Urântia

OS DOCUMENTOS DE URÂNTIA

- A REVELAÇÃO DO TERCEIRO MILÊNIO -

INDICE

Documento 42

Energia - Mente e Matéria

42:0.1 (467.1) A fundação do universo é material no sentido de que a energia é a base de toda a existência, e a energia pura é controlada pelo Pai Universal. A força, a energia, é a única coisa que permanece como um monumento eterno demonstrando e provando a existência e presença do Absoluto Universal. Este vasto fluxo de energia procedente das Presenças do Paraíso nunca cessou, nunca falhou; nunca houve uma interrupção na sustentação infinita.

42:0.2 (467.2) A manipulação da energia do universo está sempre de acordo com a vontade pessoal e os mandamentos oniscientes do Pai Universal. Este controle pessoal do poder manifestado e da energia circulante é modificado pelos atos e decisões coordenados do Filho Eterno, bem como pelos propósitos unidos do Filho e do Pai executados pelo Agente Conjunto. Estes seres divinos agem pessoalmente e como indivíduos; eles também funcionam nas pessoas e poderes de um número quase ilimitado de subordinados, cada um expressando de forma variada o propósito eterno e divino no universo de universos. Mas estas modificações ou transmutações funcionais e provisórias do poder divino de modo algum diminuem a verdade da afirmação de que toda força-energia está sob o controle último de um Deus pessoal residente no centro de todas as coisas.

 

1. Forças e Energias do Paraíso


42:1.1 (467.3) A fundação do universo é material, mas a essência da vida é o espírito. O Pai dos espíritos é também o ancestral dos universos; o Pai eterno do Filho Original é também a fonte-eternidade do padrão original, a Ilha do Paraíso.

42:1.2 (467.4) Matéria – energia – pois são apenas diversas manifestações da mesma realidade cósmica, como um fenômeno do universo é inerente ao Pai Universal. “Nele consistem todas as coisas.” A matéria pode parecer manifestar energia inerente e exibir poderes autocontidos, mas as linhas de gravidade envolvidas nas energias vinculadas a todos estes fenômenos físicos são derivadas e dependentes do Paraíso. O ultimaton, a primeira forma mensurável de energia, tem como seu núcleo o Paraíso.

42:1.3 (467.5) Há inata na matéria e presente no espaço universal uma forma de energia não conhecida em Urântia. Quando esta descoberta for finalmente feita, os físicos sentirão que resolveram, pelo menos quase, o mistério da matéria. E assim eles terão se aproximado um passo mais perto do Criador; assim terão dominado mais uma fase da técnica divina; mas em nenhum sentido eles terão encontrado Deus, nem terão estabelecido a existência da matéria ou o funcionamento das leis naturais à parte da técnica cósmica do Paraíso e do propósito motivador do Pai Universal.

42:1.4 (468.1) Na sequência de um progresso ainda maior e de novas descobertas, depois de Urântia ter avançado imensamente em comparação com o conhecimento atual, embora vocês devam adquirir o controle das rotações da energia das unidades elétricas da matéria a ponto de modificar suas manifestações físicas – mesmo depois de todo esse progresso possível, para sempre os cientistas serão impotentes para criar um átomo de matéria ou originar um lampejo de energia ou mesmo adicionar à matéria aquilo que chamamos de vida.

42:1.5 (468.2) A criação de energia e a dádiva da vida são prerrogativas do Pai Universal e de Suas personalidades Criadoras associadas. O rio de energia e vida é uma contínua efusão desde as Deidades, a corrente universal e unida da força do Paraíso emanando para todo o espaço. Esta energia divina permeia toda a criação. Os organizadores da força iniciam aquelas mudanças e instituem aquelas modificações da força-espaço que resultam em energia; os diretores de potência transmutam energia em matéria; assim nascem os mundos materiais. Os Portadores da Vida iniciam na matéria morta aqueles processos que chamamos de vida, vida material. Os Supervisores de Potência da Morôncia também atuam ao longo dos reinos de transição entre os mundos materiais e espirituais. Os Criadores de espírito mais elevado inauguram processos semelhantes em formas divinas de energia, e daí resultam as formas espirituais mais elevadas da vida inteligente.

42:1.6 (468.3) A energia procede do Paraíso, modelada segundo a ordem divina. A energia – energia pura – participa da natureza da organização divina; é moldada à semelhança dos três Deuses abraçados em Um, pois Eles funcionam na sede-central do universo de universos. E toda força está circuitada no Paraíso, vem das Presenças do Paraíso e aí retorna, e é em essência uma manifestação da Causa não-causada – o Pai Universal; e sem o Pai não existiria nada do que existe.

42:1.7 (468.4) A força derivada da Deidade autoexistente é em si mesma sempre existente. A energia-força é imperecível, indestrutível; estas manifestações do Infinito podem estar sujeitas a transmutação ilimitada, transformação sem fim e metamorfose eterna; mas em nenhum sentido ou grau, nem mesmo na menor extensão imaginável, elas poderiam sofrer extinção nem jamais o farão. Mas a energia, embora brotando do Infinito, não é infinitamente manifesta; há limites externos para o universo-mestre atualmente concebido.

42:1.8 (468.5) A energia é eterna, mas não infinita; ela sempre responde à atração toda-abrangente do Infinito. Força e energia continuam para sempre; tendo saído do Paraíso, elas têm que retornar a ele, mesmo que sejam necessárias eras após eras para completar o circuito ordenado. Aquilo que é originário da Deidade do Paraíso só pode ter uma destinação no Paraíso ou um destino de Deidade.

42:1.9 (468.6) E tudo isto confirma nossa crença num universo de universos circular, um tanto limitado, mas ordenado e vastíssimo. Se isto não fosse verdade, então a evidência de esgotamento de energia em algum ponto apareceria mais cedo ou mais tarde. Todas as leis, organizações, administração e o testemunho de exploradores do universo – tudo aponta para a existência de um Deus infinito, mas, ainda, um universo finito, uma circularidade de existência interminável, quase ilimitada, mas, no entanto, finita em contraste com a infinitude.


2. Sistemas de Energia Não-Espiritual Universal (Energias Físicas)


42:2.1 (469.1) É realmente difícil encontrar palavras adequadas na língua inglesa por meio das quais designar e com as quais descrever os vários níveis de força e energia — física, mental ou espiritual. Estas narrativas não podem seguir de todo suas definições aceitas de força, energia e potência. Há tanta escassez de linguagem que temos que usar estes termos em múltiplos significados. Neste documento, por exemplo, a palavra energia é usada para denotar todas as fases e formas dos fenômenos do movimento, ação e potencial, enquanto que força é aplicada aos estágios da energia pré-gravidade e potência aos da pós-gravidade.

42:2.2 (469.2) No entanto, tentarei diminuir a confusão conceitual sugerindo a conveniência de adotar a seguinte classificação para força cósmica, energia emergente e potência do universo – energia física:


42:2.3 (469.3) 1. Potência do espaço. Esta é a presença inquestionável do espaço livre do Absoluto Inqualificado. A extensão deste conceito conota o potencial de espaço-força do universo inerente à totalidade funcional do Absoluto Inqualificado, enquanto a intenção deste conceito implica a totalidade da realidade cósmica – universos – que emanou de modo eterno da Ilha do Paraíso a qual é sem começo, sem fim, sem movimento e sem mudança.

42:2.4 (469.4) Os fenômenos inerentes ao lado inferior do Paraíso provavelmente abrangem três zonas de presença e atuação de força absoluta: a zona fulcral do Absoluto Inqualificado, a zona da própria Ilha do Paraíso e a zona intermediária de certas agências ou funções equalizadoras e compensadoras. Estas zonas triconcêntricas são o centro do ciclo da realidade cósmica no Paraíso.

42:2.5 (469.5) A potência do espaço é uma pré-realidade; é o domínio do Absoluto Inqualificado e responde apenas à atração pessoal do Pai Universal, apesar de ser aparentemente modificável pela presença dos Organizadores da Força Mestres Primários.

42:2.6 (469.6) Em Uversa, a potência do espaço é chamada de absoluta.

42:2.7 (469.7) 2. Força primordial. Esta representa a primeira mudança básica na potência do espaço e pode ser uma das funções no Paraíso inferior do Absoluto Inqualificado. Sabemos que a presença do espaço que sai do Paraíso inferior é modificada de alguma maneira daquela que está entrando. Mas, independentemente de quaisquer relações possíveis, a transmutação abertamente reconhecida da potência do espaço em força primordial é a primária função diferenciadora da presença-tensão dos organizadores da força do Paraíso viventes.

42:2.8 (469.8) A força passiva e potencial torna-se ativa e primordial em resposta à resistência proporcionada pela presença no espaço dos Organizadores da Força Mestres Eventuados Primários. A força está agora emergindo do domínio exclusivo do Absoluto Inqualificado para os reinos da resposta múltipla – resposta a certos movimentos primordiais iniciados pelo Deus da Ação e daí a certos movimentos compensadores emanados do Absoluto Universal. A força primordial é aparentemente reativa à causação transcendental em proporção à absolutez.

42:2.9 (469.9) A força primordial às vezes é chamada de energia pura; em Uversa nos referimos a ela como segregata.

42:2.10 (470.1) 3. Energias emergentes. A presença passiva dos organizadores da força primários é suficiente para transformar a potência do espaço em força primordial, e é sobre um tal campo de espaço ativado que estes mesmos organizadores da força iniciam suas operações iniciais e ativas. A força primordial está destinada a passar por duas fases distintas de transmutação nos reinos de manifestação da energia antes de aparecer como potência do universo. Estes dois níveis de energia emergente são:

42:2.11 (470.2) a. Energia pujante. Esta é a energia direcional poderosa, movimentada em massa, poderosamente tensionada e reagindo à força – sistemas de energia gigantescos colocados em movimento pelas atividades dos organizadores da força primários. Esta energia primária ou pujante não responde de início definidamente à atração da gravidade do Paraíso, embora provavelmente produza uma resposta de massa agregada ou espaço-direcional ao grupo coletivo de influências absolutas operantes desde o lado inferior do Paraíso. Quando a energia emerge ao nível da resposta inicial à atração circular e da gravidade absoluta do Paraíso, os organizadores da força primários dão lugar ao funcionamento dos seus associados secundários.

42:2.12 (470.3) b. Energia gravidade. A energia de resposta à gravidade que agora aparece carrega o potencial de potência do universo e se torna o ancestral ativo de toda a matéria do universo. Esta energia secundária ou gravidade é o produto da elaboração da energia resultante da presença-pressão e das tendências-tensões estabelecidas pelos Organizadores da Força Mestres Transcendentais Associados. Em resposta ao trabalho destes manipuladores da força, a energia-espaço passa rapidamente do estágio pujante para o de gravidade, tornando-se assim diretamente responsiva à atração circular da gravidade (absoluta) do Paraíso ao mesmo tempo em que revela um certo potencial de sensibilidade à atração da gravidade-linear inerente à massa material que logo aparece nos estágios eletrônico e pós-eletrônico da energia e matéria. Com o aparecimento da resposta à gravidade, os Organizadores da Força Mestres Associados podem se retirar dos ciclones de energia do espaço desde que os Diretores de Potência do Universo sejam designados para esse campo de ação.

42:2.13 (470.4) Estamos bastante incertos quanto às causas exatas dos estágios iniciais da evolução da força, mas reconhecemos a ação inteligente do Último em ambos os níveis de manifestação da energia-emergente. As energias pujante e gravidade, quando consideradas coletivamente, são chamadas em Uversa como ultimata.

