Urântia

OS DOCUMENTOS DE URÂNTIA

- A REVELAÇÃO DO TERCEIRO MILÊNIO -

INDICE

Documento 50

Os Príncipes Planetários

50:0.1 (572.1) Embora pertencentes à ordem dos Filhos Lanonandeque, os Príncipes Planetários são tão especializados no serviço que são comumente considerados como um grupo distinto. Após sua certificação melquisedeque como Lanonandeques secundários, estes Filhos do universo local são designados para as reservas de sua ordem nas sedes-centrais das constelações. A partir daqui eles são designados para vários deveres pelo Soberano do Sistema e finalmente comissionados como Príncipes Planetários e enviados para governar os mundos habitados em evolução.

50:0.2 (572.2) O sinal para um Soberano do Sistema agir na questão de designar um governante para um determinado planeta é a recepção de um pedido dos Portadores da Vida para o despacho de um chefe administrativo para funcionar neste planeta onde eles estabeleceram a vida e desenvolveram seres evolutivos inteligentes. Todos os planetas que são habitados por criaturas mortais evolucionárias têm a eles designado um governante planetário desta ordem de filiação.

 

1. Missão dos Príncipes

 

50:1.1 (572.3) O Príncipe Planetário e seus irmãos assistentes representam a abordagem personalizada mais próxima (além da encarnação) que o Filho Eterno do Paraíso pode fazer às criaturas humildes do tempo e espaço. É verdade que o Filho Criador toca as criaturas dos reinos por meio do espírito dele, mas o Príncipe Planetário é o último das ordens de Filhos pessoais que se estendem desde o Paraíso aos filhos dos homens. O Espírito Infinito aproxima-Se muito nas pessoas das guardiãs do destino e outros seres angélicos; o Pai Universal vive no homem pela presença pré-pessoal dos Monitores do Mistério; mas o Príncipe Planetário representa o último esforço do Filho Eterno e seus Filhos para se aproximarem de vocês. Num mundo recém-habitado o Príncipe Planetário é o único representante da divindade completa, emanando do Filho Criador (a prole do Pai Universal e do Filho Eterno) e da Ministradora Divina (a Filha do Espírito Infinito no universo).

50:1.2 (572.4) O príncipe de um mundo recém-habitado está rodeado por um corpo leal de ajudantes e assistentes e por um grande número de espíritos ministradores. Mas o corpo diretor de tais novos mundos tem que ser das ordens mais baixas dos administradores de um sistema de modo a ser inatamente compassivo e compreensivo com os problemas e dificuldades planetárias. E todo este esforço para providenciar um governo compassivo para os mundos evolucionários acarreta o risco acrescido de que estas personalidades quase humanas possam ser desencaminhadas pela exaltação de suas próprias mentes em vez da vontade dos Governantes Supremos.

50:1.3 (572.5) Estando relativamente sozinhos como representantes da divindade nos planetas individuais, estes Filhos são severamente testados, e Nébadon sofreu o infortúnio de várias rebeliões. Na criação dos Soberanos dos Sistemas e dos Príncipes Planetários ocorre a personalização de um conceito que vem se distanciando cada vez mais do Pai Universal e do Filho Eterno, e há um perigo crescente de perder o senso de proporção quanto à própria autoimportância e uma maior probabilidade de fracasso em manter uma compreensão adequada dos valores e relacionamentos das numerosas ordens de seres divinos e suas gradações de autoridade. Que o Pai não esteja pessoalmente presente no universo local também impõe um certo teste de fé e lealdade a todos estes Filhos.

50:1.4 (573.1) Mas não é frequente estes príncipes dos mundos falharem em suas missões de organizar e administrar as esferas habitadas, e seu sucesso facilita grandemente as missões subsequentes dos Filhos Materiais, os quais vêm para enxertar as formas superiores da vida da criatura nos homens primitivos dos mundos. O governo deles também faz muito para preparar os planetas para os Filhos de Deus do Paraíso, os quais vêm posteriormente para julgar os mundos e inaugurar dispensações sucessivas.

 

2. Administração Planetária

 

50:2.1 (573.2) Todos os Príncipes Planetários estão sob a jurisdição administrativa de Gabriel no universo, o chefe executivo de Micael, enquanto em autoridade imediata estão sujeitos aos mandados executivos dos Soberanos do Sistema.

50:2.2 (573.3) Os Príncipes Planetários podem a qualquer momento buscar o conselho dos Melquisedeques, seus antigos instrutores e patrocinadores, mas eles não são arbitrariamente obrigados a pedir tal assistência e, se tal ajuda não for solicitada voluntariamente, os Melquisedeques não interferem na administração planetária. Estes governantes dos mundos também podem se valer do conselho dos quatro e vinte conselheiros, agregados desde os mundos de consagração no sistema. Em Satânia estes conselheiros são atualmente todos nativos de Urântia. E há um conselho análogo de setenta na sede-central da constelação também selecionados dentre os seres evolucionários dos reinos.

50:2.3 (573.4) O governo dos planetas evolucionários em suas carreiras iniciais e instáveis é amplamente autocrático. Os Príncipes Planetários organizam seus grupos especializados de assistentes dentre seus corpos de auxiliares planetários. Eles geralmente se cercam de um conselho supremo de doze, mas este é escolhido e constituído diversamente nos diferentes mundos. Um Príncipe Planetário também pode ter como assistentes um ou mais da terceira ordem de seu próprio grupo de filiação e às vezes, em certos mundos, um de sua própria ordem, um associado secundário Lanonandeque.

50:2.4 (573.5) A equipe inteira de um governante do mundo consiste em personalidades do Espírito Infinito e certos tipos de seres evoluídos mais elevados e mortais ascendentes de outros mundos. Tal equipe é em média de cerca de mil e, à medida que o planeta progride, este corpo de ajudantes pode ser aumentado para cem mil ou mais. Em qualquer momento que seja sentida a necessidade de mais ajudantes, os Príncipes Planetários têm apenas que fazer o pedido aos seus irmãos, os Soberanos do Sistema, e a petição é imediatamente atendida.

50:2.5 (573.6) Os planetas variam grandemente em natureza, organização e administração, mas todos proveem tribunais de justiça. O sistema judiciário do universo local tem seus começos nos tribunais de um Príncipe Planetário, os quais são presididos por um membro de sua equipe pessoal; os decretos de tais cortes refletem uma atitude altamente paternal e discricionária. Todos os problemas que envolvem mais do que a regulamentação aos habitantes do planeta estão sujeitos a apelação aos tribunais superiores, mas os assuntos de seu domínio mundial são amplamente ajustados de acordo com a escolha pessoal do Príncipe.

50:2.6 (574.1) As comissões itinerantes de conciliadores servem e complementam os tribunais planetários, e tanto os controladores do espírito quanto os físicos estão sujeitos às conclusões destes conciliadores. Mas nenhuma execução arbitrária é empreendida sem o consentimento do Pai da Constelação, pois “os Altíssimos governam nos reinos dos homens”.

50:2.7 (574.2) Os controladores e transformadores designados para o planeta também são capazes de colaborar com os anjos e outras ordens de seres celestiais para tornar estas últimas personalidades visíveis às criaturas mortais. Em ocasiões especiais as ajudantes seráficas e mesmo os Melquisedeques podem e se fazem visíveis aos habitantes dos mundos evolucionários. A principal razão para trazer ascendentes mortais da capital do sistema como parte da equipe do Príncipe Planetário é facilitar a comunicação com os habitantes do reino.

 

3. A Equipe Corpórea do Príncipe

 

50:3.1 (574.3) Ao ir para um mundo jovem, um Príncipe Planetário habitualmente leva consigo um grupo de seres ascendentes voluntários da sede-central do sistema local. Estes ascendentes acompanham o Príncipe como conselheiros e ajudantes no trabalho de aperfeiçoamento inicial da raça. Este corpo de ajudantes materiais constitui o elo de ligação entre o Príncipe e as raças do mundo. O Príncipe de Urântia, Caligástia, tinha um corpo de cem destes ajudantes.

50:3.2 (574.4) Tais assistentes voluntários são cidadãos da capital de um sistema, e nenhum deles se fusionou com seus Ajustadores residentes. O status dos Ajustadores de tais servidores voluntários permanece como residencial na sede-central do sistema enquanto estes progressores da morôncia regressam temporariamente a um estado material anterior.

50:3.3 (574.5) Os Portadores da Vida, os arquitetos da forma, proveem tais voluntários com novos corpos físicos, os quais eles ocupam durante os períodos de sua permanência planetária. Estas formas de personalidade, embora isentas das doenças comuns dos reinos, estão, como os corpos da morôncia iniciais, sujeitas a certos acidentes de natureza mecânica.

