados no seu trabalho. E, como a visão moroncial é de um alcance enorme, vós podereis caminhar nos passeios dos Filhos e contemplar as atividades intrigantes das suas numerosas ordens.

46:5.11 (524.2) Esses sete círculos dos Filhos são concêntricos e sucessivamente elevados, de modo que cada um dos círculos mais externos e maiores oferece uma vista para os mais internos e menores, cada um sendo cercado por um muro que constitui um passeio público. Esses muros, construídos de gemas de cristal de brilho cintilante, são suficientemente altos, para que todos possam contemplar todos os seus círculos residenciais respectivos. Os muitos portões — de cinqüenta a cento e cinqüenta mil — , que dão entrada a cada um desses muros, são de uma só peça de cristal aperolado.

46:5.12 (524.3) O primeiro círculo do domínio dos Filhos está ocupado pelos Filhos Magisteriais e suas assessorias pessoais. Nele estão centrados todos os planos e atividades imediatas dos serviços de auto-outorga e de juízo de tais Filhos jurídicos. Também é por meio desse centro que os Avonais do sistema mantêm contato com o universo.

46:5.13 (524.4) O segundo círculo é ocupado pelos Filhos Instrutores da Trindade. Nesse domínio sagrado, os Diainais e os seus colaboradores dão prosseguimento ao aperfeiçoamento dos Filhos Instrutores primários recém-chegados. E, em todo esse trabalho, eles são assistidos de modo competente por uma divisão de alguns coordenados dos Brilhantes Estrelas Vespertinas. Os filhos trinitarizados por criaturas ocupam um setor do círculo dos Diainais. Os Filhos Instrutores da Trindade estão muito próximos de serem os representantes pessoais do Pai Universal, em um sistema local, visto que são seres originários da Trindade. Esse segundo círculo é um domínio de extraordinário interesse para todos os povos de Jerusém.

46:5.14 (524.5) O terceiro círculo é dedicado aos Melquisedeques. Nele, os chefes do sistema residem e supervisionam as atividades quase infindáveis desses Filhos versáteis. Do primeiro dos mundos das mansões em diante, durante toda a carreira dos mortais ascendentes em Jerusém, os Melquisedeques são pais adotivos e conselheiros sempre presentes. Não seria impróprio dizer que são a influência predominante em Jerusém, à parte as atividades sempre presentes dos Filhos e Filhas Materiais.

46:5.15 (524.6) O quarto círculo é o lar dos Vorondadeques e de todas as outras ordens dos Filhos visitantes e observadores que não têm moradia prevista em outro lugar. Os Pais Altíssimos das Constelações têm a sua morada nesse círculo, quando em visitas de inspeção ao sistema local. Os Perfeccionadores da Sabedoria, os Conselheiros Divinos e os Censores Universais residem todos nesse círculo, quando em missão no sistema.

46:5.16 (524.7) O quinto círculo é a morada dos Lanonandeques, a ordem de filiação dos Soberanos de Sistemas e Príncipes Planetários. Os três grupos tornam-se um único, quando estão em casa, nesse domínio. Os Filhos das reservas do sistema são mantidos nesse círculo, enquanto o Soberano do Sistema tem um templo situado no centro do grupo das estruturas de governo, na colina da administração.

46:5.17 (524.8) O sexto círculo é o local de permanência dos Portadores da Vida do sistema. As ordens desses Filhos reúnem-se ali, e dali partem para os seus compromissos nos mundos.

46:5.18 (524.9) O sétimo círculo é o ponto de encontro dos filhos ascendentes, os mortais designados que podem estar temporariamente funcionando nas sedes-centrais dos sistemas junto com os seus consortes seráficos. Os ex-mortais de status mais elevado que o de cidadãos de Jerusém, e abaixo dos finalitores, são considerados como pertencentes ao grupo, tendo a sua sede-central nesse círculo.