42:2.14 (470.5) 4. Potência do universo. A força-espaço foi transformada em energia-espaço e daí em energia do controle da gravidade. Assim, a energia física amadureceu até o ponto em que pode ser direcionada para canais de potência e tornada útil aos múltiplos propósitos dos Criadores do universo. Este trabalho é empreendido pelos versáteis diretores, centros e controladores da energia física no grande universo – as criações organizadas e habitadas. Estes Diretores de Potência do Universo assumem o controle mais ou menos completo de vinte e uma das trinta fases de energia que constituem o atual sistema de energia dos sete superuniversos. Este domínio de potência-energia-matéria é o reino das atividades inteligentes do Sétuplo, funcionando sob o supercontrole do espaço-tempo do Supremo.

42:2.15 (470.6) Em Uversa nos referimos ao reino de potência do universo como gravita.

42:2.16 (470.7) 5. Energia de Havona. Em conceito, esta narrativa tem se movido em direção ao Paraíso à medida que a força-espaço transmutadora vem sendo seguida, nível por nível, até o nível de operação da potência-energia dos universos do tempo e espaço. Continuando rumo ao Paraíso, encontra-se em seguida uma fase pré-existente de energia que é característica do universo central. Aqui o ciclo evolutivo parece voltar-se para si mesmo; a potência-energia agora parece começar a reverter-se para a força, mas uma força de natureza muito diferente daquela da potência do espaço e da força primordial. Os sistemas de energia de Havona não são duais; eles são trinos. Este é o domínio de energia existencial do Agente Conjunto, funcionando em nome da Trindade do Paraíso.

42:2.17 (471.1) Em Uversa estas energias de Havona são conhecidas como triata.

42:2.18 (471.2) 6. Energia transcendental. Este sistema de energia opera no nível superior do Paraíso e a partir dele e somente em conexão com os povos absonitos. Em Uversa é denominado tranosta.

42:2.19 (471.3) 7. Monota. A energia é próxima da divindade quando é a energia do Paraíso. Inclinamo-nos à crença de que a monota é a energia viva e não-espiritual do Paraíso – uma contraparte em eternidade da energia vivente de espírito do Filho Original – daí sendo o sistema de energia não-espiritual do Pai Universal.

42:2.20 (471.4) Não podemos diferenciar a natureza do espírito do Paraíso e a da monota do Paraíso; são aparentemente iguais. Têm nomes diferentes, mas dificilmente lhes pode ser dito muito sobre uma realidade cujas manifestações espirituais e não-espirituais sejam distinguíveis apenas pelo nome.

42:2.21 (471.5) Sabemos que as criaturas finitas podem alcançar a experiência de adoração do Pai Universal por meio da ministração de Deus o Sétuplo e dos Ajustadores do Pensamento, mas duvidamos que qualquer personalidade subabsoluta, até mesmo diretores de potência, possam compreender a infinitude da energia da Primeira Grande Fonte e Centro. Uma coisa é certa: se os diretores de potência estão familiarizados com a técnica da metamorfose da força-espaço, eles não revelam o segredo para o resto de nós. É minha opinião que eles não compreendem plenamente a função dos organizadores da força.

42:2.22 (471.6) Estes diretores de potência são eles mesmos catalisadores de energia; isto é, eles fazem com que a energia se segmente, organize ou agregue em formação de unidades por meio da presença deles. E tudo isto implica que tem que haver algo inerente à energia que a faz funcionar assim na presença destas entidades de potência. Os Melquisedeques de Nébadon há muito tempo denominaram o fenômeno da transmutação da força cósmica em potência do universo como uma das sete “infinidades da divindade”. E isso é tudo quanto vocês avançarão sobre este ponto durante sua ascensão no universo local.

42:2.23 (471.7) Apesar da nossa incapacidade em compreender plenamente a origem, natureza e transmutações da força cósmica, estamos plenamente familiarizados com todas as fases do comportamento da energia-emergente desde os tempos de sua resposta direta e inconfundível à ação da gravidade do Paraíso – em torno da época do início da função dos diretores de potência do superuniverso.


3. Classificação da Matéria


42:3.1 (471.8) A matéria em todos os universos, exceto no universo central, é idêntica. A matéria em suas propriedades físicas depende da velocidade de rotação dos seus membros componentes, do número e tamanho dos membros giratórios, sua distância do corpo nuclear ou do conteúdo de espaço da matéria, bem como da presença de certas forças ainda não descobertas em Urântia.

42:3.2 (471.9) Nos diversos sóis, planetas e corpos do espaço há dez grandes divisões da matéria:


42:3.3 (472.1) 1. Matéria ultimatônica – as unidades físicas primárias da existência material, as partículas de energia que compõem os elétrons.

42:3.4 (472.2) 2. Matéria subeletrônica – o estágio explosivo e repelente dos supergases solares.

42:3.5 (472.3) 3. Matéria eletrônica – o estágio elétrico da diferenciação material – elétrons, prótons e várias outras unidades entrando na constituição variada dos grupos eletrônicos.

42:3.6 (472.4) 4. Matéria subatômica – matéria existente extensivamente no interior dos sóis quentes.

42:3.7 (472.5) 5. Átomos fragmentados – encontrados nos sóis em resfriamento e em todo o espaço.

42:3.8 (472.6) 6. Matéria ionizada – átomos individuais despojados de seus elétrons externos (quimicamente ativos) por atividades elétricas, térmicas ou de raios X e por solventes.

42:3.9 (472.7) 7. Matéria atômica – o estágio químico da organização elementar, as unidades componentes da matéria molecular ou visível.

42:3.10 (472.8) 8. O estágio molecular da matéria – a matéria tal como existe em Urântia num estado de materialização relativamente estável sob condições comuns.

42:3.11 (472.9) 9. Matéria radioativa – a tendência e atividade desorganizadora dos elementos mais pesados sob condições de calor moderado e pressão gravitacional diminuída.

42:3.12 (472.10) 10. Matéria colapsada – a matéria relativamente estacionária encontrada no interior dos sóis frios ou mortos. Esta forma de matéria não é realmente estacionária; ainda há alguma atividade ultimatônica, até eletrônica, mas estas unidades estão muito próximas, e suas velocidades de rotação são grandemente diminuídas.


42:3.13 (472.11) A classificação anterior da matéria diz respeito à sua organização e não às formas de sua aparência para os seres criados. Nem leva em conta os estágios pré-emergentes da energia nem as materializações eternas no Paraíso e no universo central.


4. Transmutações da Energia e Matéria


42:4.1 (472.12) Luz, calor, eletricidade, magnetismo, química, energia e matéria são – em origem, natureza e destino – uma e a mesma coisa, juntamente com outras realidades materiais ainda não descobertas em Urântia.

42:4.2 (472.13) Não compreendemos plenamente as mudanças quase intermináveis às quais a energia física pode estar sujeita. Num universo aparece como luz, em outro como luz mais calor, em outro como formas de energia desconhecidas em Urântia; em incontáveis milhões de anos pode reaparecer como alguma forma de energia elétrica ou força magnética irrequieta e crescente; e ainda mais tarde pode aparecer novamente num universo subsequente como alguma forma de matéria variável passando por uma série de metamorfoses, seguidas pelo seu desaparecimento físico externo em algum grande cataclismo dos reinos. E então, após incontáveis eras e quase intermináveis perambulações por incontáveis universos, novamente esta mesma energia pode reemergir e muitas vezes mudar a sua forma e potencial; e assim estas transformações continuam através de eras sucessivas e por incontáveis reinos. Assim a matéria avança, passando pelas transmutações do tempo, mas oscilando sempre fiel ao círculo da eternidade; mesmo que há muito impedida de retornar à sua fonte, ela sempre responde a esta, e sempre prossegue no caminho ordenado pela Personalidade Infinita que a enviou.

42:4.3 (473.1) Os centros de potência e seus associados estão muito envolvidos com o trabalho de transmutar o ultimaton para os circuitos e rotações do elétron. Estes seres singulares controlam e compõem a potência pela sua hábil manipulação das unidades básicas da energia materializada, os ultimatons. Eles são mestres da energia do modo como ela circula neste estado primitivo. Em ligação com os controladores físicos eles são capazes de efetivamente controlar e dirigir a energia mesmo após ela se haver transmutado para o nível elétrico, a assim chamada fase eletrônica. Mas seu alcance de ação é enormemente reduzido quando a energia eletronicamente organizada oscila para os redemoinhos dos sistemas atômicos. Após tal materialização, estas energias caem sob o domínio completo do poder de atração da gravidade linear.

42:4.4 (473.2) A gravidade atua positivamente nas linhas de potência e canais de energia dos centros de potência e dos controladores físicos, mas estes seres têm apenas uma relação negativa com a gravidade — o exercício de seus dotes de antigravidade.

42:4.5 (473.3) Por todo o espaço, o frio e outras influências estão em ação, organizando criativamente os ultimatons em elétrons. O calor é a medida da atividade eletrônica, enquanto o frio meramente significa ausência de calor – energia em repouso relativo – o status da carga-força universal do espaço desde que nem energia emergente nem matéria organizada estivessem presentes e respondendo à gravidade.

42:4.6 (473.4) A presença e ação da gravidade é o que impede o aparecimento do zero absoluto teórico, pois o espaço interestelar não tem a temperatura do zero absoluto. Em todo o espaço organizado há correntes de energia, circuitos de potência e atividades ultimatônicas que respondem à gravidade, bem como energias eletrônicas em organização. Praticamente falando, o espaço não está vazio. Até mesmo a atmosfera de Urântia se torna cada vez mais rarefeita até que, a cerca de cinco mil quilômetros, começa a se transformar na matéria do espaço mediana nesta seção do universo. O espaço mais vazio conhecido em Nébadon renderia cerca de cem ultimatons – o equivalente a um elétron – em cada polegada cúbica. Tal escassez de matéria é considerada como um espaço praticamente vazio.

42:4.7 (473.5) A temperatura – calor e frio – é secundária apenas à gravidade nos reinos da evolução da energia e matéria. Os ultimatons são humildemente obedientes a temperaturas extremas. Baixas temperaturas favorecem certas formas de construção eletrônica e agregação atômica, enquanto altas temperaturas facilitam todos os tipos de fissão atômica e desintegração material.

42:4.8 (473.6) Quando submetidas ao calor e pressão de certos estados solares internos, todas as associações da matéria podem ser cindidas exceto as mais primitivas. O calor pode assim superar grandemente a estabilidade da gravidade. Mas nenhum calor ou pressão solar conhecidos podem converter os ultimatons de volta em energia pujante.

42:4.9 (473.7) Os sóis incandescentes podem transformar a matéria em várias formas de energia, mas os mundos escuros e todo o espaço exterior podem desacelerar a atividade eletrônica e ultimatônica a ponto de converter estas energias na matéria dos reinos. Certas associações eletrônicas de natureza próxima, bem como muitas das associações básicas da matéria nuclear, são formadas nas temperaturas extremamente baixas do espaço aberto, sendo posteriormente aumentadas pela associação com maiores acreções de energia materializante.

42:4.10 (473.8) Ao longo de toda esta metamorfose interminável de energia e matéria devemos contar com a influência da pressão da gravidade e com o comportamento da antigravidade das energias ultimatônicas sob certas condições de temperatura, velocidade e rotação. A temperatura, as correntes de energia, a distância e a presença dos organizadores da força viventes e dos diretores de potência também têm influência em todos os fenômenos de transmutação da energia e matéria.