50:3.4 (574.6) A equipe corpórea do Príncipe habitualmente é removida do planeta em conexão com a adjudicação seguinte no momento da chegada do segundo Filho à esfera. Antes de partirem, eles costumam atribuir seus vários deveres aos seus descendentes mútuos e a certos voluntários nativos superiores. Naqueles mundos em que estes ajudantes do Príncipe foram autorizados a acasalar com os grupos superiores das raças nativas, tais descendentes habitualmente os sucedem.

50:3.5 (574.7) Estes assistentes do Príncipe Planetário raramente acasalam com as raças do mundo, mas sempre acasalam entre si. Duas classes de seres resultam destas uniões: o tipo primário de criaturas interplanárias e certos tipos elevados de seres materiais que permanecem vinculados à equipe do Príncipe depois que seus progenitores tenham sido removidos do planeta na época da chegada de Adão e Eva. Estes filhos não acasalam com as raças mortais, exceto em certas emergências e então somente por orientação do Príncipe Planetário. Em tal evento, seus filhos – os netos da equipe corpórea – são em status das raças superiores de sua época e geração. Todos os descendentes destes assistentes semimateriais do Príncipe Planetário são resididos por Ajustadores.

50:3.6 (575.1) No final da dispensação do Príncipe, quando chega a hora para esta “equipe de reversão” regressar à sede-central do sistema para a retomada da carreira ao Paraíso, estes ascendentes se apresentam aos Portadores da Vida com o propósito de entregarem seus corpos materiais. Eles entram no sono de transição e despertam libertos de sua vestimenta mortal e envoltos com formas da morôncia, prontos para o transporte seráfico de volta à capital do sistema, onde seus Ajustadores desconectados os aguardam. Eles estão atrasados uma dispensação inteira relativamente à sua classe de Jerusém, mas ganharam uma experiência singular e extraordinária, um capítulo raro na carreira de um mortal ascendente.

 

4. As Sedes-Centrais e Escolas Planetárias

 

50:4.1 (575.2) A equipe corpórea do Príncipe desde cedo organiza as escolas planetárias de treinamento e cultura, nas quais a nata das raças evolucionárias é instruída e depois enviada para ensinar estes melhores caminhos ao seu povo. Estas escolas do Príncipe estão localizadas na sede-central material do planeta.

50:4.2 (575.3) Muito do trabalho físico relacionado com o estabelecimento desta cidade-sede é desempenhado pela equipe corpórea. Tais cidades-sede, ou assentamentos, dos primeiros tempos do Príncipe Planetário são muito diferentes daquilo que um mortal de Urântia poderia imaginar. Em comparação com épocas posteriores, elas são simples, caracterizando-se pela ornamentação mineral e pela construção material relativamente avançada. E tudo isto contrasta com o regime adâmico centrado em torno de uma sede-jardim, desde a qual o trabalho deles em favor das raças é processado durante a segunda dispensação dos Filhos do universo.

50:4.3 (575.4) No assentamento da sede-central no mundo de vocês cada habitação humana era provida de abundância de terra. Embora as tribos remotas continuassem a caçar e coletar alimentos, os estudantes e instrutores das escolas do Príncipe eram todos agricultores e horticultores. O tempo era dividido igualmente entre as seguintes atividades:

 

50:4.4 (575.5) 1. Trabalho físico. Cultivo do solo, associado à construção e embelezamento da casa.

50:4.5 (575.6) 2. Atividades sociais. Espetáculos lúdicos e agrupamentos sociais culturais.

50:4.6 (575.7) 3. Aplicação educacional. Instrução individual em conexão com o ensino em grupo familiar, complementada por treinamento especializado em classe.

50:4.7 (575.8) 4. Treinamento vocacional. Escolas de casamento e construção do lar, as escolas de artes e treinamento de ofícios e as aulas para treinamento de instrutores – seculares, culturais e religiosos.

50:4.8 (575.9) 5. Cultura espiritual. A irmandade dos instrutores, o esclarecimento de grupos de infância e juventude e o treinamento de crianças nativas adotadas como missionárias para o seu povo.

 

50:4.9 (575.10) Um Príncipe Planetário não é visível para os seres mortais; é um teste de fé acreditar nas representações dos seres semimateriais da sua equipe. Mas estas escolas de cultura e treinamento estão bem adaptadas às necessidades de cada planeta, e logo se desenvolve uma rivalidade intensa e louvável entre as raças dos homens em seus esforços para obterem acesso a estas várias instituições de aprendizado.

50:4.10 (575.11) A partir de tal centro mundial de cultura e realizações gradualmente irradia para todos os povos uma influência edificante e civilizadora que lenta e certamente transforma as raças evolucionárias. Enquanto isso, as crianças educadas e espiritualizadas dos povos vizinhos que foram adotadas e treinadas nas escolas do Príncipe estão retornando aos seus grupos nativos e, com o melhor de sua capacidade, estão ali estabelecendo novos e potentes centros de aprendizado e cultura que levam adiante de acordo com o plano das escolas do Príncipe.

50:4.11 (576.1) Em Urântia estes planos para o progresso planetário e o avanço cultural estavam bem encaminhados, evoluindo de maneira muito satisfatória, quando o empreendimento inteiro foi levado a um fim bastante súbito e inglório pela adesão de Caligástia à rebelião de Lúcifer.

50:4.12 (576.2) Um dos episódios mais profundamente chocantes desta rebelião para mim foi saber da perfídia insensível de um da minha própria ordem de filiação, Caligástia, o qual, deliberadamente e com malícia premeditada, perverteu sistematicamente a instrução e envenenou o ensino providenciado em todas as escolas planetárias de Urântia em operação naquela época. A destruição destas escolas foi rápida e completa.

50:4.13 (576.3) Muitos da progênie dos ascendentes da equipe materializada do Príncipe permaneceram leais, desertando das fileiras de Caligástia. Estes leais foram encorajados pelos mandatários Melquisedeques de Urântia, e em tempos posteriores seus descendentes fizeram muito para defender os conceitos planetários de verdade e retidão. O trabalho destes evangelistas leais ajudou a evitar a total obliteração da verdade espiritual em Urântia. Estas almas corajosas e seus descendentes mantiveram vivo algum conhecimento do governo do Pai e preservaram para as raças do mundo o conceito das sucessivas dispensações planetárias das várias ordens de Filhos divinos.

 

5. Civilização Progressiva

 

50:5.1 (576.4) Os príncipes leais dos mundos habitados estão permanentemente vinculados aos planetas de sua designação original. Os Filhos do Paraíso e suas dispensações podem ir e vir, mas um Príncipe Planetário bem-sucedido continua como o governante do seu reino. Seu trabalho é bastante independente das missões dos Filhos mais elevados, sendo projetado para fomentar o desenvolvimento da civilização planetária.

50:5.2 (576.5) O progresso da civilização dificilmente é semelhante em quaisquer dois planetas. Os detalhes do desdobramento da evolução mortal são muito diferentes em numerosos mundos dessemelhantes. Apesar destas muitas diversificações do desenvolvimento planetário ao longo de linhas físicas, intelectuais e sociais, todas as esferas evolutivas progridem em certas direções bem definidas.

50:5.3 (576.6) Sob o governo benigno de um Príncipe Planetário, intensificado pelos Filhos Materiais e pontuado pelas missões periódicas dos Filhos do Paraíso, as raças mortais num mundo mediano do tempo e espaço passarão sucessivamente pelas sete seguintes épocas de desenvolvimento:

 

50:5.4 (576.7) 1. A época da nutrição. As criaturas pré-humanas e as raças do alvorecer do homem primitivo estão principalmente envolvidas com problemas alimentares. Estes seres em evolução passam suas horas de vigília procurando comida ou lutando, ofensivamente ou defensivamente. A busca por comida é primordial nas mentes destes primeiros ancestrais da civilização subsequente.

50:5.5 (576.8) 2. A era da segurança. Assim que o caçador primitivo pode poupar algum tempo da busca por comida, ele transforma este lazer em intensificação da sua segurança. Cada vez mais atenção é dedicada à técnica da guerra. Os lares são fortificados e os clãs são solidificados pelo medo mútuo e pela inculcação do ódio por grupos estrangeiros. A autopreservação é uma busca que sempre segue a automanutenção.

50:5.6 (577.1) 3. A era do conforto material. Depois de terem sido parcialmente resolvidos os problemas alimentares e se ter alcançado algum grau de segurança, o lazer adicional é utilizado para promover o conforto pessoal. O luxo rivaliza com a necessidade para ocupar o centro do palco das atividades humanas. Tal era é demasiadas vezes caracterizada por tirania, intolerância, glutonaria e embriaguez. Os elementos mais fracos das raças se inclinam para os excessos e a brutalidade. Gradualmente estes fracos em busca de prazer são subjugados pelos elementos mais fortes e amantes da verdade da civilização em avanço.