46:5.19 (525.1) Essas reservas circulares dos Filhos ocupam uma enorme área, e até mil e novecentos anos atrás existia um grande espaço aberto no seu centro. Essa região central agora é ocupada pelo memorial de Michael, terminado há cerca de quinhentos anos. Há quatrocentos e noventa e cinco anos, quando esse templo lhe foi dedicado, Michael esteve presente pessoalmente ali, e toda a Jerusém ouviu a história comovente da auto-outorga do Filho Mestre em Urântia, o mais insignificante dos planetas de Satânia. O memorial de Michael agora é o centro de todas as atividades abrangidas pela direção modificada do sistema, ocasionadas pela auto-outorga de Michael, incluindo a maior parte das atividades mais recentemente transferidas de Sálvington. A assessoria do memorial consiste de mais de um milhão de personalidades.

 

46:5.20 (525.2) 2. Os círculos dos anjos. Como a área residencial dos Filhos, estes círculos dos anjos consistem em sete círculos concêntricos e sucessivamente elevados, cada um dominando as áreas internas.

46:5.21 (525.3) O primeiro círculo dos anjos é ocupado pelas Mais Altas Personalidades do Espírito Infinito, que podem estar estacionadas no mundo sede-central — os Mensageiros Solitários e os seus colaboradores. O segundo círculo é dedicado às hostes de Mensageiros, Conselheiros Técnicos, Companheiros, Inspetores e Registradores, quando estes, porventura, de tempos em tempos, estiverem atuando em Jerusém. O terceiro círculo é ocupado pelos espíritos ministradores das ordens e agrupamentos mais elevados.

46:5.22 (525.4) O quarto círculo é ocupado pelos serafins administradores; e os serafins que servem em um sistema local, como o de Satânia, são uma “inumerável hoste de anjos”. O quinto círculo é ocupado pelos serafins planetários, enquanto o sexto é a casa dos ministros de transição. O sétimo círculo é a esfera de permanência de algumas ordens não reveladas de serafins. Os registradores de todos esses grupos de anjos não permanecem com os seus companheiros, tendo os seus domicílios no templo dos registros de Jerusém. Todos os registros são preservados em triplicata, nessa sala tríplice de arquivos. Na sede-central de um sistema, os arquivos são sempre preservados nas formas material, moroncial e espiritual.

46:5.23 (525.5) Esses sete círculos estão rodeados pelo panorama de exibição de Jerusém, que tem 8 000 quilômetros de circunferência, onde se apresenta o status do avanço dos mundos povoados de Satânia, e é constantemente revisto de modo a representar com exatidão as condições atualizadas de cada planeta, individualmente. Não duvido que esse imenso passeio, dominando os círculos dos anjos, seja a primeira vista de Jerusém a chamar a vossa atenção, quando vos for permitido um lazer mais prolongado nas vossas visitas iniciais.

46:5.24 (525.6) Essas exibições ficam a cargo dos nativos de Jerusém, mas eles são ajudados pelos seres ascendentes dos vários mundos de Satânia, que estão de permanência em Jerusém, a caminho de Edêntia. A descrição das condições planetárias e do progresso nos mundos é efetuada por muitos métodos, alguns conhecidos por vós, mas a maioria o é por meio de técnicas desconhecidas em Urântia. Essas exposições ocupam a borda exterior dessa vasta muralha. O restante do passeio é quase inteiramente aberto, sendo alta e magnificamente decorado.

 

46:5.25 (525.7) 3. Os círculos dos Ajudantes do Universo contêm a sede-central dos Estrelas Vespertinos situada no enorme espaço central. Aqui está localizada a sede-central de Galântia, o comandante adjunto desse grupo poderoso de superanjos, e que foi o primeiro, de todos os Estrelas Vespertinos ascendentes, a receber uma missão. Esse é um dos mais magníficos de todos os setores administrativos de Jerusém, ainda que esteja entre as construções mais recentes. Esse centro tem oitenta quilômetros de diâmetro. A sede-central de Galântia é um cristal monoliticamente fundido, totalmente transparente. Esses cristais material-moronciais são grandemente apreciados tanto pelos seres moronciais quanto pelos materiais. Os Estrelas Vespertinos criados como tais exercem a sua influência em toda a Jerusém, sendo possuidores de grandes atributos extrapessoais. Todo esse mundo adquiriu um aroma espiritual desde que muitas das suas atividades foram transferidas de Sálvington para cá.