42:4.11 (474.1) O aumento de massa na matéria é igual ao aumento de energia dividido pelo quadrado da velocidade da luz. Num sentido dinâmico, o trabalho que a matéria em repouso pode realizar é igual à energia despendida para reunir suas partes do Paraíso menos a resistência das forças vencidas em trânsito e a atração exercida pelas partes da matéria umas sobre as outras.

42:4.12 (474.2) A existência de formas pré-eletrônicas de matéria é indicada pelos dois pesos atômicos do chumbo. O chumbo da formação original pesa ligeiramente mais do que aquele produzido pela desintegração do urânio por meio de emanações de rádio; e esta diferença no peso atômico representa a perda de fato de energia na fissão atômica.

42:4.13 (474.3) A integridade relativa da matéria é assegurada pelo fato de que a energia só pode ser absorvida ou liberada naquelas quantidades exatas que os cientistas de Urântia designaram como quanta. Esta sábia provisão nos reinos materiais serve para manter os universos no que respeita à continuidade.

42:4.14 (474.4) A quantidade de energia recebida ou liberada quando as posições eletrônicas ou outras são deslocadas é sempre um “quantum” ou algum múltiplo dele, mas o comportamento vibratório ou ondulatório de tais unidades de energia é inteiramente determinado pelas dimensões das estruturas materiais em causa. Tais ondulações de energia em forma de onda têm 860 vezes os diâmetros dos ultimatons, elétrons, átomos ou outras unidades que atuam assim. A confusão interminável que acompanha a observação da mecânica ondulatória do comportamento quântico se deve à sobreposição de ondas de energia: duas cristas podem se combinar para formar uma crista de altura dupla, enquanto uma crista e um vale podem se combinar, produzindo assim o cancelamento mútuo.


5. Manifestações Energia-Onda


42:5.1 (474.5) No superuniverso de Orvônton há cem oitavas de energia em ondas. Destes cem grupos de manifestações de energia, sessenta e quatro são inteira ou parcialmente reconhecidos em Urântia. Os raios do Sol constituem quatro oitavas na escala do superuniverso, com os raios visíveis abrangendo uma única oitava, a número quarenta e seis nesta série. O grupo ultravioleta vem em seguida, enquanto dez oitavas acima estão os raios X, seguidos pelos raios gama do rádio. Trinta e duas oitavas acima da luz visível do Sol estão os raios de energia do espaço exterior tão frequentemente misturados com suas minúsculas partículas de matéria associadas altamente energizadas. Logo abaixo da luz solar visível aparecem os raios infravermelhos, e trinta oitavas abaixo está o grupo de transmissão de rádio.

42:5.2 (474.6) As manifestações de energia ondulatória – do ponto de vista do esclarecimento científico do século 20 em Urântia – podem ser classificadas nos dez grupos seguintes:


42:5.3 (474.7) 1. Raios infraultimatônicos – as rotações limítrofes dos ultimatons quando eles começam a assumir forma definida. Este é o primeiro estágio da energia emergente em que fenômenos ondulatórios podem ser detectados e medidos.

42:5.4 (474.8) 2. Raios ultimatônicos. A agregação de energia nas esferas diminutas dos ultimatons ocasiona vibrações no conteúdo do espaço que são discerníveis e mensuráveis. E muito antes de os físicos descobrirem o ultimaton, eles indubitavelmente detectarão os fenômenos destes raios quando choverem sobre Urântia. Estes raios curtos e poderosos representam a atividade inicial dos ultimatons à medida que são desacelerados até aquele ponto em que se desviam para a organização eletrônica da matéria. À medida que os ultimatons se agregam em elétrons, a condensação ocorre com um consequente armazenamento de energia.

42:5.5 (475.1) 3. Os raios curtos do espaço. Estas são as mais curtas de todas as vibrações puramente eletrônicas e representam o estágio pré-atômico desta forma de matéria. Estes raios requerem temperaturas extraordinariamente altas ou baixas para sua produção. Há duas espécies destes raios do espaço: uma que acompanha o nascimento dos átomos e a outra indicativa de desagregação atômica. Eles emanam nas maiores quantidades a partir do plano mais denso do superuniverso, a Via Láctea, que também é o plano mais denso dos universos externos.

42:5.6 (475.2) 4. O estágio eletrônico. Este estágio da energia é a base de toda materialização nos sete superuniversos. Quando os elétrons passam dos níveis de energia mais altos para os mais baixos da rotação orbital, um quantum é sempre emitido. O deslocamento orbital dos elétrons resulta na ejeção ou absorção de partículas mensuráveis muito definidas e uniformes de energia-luz, enquanto o elétron individual sempre cede uma partícula de energia-luz quando submetido a colisão. As manifestações de energia ondulatória também atendem aos desempenhos dos corpos positivos e dos outros membros do estágio eletrônico.

42:5.7 (475.3) 5. Raios gama – aquelas emanações que caracterizam a dissociação espontânea da matéria atômica. A melhor ilustração desta forma de atividade eletrônica está nos fenômenos associados à desintegração do rádio.

42:5.8 (475.4) 6. O grupo dos raios X. O próximo passo na desaceleração do elétron produz as várias formas de raios X solares junto com os raios X gerados artificialmente. A carga eletrônica cria um campo elétrico; o movimento dá origem a uma corrente elétrica; a corrente produz um campo magnético. Quando um elétron é subitamente parado, a comoção eletromagnética resultante produz os raios X; o raio X é esse distúrbio. Os raios X solares são idênticos àqueles que são gerados mecanicamente para explorar o interior do corpo humano, exceto que são um pouco mais longos.

42:5.9 (475.5) 7. Os raios ultravioletas ou químicos da luz solar e as várias produções mecânicas.

42:5.10 (475.6) 8. 8. A luz branca – toda a luz visível dos sóis.

42:5.11 (475.7) 9. Raios infravermelhos – a desaceleração da atividade eletrônica ainda mais próxima do estágio de calor apreciável.

42:5.12 (475.8) 10. Ondas hertzianas – aquelas energias utilizadas em Urântia para transmissão.


42:5.13 (475.9) De todas estas dez fases da atividade da energia ondulatória, o olho humano consegue reagir a apenas uma oitava, toda a luz da luz solar comum.

42:5.14 (475.10) O assim chamado éter é meramente um nome coletivo para designar um grupo de atividades de força e energia que ocorrem no espaço. Ultimatons, elétrons e outras agregações de massa de energia são partículas uniformes de matéria e, em seu trânsito pelo espaço, elas realmente prosseguem em linhas retas. A luz e todas as outras formas de manifestações de energia reconhecíveis consistem em uma sucessão de partículas de energia definidas que prosseguem em linhas retas, exceto quando modificadas pela gravidade e outras forças intervenientes. Que estas procissões de partículas de energia apareçam como fenômenos de ondas quando submetidas a certas observações se deve à resistência da manta de força indiferenciada de todo o espaço, o éter hipotético, e à tensão intergravitacional das agregações de matéria associadas. O espaçamento dos intervalos-partículas da matéria, juntamente com a velocidade inicial dos feixes de energia, estabelece a aparência ondulatória de muitas formas de matéria-energia.

42:5.15 (476.1) A excitação do conteúdo do espaço produz uma reação ondulatória à passagem de partículas de matéria que se movem rapidamente, exatamente como a passagem de um navio pela água inicia ondas de amplitude e intervalo variáveis.

42:5.16 (476.2) O comportamento da força-primordial de fato dá origem a fenômenos que são em muitos aspectos análogos ao éter postulado por vocês. O espaço não está vazio; as esferas de todo o espaço giram e mergulham através de um vasto oceano de energia-força disseminada; tampouco o conteúdo do espaço de um átomo é vazio. No entanto, não há éter, e a própria ausência deste éter hipotético permite que o planeta habitado escape de cair no sol e o elétron circundante resista a cair no núcleo.


6. Ultimatons, Elétrons e Átomos


42:6.1 (476.3) Embora a carga de espaço da força universal seja homogênea e indiferenciada, a organização da energia evolucionada para matéria implica a concentração de energia em massas discretas de dimensões definidas e peso estabelecido – reação precisa da gravidade.

42:6.2 (476.4) A gravidade local ou linear torna-se plenamente operante com o aparecimento da organização atômica da matéria. A matéria pré-atômica torna-se ligeiramente responsiva à gravidade quando ativada por raios X e outras energias semelhantes, mas nenhuma atração à gravidade linear mensurável é exercida sobre partículas de energia-eletrônica livres, desvinculadas e não-carregadas ou em ultimatons desassociados.

42:6.3 (476.5) Os ultimatons funcionam por atração mútua, respondendo apenas à atração circular da gravidade do Paraíso. Sem resposta à gravidade linear, eles são então mantidos na deriva do espaço universal. Os ultimatons são capazes de acelerar a velocidade de rotação até o ponto do comportamento de antigravidade parcial, mas não podem, independentemente dos organizadores da força ou diretores de potência, atingir a velocidade crítica de escape da desindividualização, retornar ao estágio da energia-pujante. Na natureza, os ultimatons escapam ao status de existência física apenas quando participam da desagregação terminal de um sol esfriado e moribundo.

42:6.4 (476.6) Os ultimatons, desconhecidos em Urântia, desaceleram ao longo de muitas fases da atividade física antes de atingirem os pré-requisitos de energia-rotativa para a organização eletrônica. Os ultimatons têm três variedades de movimento: resistência mútua à força cósmica, rotações individuais de potencial de antigravidade e as posições intraeletrônicas dos cem ultimatons mutuamente interassociados.

42:6.5 (476.7) A atração mútua mantém unidos cem ultimatons na constituição do elétron; e nunca há mais nem menos de cem ultimatons em um elétron típico. A perda de um ou mais ultimatons destrói a identidade eletrônica típica, trazendo assim à existência uma das dez formas modificadas do elétron.

42:6.6 (476.8) Os ultimatons não descrevem órbitas ou giram em circuitos dentro dos elétrons, mas eles de fato se espalham ou se aglomeram de acordo com suas velocidades de rotação axial, determinando assim as dimensões eletrônicas diferenciais. Esta mesma velocidade ultimatônica de rotação axial também determina as reações negativas ou positivas dos vários tipos de unidades eletrônicas. Toda a segregação e agrupamento da matéria eletrônica, juntamente com a diferenciação elétrica dos corpos negativos e positivos da matéria-energia, resultam destas várias funções da interassociação ultimatônica componente.

42:6.7 (477.1) Cada átomo tem um pouco mais de 1/100.000.000° de polegada de diâmetro, enquanto um elétron pesa um pouco mais de 1/2.000° do menor átomo, o hidrogênio. O próton positivo, característico do núcleo atômico, embora não seja maior que um elétron negativo, pesa quase duas mil vezes mais.

42:6.8 (477.2) Se a massa da matéria fosse ampliada até que a de um elétron fosse igual a três gramas, então caso o tamanho fosse proporcionalmente ampliado o volume de tal elétron se tornaria tão grande quanto o da Terra. Se o volume de um próton – mil e oitocentas vezes mais pesado que um elétron – fosse ampliado para o tamanho da cabeça de um alfinete, então, em comparação, a cabeça de um alfinete atingiria um diâmetro igual ao da órbita da Terra ao redor do Sol.


7. Matéria Atômica


42:7.1 (477.3) A formação de toda a matéria é da ordem do sistema solar. Há no centro de cada minúsculo universo de energia uma porção nuclear relativamente estável, comparativamente estacionária, da existência material. Esta unidade central é dotada de uma possibilidade tríplice de manifestação. Ao redor deste centro de energia giram, em interminável profusão, mas em circuitos flutuantes, as unidades de energia que são vagamente comparáveis aos planetas que circundam o sol de algum grupo estelar como o seu próprio sistema solar.