50:5.7 (577.2) 4. A busca por conhecimento e sabedoria. Alimentação, segurança, prazer e lazer proporcionam a base para o desenvolvimento da cultura e a disseminação do conhecimento. O esforço para levar o conhecimento à prática resulta em sabedoria, e quando uma cultura aprendeu a lucrar e melhorar pela experiência, a civilização realmente veio. Alimento, segurança e conforto material ainda dominam a sociedade, mas muitos indivíduos voltados para o futuro estão famintos por conhecimento e sedentos por sabedoria. Cada criança tem a oportunidade de aprender fazendo; educação é a palavra de ordem destas eras.

50:5.8 (577.3) 5. A época da filosofia e da fraternidade. Quando os mortais aprendem a pensar e começam a tirar proveito da experiência, tornam-se filosóficos – começam a raciocinar por si mesmos e a exercer um julgamento discriminativo. A sociedade desta época torna-se ética, e os mortais de tal era estão realmente se tornando seres morais. Seres morais sábios são capazes de estabelecer a fraternidade humana num tal mundo em progresso. Os seres éticos e morais podem aprender a viver de acordo com a regra de ouro.

50:5.9 (577.4) 6. A era do esforço espiritual. Quando os mortais em evolução tiverem passado pelos estágios de desenvolvimento físico, intelectual e social, mais cedo ou mais tarde eles atingem os níveis de discernimento pessoal que os impelem a buscar satisfações espirituais e entendimentos cósmicos. A religião está completando a ascensão desde os domínios emocionais do medo e superstição aos altos níveis da sabedoria cósmica e experiência espiritual pessoal. A educação aspira à obtenção de significados, e a cultura capta as relações cósmicas e valores verdadeiros. Tais mortais em evolução são genuinamente cultos, verdadeiramente educados e primorosamente conhecedores de Deus.

50:5.10 (577.5) 7. A era de luz e da vida. Este é o florescimento das eras sucessivas de segurança física, expansão intelectual, cultura social e realização espiritual. Estas conquistas humanas estão agora misturadas, associadas e coordenadas em unidade cósmica e serviço altruísta. Dentro das limitações da natureza finita e dos dotes materiais não há limites estabelecidos para as possibilidades de realização evolutiva pelas gerações em avanço que vivem sucessivamente nestes mundos supernos e estabelecidos do tempo e espaço.

50:5.11 (577.6) Depois de servirem suas esferas por meio de sucessivas dispensações da história do mundo e das épocas progressivas do avanço planetário, os Príncipes Planetários são elevados à posição de Soberanos Planetários na inauguração da era de luz e vida.

 

6. Cultura Planetária

 

50:6.1 (578.1) O isolamento de Urântia torna impossível empreender a apresentação de muitos detalhes da vida e do ambiente de seus vizinhos em Satânia. Nestas apresentações estamos limitados pela quarentena planetária e pelo isolamento do sistema. Temos que ser guiados por estas restrições em todos os nossos esforços para esclarecer os mortais de Urântia, mas, na medida do permitido, vocês foram instruídos sobre o progresso de um mundo evolucionário mediano e são capazes de comparar a carreira de um tal mundo com o presente estado de Urântia.

50:6.2 (578.2) O desenvolvimento da civilização em Urântia não tem diferido tanto do de outros mundos que suportaram o infortúnio do isolamento espiritual. Mas, quando comparado com os mundos leais do universo, seu planeta parece extremamente confuso e grandemente atrasado em todas as fases do progresso intelectual e realização espiritual.

50:6.3 (578.3) Por causa de seus infortúnios planetários, os urantianos estão impedidos de entender muito sobre a cultura dos mundos normais. Mas vocês não devem imaginar os mundos evolucionários, mesmo os mais ideais, como esferas onde a vida é um mar de rosas e facilidades. A vida inicial das raças mortais é sempre acompanhada de luta. Esforço e decisão são uma parte essencial da aquisição de valores de sobrevivência.

50:6.4 (578.4) A cultura pressupõe qualidade da mente; a cultura não pode ser aprimorada a menos que a mente seja elevada. O intelecto superior buscará uma cultura nobre e encontrará alguma maneira de atingir tal meta. As mentes inferiores desprezarão a cultura mais elevada, mesmo quando apresentada a elas pronta. Muito depende, também, das sucessivas missões dos Filhos divinos e da extensão em que o esclarecimento é recebido pelas eras das respectivas dispensações deles.

50:6.5 (578.5) Vocês não devem esquecer que por duzentos mil anos todos os mundos de Satânia permaneceram sob o banimento espiritual de Norlatiadeque em consequência da rebelião de Lúcifer. E se requererão eras após eras para recuperar as desvantagens resultantes do pecado e secessão. Seu mundo ainda continua a seguir uma carreira irregular e volátil como resultado da dupla tragédia de um Príncipe Planetário rebelde e um Filho Material fracassado. Mesmo a consagração de Cristo Micael em Urântia não anulou imediatamente as consequências temporais destes graves erros na administração inicial do mundo.

 

7. As Recompensas do Isolamento

 

50:7.1 (578.6) À primeira vista pode parecer que Urântia e seus mundos isolados associados são extremamente desafortunados por serem privados da presença e influência benéficas de personalidades supra-humanas como um Príncipe Planetário e um Filho e Filha Materiais. Mas o isolamento destas esferas oferece às suas raças uma oportunidade única para o exercício da fé e para o desenvolvimento de uma qualidade peculiar de certeza na confiabilidade cósmica que não depende da visão ou de qualquer outra consideração material. Pode acontecer, finalmente, que criaturas mortais provenientes dos mundos em quarentena por causa da rebelião sejam extremamente afortunadas. Descobrimos que a tais ascendentes muito cedo são confiadas numerosas tarefas especiais para empreendimentos cósmicos onde a fé inquestionável e a confiança sublime são essenciais para a realização.

50:7.2 (579.1) Em Jerusém os ascendentes destes mundos isolados ocupam um setor residencial à parte e são conhecidos como agondonteiros, ou seja, criaturas volitivas evolucionárias que conseguem acreditar sem ver, perseverar quando isoladas e triunfar sobre dificuldades insuperáveis mesmo quando estão sozinhas. Este agrupamento funcional dos agondonteiros persiste ao longo da ascensão do universo local e da travessia do superuniverso; desaparece durante a estada em Havona, mas reaparece prontamente após o alcançar do Paraíso e definitivamente persiste no Corpo da Finalidade Mortal. Tabamântia é um agondonteiro com status de finalitor, tendo sobrevivido de uma das esferas em quarentena envolvidas na primeira rebelião a jamais ocorrer nos universos do tempo e espaço.

50:7.3 (579.2) Durante toda a carreira até o Paraíso, a recompensa segue o esforço como o resultado às causas. Tais recompensas diferenciam o indivíduo da média, proporcionam um diferencial de experiência da criatura e contribuem para a versatilidade dos desempenhos finais no corpo coletivo dos finalitores.

 

50:7.4 (579.3) [Apresentado por um Filho Lanonandeque Secundário do Corpo de Reserva.]

 

Paper 50

The Planetary Princes

50:0.1 (572.1) WHILE belonging to the order of Lanonandek Sons, the Planetary Princes are so specialized in service that they are commonly regarded as a distinct group. After their Melchizedek certification as secondary Lanonandeks, these local universe Sons are assigned to the reserves of their order on the constellation headquarters. From here they are assigned to various duties by the System Sovereign and eventually commissioned as Planetary Princes and sent forth to rule the evolving inhabited worlds.

50:0.2 (572.2) The signal for a System Sovereign to act in the matter of assigning a ruler to a given planet is the reception of a request from the Life Carriers for the dispatch of an administrative head to function on this planet whereon they have established life and developed intelligent evolutionary beings. All planets which are inhabited by evolutionary mortal creatures have assigned to them a planetary ruler of this order of sonship.


1. Mission of the Princes


50:1.1 (572.3) The Planetary Prince and his assistant brethren represent the nearest personalized approach (aside from incarnation) that the Eternal Son of Paradise can make to the lowly creatures of time and space. True, the Creator Son touches the creatures of the realms through his spirit, but the Planetary Prince is the last of the orders of personal Sons extending out from Paradise to the children of men. The Infinite Spirit comes very near in the persons of the guardians of destiny and other angelic beings; the Universal Father lives in man by the prepersonal presence of the Mystery Monitors; but the Planetary Prince represents the last effort of the Eternal Son and his Sons to draw near you. On a newly inhabited world the Planetary Prince is the sole representative of complete divinity, springing from the Creator Son (the offspring of the Universal Father and the Eternal Son) and the Divine Minister (the universe Daughter of the Infinite Spirit).