 

46:5.26 (526.1) 4. Os círculos dos Mestres Controladores Físicos. As várias ordens de Mestres Controladores Físicos estão concentricamente arranjadas em torno do grande templo do poder, onde o dirigente máximo do poder preside o sistema, em associação com o dirigente dos Supervisores do Poder Moroncial. Esse templo do poder é um dos dois setores em Jerusém ao qual os mortais ascendentes e as criaturas intermediárias não têm acesso permitido. O outro é o setor desmaterializante, na área dos Filhos Materiais, uma série de laboratórios onde os serafins de transporte transformam os seres materiais em um estado muito próximo daquele da ordem moroncial de existência.

 

46:5.27 (526.2) 5. Os círculos dos mortais ascendentes. A área central dos círculos dos mortais ascendentes é ocupada por um grupo de 619 memoriais planetários, representantes dos mundos habitados do sistema; e essas estruturas são submetidas periodicamente a grandes mudanças. É privilégio dos mortais de cada mundo concordar, de tempos em tempos, com algumas das alterações ou acréscimos nos seus memoriais planetários. Muitas mudanças estão ainda agora sendo efetuadas nas estruturas de Urântia. O centro desses 619 templos é ocupado por uma maquete ativa de Edêntia e dos seus muitos mundos de cultura ascendente. Esse modelo tem sessenta e quatro quilômetros de diâmetro e é uma reprodução real do sistema de Edêntia, fiel ao original em cada detalhe.

46:5.28 (526.3) Os ascendentes desfrutam de servir em Jerusém e sentem prazer em observar as técnicas de outros grupos. Tudo o que é feito nesses vários círculos é aberto à plena observação de toda a Jerusém.

46:5.29 (526.4) As atividades desse mundo são de três variedades distintas: trabalho, progressão e divertimento. Colocado de outro modo, são: serviço, estudo e relaxamento. As atividades compostas consistem de relações sociais, entretenimento grupal e adoração divina. Há um grande valor educacional no congraçamento entre os diversos grupos de personalidades, ordens muito diferentes daquela dos vossos próprios companheiros.

 

46:5.30 (526.5) 6. Os círculos das colônias de cortesia. Os sete círculos das colônias de cortesia são ornados por três estruturas enormes: o imenso observatório astronômico de Jerusém, a gigantesca galeria de arte de Satânia e a imensa sala de reunião dos diretores de retrospecção, o teatro das atividades moronciais dedicadas ao descanso e à recreação.

46:5.31 (526.6) Os artesãos celestes dirigem os espornágias e provêem a hoste para decorações criativas e memoriais monumentais, que abundam em todos os lugares de reuniões públicas. Os estúdios desses artesãos estão entre as maiores e mais belas dentre as estruturas sem par desse mundo maravilhoso. As outras colônias de cortesia mantêm sedes-centrais imensas e de grande beleza. Muitos desses prédios são construídos inteiramente de gemas de cristal. Todos os mundos arquitetônicos têm em profusão tanto cristais, bem como os chamados metais preciosos.

 

46:5.32 (527.1) 7. Os círculos dos finalitores apresentam uma estrutura singular no centro. E esse mesmo templo vazio é encontrado em todos os mundos sedes-centrais dos sistemas de Nébadon. Esse edifício em Jerusém está selado com a insígnia de Michael e traz esta inscrição: “Ainda não consagrado ao sétimo estágio do espírito — ao compromisso eterno”. Gabriel colocou o selo nesse templo de mistério, e ninguém, a não ser Michael, pode ou deve romper o selo da soberania, afixado pelo Brilhante Estrela Matutino. Algum dia vós contemplareis esse templo silencioso, ainda que não possais penetrar o seu mistério.