42:7.2 (477.4) Dentro do átomo, os elétrons giram em torno do próton central com aproximadamente o mesmo espaço comparativo que os planetas têm enquanto giram em torno do Sol no espaço do sistema solar. Há a mesma distância relativa, em comparação com o tamanho real, entre o núcleo atômico e o circuito eletrônico interno que existe entre o planeta interno, Mercúrio, e seu Sol.

42:7.3 (477.5) As rotações axiais eletrônicas e suas velocidades orbitais em torno do núcleo atômico estão ambas além da imaginação humana, para não falar das velocidades de seus ultimatons componentes. As partículas positivas de rádio voam para o espaço a uma velocidade de dez mil milhas por segundo, enquanto as partículas negativas atingem uma velocidade que se aproxima àquela da luz.

42:7.4 (477.6) Os universos locais são de construção decimal. Há apenas cem materializações atômicas distinguíveis de energia-espaço num universo dual; esta é a organização máxima possível da matéria em Nébadon. Estas cem formas de matéria consistem de uma série regular em que de um a cem elétrons giram em torno de um núcleo central e relativamente compacto. É esta associação ordenada e confiável de várias energias que constitui a matéria.

42:7.5 (477.7) Nem todo mundo mostrará cem elementos reconhecíveis na superfície, mas em algum lugar eles estão presentes, estiveram presentes ou estão em processo de evolução. As condições que envolvem a origem e a evolução subsequente de um planeta determinam quantos dos cem tipos atômicos serão observáveis. Os átomos mais pesados não são encontrados na superfície de muitos mundos. Mesmo em Urântia, os elementos mais pesados conhecidos manifestam uma tendência a se despedaçarem, como é ilustrado pelo comportamento do rádio.

42:7.6 (477.8) A estabilidade do átomo depende do número de nêutrons eletricamente inativos no corpo central. O comportamento químico é inteiramente dependente da atividade dos elétrons girando livremente.

42:7.7 (478.1) Em Orvônton nunca foi possível agregar naturalmente mais de cem elétrons orbitais em um sistema atômico. Quando cento e um foram introduzidos artificialmente no campo orbital, o resultado sempre foi a ruptura instantânea do próton central com a dispersão selvagem dos elétrons e outras energias liberadas.

42:7.8 (478.2) Embora os átomos possam conter de um a cem elétrons orbitais, apenas os dez elétrons externos dos átomos maiores giram em torno do núcleo central como corpos distintos e isolados, oscilando intacta e compactamente em órbitas precisas e definidas. Os trinta elétrons mais próximos do centro são de difícil observação ou detecção como corpos separados e organizados. Esta mesma proporção comparativa do comportamento eletrônico em relação à proximidade nuclear é obtida em todos os átomos, independentemente do número de elétrons abrangidos. Quanto mais próximo do núcleo, menos há em individualidade eletrônica. A extensão de energia ondulatória de um elétron pode se espalhar de modo a ocupar a totalidade das órbitas atômicas menores; especialmente isto é verdade para os elétrons mais próximos do núcleo atômico.

42:7.9 (478.3) Os trinta elétrons orbitais mais internos têm individualidade, mas seus sistemas de energia tendem a se misturar, estendendo-se de elétron a elétron e quase de órbita a órbita. Os seguintes trinta elétrons constituem a segunda família, ou zona de energia, e são de individualidade em avanço, corpos de matéria exercendo um controle mais completo sobre seus sistemas de energia associados. Os seguintes trinta elétrons, a terceira zona de energia, são ainda mais individualizados e circulam em órbitas mais distintas e definidas. Os últimos dez elétrons, presentes apenas nos dez elementos mais pesados, são dotados da dignidade da independência e, portanto, podem escapar mais ou menos livremente do controle do núcleo-mãe. Com uma variação mínima de temperatura e pressão, os membros deste quarto e mais externo grupo de elétrons escaparão da atração do núcleo central, como é ilustrado pela ruptura espontânea do urânio e elementos afins.

42:7.10 (478.4) Os primeiros vinte e sete átomos, aqueles que contêm de um a vinte e sete elétrons orbitais, são mais fáceis de entender do que os demais. Dos vinte e oito para cima, encontramos cada vez mais a imprevisibilidade da suposta presença do Absoluto Inqualificado. Mas parte desta imprevisibilidade eletrônica se deve a velocidades de rotação axial ultimatônicas diferenciais e à inexplicável tendência de “agrupamento” dos ultimatons. Outras influências – físicas, elétricas, magnéticas e gravitacionais – também operam para produzir comportamento eletrônico variável. Os átomos, portanto, são semelhantes às pessoas quanto à previsibilidade. Os estatísticos podem anunciar leis que regem um grande número seja de átomos ou de pessoas, mas não para um único átomo ou pessoa individual.


8. Coesão Atômica


42:8.1 (478.5) Embora a gravidade seja um dos vários fatores envolvidos em manter unido um minúsculo sistema de energia atômica, também está presente dentro destas unidades físicas básicas e entre elas uma energia poderosa e desconhecida, o segredo de sua constituição básica e comportamento último, uma força que continua sem ser descoberta em Urântia. Esta influência universal permeia todo o espaço contido dentro desta minúscula organização de energia.

42:8.2 (478.6) O espaço intereletrônico de um átomo não é vazio. Ao longo de um átomo este espaço intereletrônico é ativado por manifestações ondulatórias que estão perfeitamente sincronizadas com a velocidade eletrônica e as rotações ultimatônicas. Esta força não é inteiramente dominada pelas leis de atração positiva e negativa reconhecidas por vocês; o comportamento dela é, portanto, às vezes imprevisível. Esta influência inominada parece ser uma reação da força-espaço do Absoluto Inqualificado.

42:8.3 (479.1) Os prótons carregados e os nêutrons não-carregados do núcleo do átomo são mantidos juntos pela função recíproca do mesotron, uma partícula de matéria 180 vezes mais pesada que o elétron. Sem este arranjo, a carga elétrica transportada pelos prótons seria disruptiva para o núcleo atômico.

42:8.4 (479.2) À medida que os átomos são constituídos, nem as forças elétricas nem as gravitacionais poderiam manter o núcleo unido. A integridade do núcleo é mantida pela função de coesão recíproca do mesotron, que é capaz de manter as partículas carregadas e não-carregadas juntas devido à potência da massa-força superior e pela função adicional de fazer com que prótons e nêutrons mudem constantemente de lugar. O mesotron faz com que a carga elétrica das partículas nucleares seja incessantemente lançada para frente e para trás entre prótons e nêutrons. Num infinitésimo de segundo uma dada partícula nuclear é um próton carregado e no próximo é um nêutron não-carregado. E estas alternâncias de estado de energia são tão incrivelmente rápidas que a carga elétrica é privada de qualquer oportunidade de funcionar como uma influência disruptiva. Assim, o mesotron funciona como uma partícula “portadora de energia” que contribui poderosamente para a estabilidade nuclear do átomo.

42:8.5 (479.3) A presença e a função do mesotron também explicam outro enigma atômico. Quando os átomos atuam radioativamente, eles emitem muito mais energia do que seria esperado. Este excesso de radiação é derivado da fissão do mesotron “portador de energia”, que assim se torna um mero elétron. A desintegração mesotrônica também é acompanhada pela emissão de certas pequenas partículas não-carregadas.

42:8.6 (479.4) O mesotron explica certas propriedades coesivas do núcleo atômico, mas não contribui para a coesão do próton ao próton nem a adesão do nêutron ao nêutron. A força paradoxal e poderosa da integridade coesiva atômica é uma forma de energia ainda não descoberta em Urântia.

42:8.7 (479.5) Estes mesotrons são encontrados em abundância nos raios do espaço que tão incessantemente incidem sobre o seu planeta.


9. Filosofia Natural


42:9.1 (479.6) Não apenas a religião é dogmática; a filosofia natural tende igualmente a dogmatizar. Quando um renomado mestre religioso raciocinou que o número sete era fundamental para a natureza porque existem sete aberturas na cabeça humana, se ele conhecesse mais de química, poderia ter advogado tal crença fundamentado num fenômeno verdadeiro do mundo físico. Em todos os universos físicos do tempo e espaço, não obstante a manifestação universal da constituição decimal da energia, há o lembrete sempre presente da realidade da organização eletrônica sétupla da pré-matéria.

42:9.2 (479.7) O número sete é básico para o universo central e para o sistema espiritual de transmissões inerentes do caráter, mas o número dez, o sistema decimal, é inerente à energia, à matéria e à criação material. Não obstante, o mundo atômico de fato apresenta uma certa caracterização periódica que se repete em grupos de sete – uma marca de nascença carregada por este mundo material indicativa da sua remota origem espiritual.

42:9.3 (480.1) Esta persistência sétupla da constituição criativa é exibida nos domínios químicos como uma recorrência de propriedades físicas e químicas semelhantes em períodos segregados de sete quando os elementos básicos são organizados na ordem dos seus pesos atômicos. Quando os elementos químicos de Urântia são assim organizados em fila, qualquer qualidade ou propriedade dada tende a se repetir por setes. Esta mudança periódica por setes ocorre de forma decrescente e com variações ao longo de toda a tabela química, sendo mais marcadamente observável nos agrupamentos atômicos iniciais ou mais leves. Partindo de qualquer elemento, após se notar alguma propriedade, tal qualidade mudará por seis elementos consecutivos, mas ao chegar ao oitavo, tende a reaparecer, ou seja, o oitavo elemento quimicamente ativo assemelha-se ao primeiro, o nono ao segundo, e assim por diante. Tal fato do mundo físico aponta inequivocamente para a constituição sétupla da energia ancestral e é indicativo da realidade fundamental da diversidade sétupla das criações do tempo e espaço. O homem também deve notar que existem sete cores no espectro natural.

42:9.4 (480.2) Mas nem todas as suposições da filosofia natural são válidas; por exemplo, o éter hipotético, que representa uma tentativa engenhosa do homem em unificar sua ignorância dos fenômenos do espaço. A filosofia do universo não pode ser baseada nas observações da chamada ciência. Se tal metamorfose não pudesse ser vista, um cientista estaria inclinado a negar a possibilidade de uma borboleta se desenvolver a partir de uma lagarta.

42:9.5 (480.3) A estabilidade física associada à elasticidade biológica está presente na natureza apenas por causa da sabedoria quase infinita possuída pelos Mestres Arquitetos da criação. Nada menos do que a sabedoria transcendental poderia jamais projetar unidades de matéria que são ao mesmo tempo tão estáveis e tão eficientemente flexíveis.


10. Sistemas de Energia Não-Espiritual Universal (Sistemas da Mente Material)


42:10.1 (480.4) O arco interminável da realidade cósmica relativa, desde a absolutez da monota do Paraíso à absolutez da potência do espaço, é sugestivo de certas evoluções de relacionamento nas realidades não-espirituais da Primeira Fonte e Centro – aquelas realidades que estão ocultas na potência do espaço, reveladas na monota, e provisoriamente exibidas em níveis cósmicos intermediários. Este eterno ciclo da energia, sendo circuitado no Pai dos universos, é absoluto e, sendo absoluto, não é expansivo em fato nem valor; no entanto, o Pai Primordial é mesmo agora – como sempre – autorrealizador de uma arena sempre em expansão de significados no espaço-tempo, e no espaço-tempo-transcendido, uma arena de relacionamentos mutáveis em que a matéria-energia está sendo progressivamente submetida ao supercontrole do espírito vivo e divino através do esforço experiencial da mente viva e pessoal.