50:1.2 (572.4) The prince of a newly inhabited world is surrounded by a loyal corps of helpers and assistants and by large numbers of the ministering spirits. But the directing corps of such new worlds must be of the lower orders of the administrators of a system in order to be innately sympathetic with, and understanding of, the planetary problems and difficulties. And all of this effort to provide sympathetic rulership for the evolutionary worlds entails the increased liability that these near-human personalities may be led astray by the exaltation of their own minds over and above the will of the Supreme Rulers.

50:1.3 (572.5) Being quite alone as representatives of divinity on the individual planets, these Sons are tested severely, and Nebadon has suffered the misfortune of several rebellions. In the creation of the System Sovereigns and the Planetary Princes there occurs the personalization of a concept that has been getting farther and farther away from the Universal Father and the Eternal Son, and there is an increasing danger of losing the sense of proportion as to one’s self-importance and a greater likelihood of failure to keep a proper grasp of the values and relationships of the numerous orders of divine beings and their gradations of authority. That the Father is not personally present in the local universe also imposes a certain test of faith and loyalty on all these Sons.

50:1.4 (573.1) But not often do these world princes fail in their missions of organizing and administering the inhabited spheres, and their success greatly facilitates the subsequent missions of the Material Sons, who come to engraft the higher forms of creature life on the primitive men of the worlds. Their rule also does much to prepare the planets for the Paradise Sons of God, who subsequently come to judge the worlds and to inaugurate successive dispensations.


2. Planetary Administration


50:2.1 (573.2) All Planetary Princes are under the universe administrative jurisdiction of Gabriel, the chief executive of Michael, while in immediate authority they are subject to the executive mandates of the System Sovereigns.

50:2.2 (573.3) The Planetary Princes may at any time seek the counsel of the Melchizedeks, their former instructors and sponsors, but they are not arbitrarily required to ask for such assistance, and if such aid is not voluntarily requested, the Melchizedeks do not interfere with the planetary administration. These world rulers may also avail themselves of the advice of the four and twenty counselors, assembled from the bestowal worlds of the system. In Satania these counselors are at present all natives of Urantia. And there is an analogous council of seventy at the constellation headquarters also selected from the evolutionary beings of the realms.

50:2.3 (573.4) The rule of the evolutionary planets in their early and unsettled careers is largely autocratic. The Planetary Princes organize their specialized groups of assistants from among their corps of planetary aids. They usually surround themselves with a supreme council of twelve, but this is variously chosen and diversely constituted on the different worlds. A Planetary Prince may also have as assistants one or more of the third order of his own group of sonship and sometimes, on certain worlds, one of his own order, a secondary Lanonandek associate.

50:2.4 (573.5) The entire staff of a world ruler consists of personalities of the Infinite Spirit and certain types of higher evolved beings and ascending mortals from other worlds. Such a staff averages about one thousand, and as the planet progresses, this corps of helpers may be increased up to one hundred thousand or more. At any time need is felt for more helpers, the Planetary Princes have only to make request of their brothers, the System Sovereigns, and the petition is granted forthwith.

50:2.5 (573.6) Planets vary greatly in nature and organization and in administration, but all provide for tribunals of justice. The judicial system of the local universe has its beginnings in the tribunals of a Planetary Prince, which are presided over by a member of his personal staff; the decrees of such courts reflect a highly fatherly and discretionary attitude. All problems involving more than the regulation of the planetary inhabitants are subject to appeal to the higher tribunals, but the affairs of his world domain are largely adjusted in accordance with the personal discretion of the prince.

50:2.6 (574.1) The roving commissions of conciliators serve and supplement the planetary tribunals, and both spirit and physical controllers are subject to the findings of these conciliators. But no arbitrary execution is ever carried out without the consent of the Constellation Father, for the “Most Highs rule in the kingdoms of men.”

50:2.7 (574.2) The controllers and transformers of planetary assignment are also able to collaborate with angels and other orders of celestial beings in rendering these latter personalities visible to mortal creatures. On special occasions the seraphic helpers and even the Melchizedeks can and do make themselves visible to the inhabitants of the evolutionary worlds. The principal reason for bringing mortal ascenders from the system capital as a part of the staff of the Planetary Prince is to facilitate communication with the inhabitants of the realm.


3. The Prince’s Corporeal Staff


50:3.1 (574.3) On going to a young world, a Planetary Prince usually takes with him a group of volunteer ascending beings from the local system headquarters. These ascenders accompany the prince as advisers and helpers in the work of early race improvement. This corps of material helpers constitutes the connecting link between the prince and the world races. The Urantia Prince, Caligastia, had a corps of one hundred such helpers.

50:3.2 (574.4) Such volunteer assistants are citizens of a system capital, and none of them have fused with their indwelling Adjusters. The status of the Adjusters of such volunteer servers remains as of the residential standing on the system headquarters while these morontia progressors temporarily revert to a former material state.

50:3.3 (574.5) The Life Carriers, the architects of form, provide such volunteers with new physical bodies, which they occupy for the periods of their planetary sojourn. These personality forms, while exempt from the ordinary diseases of the realms, are, like the early morontia bodies, subject to certain accidents of a mechanical nature.

50:3.4 (574.6) The prince’s corporeal staff are usually removed from the planet in connection with the next adjudication at the time of the second Son’s arrival on the sphere. Before leaving, they customarily assign their various duties to their mutual offspring and to certain superior native volunteers. On those worlds where these helpers of the prince have been permitted to mate with the superior groups of the native races, such offspring usually succeed them.

50:3.5 (574.7) These assistants to the Planetary Prince seldom mate with the world races, but they do always mate among themselves. Two classes of beings result from these unions: the primary type of midway creatures and certain high types of material beings who remain attached to the prince’s staff after their parents have been removed from the planet at the time of the arrival of Adam and Eve. These children do not mate with the mortal races except in certain emergencies and then only by direction of the Planetary Prince. In such an event, their children—the grandchildren of the corporeal staff—are in status as of the superior races of their day and generation. All the offspring of these semimaterial assistants of the Planetary Prince are Adjuster indwelt.

50:3.6 (575.1) At the end of the prince’s dispensation, when the time comes for this “reversion staff” to be returned to the system headquarters for the resumption of the Paradise career, these ascenders present themselves to the Life Carriers for the purpose of yielding up their material bodies. They enter the transition slumber and awaken delivered from their mortal investment and clothed with morontia forms, ready for seraphic transportation back to the system capital, where their detached Adjusters await them. They are a whole dispensation behind their Jerusem class, but they have gained a unique and extraordinary experience, a rare chapter in the career of an ascending mortal.


4. The Planetary Headquarters and Schools


50:4.1 (575.2) The prince’s corporeal staff early organize the planetary schools of training and culture, wherein the cream of the evolutionary races are instructed and then sent forth to teach these better ways to their people. These schools of the prince are located at the material headquarters of the planet.

50:4.2 (575.3) Much of the physical work connected with the establishment of this headquarters city is performed by the corporeal staff. Such headquarters cities, or settlements, of the early times of the Planetary Prince are very different from what a Urantia mortal might imagine. They are, in comparison with later ages, simple, being characterized by mineral embellishment and by relatively advanced material construction. And all of this stands in contrast with the Adamic regime centering around a garden headquarters, from which their work in behalf of the races is prosecuted during the second dispensation of the universe Sons.

50:4.3 (575.4) In the headquarters settlement on your world every human habitation was provided with abundance of land. Although the remote tribes continued in hunting and food foraging, the students and teachers in the Prince’s schools were all agriculturists and horticulturists. The time was about equally divided between the following pursuits:


50:4.4 (575.5) 1. Physical labor. Cultivation of the soil, associated with home building and embellishment.

50:4.5 (575.6) 2. Social activities. Play performances and cultural social groupings.

50:4.6 (575.7) 3. Educational application. Individual instruction in connection with family-group teaching, supplemented by specialized class training.

50:4.7 (575.8) 4. Vocational training. Schools of marriage and homemaking, the schools of art and craft training, and the classes for the training of teachers—secular, cultural, and religious.

50:4.8 (575.9) 5. Spiritual culture. The teacher brotherhood, the enlightenment of childhood and youth groups, and the training of adopted native children as missionaries to their people.


50:4.9 (575.10) A Planetary Prince is not visible to mortal beings; it is a test of faith to believe the representations of the semimaterial beings of his staff. But these schools of culture and training are well adapted to the needs of each planet, and there soon develops a keen and laudatory rivalry among the races of men in their efforts to gain entrance to these various institutions of learning.