 

46:5.33 (527.2) Outros círculos de Jerusém: Além desses círculos residenciais, em Jerusém há inúmeras outras moradas designadas de modo especial.

 

6. Os Quadrados Executivo-Administrativos

 

46:6.1 (527.3) As divisões executivo-administrativas do sistema estão localizadas nos imensos quadrados departamentais, em número de mil. Cada unidade administrativa está dividida em cem subdivisões de dez subgrupos cada. Esses mil quadrados estão agrupados segundo dez grandes divisões, constituindo assim os dez departamentos administrativos seguintes:

 

46:6.2 (527.4) 1. De manutenção física e melhoramentos materiais, nos domínios do poder e da energia física.

46:6.3 (527.5) 2. De arbitragens, de ética e de julgamento administrativo.

46:6.4 (527.6) 3. De assuntos planetários e locais.

46:6.5 (527.7) 4. De assuntos da constelação e do universo.

46:6.6 (527.8) 5. De educação e outras atividades dos Melquisedeques.

46:6.7 (527.9) 6. De progresso físico planetário e do sistema, nos domínios científicos das atividades de Satânia.

46:6.8 (527.10) 7. De assuntos moronciais.

46:6.9 (527.11) 8. Das atividades e da ética puramente espirituais.

46:6.10 (527.12) 9. Da ministração ascendente.

46:6.11 (527.13) 10. Da filosofia do grande universo.

 

46:6.12 (527.14) Essas estruturas são transparentes; de modo que todas as atividades do sistema podem ser observadas até mesmo pelos estudantes em visita.

 

7. Os Retângulos – Os Espornágias

 

46:7.1 (527.15) Os mil retângulos de Jerusém são habitados pela vida nativa inferior do planeta sede-central e, no seu centro, está situada a imensa sede-central circular dos espornágias.

46:7.2 (527.16) Em Jerusém ficareis assombrados com as realizações na agricultura feitas pelos maravilhosos espornágias. Ali, a terra é amplamente cultivada para efeitos estéticos e ornamentais. Os espornágias são os jardineiros das paisagens dos mundos sedes-centrais, e são originais e artísticos no tratamento que dão aos espaços abertos de Jerusém. Utilizam tanto animais, quanto numerosas invenções mecânicas na cultura do solo. São habilmente inteligentes no emprego das agências de poder dos seus reinos tanto quanto na utilização das numerosas ordens dos seus irmãos inferiores, das criações animais menos evoluídas, muitas das quais são entregues a eles nesses mundos especiais. Essa ordem de vida animal é agora quase totalmente dirigida pelas criaturas intermediárias ascendentes das esferas evolucionárias.

46:7.3 (528.1) Os espornágias não são resididos por Ajustadores. Eles não possuem almas de sobrevivência, mas desfrutam de vidas longas, algumas vezes até de quarenta a cinqüenta mil anos-padrão. O seu número é o de uma legião, e eles podem fazer ministrações físicas a todas as ordens de personalidades, no universo, que estejam necessitando de serviços materiais.

46:7.4 (528.2) Embora os espornágias não possuam uma alma de sobrevivência, e não a desenvolvam, ainda que não tenham personalidade, eles desenvolvem uma individualidade que pode experienciar a reencarnação. Quando, com o passar do tempo, os corpos físicos dessas criaturas singulares deterioram com o uso e a idade, os seus criadores, em colaboração com os Portadores da Vida, produzem novos corpos nos quais os velhos espornágias restabelecem as suas residências.

46:7.5 (528.3) Os espornágias são as únicas criaturas em todo o universo de Nébadon que experienciam essa ou qualquer outra espécie de reencarnação. São sensíveis apenas aos cinco primeiros espíritos ajudantes da mente; não respondem, portanto, aos impulsos dos espíritos da adoração e da sabedoria. Esses cinco ajudantes da mente equivalem, contudo, a um nível total de realidade ou ao sexto nível de realidade, e é esse fator que perdura como uma identidade experiencial.