42:10.2 (480.5) As energias não-espirituais universais são reassociadas nos sistemas vivos das mentes não-Criadoras em vários níveis, alguns dos quais podem ser descritos como segue:


42:10.3 (480.6) 1. Espíritos pré-ajudantes da mente. Este nível de mente é não-experiencial e nos mundos habitados é ministrada pelos Controladores Físicos Mestres. Esta é a mente mecânica, o intelecto não-ensinável das formas mais primitivas de vida material, mas a mente não-ensinável funciona em muitos níveis além daquele da vida planetária primitiva.

42:10.4 (481.1) 2. Espíritos ajudantes da mente. Esta é a ministração do Espírito Mãe de um universo local funcionando através dos seus sete espíritos ajudantes da mente no nível ensinável (não-mecânico) da mente material. Neste nível a mente material está experienciando: como intelecto sub-humano (animal) nos primeiros cinco ajudantes; como intelecto humano (moral) nos sete ajudantes; como intelecto supra-humano (interplanário) nos dois últimos ajudantes.

42:10.5 (481.2) 3. Mentes da morôncia em evolução – a consciência em expansão de personalidades em evolução nas carreiras ascendentes no universo local. Esta é a doação do Espírito Mãe do universo local em ligação com o Filho Criador. Este nível de mente conota a organização do veículo de vida do tipo da morôncia, uma síntese do material e do espiritual que é efetuada pelos Supervisores de Potência da Morôncia de um universo local. A mente da morôncia funciona diferencialmente em resposta aos 570 níveis de vida da morôncia, revelando uma capacidade associativa crescente com a mente cósmica nos níveis mais elevados de realização. Este é o curso evolutivo das criaturas mortais, mas a mente de uma ordem não-moroncial também é doada por um Filho do Universo e um Espírito do Universo aos filhos não-moronciais das criações locais.

42:10.6 (481.3) A mente cósmica. Esta é a mente setuplamente diversificada do tempo e espaço, com cada fase sendo ministrada por cada um dos Sete Espíritos Mestres a um dos sete superuniversos. A mente cósmica abrange todos os níveis de mente finita e coordena experiencialmente com os níveis de divindade evolutiva da Mente Suprema e transcendentalmente com os níveis existenciais da mente absoluta – os circuitos diretos do Agente Conjunto.

42:10.7 (481.4) No Paraíso, a mente é absoluta; em Havona, absonita; em Orvônton, finita. A mente sempre conota a atividade-presença da ministração viva acrescida de sistemas de energia variados, e isto é verdade para todos os níveis e para todos os tipos de mente. Mas além da mente cósmica torna-se cada vez mais difícil retratar as relações da mente com a energia não-espiritual. A mente de Havona é subabsoluta, mas supraevolucionária; sendo existencial-experiencial, está mais próxima do absonito do que qualquer outro conceito revelado a vocês. A mente do Paraíso está além da compreensão humana; é existencial, não-espacial e não-temporal. No entanto, todos estes níveis da mente são ofuscados pela presença universal do Agente Conjunto – pela atração da gravidade-mente do Deus da mente no Paraíso.


11. Mecanismos do Universo


42:11.1 (481.5) Na avaliação e reconhecimento da mente deve-se lembrar que o universo não é mecânico nem mágico; é uma criação da mente e um mecanismo da lei. Mas enquanto na aplicação prática as leis da natureza operam naquilo que parecem ser os reinos duais do físico e do espiritual, na realidade eles são um. A Primeira Fonte e Centro é a causa primordial de toda materialização e ao mesmo tempo o primeiro e último Pai de todos os espíritos. O Pai do Paraíso aparece pessoalmente nos universos extra-Havona apenas como pura energia e puro espírito – como os Ajustadores do Pensamento e outras fragmentações semelhantes.

42:11.2 (481.6) Os mecanismos não dominam absolutamente a criação total; o universo de universos na íntegra é planejado pela mente, feito pela mente e administrado pela mente. Mas o mecanismo divino do universo de universos é no todo perfeito demais para que os métodos científicos da mente finita do homem possam discernir sequer um traço do domínio da mente infinita. Pois esta mente criadora, controladora e sustentadora não é nem mente material nem mente de criatura; é a mente-espírito funcionando nos níveis criadores da realidade divina e a partir deles.

42:11.3 (482.1) A capacidade de discernir e descobrir a mente nos mecanismos do universo depende inteiramente da habilidade, alcance e capacidade da mente investigadora engajada em tal tarefa de observação. As mentes do espaço-tempo, organizadas a partir das energias do tempo e espaço, estão sujeitas aos mecanismos do tempo e espaço.

42:11.4 (482.2) O movimento e a gravitação do universo são facetas gêmeas do mecanismo impessoal do espaço-tempo do universo de universos. Os níveis de resposta da gravidade para espírito, mente e matéria são bastante independentes do tempo, mas apenas os verdadeiros níveis da realidade do espírito são independentes do espaço (não-espaciais). Os níveis mais elevados da mente no universo – os níveis da mente-espírito – também podem ser não-espaciais, mas os níveis da mente material, tal como a mente humana, respondem às interações da gravitação do universo, perdendo essa resposta apenas na proporção da identificação com o espírito. Os níveis de realidade-espírito são reconhecidos por seu conteúdo de espírito, e a espiritualidade no tempo e espaço é medida inversamente à resposta à gravidade-linear.

42:11.5 (482.3) A resposta à gravidade linear é uma medida quantitativa da energia não-espiritual. Toda massa – energia organizada – está sujeita a essa atração, exceto quando o movimento e a mente atuam sobre ela. A gravidade linear é a força coesiva de curto alcance do macrocosmos, algo como as forças de coesão intra-atômica serem as forças de curto alcance do microcosmos. A energia materializada física, organizada como a chamada matéria, não pode atravessar o espaço sem afetar a resposta à gravidade linear. Embora tal resposta à gravidade seja diretamente proporcional à massa, ela é tão modificada pelo espaço intermediário que o resultado final não é mais do que grosseiramente aproximado quando expresso inversamente de acordo com o quadrado da distância. O espaço acaba por conquistar a gravitação linear por causa da presença nele das influências antigravitacionais de numerosas forças supramateriais que operam para neutralizar a ação da gravidade e todas as respostas a ela.

42:11.6 (482.4) Mecanismos cósmicos extremamente complexos e de aparência altamente automática sempre tendem a ocultar a presença da mente residente originária ou criativa de todas e quaisquer inteligências muito abaixo nos níveis do universo da natureza e capacidade do próprio mecanismo. Portanto, é inevitável que os mecanismos mais elevados do universo tenham que parecer irracionais às ordens mais baixas de criaturas. A única exceção possível a tal conclusão seria a implicação da mente no fenômeno surpreendente de um universo aparentemente autossustentador – mas isso é uma questão de filosofia em vez de experiência de fato.

42:11.7 (482.5) Visto que a mente coordena o universo, a fixidez dos mecanismos é inexistente. O fenômeno da evolução progressiva associado à automanutenção cósmica é universal. A capacidade evolutiva do universo é inesgotável na infinitude da espontaneidade. O progresso rumo à unidade harmoniosa, uma síntese experiencial crescente sobreposta a uma complexidade cada vez maior de relacionamentos, só poderia ser efetivada por uma mente intencional e dominante.

42:11.8 (482.6) Quanto mais elevada for a mente do universo associada a qualquer fenômeno do universo, mais difícil será para os tipos mais baixos de mente descobri-la. E uma vez que a mente do mecanismo do universo é mente-espírito criativa (até mesmo a mente do Infinito), ela nunca pode ser descoberta ou discernida pelas mentes de nível baixo do universo, muito menos pela mente mais baixa de todas, a humana. A mente animal em evolução, embora naturalmente busque a Deus, não é por si mesma e em si mesma inerentemente conhecedora de Deus.


12. Padrão e Forma – Predominância da Mente


42:12.1 (483.1) A evolução dos mecanismos implica e indica a presença oculta e a predominância da mente criativa. A capacidade do intelecto mortal de conceber, projetar e criar mecanismos automáticos demonstra que as qualidades superiores, criativas e propositais da mente do homem são a influência dominante no planeta. A mente sempre avança para a:


42:12.2 (483.2) 1. Criação de mecanismos materiais.

42:12.3 (483.3) 2. Descoberta de mistérios ocultos.

42:12.4 (483.4) 3. Exploração de situações remotas.

42:12.5 (483.5) 4. Formulação de sistemas mentais.

42:12.6 (483.6) 5. Chegada a metas de sabedoria.

42:12.7 (483.7) 6. Conquista de níveis do espírito.

42:12.8 (483.8) 7. Realização dos destinos divinos – supremos, últimos e absolutos.


42:12.9 (483.9) A mente é sempre criativa. A dotação de mente de um indivíduo animal, mortal, moroncial, ascendente de espírito ou conquistador da finalidade é sempre competente para produzir um corpo adequado e útil para a identidade da criatura vivente. Mas o fenômeno da presença de uma personalidade ou o padrão de uma identidade, como tal, não é uma manifestação de energia, seja física, mental ou espiritual. A forma da personalidade é o aspecto padrão de um ser vivente; ela implica o planejamento de energias, e isto, adicionado à vida e ao movimento, é o mecanismo da existência da criatura.

42:12.10 (483.10) Até os seres-espírito têm forma, e estas formas (padrões) de espírito são reais. Mesmo o tipo mais elevado de personalidades de espírito tem formas – presenças de personalidade em todos os sentidos análogas aos corpos mortais de Urântia. Quase todos os seres encontrados nos sete superuniversos possuem formas. Mas há algumas exceções a esta regra geral: os Ajustadores do Pensamento parecem ser sem forma até se fusionarem com as almas sobreviventes dos seus associados mortais. Mensageiros Solitários, Espíritos Inspirados da Trindade, Assistentes Pessoais do Espírito Infinito, Mensageiros da Gravidade, Registradores Transcendentais e alguns outros também não têm forma detectável. Mas estes são típicos dos poucos excepcionais; a grande maioria tem formas de personalidade genuínas, formas que são características individualmente e que são reconhecíveis e pessoalmente distinguíveis.

42:12.11 (483.11) A ligação da mente cósmica e a ministração dos espíritos ajudantes da mente desenvolvem um tabernáculo físico adequado para o ser humano em evolução. Da mesma forma, a mente da morôncia individualiza a forma da morôncia para todos os sobreviventes mortais. Assim como o corpo mortal é pessoal e característico de cada ser humano, também a forma da morôncia será altamente individual e adequadamente característica da mente criativa que a domina. Não há duas formas da morôncia mais parecidas do que quaisquer dois corpos humanos. Os Supervisores de Potência da Morôncia patrocinam e as serafinas assistentes fornecem o material da morôncia indiferenciado com o qual a vida na morôncia pode começar a funcionar. E depois da vida na morôncia, se descobrirá que as formas de espírito são igualmente diversas, pessoais e características de seus respectivos residentes de mente-espírito.

42:12.12 (483.12) Num mundo material vocês pensam num corpo como tendo um espírito, mas nós consideramos o espírito como tendo um corpo. Os olhos materiais são verdadeiramente as janelas da alma nascida do espírito. O espírito é o arquiteto, a mente é a construtora, o corpo é a edificação material.