50:4.10 (575.11) From such a world center of culture and achievement there gradually radiates to all peoples an uplifting and civilizing influence which slowly and certainly transforms the evolutionary races. Meantime the educated and spiritualized children of the surrounding peoples who have been adopted and trained in the prince’s schools are returning to their native groups and, to the best of their ability, are there establishing new and potent centers of learning and culture which they carry on according to the plan of the prince’s schools.

50:4.11 (576.1) On Urantia these plans for planetary progress and cultural advancement were well under way, proceeding most satisfactorily, when the whole enterprise was brought to a rather sudden and most inglorious end by Caligastia’s adherence to the Lucifer rebellion.

50:4.12 (576.2) It was one of the most profoundly shocking episodes of this rebellion for me to learn of the callous perfidy of one of my own order of sonship, Caligastia, who, in deliberation and with malice aforethought, systematically perverted the instruction and poisoned the teaching provided in all the Urantia planetary schools in operation at that time. The wreck of these schools was speedy and complete.

50:4.13 (576.3) Many of the offspring of the ascenders of the Prince’s materialized staff remained loyal, deserting the ranks of Caligastia. These loyalists were encouraged by the Melchizedek receivers of Urantia, and in later times their descendants did much to uphold the planetary concepts of truth and righteousness. The work of these loyal evangels helped to prevent the total obliteration of spiritual truth on Urantia. These courageous souls and their descendants kept alive some knowledge of the Father’s rule and preserved for the world races the concept of the successive planetary dispensations of the various orders of divine Sons.


5. Progressive Civilization


50:5.1 (576.4) The loyal princes of the inhabited worlds are permanently attached to the planets of their original assignment. Paradise Sons and their dispensations may come and go, but a successful Planetary Prince continues on as the ruler of his realm. His work is quite independent of the missions of the higher Sons, being designed to foster the development of planetary civilization.

50:5.2 (576.5) The progress of civilization is hardly alike on any two planets. The details of the unfoldment of mortal evolution are very different on numerous dissimilar worlds. Notwithstanding these many diversifications of planetary development along physical, intellectual, and social lines, all evolutionary spheres progress in certain well-defined directions.

50:5.3 (576.6) Under the benign rule of a Planetary Prince, augmented by the Material Sons and punctuated by the periodic missions of the Paradise Sons, the mortal races on an average world of time and space will successively pass through the following seven developmental epochs:

50:5.4 (576.7) 1. The nutrition epoch. The prehuman creatures and the dawn races of primitive man are chiefly concerned with food problems. These evolving beings spend their waking hours either in seeking food or in fighting, offensively or defensively. The food quest is paramount in the minds of these early ancestors of subsequent civilization.

50:5.5 (576.8) 2. The security age. Just as soon as the primitive hunter can spare any time from the search for food, he turns this leisure to augmenting his security. More and more attention is devoted to the technique of war. Homes are fortified, and the clans are solidified by mutual fear and by the inculcation of hate for foreign groups. Self-preservation is a pursuit which always follows self-maintenance.

50:5.6 (577.1) 3. The material-comfort era. After food problems have been partially solved and some degree of security has been attained, the additional leisure is utilized to promote personal comfort. Luxury vies with necessity in occupying the center of the stage of human activities. Such an age is all too often characterized by tyranny, intolerance, gluttony, and drunkenness. The weaker elements of the races incline towards excesses and brutality. Gradually these pleasure-seeking weaklings are subjugated by the more strong and truth-loving elements of the advancing civilization.

50:5.7 (577.2) 4. The quest for knowledge and wisdom. Food, security, pleasure, and leisure provide the foundation for the development of culture and the spread of knowledge. The effort to execute knowledge results in wisdom, and when a culture has learned how to profit and improve by experience, civilization has really arrived. Food, security, and material comfort still dominate society, but many forward-looking individuals are hungering for knowledge and thirsting for wisdom. Every child is provided an opportunity to learn by doing; education is the watchword of these ages.

50:5.8 (577.3) 5. The epoch of philosophy and brotherhood. When mortals learn to think and begin to profit by experience, they become philosophical—they start out to reason within themselves and to exercise discriminative judgment. The society of this age becomes ethical, and the mortals of such an era are truly becoming moral beings. Wise moral beings are capable of establishing human brotherhood on such a progressing world. Ethical and moral beings can learn how to live in accordance with the golden rule.

50:5.9 (577.4) 6. The age of spiritual striving. When evolving mortals have passed through the physical, intellectual, and social stages of development, sooner or later they attain those levels of personal insight which impel them to seek for spiritual satisfactions and cosmic understandings. Religion is completing the ascent from the emotional domains of fear and superstition to the high levels of cosmic wisdom and personal spiritual experience. Education aspires to the attainment of meanings, and culture grasps at cosmic relationships and true values. Such evolving mortals are genuinely cultured, truly educated, and exquisitely God-knowing.

50:5.10 (577.5) 7. The era of light and life. This is the flowering of the successive ages of physical security, intellectual expansion, social culture, and spiritual achievement. These human accomplishments are now blended, associated, and co-ordinated in cosmic unity and unselfish service. Within the limitations of finite nature and material endowments there are no bounds set upon the possibilities of evolutionary attainment by the advancing generations who successively live upon these supernal and settled worlds of time and space.

50:5.11 (577.6) After serving their spheres through successive dispensations of world history and the progressing epochs of planetary progress, the Planetary Princes are elevated to the position of Planetary Sovereigns upon the inauguration of the era of light and life.


6. Planetary Culture


50:6.1 (578.1) The isolation of Urantia renders it impossible to undertake the presentation of many details of the life and environment of your Satania neighbors. In these presentations we are limited by the planetary quarantine and by the system isolation. We must be guided by these restrictions in all our efforts to enlighten Urantia mortals, but in so far as is permissible, you have been instructed in the progress of an average evolutionary world, and you are able to compare such a world’s career with the present state of Urantia.

50:6.2 (578.2) The development of civilization on Urantia has not differed so greatly from that of other worlds which have sustained the misfortune of spiritual isolation. But when compared with the loyal worlds of the universe, your planet seems most confused and greatly retarded in all phases of intellectual progress and spiritual attainment.

50:6.3 (578.3) Because of your planetary misfortunes, Urantians are prevented from understanding very much about the culture of normal worlds. But you should not envisage the evolutionary worlds, even the most ideal, as spheres whereon life is a flowery bed of ease. The initial life of the mortal races is always attended by struggle. Effort and decision are an essential part of the acquirement of survival values.

50:6.4 (578.4) Culture presupposes quality of mind; culture cannot be enhanced unless mind is elevated. Superior intellect will seek a noble culture and find some way to attain such a goal. Inferior minds will spurn the highest culture even when presented to them ready-made. Much depends, also, upon the successive missions of the divine Sons and upon the extent to which enlightenment is received by the ages of their respective dispensations.

50:6.5 (578.5) You should not forget that for two hundred thousand years all the worlds of Satania have rested under the spiritual ban of Norlatiadek in consequence of the Lucifer rebellion. And it will require age upon age to retrieve the resultant handicaps of sin and secession. Your world still continues to pursue an irregular and checkered career as a result of the double tragedy of a rebellious Planetary Prince and a defaulting Material Son. Even the bestowal of Christ Michael on Urantia did not immediately set aside the temporal consequences of these serious blunders in the earlier administration of the world.


7. The Rewards of Isolation


50:7.1 (578.6) On first thought it might appear that Urantia and its associated isolated worlds are most unfortunate in being deprived of the beneficent presence and influence of such superhuman personalities as a Planetary Prince and a Material Son and Daughter. But isolation of these spheres affords their races a unique opportunity for the exercise of faith and for the development of a peculiar quality of confidence in cosmic reliability which is not dependent on sight or any other material consideration. It may turn out, eventually, that mortal creatures hailing from the worlds quarantined in consequence of rebellion are extremely fortunate. We have discovered that such ascenders are very early intrusted with numerous special assignments to cosmic undertakings where unquestioned faith and sublime confidence are essential to achievement.

50:7.2 (579.1) On Jerusem the ascenders from these isolated worlds occupy a residential sector by themselves and are known as the agondonters, meaning evolutionary will creatures who can believe without seeing, persevere when isolated, and triumph over insuperable difficulties even when alone. This functional grouping of the agondonters persists throughout the ascension of the local universe and the traversal of the superuniverse; it disappears during the sojourn in Havona but promptly reappears upon the attainment of Paradise and definitely persists in the Corps of the Mortal Finality. Tabamantia is an agondonter of finaliter status, having survived from one of the quarantined spheres involved in the first rebellion ever to take place in the universes of time and space.

50:7.3 (579.2) All through the Paradise career, reward follows effort as the result of causes. Such rewards set off the individual from the average, provide a differential of creature experience, and contribute to the versatility of ultimate performances in the collective body of the finaliters.