46:7.6 (528.4) Para descrever essas criaturas úteis e inusitadas, não disponho de nenhuma base de comparação, pois não há animais nos mundos evolucionários comparáveis a eles. Eles não são seres evolucionários, tendo sido projetados pelos Portadores da Vida na sua forma e status atuais. São bissexuais e procriam-se à medida que são requisitados, para fazer face às necessidades de uma população crescente.

46:7.7 (528.5) Talvez, para as mentes de Urântia, eu fizesse melhor sugerindo algo da natureza dessas criaturas belas e úteis, dizendo que elas têm as características do cavalo fiel, combinadas às do cão afetuoso, manifestando uma inteligência que é maior que a do tipo mais elevado de chimpanzé. E são muito belas, se julgadas segundo os padrões físicos de Urântia. Apreciam bastante as atenções a elas demonstradas pelos seres materiais e semimateriais que permanecem nesses mundos arquitetônicos. Elas têm uma vista que lhes permite reconhecer — além dos seres materiais — as criações moronciais, as ordens angélicas mais baixas, as criaturas intermediárias e algumas das ordens menos elevadas de personalidades espirituais. Não compreendem a adoração do Infinito, nem captam a importância do Eterno, mas, por intermédio do afeto que têm pelos seus mestres, elas compartilham das devoções espirituais externas dos seus reinos.

46:7.8 (528.6) Existem aqueles que acreditam que, em uma idade futura do universo, esses espornágias fiéis escaparão do seu nível animal de existência e atingirão um destino evolucionário condigno de crescimento intelectual progressivo e mesmo de realização espiritual.

 

8. Os Triângulos de Jerusém

 

46:8.1 (528.7) Os assuntos puramente rotineiros e locais de Jerusém são dirigidos a partir dos cem triângulos. Estas unidades estão agrupadas em torno das dez estruturas maravilhosas que domiciliam a administração local de Jerusém. Os triângulos estão rodeados pela ilustração panorâmica da história da sede-central do sistema. Atualmente, há um trecho apagado, de cerca de três quilômetros-padrão nessa história circular. Esse setor será restaurado quando Satânia for readmitida na família da constelação. Todos os preparativos para esse acontecimento foram feitos pelos decretos de Michael, mas o tribunal dos Anciães dos Dias ainda não concluiu o julgamento dos assuntos da rebelião de Lúcifer. Satânia não pode voltar à comunidade plena de Norlatiadeque enquanto abrigar arqui-rebeldes, seres de elevada criação que da luz caíram para as trevas.

46:8.2 (529.1) Quando Satânia puder novamente estar vinculada à constelação, então será considerada a readmissão dos mundos isolados à família dos planetas habitados do sistema, acompanhada da sua restauração à comunhão espiritual dos reinos. Contudo, mesmo se Urântia fosse reincorporada aos circuitos do sistema, vós ainda estaríeis embaraçados pelo fato de que o vosso sistema inteiro permanece sob a quarentena imposta por Norlatiadeque, que o isola parcialmente de todos os outros sistemas.

46:8.3 (529.2) Mas, dentro em breve, o julgamento final de Lúcifer e dos seus parceiros proporcionará a reintegração do sistema de Satânia à constelação de Norlatiadeque, e subseqüentemente Urântia e as outras esferas isoladas serão reintegradas aos circuitos de Satânia; e esses mundos desfrutarão, novamente, dos privilégios da comunicação interplanetária e da comunhão entre os sistemas.

46:8.4 (529.3) Haverá um fim para os rebeldes e para a rebelião. Os Governantes Supremos são misericordiosos e pacientes, entretanto a lei que versa sobre o mal deliberadamente alimentado é executada de modo universal e infalível. “A recompensa do pecado é a morte” — a obliteração eterna.

 

46:8.5 (529.4) [Apresentado por um Arcanjo de Nébadon.]