42:12.13 (484.1) As energias físicas, espirituais e mentais, como tais e em seus estados puros, não interagem plenamente como atualidades dos universos fenomênicos. No Paraíso as três energias estão em coordenação, em Havona são coordenadas, enquanto nos níveis do universo de atividades finitas têm que ser encontradas todas as gamas de domínio material, mental e espiritual. Em situações não-pessoais do tempo e espaço, a energia física parece predominar, mas também parece que quanto mais a função mente-espírito se aproxima da divindade do propósito e da supremacia da ação, tanto mais a fase de espírito se torna dominante; que no último nível a mente-espírito pode se tornar quase completamente dominante. No nível absoluto o espírito certamente é dominante. E desde aí através dos reinos do tempo e espaço, onde quer que uma realidade de espírito divina esteja presente, sempre que uma mente-espírito real estiver funcionando, sempre tende a ser produzida uma contraparte material ou física dessa realidade de espírito.

42:12.14 (484.2) O espírito é a realidade criativa; a contrapartida física é o reflexo no espaço-tempo da realidade do espírito, a repercussão física da ação criativa da mente-espírito.

42:12.15 (484.3) A mente domina universalmente a matéria, mesmo quando ela por sua vez responde ao supercontrole último do espírito. E com o homem mortal, apenas aquela mente que se submete livremente à direção do espírito pode esperar sobreviver à existência mortal no espaço-tempo como uma criança imortal do mundo do espírito eterno do Supremo, do Último e do Absoluto: o Infinito.


42:12.16 (484.4) [Apresentado por um Mensageiro Poderoso a serviço em Nébadon e a pedido de Gabriel.]

Paper 42

Energy - Mind and Matter

42:0.1 (467.1) THE foundation of the universe is material in the sense that energy is the basis of all existence, and pure energy is controlled by the Universal Father. Force, energy, is the one thing which stands as an everlasting monument demonstrating and proving the existence and presence of the Universal Absolute. This vast stream of energy proceeding from the Paradise Presences has never lapsed, never failed; there has never been a break in the infinite upholding.

42:0.2 (467.2) The manipulation of universe energy is ever in accordance with the personal will and the all-wise mandates of the Universal Father. This personal control of manifested power and circulating energy is modified by the co-ordinate acts and decisions of the Eternal Son, as well as by the united purposes of the Son and the Father executed by the Conjoint Actor. These divine beings act personally and as individuals; they also function in the persons and powers of an almost unlimited number of subordinates, each variously expressive of the eternal and divine purpose in the universe of universes. But these functional and provisional modifications or transmutations of divine power in no way lessen the truth of the statement that all force-energy is under the ultimate control of a personal God resident at the center of all things.


1. Paradise Forces and Energies


42:1.1 (467.3) The foundation of the universe is material, but the essence of life is spirit. The Father of spirits is also the ancestor of universes; the eternal Father of the Original Son is also the eternity-source of the original pattern, the Isle of Paradise.

42:1.2 (467.4) Matter—energy—for they are but diverse manifestations of the same cosmic reality, as a universe phenomenon is inherent in the Universal Father. “In him all things consist.” Matter may appear to manifest inherent energy and to exhibit self-contained powers, but the lines of gravity involved in the energies concerned in all these physical phenomena are derived from, and are dependent on, Paradise. The ultimaton, the first measurable form of energy, has Paradise as its nucleus.

42:1.3 (467.5) There is innate in matter and present in universal space a form of energy not known on Urantia. When this discovery is finally made, then will physicists feel that they have solved, almost at least, the mystery of matter. And so will they have approached one step nearer the Creator; so will they have mastered one more phase of the divine technique; but in no sense will they have found God, neither will they have established the existence of matter or the operation of natural laws apart from the cosmic technique of Paradise and the motivating purpose of the Universal Father.

42:1.4 (468.1) Subsequent to even still greater progress and further discoveries, after Urantia has advanced immeasurably in comparison with present knowledge, though you should gain control of the energy revolutions of the electrical units of matter to the extent of modifying their physical manifestations—even after all such possible progress, forever will scientists be powerless to create one atom of matter or to originate one flash of energy or ever to add to matter that which we call life.

42:1.5 (468.2) The creation of energy and the bestowal of life are the prerogatives of the Universal Father and his associate Creator personalities. The river of energy and life is a continuous outpouring from the Deities, the universal and united stream of Paradise force going forth to all space. This divine energy pervades all creation. The force organizers initiate those changes and institute those modifications of space-force which eventuate in energy; the power directors transmute energy into matter; thus the material worlds are born. The Life Carriers initiate those processes in dead matter which we call life, material life. The Morontia Power Supervisors likewise perform throughout the transition realms between the material and the spiritual worlds. The higher spirit Creators inaugurate similar processes in divine forms of energy, and there ensue the higher spirit forms of intelligent life.

42:1.6 (468.3) Energy proceeds from Paradise, fashioned after the divine order. Energy—pure energy—partakes of the nature of the divine organization; it is fashioned after the similitude of the three Gods embraced in one, as they function at the headquarters of the universe of universes. And all force is circuited in Paradise, comes from the Paradise Presences and returns thereto, and is in essence a manifestation of the uncaused Cause—the Universal Father; and without the Father would not anything exist that does exist.

42:1.7 (468.4) Force derived from self-existent Deity is in itself ever existent. Force-energy is imperishable, indestructible; these manifestations of the Infinite may be subject to unlimited transmutation, endless transformation, and eternal metamorphosis; but in no sense or degree, not even to the slightest imaginable extent, could they or ever shall they suffer extinction. But energy, though springing from the Infinite, is not infinitely manifest; there are outer limits to the presently conceived master universe.

42:1.8 (468.5) Energy is eternal but not infinite; it ever responds to the all-embracing grasp of Infinity. Forever force and energy go on; having gone out from Paradise, they must return thereto, even if age upon age be required for the completion of the ordained circuit. That which is of Paradise Deity origin can have only a Paradise destination or a Deity destiny.

42:1.9 (468.6) And all this confirms our belief in a circular, somewhat limited, but orderly and far-flung universe of universes. If this were not true, then evidence of energy depletion at some point would sooner or later appear. All laws, organizations, administration, and the testimony of universe explorers—everything points to the existence of an infinite God but, as yet, a finite universe, a circularity of endless existence, well-nigh limitless but, nevertheless, finite in contrast with infinity.


2. Universal Nonspiritual Energy Systems(Physical Energies)


42:2.1 (469.1) It is indeed difficult to find suitable words in the English language whereby to designate and wherewith to describe the various levels of force and energy—physical, mindal, or spiritual. These narratives cannot altogether follow your accepted definitions of force, energy, and power. There is such paucity of language that we must use these terms in multiple meanings. In this paper, for example, the word energy is used to denote all phases and forms of phenomenal motion, action, and potential, while force is applied to the pregravity, and power to the postgravity, stages of energy.

42:2.2 (469.2) I will, however, endeavor to lessen conceptual confusion by suggesting the advisability of adopting the following classification for cosmic force, emergent energy, and universe power—physical energy:


42:2.3 (469.3) 1. Space potency. This is the unquestioned free space presence of the Unqualified Absolute. The extension of this concept connotes the universe force-space potential inherent in the functional totality of the Unqualified Absolute, while the intension of this concept implies the totality of cosmic reality—universes—which emanated eternitywise from the never-beginning, never-ending, never-moving, never-changing Isle of Paradise.

42:2.4 (469.4) The phenomena indigenous to the nether side of Paradise probably embrace three zones of absolute force presence and performance: the fulcral zone of the Unqualified Absolute, the zone of the Isle of Paradise itself, and the intervening zone of certain unidentified equalizing and compensating agencies or functions. These triconcentric zones are the centrum of the Paradise cycle of cosmic reality.

42:2.5 (469.5) Space potency is a prereality; it is the domain of the Unqualified Absolute and is responsive only to the personal grasp of the Universal Father, notwithstanding that it is seemingly modifiable by the presence of the Primary Master Force Organizers.

42:2.6 (469.6) On Uversa, space potency is spoken of as absoluta.

42:2.7 (469.7) 2. Primordial force. This represents the first basic change in space potency and may be one of the nether Paradise functions of the Unqualified Absolute. We know that the space presence going out from nether Paradise is modified in some manner from that which is incoming. But regardless of any such possible relationships, the openly recognized transmutation of space potency into primordial force is the primary differentiating function of the tension-presence of the living Paradise force organizers.

42:2.8 (469.8) Passive and potential force becomes active and primordial in response to the resistance afforded by the space presence of the Primary Eventuated Master Force Organizers. Force is now emerging from the exclusive domain of the Unqualified Absolute into the realms of multiple response—response to certain primal motions initiated by the God of Action and thereupon to certain compensating motions emanating from the Universal Absolute. Primordial force is seemingly reactive to transcendental causation in proportion to absoluteness.

42:2.9 (469.9) Primordial force is sometimes spoken of as pure energy; on Uversa we refer to it as segregata.

42:2.10 (470.1) 3. Emergent energies. The passive presence of the primary force organizers is sufficient to transform space potency into primordial force, and it is upon such an activated space field that these same force organizers begin their initial and active operations. Primordial force is destined to pass through two distinct phases of transmutation in the realms of energy manifestation before appearing as universe power. These two levels of emerging energy are:

42:2.11 (470.2) a. Puissant energy. This is the powerful-directional, mass-movemented, mighty-tensioned, and forcible-reacting energy—gigantic energy systems set in motion by the activities of the primary force organizers. This primary or puissant energy is not at first definitely responsive to the Paradise-gravity pull though probably yielding an aggregate-mass or space-directional response to the collective group of absolute influences operative from the nether side of Paradise. When energy emerges to the level of initial response to the circular and absolute-gravity grasp of Paradise, the primary force organizers give way to the functioning of their secondary associates.

42:2.12 (470.3) b. Gravity energy. The now-appearing gravity-responding energy carries the potential of universe power and becomes the active ancestor of all universe matter. This secondary or gravity energy is the product of the energy elaboration resulting from the pressure-presence and the tension-trends set up by the Associate Transcendental Master Force Organizers. In response to the work of these force manipulators, space-energy rapidly passes from the puissant to the gravity stage, thus becoming directly responsive to the circular grasp of Paradise (absolute) gravity while disclosing a certain potential for sensitivity to the linear-gravity pull inherent in the soon appearing material mass of the electronic and the postelectronic stages of energy and matter. Upon the appearance of gravity response, the Associate Master Force Organizers may retire from the energy cyclones of space provided the Universe Power Directors are assignable to that field of action.

42:2.13 (470.4) We are quite uncertain regarding the exact causes of the early stages of force evolution, but we recognize the intelligent action of the Ultimate in both levels of emergent-energy manifestation. Puissant and gravity energies, when regarded collectively, are spoken of on Uversa as ultimata.

42:2.14 (470.5) 4. Universe power. Space-force has been changed into space-energy and thence into the energy of gravity control. Thus has physical energy been ripened to that point where it can be directed into channels of power and made to serve the manifold purposes of the universe Creators. This work is carried on by the versatile directors, centers, and controllers of physical energy in the grand universe—the organized and inhabited creations. These Universe Power Directors assume the more or less complete control of twenty-one of the thirty phases of energy constituting the present energy system of the seven superuniverses. This domain of power-energy-matter is the realm of the intelligent activities of the Sevenfold, functioning under the time-space overcontrol of the Supreme.

42:2.15 (470.6) On Uversa we refer to the realm of universe power as gravita.

42:2.16 (470.7) 5. Havona energy. In concept this narrative has been moving Paradiseward as transmuting space-force has been followed, level by level, to the working level of the energy-power of the universes of time and space. Continuing Paradiseward, there is next encountered a pre-existent phase of energy which is characteristic of the central universe. Here the evolutionary cycle seems to turn back upon itself; energy-power now seems to begin to swing back towards force, but force of a nature very unlike that of space potency and primordial force. Havona energy systems are not dual; they are triune. This is the existential energy domain of the Conjoint Actor, functioning in behalf of the Paradise Trinity.