50:7.4 (579.3) [Presented by a Secondary Lanonandek Son of the Reserve Corps.]

 

Documento 50

Os Príncipes Planetários

50:0.1 (572.1) EMBORA pertençam à ordem dos Filhos Lanonandeques, os Príncipes Planetários prestam um serviço tão especializado que são considerados comumente como um grupo distinto. Depois de haverem sido confirmados pelos Melquisedeques como Lanonandeques secundários, esses Filhos do universo local são designados para as reservas da ordem nas sedes-centrais da constelação. Daí são designados para vários deveres pelo Soberano do Sistema, finalmente sendo comissionados como Príncipes Planetários e enviados para governar os mundos habitados em evolução.

50:0.2 (572.2) O sinal para que o Soberano do Sistema proceda na questão da designação de um governante, a um determinado planeta, é a recepção de um pedido dos Portadores da Vida para que despache um dirigente administrativo com o fito de funcionar naquele planeta onde eles estabeleceram a vida e desenvolveram seres inteligentes evolucionários. Todos os planetas habitados por criaturas mortais evolucionárias têm um governante planetário, dessa ordem de filiação, designado para eles.

 

1. A Missão dos Príncipes

 

50:1.1 (572.3) O Príncipe Planetário e os seus irmãos assistentes representam a forma personalizada por meio da qual o Filho Eterno do Paraíso pode aproximar-se, o mais perto possível (encarnação à parte), das criaturas inferiores do tempo e do espaço. É bem verdade que o Filho Criador alcança as criaturas dos reinos por intermédio do seu espírito, todavia, o Príncipe Planetário é a última das ordens de Filhos pessoais, que se estende desde o Paraíso até os filhos dos homens. O Espírito Infinito chega até bem próximo dos filhos dos homens, nas pessoas dos guardiães do destino e outros seres angélicos; o Pai Universal vive no homem por meio da presença pré-pessoal dos Monitores Misteriosos; mas o Príncipe Planetário representa o último esforço do Filho Eterno, e dos seus Filhos, para aproximar-se de vós. Num mundo recém-habitado, o Príncipe Planetário é o único representante da divindade completa, originário do Filho Criador (que é uma progênie direta do Pai Universal e do Filho Eterno) e da Ministra Divina (a Filha, no universo, do Espírito Infinito)

50:1.2 (572.4) O príncipe de um mundo recém-habitado é cercado de um corpo de ajudantes leais e de assistentes, bem como de um número grande de espíritos ministradores. Contudo, o corpo diretor desses novos mundos deve ser composto das ordens mais baixas dos administradores de um sistema, a fim de que seja inatamente compassivo e compreensivo para com os problemas e as dificuldades do planeta. E todo esse esforço de prover um governo compassivo para os mundos evolucionários envolve um risco crescente de que essas personalidades quase humanas possam ser desviadas da vontade dos Governantes Supremos, quando em uma exaltação das suas próprias mentes.

50:1.3 (572.5) Pelo fato de estarem completamente sós, como representantes da divindade, nos planetas individuais, esses Filhos são severamente testados; mas Nébadon tem sofrido os infortúnios de várias rebeliões. Na criação dos Soberanos dos Sistemas e Príncipes Planetários, ocorre a personalização de um conceito que já se afastou em muito do Pai Universal e do Filho Eterno; e, assim, há o perigo crescente da perda do sentido de proporção, quanto à auto-importância; e isso gera uma possibilidade maior de fracasso ao manter um controle adequado dos valores e relações entre as inúmeras ordens de seres divinos e as suas gradações de autoridade. O fato de que o Pai não esteja pessoalmente presente nos universos locais também impõe, a todos esses Filhos, uma certa provação de fé e de lealdade.

50:1.4 (573.1) Não é freqüente, todavia, que tais príncipes dos mundos falhem nas suas missões de organizar e administrar as esferas habitadas; e o êxito deles facilita em muito as missões subseqüentes, dos Filhos Materiais, que vêm para imprimir, nos homens primitivos dos mundos, as formas mais elevadas de vida da criatura. O governo deles também realiza muito para preparar os planetas para os Filhos de Deus do Paraíso, os quais, subseqüentemente, vêm com o fito de julgar os mundos e inaugurar as dispensações sucessivas.

 

2. Administração Planetária

 

50:2.1 (573.2) Todos os Príncipes Planetários estão sob a jurisdição administrativa universal de Gabriel, o comandante executivo de Michael, ao passo que, quanto à autoridade imediata, ficam submetidos aos mandados executivos dos Soberanos dos Sistemas.

50:2.2 (573.3) A qualquer momento, os Príncipes Planetários podem buscar o conselho dos Melquisedeques, antigos instrutores e padrinhos seus, mas eles não são arbitrariamente levados a solicitar essa assistência e, se essa ajuda não é voluntariamente requisitada, os Melquisedeques não interferem na administração planetária. Esses governantes dos mundos também podem se valer dos conselhos dos quatro-e-vinte conselheiros, reunidos de mundos de auto-outorga no sistema. Em Satânia, todos esses conselheiros são, no momento, nativos de Urântia. E há um conselho análogo, dos setenta, na sede-central da constelação, também selecionado entre os seres evolucionários dos reinos.

50:2.3 (573.4) O governo dos planetas evolucionários, nas suas carreiras iniciais ainda não estabelecidas, é amplamente autocrático. Os Príncipes Planetários organizam os seus grupos especializados de assistentes, escolhendo-os entre os corpos de ajudantes planetários. E cercam-se geralmente de um conselho supremo de doze membros, selecionado de modos variados e diversamente constituído nos diferentes mundos. Um Príncipe Planetário pode também ter, como assistentes, um ou mais da terceira ordem do seu próprio grupo de filiação e, algumas vezes em certos mundos, pode ter um da sua própria ordem, um Lanonandeque secundário, como adjunto.

50:2.4 (573.5) Todo o corpo de assessores do governante de um mundo consiste em personalidades do Espírito Infinito, em certos tipos de seres evoluídos mais elevados e mortais ascendentes de outros mundos. Esse corpo de assessores tem, em média, cerca de mil personalidades, mas, à medida que o planeta progride, esse corpo de colaboradores pode ser aumentado, chegando até a cem mil e mesmo mais. A qualquer momento que seja sentida a necessidade de mais colaboradores, os Príncipes Planetários têm apenas de requisitar aos seus irmãos, os Soberanos dos Sistemas, e a petição é atendida imediatamente.

50:2.5 (573.6) Os planetas variam muito quanto à natureza, organização e administração, mas todos são providos de tribunais de justiça. O sistema judicial do universo local tem os seus começos nos tribunais de um Príncipe Planetário, presidido por um membro da sua assessoria pessoal; os decretos dessas cortes refletem uma atitude altamente paternal e prudente. Todos os problemas que envolvem algo além do regulamentado, para os habitantes do planeta, ficam sujeitos à apelação aos tribunais mais altos, mas os assuntos do domínio do seu mundo são amplamente ajustados em consonância com a discriminação pessoal do príncipe.

50:2.6 (574.1) As comissões itinerantes de conciliadores servem aos tribunais planetários e suplementam-nos, e tanto os controladores espirituais quanto os físicos estão sujeitos aos ditames desses conciliadores, mas nenhuma execução arbitrária é feita, jamais, sem o consentimento do Pai da Constelação, pois os “Altíssimos governam nos reinos dos homens”.

50:2.7 (574.2) Os controladores e os transformadores designados para os planetas estão também capacitados para colaborar com os anjos e as outras ordens de seres celestes, tornando essas personalidades visíveis para as criaturas mortais. Em ocasiões especiais, os ajudantes seráficos e até mesmo os Melquisedeques podem tornar a si próprios visíveis para os habitantes dos mundos evolucionários. A razão principal para trazer seres ascendentes mortais da capital do sistema, como parte do corpo de assessores do Príncipe Planetário, é facilitar a comunicação com os habitantes do reino.

 

3. Os Assessores Corpóreos do Príncipe

 

50:3.1 (574.3) Em geral, quando vai para um mundo jovem, um Príncipe Planetário leva consigo, da sede-central do sistema, um grupo de seres ascendentes voluntários. Esses seres ascendentes acompanham o príncipe, como conselheiros e colaboradores, no trabalho inicial de melhoramento da raça. Esse corpo de ajudantes materiais constitui o elo de ligação entre o príncipe e as raças do mundo. Caligástia, o Príncipe de Urântia, dispunha de um corpo de cem desses colaboradores.

50:3.2 (574.4) Esses assistentes voluntários são cidadãos da capital de um sistema, sendo que nenhum deles fusionou-se ainda ao seu Ajustador residente. Os Ajustadores desses servidores voluntários permanecem no seu status de residentes na sede-central do sistema, enquanto os progressores moronciais regressam temporariamente a um estado material anterior.

50:3.3 (574.5) Os Portadores da Vida, arquitetos da forma, dotam esses voluntários de novos corpos físicos, os quais eles ocupam pelo período da sua permanência planetária. Essas formas de personalidade, ainda que isentas das doenças comuns dos reinos, são como os corpos moronciais iniciais, ainda sujeitos a alguns acidentes de natureza mecânica.

50:3.4 (574.6) A assessoria corporificada do príncipe, via de regra, é retirada do planeta quando do julgamento seguinte, na época da chegada do segundo Filho à esfera. Antes de partir, costumeiramente, eles designam, para as suas várias tarefas, as suas progênies mútuas e alguns voluntários nativos superiores. Nos mundos em que a esses colaboradores do príncipe é permitido acasalarem-se com os grupos superiores das raças nativas, as suas progênies usualmente sucedem a eles.

50:3.5 (574.7) Esses assistentes do Príncipe Planetário raramente acasalam-se com as raças do mundo, sempre se acasalam entre si. Duas classes de seres resultam dessas uniões: o tipo primário de criaturas intermediárias e alguns tipos elevados de seres materiais, que permanecem agregados ao corpo de assessores do príncipe depois que os seus progenitores são retirados do planeta, na época da chegada de Adão e Eva. Esses filhos não se acasalam com as raças mortais, à exceção dos casos de certas emergências e apenas por um mandado do Príncipe Planetário. Num caso assim, os seus filhos — os netos da assessoria corpórea — têm o mesmo status das raças superiores da sua época e geração. Toda a progênie desses assistentes semimateriais do Príncipe Planetário é de seres resididos por Ajustadores.

50:3.6 (575.1) Ao fim da dispensação do príncipe, quando chega o momento em que essa “assessoria de reversão” deve retornar à sede-central do sistema, para reassumir sua carreira ao Paraíso, esses seres ascendentes apresentam-se aos Portadores da Vida com o propósito de entregar os seus corpos materiais. Eles entram no sono de transição e despertam livres das suas vestimentas mortais e envoltos nas suas formas moronciais, prontos para o transporte seráfico que os devolverá à capital do sistema, onde os seus Ajustadores, separados deles, os aguardam. Eles ficam atrasados, uma dispensação inteira, em relação à sua classe de Jerusém, mas ganham uma experiência única e extraordinária, um capítulo raro na carreira de um mortal ascendente.

 

4. As Sedes-Centrais e as Escolas Planetárias

 

50:4.1 (575.2) A assessoria corpórea do príncipe organiza, muito cedo, as escolas planetárias de aperfeiçoamento e cultura, onde o melhor das raças evolucionárias é instruído e, então, enviado para ensinar ao seu povo o que de melhor aprenderam. Essas escolas do príncipe estão localizadas na sede-central material do planeta.

50:4.2 (575.3) Grande parte do trabalho no mundo físico, ligada ao estabelecimento dessa cidade sede-central é realizada pela assessoria corpórea. Essas cidades sedes-centrais, ou colônias, dos primeiros tempos do Príncipe Planetário, são muito diferentes daquilo que um mortal de Urântia poderia imaginar. São simples, em comparação às das idades posteriores, sendo caracterizadas por ornamentações minerais e por construções materiais relativamente avançadas. E tudo isso contrasta com o regime Adâmico, centrado em volta de um jardim sede-central, onde é realizado o trabalho Adâmico, para o bem das raças durante a segunda dispensação dos Filhos do universo.

50:4.3 (575.4) Na colônia sede-central, no vosso mundo, cada habitação humana era abundantemente provida de terras. Embora as tribos mais primitivas continuassem caçando e saqueando, em busca de alimentos, os estudantes e os instrutores, nas escolas do Príncipe, eram todos agricultores e horticultores. O tempo era dividido igualmente entre as seguintes tarefas:

 

50:4.4 (575.5) 1. O trabalho físico. O cultivo do solo, associado à construção de casas e ornamentações.

50:4.5 (575.6) 2. As atividades sociais. As representações teatrais e as reuniões socioculturais.

50:4.6 (575.7) 3. As aplicações educativas. A instrução individual ligada ao ensino grupal familiar, suplementado por classes de aperfeiçoamento especializado.

50:4.7 (575.8) 4. O aperfeiçoamento vocacional. As escolas de casamento e tarefas do lar, escolas de arte e aperfeiçoamento artesanal; e as classes para o aperfeiçoamento de instrutores — seculares, culturais e religiosos.

50:4.8 (575.9) 5. A cultura espiritual. A irmandade dos instrutores, o esclarecimento da infância e de grupos de jovens, e o aperfeiçoamento de crianças nativas adotadas como missionárias para o seu povo.

 

50:4.9 (575.10) Um Príncipe Planetário não é visível para os seres mortais; é um teste de fé acreditar que ele possa estar representado pelos seres semimateriais do seu corpo de assessores. Entretanto, essas escolas de cultura e aperfeiçoamento são bem adaptadas às necessidades de cada planeta; e logo se desenvolve uma rivalidade aguda, mas louvável, entre as raças dos homens nos esforços de conquistar a admissão nessas várias instituições de aprendizado.

50:4.10 (575.11) Desses centros mundiais de cultura e realizações, gradualmente, é irradiada uma influência elevadora e civilizadora a todos os povos, que, gradativa, mas seguramente, transforma as raças evolucionárias. Nesse meio tempo os filhos educados e espiritualizados dos povos das proximidades, que foram adotados e treinados pelas escolas do príncipe, retornam aos seus grupos nativos e dentro do melhor das suas capacidades estabelecem ali novos centros poderosos de ensino e cultura, que são levados adiante de acordo com o plano das escolas do príncipe.

50:4.11 (576.1) Em Urântia, esses planos para o progresso planetário e avanço cultural estavam encaminhando-se bem, e avançando muito satisfatoriamente, até que Caligástia aderisse à rebelião de Lúcifer; e tudo que estava sendo empreendido teve um fim precipitado e inglório.

50:4.12 (576.2) Um dos episódios mais profundamente chocantes dessa rebelião, para mim, foi tomar conhecimento da dura perfídia de um ser da minha própria ordem de filiação, Caligástia, que deliberadamente e com uma malícia calculada, desvirtuou sistematicamente as instruções e envenenou os ensinamentos dados em todas as escolas planetárias de Urântia em funcionamento naquela época. O naufrágio dessas escolas foi rápido e completo.

50:4.13 (576.3) Muitos, da progênie dos seres ascendentes do corpo materializado de assessores do Príncipe, permanecendo leais, desertaram das fileiras de Caligástia. Esses seres leais foram encorajados pelos administradores Melquisedeques provisórios de Urântia e, em tempos posteriores, os seus descendentes fizeram muito para sustentar os conceitos planetários da verdade e retidão. O trabalho desses evangelistas leais ajudou a impedir a obliteração total da verdade espiritual em Urântia. Essas almas corajosas e seus descendentes mantiveram vivo um pouco do conhecimento da lei do Pai e preservaram, para as raças do mundo, o conceito das dispensações planetárias sucessivas das várias ordens de Filhos divinos.

 

5. A Civilização Progressiva

 

50:5.1 (576.4) Os príncipes leais dos mundos habitados ficam permanentemente agregados aos planetas para os quais foram designados originalmente. Os Filhos do Paraíso e as suas dispensações podem ir e vir, mas um Príncipe Planetário que tenha tido êxito continua sempre como governante do seu reino. O seu trabalho é inteiramente independente das missões dos Filhos mais elevados, pois é destinado a fomentar o desenvolvimento da civilização planetária.

50:5.2 (576.5) O progresso da civilização nunca é semelhante em dois planetas distintos. Os detalhes do desenrolar da evolução mortal são muito diferentes nos inúmeros mundos dessemelhantes. Apesar das muitas diferenças dos desenvolvimentos planetários, nos domínios físico, intelectual e social, todas as esferas evolucionárias progridem em certas direções bem definidas.

50:5.3 (576.6) Sob o governo benigno de um Príncipe Planetário, intensificado pela presença dos Filhos Materiais e marcado pelas missões periódicas dos Filhos do Paraíso, as raças mortais, em um mundo do tempo e do espaço dentro da carreira normal, passarão sucessivamente pelas sete épocas seguintes de desenvolvimento:

 

50:5.4 (576.7) 1. A época da nutrição. As criaturas pré-humanas e as raças iniciais do homem primitivo ocupam-se principalmente com os problemas da nutrição. Esses seres em evolução passam o tempo em que estão despertos à procura de alimento ou em combates, ofensiva ou defensivamente. A busca da comida é fundamental nas mentes desses ancestrais primitivos da civilização subseqüente.