42:2.17 (471.1) On Uversa these energies of Havona are known as triata.

42:2.18 (471.2) 6. Transcendental energy. This energy system operates on and from the upper level of Paradise and only in connection with the absonite peoples. On Uversa it is denominated tranosta.

42:2.19 (471.3) 7. Monota. Energy is close of kin to divinity when it is Paradise energy. We incline to the belief that monota is the living, nonspirit energy of Paradise—an eternity counterpart of the living, spirit energy of the Original Son—hence the nonspiritual energy system of the Universal Father.

42:2.20 (471.4) We cannot differentiate the nature of Paradise spirit and Paradise monota; they are apparently alike. They have different names, but you can hardly be told very much about a reality whose spiritual and whose nonspiritual manifestations are distinguishable only by name.

42:2.21 (471.5) We know that finite creatures can attain the worship experience of the Universal Father through the ministry of God the Sevenfold and the Thought Adjusters, but we doubt that any subabsolute personality, even power directors, can comprehend the energy infinity of the First Great Source and Center. One thing is certain: If the power directors are conversant with the technique of the metamorphosis of space-force, they do not reveal the secret to the rest of us. It is my opinion that they do not fully comprehend the function of the force organizers.

42:2.22 (471.6) These power directors themselves are energy catalyzers; that is, they cause energy to segment, organize, or assemble in unit formation by their presence. And all this implies that there must be something inherent in energy which causes it thus to function in the presence of these power entities. The Nebadon Melchizedeks long since denominated the phenomenon of the transmutation of cosmic force into universe power as one of the seven “infinities of divinity.” And that is as far as you will advance on this point during your local universe ascension.

42:2.23 (471.7) Notwithstanding our inability fully to comprehend the origin, nature, and transmutations of cosmic force, we are fully conversant with all phases of emergent-energy behavior from the times of its direct and unmistakable response to the action of Paradise gravity—about the time of the beginning of the function of the superuniverse power directors.


3. Classification of Matter


42:3.1 (471.8) Matter in all universes, excepting in the central universe, is identical. Matter in its physical properties depends on the revolutionary rates of its component members, the number and size of the revolving members, their distance from the nuclear body or the space content of matter, as well as on the presence of certain forces as yet undiscovered on Urantia.

42:3.2 (471.9) In the varied suns, planets, and space bodies there are ten grand divisions of matter:


42:3.3 (472.1) 1. Ultimatonic matter—the prime physical units of material existence, the energy particles which go to make up electrons.

42:3.4 (472.2) 2. Subelectronic matter—the explosive and repellent stage of the solar supergases.

42:3.5 (472.3) 3. Electronic matter—the electrical stage of material differentiation—electrons, protons, and various other units entering into the varied constitution of the electronic groups.

42:3.6 (472.4) 4. Subatomic matter—matter existing extensively in the interior of the hot suns.

42:3.7 (472.5) 5. Shattered atoms—found in the cooling suns and throughout space.

42:3.8 (472.6) 6. Ionized matter—individual atoms stripped of their outer (chemically active) electrons by electrical, thermal, or X-ray activities and by solvents.

42:3.9 (472.7) 7. Atomic matter—the chemical stage of elemental organization, the component units of molecular or visible matter.

42:3.10 (472.8) 8. The molecular stage of matter—matter as it exists on Urantia in a state of relatively stable materialization under ordinary conditions.

42:3.11 (472.9) 9. Radioactive matter—the disorganizing tendency and activity of the heavier elements under conditions of moderate heat and diminished gravity pressure.

42:3.12 (472.10) 10. Collapsed matter—the relatively stationary matter found in the interior of the cold or dead suns. This form of matter is not really stationary; there is still some ultimatonic even electronic activity, but these units are in very close proximity, and their rates of revolution are greatly diminished.


42:3.13 (472.11) The foregoing classification of matter pertains to its organization rather than to the forms of its appearance to created beings. Neither does it take into account the pre-emergent stages of energy nor the eternal materializations on Paradise and in the central universe.


4. Energy and Matter Transmutations


42:4.1 (472.12) Light, heat, electricity, magnetism, chemism, energy, and matter are—in origin, nature, and destiny—one and the same thing, together with other material realities as yet undiscovered on Urantia.

42:4.2 (472.13) We do not fully comprehend the almost endless changes to which physical energy may be subject. In one universe it appears as light, in another as light plus heat, in another as forms of energy unknown on Urantia; in untold millions of years it may reappear as some form of restless, surging electrical energy or magnetic power; and still later on it may again appear in a subsequent universe as some form of variable matter going through a series of metamorphoses, to be followed by its outward physical disappearance in some great cataclysm of the realms. And then, after countless ages and almost endless wandering through numberless universes, again may this same energy re-emerge and many times change its form and potential; and so do these transformations continue through successive ages and throughout countless realms. Thus matter sweeps on, undergoing the transmutations of time but swinging ever true to the circle of eternity; even if long prevented from returning to its source, it is ever responsive thereto, and it ever proceeds in the path ordained by the Infinite Personality who sent it forth.

42:4.3 (473.1) The power centers and their associates are much concerned in the work of transmuting the ultimaton into the circuits and revolutions of the electron. These unique beings control and compound power by their skillful manipulation of the basic units of materialized energy, the ultimatons. They are masters of energy as it circulates in this primitive state. In liaison with the physical controllers they are able to effectively control and direct energy even after it has transmuted to the electrical level, the so-called electronic stage. But their range of action is enormously curtailed when electronically organized energy swings into the whirls of the atomic systems. Upon such materialization, these energies fall under the complete grasp of the drawing power of linear gravity.

42:4.4 (473.2) Gravity acts positively on the power lanes and energy channels of the power centers and the physical controllers, but these beings have only a negative relation to gravity—the exercise of their antigravity endowments.

42:4.5 (473.3) Throughout all space, cold and other influences are at work creatively organizing ultimatons into electrons. Heat is the measurement of electronic activity, while cold merely signifies absence of heat—comparative energy rest—the status of the universal force-charge of space provided neither emergent energy nor organized matter were present and responding to gravity.

42:4.6 (473.4) Gravity presence and action is what prevents the appearance of the theoretical absolute zero, for interstellar space does not have the temperature of absolute zero. Throughout all organized space there are gravity-responding energy currents, power circuits, and ultimatonic activities, as well as organizing electronic energies. Practically speaking, space is not empty. Even the atmosphere of Urantia thins out increasingly until at about three thousand miles it begins to shade off into the average space matter in this section of the universe. The most nearly empty space known in Nebadon would yield about one hundred ultimatons—the equivalent of one electron—in each cubic inch. Such scarcity of matter is regarded as practically empty space.

42:4.7 (473.5) Temperature—heat and cold—is secondary only to gravity in the realms of energy and matter evolution. Ultimatons are humbly obedient to temperature extremes. Low temperatures favor certain forms of electronic construction and atomic assembly, while high temperatures facilitate all sorts of atomic breakup and material disintegration.

42:4.8 (473.6) When subjected to the heat and pressure of certain internal solar states, all but the most primitive associations of matter may be broken up. Heat can thus largely overcome gravity stability. But no known solar heat or pressure can convert ultimatons back into puissant energy.

42:4.9 (473.7) The blazing suns can transform matter into various forms of energy, but the dark worlds and all outer space can slow down electronic and ultimatonic activity to the point of converting these energies into the matter of the realms. Certain electronic associations of a close nature, as well as many of the basic associations of nuclear matter, are formed in the exceedingly low temperatures of open space, being later augmented by association with larger accretions of materializing energy.

42:4.10 (473.8) Throughout all of this never-ending metamorphosis of energy and matter we must reckon with the influence of gravity pressure and with the antigravity behavior of the ultimatonic energies under certain conditions of temperature, velocity, and revolution. Temperature, energy currents, distance, and the presence of the living force organizers and the power directors also have a bearing on all transmutation phenomena of energy and matter.

42:4.11 (474.1) The increase of mass in matter is equal to the increase of energy divided by the square of the velocity of light. In a dynamic sense the work which resting matter can perform is equal to the energy expended in bringing its parts together from Paradise minus the resistance of the forces overcome in transit and the attraction exerted by the parts of matter on one another.

42:4.12 (474.2) The existence of pre-electronic forms of matter is indicated by the two atomic weights of lead. The lead of original formation weighs slightly more than that produced through uranium disintegration by way of radium emanations; and this difference in atomic weight represents the actual loss of energy in the atomic breakup.

42:4.13 (474.3) The relative integrity of matter is assured by the fact that energy can be absorbed or released only in those exact amounts which Urantia scientists have designated quanta. This wise provision in the material realms serves to maintain the universes as going concerns.

42:4.14 (474.4) The quantity of energy taken in or given out when electronic or other positions are shifted is always a “quantum” or some multiple thereof, but the vibratory or wavelike behavior of such units of energy is wholly determined by the dimensions of the material structures concerned. Such wavelike energy ripples are 860 times the diameters of the ultimatons, electrons, atoms, or other units thus performing. The never-ending confusion attending the observation of the wave mechanics of quantum behavior is due to the superimposition of energy waves: Two crests can combine to make a double-height crest, while a crest and a trough may combine, thus producing mutual cancellation.


5. Wave-Energy Manifestations


42:5.1 (474.5) In the superuniverse of Orvonton there are one hundred octaves of wave energy. Of these one hundred groups of energy manifestations, sixty-four are wholly or partially recognized on Urantia. The sun’s rays constitute four octaves in the superuniverse scale, the visible rays embracing a single octave, number forty-six in this series. The ultraviolet group comes next, while ten octaves up are the X rays, followed by the gamma rays of radium. Thirty-two octaves above the visible light of the sun are the outer-space energy rays so frequently commingled with their associated highly energized minute particles of matter. Next downward from visible sunlight appear the infrared rays, and thirty octaves below are the radio transmission group.

42:5.2 (474.6) Wavelike energy manifestations—from the standpoint of twentieth-century Urantia scientific enlightenment—may be classified into the following ten groups:


42:5.3 (474.7) 1. Infraultimatonic rays—the borderland revolutions of ultimatons as they begin to assume definite form. This is the first stage of emergent energy in which wavelike phenomena can be detected and measured.

42:5.4 (474.8) 2. Ultimatonic rays. The assembly of energy into the minute spheres of the ultimatons occasions vibrations in the content of space which are discernible and measurable. And long before physicists ever discover the ultimaton, they will undoubtedly detect the phenomena of these rays as they shower in upon Urantia. These short and powerful rays represent the initial activity of the ultimatons as they are slowed down to that point where they veer towards the electronic organization of matter. As the ultimatons aggregate into electrons, condensation occurs with a consequent storage of energy.

42:5.5 (475.1) 3. The short space rays. These are the shortest of all purely electronic vibrations and represent the preatomic stage of this form of matter. These rays require extraordinarily high or low temperatures for their production. There are two sorts of these space rays: one attendant upon the birth of atoms and the other indicative of atomic disruption. They emanate in the largest quantities from the densest plane of the superuniverse, the Milky Way, which is also the densest plane of the outer universes.

42:5.6 (475.2) 4. The electronic stage. This stage of energy is the basis of all materialization in the seven superuniverses. When electrons pass from higher to lower energy levels of orbital revolution, quanta are always given off. Orbital shifting of electrons results in the ejection or the absorption of very definite and uniform measurable particles of light-energy, while the individual electron always gives up a particle of light-energy when subjected to collision. Wavelike energy manifestations also attend upon the performances of the positive bodies and the other members of the electronic stage.