50:5.5 (576.8) 2. A idade da segurança. Tão logo possa ter algum tempo de sobra, entre os períodos de procura de alimento, o caçador primitivo usa desse lazer para aumentar a sua segurança. E uma atenção cada vez maior é dedicada à técnica da guerra. Os lares são fortificados e os clãs solidificam-se em conseqüência do medo mútuo e com a inculcação de ódio aos grupos estranhos. A autopreservação é uma meta que vem sempre em seguida à da automanutenção.

50:5.6 (577.1) 3. A era do conforto material. Depois que os problemas da alimentação hajam sido parcialmente resolvidos e algum nível de segurança houver sido alcançado, o tempo de lazer adicional é utilizado para promover o conforto pessoal. O luxo, ocupando o centro do palco das atividades humanas, passa a rivalizar-se com a simples necessidade. Essa idade é muito freqüentemente caracterizada pela tirania, intolerância, glutonaria e bebedeira. Os elementos mais fracos das raças têm uma inclinação para os excessos e a brutalidade. Gradativamente tais seres debilitam-se na busca do prazer e são subjugados pelos elementos mais fortes e amantes da verdade na civilização em avanço.

50:5.7 (577.2) 4. A busca de conhecimento e sabedoria. O alimento, a segurança, o prazer e o lazer fornecem a base para o desenvolvimento da cultura e a disseminação do conhecimento. O esforço para colocar em prática o conhecimento resulta em sabedoria e, quando houver aprendido como tirar proveito da experiência e assim aprimorar-se, uma cultura terá realmente atingido a época de civilização. O alimento, a segurança e o conforto material ainda dominam a sociedade; mas muitos indivíduos de visão mais ampla têm fome de conhecimento e sede de sabedoria. Cada criança terá a oportunidade de aprender praticando; a educação é a palavra de ordem dessas idades.

50:5.8 (577.3) 5. A época da filosofia e da fraternidade. Quando os mortais aprendem a pensar e começam a tirar proveito da experiência, tornam-se filosóficos — e começam a raciocinar por si próprios e exercer o juízo do discernimento. A sociedade, nessa idade, torna-se ética; e os mortais dessa época estão realmente transformando-se em seres morais. E seres morais sábios são capazes de estabelecer uma irmandade entre os homens, em um mundo que progride desse modo. Os seres morais e éticos podem aprender a viver segundo a regra de ouro.

50:5.9 (577.4) 6. A idade das batalhas espirituais. Quando os mortais em evolução houverem passado pelos estágios do desenvolvimento físico, intelectual e social, atingem, mais cedo ou mais tarde, aquele nível de visão interior pessoal que os impele a buscar a satisfação espiritual e o entendimento cósmico. A religião faz por completar a elevação, desde os domínios emocionais do medo e da superstição, aos níveis elevados de sabedoria cósmica e experiência espiritual pessoal. A educação leva à aspiração de alcançar os significados, e a cultura apreende as relações cósmicas e os valores verdadeiros. Tais mortais em evolução são genuinamente cultos, verdadeiramente educados e primorosamente conhecedores de Deus.

50:5.10 (577.5) 7. A era de luz e vida. Este é o florescimento das eras sucessivas, de segurança física, expansão intelectual, cultura social e realização espiritual. Essas realizações humanas são agora combinadas, associadas e coordenadas em unidade cósmica e para o serviço não-egoísta. Dentro das limitações da natureza finita e dos dons materiais, não há fronteiras estabelecidas para o alcance das possibilidades da realização evolucionária das gerações em avanço, que vivem sucessivamente nesses mundos supernos e estabelecidos do tempo e do espaço.

 

50:5.11 (577.6) Depois de servirem às suas esferas, nas sucessivas dispensações da história do mundo e das épocas progressivas de avanço planetário, os Príncipes Planetários são elevados à posição de Soberanos Planetários, quando da inauguração da era de luz e vida.

 

6. Cultura Planetária

 

50:6.1 (578.1) O isolamento de Urântia torna impossível fazer uma apresentação dos muitos detalhes da vida e ambiente dos vossos vizinhos de Satânia. Nestas apresentações estamos limitados pela quarentena planetária e pelo isolamento do sistema. Devemos ser guiados por essas restrições, nos nossos esforços para esclarecer os mortais de Urântia. Dentro do que foi permitido, porém, vós fostes instruídos sobre a seqüência do progresso de um mundo evolucionário comum, e estais capacitados a estabelecer comparações entre a carreira de um mundo assim e a condição atual de Urântia.

50:6.2 (578.2) O desenvolvimento da civilização de Urântia não diferiu tanto do de outros mundos que suportaram o infortúnio do isolamento espiritual. Contudo, quando comparado aos mundos leais do universo, o vosso planeta parece muito confuso e grandemente retardado em todas as fases do progresso intelectual e das realizações de alcance espiritual.

50:6.3 (578.3) Como conseqüência das infelicitações planetárias, os urantianos ficaram impedidos de compreender mais sobre a cultura dos mundos normais. Mas não deveríeis considerar os mundos evolucionários, mesmo os mais ideais, como esferas em que a vida seja um mar de rosas e de facilidades. A vida inicial das raças mortais é sempre acompanhada de lutas. O esforço e a determinação são parte essencial na conquista dos valores da sobrevivência.

50:6.4 (578.4) A cultura pressupõe qualidade de mente; a cultura não pode ser enfatizada, a menos que a mente seja elevada. O intelecto superior buscará uma cultura nobre e encontrará algum modo de alcançar essa meta. As mentes inferiores irão desprezar a cultura mais elevada, mesmo que esta lhes seja apresentada já pronta. Muito, também, depende das missões sucessivas dos Filhos divinos e da medida pela qual o esclarecimento é recebido nessas idades das suas respectivas dispensações.

50:6.5 (578.5) Não deveríeis esquecer-vos de que, por duzentos mil anos, todos os mundos de Satânia têm permanecido banidos espiritualmente de Norlatiadeque, em conseqüência da rebelião de Lúcifer. E serão necessárias idades e mais idades, para que haja uma correção nas limitações resultantes do pecado e da secessão. O vosso mundo ainda continua seguindo uma carreira irregular e cheia de vicissitudes por causa de uma dupla tragédia: a rebelião de um Príncipe Planetário, e a falta dos seus Filhos Materiais. Mesmo a auto-outorga de Cristo Michael em Urântia, de imediato, não eliminou as conseqüências temporais dos erros tão sérios cometidos pela administração anterior deste mundo.

 

7. As Recompensas do Isolamento

 

50:7.1 (578.6) À primeira vista, poderia parecer que Urântia e os mundos isolados semelhantes sejam por demais desafortunados por haverem sido privados da influência e presença benéficas de personalidades supra-humanas, tais como um Príncipe Planetário, um Filho e uma Filha Materiais. Entretanto, o isolamento dessas esferas proporciona às suas raças uma oportunidade única para o exercício da fé e o desenvolvimento de uma qualidade especial de confiabilidade cósmica: uma convicção que não depende da vista nem de qualquer outro aspecto material. Pode ser que isso, finalmente, acarrete o resultado de que as criaturas mortais provenientes dos mundos em quarentena, em conseqüência da rebelião, sejam extremamente afortunadas. Descobrimos que a tais seres ascendentes, muito cedo, são confiadas inúmeras missões especiais de empreendimentos cósmicos, para a realização das quais uma fé inquestionável e uma confiança sublime sejam essenciais.

50:7.2 (579.1) Em Jerusém, os seres ascendentes desses mundos isolados ocupam um setor residencial deles próprios e são conhecidos como agondonteiros; esta palavra significando criaturas evolucionárias de vontade que podem acreditar sem ver, que perseveram quando isoladas e que triunfam sobre dificuldades insuperáveis, até mesmo quando isoladas em solidão. Esse agrupamento funcional de agondonteiros perdura em toda a ascensão do universo local e na travessia do superuniverso; desaparece durante a permanência em Havona, mas reaparece prontamente quando do alcançar do Paraíso e perdura, em definitivo, com os Corpos Mortais de Finalidade. Tabamântia é um agondonteiro com status de finalitor, havendo sobrevivido de uma das esferas em quarentena envolvidas na primeira rebelião que aconteceu nos universos do tempo e do espaço.

50:7.3 (579.2) Durante toda a carreira até o Paraíso, um esforço é seguido da recompensa, exatamente como o resultado se segue às causas. Tais recompensas distinguem o indivíduo da média, estabelecem um diferencial entre as experiências das criaturas e contribuem para a versatilidade da sua atuação última no corpo coletivo dos finalitores.

 

50:7.4 (579.3) [Apresentado por um Filho Lanonandeque Secundário do Corpo de Reserva.]