42:5.7 (475.3) 5. Gamma rays—those emanations which characterize the spontaneous dissociation of atomic matter. The best illustration of this form of electronic activity is in the phenomena associated with radium disintegration.

42:5.8 (475.4) 6. The X-ray group. The next step in the slowing down of the electron yields the various forms of solar X rays together with artificially generated X rays. The electronic charge creates an electric field; movement gives rise to an electric current; the current produces a magnetic field. When an electron is suddenly stopped, the resultant electromagnetic commotion produces the X ray; the X ray is that disturbance. The solar X rays are identical with those which are mechanically generated for exploring the interior of the human body except that they are a trifle longer.

42:5.9 (475.5) 7. The ultraviolet or chemical rays of sunlight and the various mechanical productions.

42:5.10 (475.6) 8. The white light—the whole visible light of the suns.

42:5.11 (475.7) 9. Infrared rays—the slowing down of electronic activity still nearer the stage of appreciable heat.

42:5.12 (475.8) 10. Hertzian waves—those energies utilized on Urantia for broadcasting.


42:5.13 (475.9) Of all these ten phases of wavelike energy activity, the human eye can react to just one octave, the whole light of ordinary sunlight.

42:5.14 (475.10) The so-called ether is merely a collective name to designate a group of force and energy activities occurring in space. Ultimatons, electrons, and other mass aggregations of energy are uniform particles of matter, and in their transit through space they really proceed in direct lines. Light and all other forms of recognizable energy manifestations consist of a succession of definite energy particles which proceed in direct lines except as modified by gravity and other intervening forces. That these processions of energy particles appear as wave phenomena when subjected to certain observations is due to the resistance of the undifferentiated force blanket of all space, the hypothetical ether, and to the intergravity tension of the associated aggregations of matter. The spacing of the particle-intervals of matter, together with the initial velocity of the energy beams, establishes the undulatory appearance of many forms of energy-matter.

42:5.15 (476.1) The excitation of the content of space produces a wavelike reaction to the passage of rapidly moving particles of matter, just as the passage of a ship through water initiates waves of varying amplitude and interval.

42:5.16 (476.2) Primordial-force behavior does give rise to phenomena which are in many ways analogous to your postulated ether. Space is not empty; the spheres of all space whirl and plunge on through a vast ocean of outspread force-energy; neither is the space content of an atom empty. Nevertheless there is no ether, and the very absence of this hypothetical ether enables the inhabited planet to escape falling into the sun and the encircling electron to resist falling into the nucleus.


6. Ultimatons, Electrons, and Atoms


42:6.1 (476.3) While the space charge of universal force is homogeneous and undifferentiated, the organization of evolved energy into matter entails the concentration of energy into discrete masses of definite dimensions and established weight—precise gravity reaction.

42:6.2 (476.4) Local or linear gravity becomes fully operative with the appearance of the atomic organization of matter. Preatomic matter becomes slightly gravity responsive when activated by X ray and other similar energies, but no measurable linear-gravity pull is exerted on free, unattached, and uncharged electronic-energy particles or on unassociated ultimatons.

42:6.3 (476.5) Ultimatons function by mutual attraction, responding only to the circular Paradise-gravity pull. Without linear-gravity response they are thus held in the universal space drift. Ultimatons are capable of accelerating revolutionary velocity to the point of partial antigravity behavior, but they cannot, independent of force organizers or power directors, attain the critical escape velocity of deindividuation, return to the puissant-energy stage. In nature, ultimatons escape the status of physical existence only when participating in the terminal disruption of a cooled-off and dying sun.

42:6.4 (476.6) The ultimatons, unknown on Urantia, slow down through many phases of physical activity before they attain the revolutionary-energy prerequisites to electronic organization. Ultimatons have three varieties of motion: mutual resistance to cosmic force, individual revolutions of antigravity potential, and the intraelectronic positions of the one hundred mutually interassociated ultimatons.

42:6.5 (476.7) Mutual attraction holds one hundred ultimatons together in the constitution of the electron; and there are never more nor less than one hundred ultimatons in a typical electron. The loss of one or more ultimatons destroys typical electronic identity, thus bringing into existence one of the ten modified forms of the electron.

42:6.6 (476.8) Ultimatons do not describe orbits or whirl about in circuits within the electrons, but they do spread or cluster in accordance with their axial revolutionary velocities, thus determining the differential electronic dimensions. This same ultimatonic velocity of axial revolution also determines the negative or positive reactions of the several types of electronic units. The entire segregation and grouping of electronic matter, together with the electric differentiation of negative and positive bodies of energy-matter, result from these various functions of the component ultimatonic interassociation.

42:6.7 (477.1) Each atom is a trifle over 1/100,000,000th of an inch in diameter, while an electron weighs a little more than 1/2,000th of the smallest atom, hydrogen. The positive proton, characteristic of the atomic nucleus, while it may be no larger than a negative electron, weighs almost two thousand times more.

42:6.8 (477.2) If the mass of matter should be magnified until that of an electron equaled one tenth of an ounce, then were size to be proportionately magnified, the volume of such an electron would become as large as that of the earth. If the volume of a proton—eighteen hundred times as heavy as an electron—should be magnified to the size of the head of a pin, then, in comparison, a pin’s head would attain a diameter equal to that of the earth’s orbit around the sun.


7. Atomic Matter


42:7.1 (477.3) The formation of all matter is on the order of the solar system. There is at the center of every minute universe of energy a relatively stable, comparatively stationary, nuclear portion of material existence. This central unit is endowed with a threefold possibility of manifestation. Surrounding this energy center there whirl, in endless profusion but in fluctuating circuits, the energy units which are faintly comparable to the planets encircling the sun of some starry group like your own solar system.

42:7.2 (477.4) Within the atom the electrons revolve about the central proton with about the same comparative room the planets have as they revolve about the sun in the space of the solar system. There is the same relative distance, in comparison with actual size, between the atomic nucleus and the inner electronic circuit as exists between the inner planet, Mercury, and your sun.

42:7.3 (477.5) The electronic axial revolutions and their orbital velocities about the atomic nucleus are both beyond the human imagination, not to mention the velocities of their component ultimatons. The positive particles of radium fly off into space at the rate of ten thousand miles a second, while the negative particles attain a velocity approximating that of light.

42:7.4 (477.6) The local universes are of decimal construction. There are just one hundred distinguishable atomic materializations of space-energy in a dual universe; that is the maximum possible organization of matter in Nebadon. These one hundred forms of matter consist of a regular series in which from one to one hundred electrons revolve around a central and relatively compact nucleus. It is this orderly and dependable association of various energies that constitutes matter.

42:7.5 (477.7) Not every world will show one hundred recognizable elements at the surface, but they are somewhere present, have been present, or are in process of evolution. Conditions surrounding the origin and subsequent evolution of a planet determine how many of the one hundred atomic types will be observable. The heavier atoms are not found on the surface of many worlds. Even on Urantia the known heavier elements manifest a tendency to fly to pieces, as is illustrated by radium behavior.

42:7.6 (477.8) Stability of the atom depends on the number of electrically inactive neutrons in the central body. Chemical behavior is wholly dependent on the activity of the freely revolving electrons.

42:7.7 (478.1) In Orvonton it has never been possible naturally to assemble over one hundred orbital electrons in one atomic system. When one hundred and one have been artificially introduced into the orbital field, the result has always been the instantaneous disruption of the central proton with the wild dispersion of the electrons and other liberated energies.

42:7.8 (478.2) While atoms may contain from one to one hundred orbital electrons, only the outer ten electrons of the larger atoms revolve about the central nucleus as distinct and discrete bodies, intactly and compactly swinging around on precise and definite orbits. The thirty electrons nearest the center are difficult of observation or detection as separate and organized bodies. This same comparative ratio of electronic behavior in relation to nuclear proximity obtains in all atoms regardless of the number of electrons embraced. The nearer the nucleus, the less there is of electronic individuality. The wavelike energy extension of an electron may so spread out as to occupy the whole of the lesser atomic orbits; especially is this true of the electrons nearest the atomic nucleus.

42:7.9 (478.3) The thirty innermost orbital electrons have individuality, but their energy systems tend to intermingle, extending from electron to electron and well-nigh from orbit to orbit. The next thirty electrons constitute the second family, or energy zone, and are of advancing individuality, bodies of matter exerting a more complete control over their attendant energy systems. The next thirty electrons, the third energy zone, are still more individualized and circulate in more distinct and definite orbits. The last ten electrons, present in only the ten heaviest elements, are possessed of the dignity of independence and are, therefore, able to escape more or less freely from the control of the mother nucleus. With a minimum variation in temperature and pressure, the members of this fourth and outermost group of electrons will escape from the grasp of the central nucleus, as is illustrated by the spontaneous disruption of uranium and kindred elements.

42:7.10 (478.4) The first twenty-seven atoms, those containing from one to twenty-seven orbital electrons, are more easy of comprehension than the rest. From twenty-eight upward we encounter more and more of the unpredictability of the supposed presence of the Unqualified Absolute. But some of this electronic unpredictability is due to differential ultimatonic axial revolutionary velocities and to the unexplained “huddling” proclivity of ultimatons. Other influences—physical, electrical, magnetic, and gravitational—also operate to produce variable electronic behavior. Atoms therefore are similar to persons as to predictability. Statisticians may announce laws governing a large number of either atoms or persons but not for a single individual atom or person.


8. Atomic Cohesion


42:8.1 (478.5) While gravity is one of several factors concerned in holding together a tiny atomic energy system, there is also present in and among these basic physical units a powerful and unknown energy, the secret of their basic constitution and ultimate behavior, a force which remains to be discovered on Urantia. This universal influence permeates all the space embraced within this tiny energy organization.

42:8.2 (478.6) The interelectronic space of an atom is not empty. Throughout an atom this interelectronic space is activated by wavelike manifestations which are perfectly synchronized with electronic velocity and ultimatonic revolutions. This force is not wholly dominated by your recognized laws of positive and negative attraction; its behavior is therefore sometimes unpredictable. This unnamed influence seems to be a space-force reaction of the Unqualified Absolute.

42:8.3 (479.1) The charged protons and the uncharged neutrons of the nucleus of the atom are held together by the reciprocating function of the mesotron, a particle of matter 180 times as heavy as the electron. Without this arrangement the electric charge carried by the protons would be disruptive of the atomic nucleus.

42:8.4 (479.2) As atoms are constituted, neither electric nor gravitational forces could hold the nucleus together. The integrity of the nucleus is maintained by the reciprocal cohering function of the mesotron, which is able to hold charged and uncharged particles together because of superior force-mass power and by the further function of causing protons and neutrons constantly to change places. The mesotron causes the electric charge of the nuclear particles to be incessantly tossed back and forth between protons and neutrons. At one infinitesimal part of a second a given nuclear particle is a charged proton and the next an uncharged neutron. And these alternations of energy status are so unbelievably rapid that the electric charge is deprived of all opportunity to function as a disruptive influence. Thus does the mesotron function as an “energy-carrier” particle which mightily contributes to the nuclear stability of the atom.

42:8.5 (479.3) The presence and function of the mesotron also explains another atomic riddle. When atoms perform radioactively, they emit far more energy than would be expected. This excess of radiation is derived from the breaking up of the mesotron “energy carrier,” which thereby becomes a mere electron. The mesotronic disintegration is also accompanied by the emission of certain small uncharged particles.

42:8.6 (479.4) The mesotron explains certain cohesive properties of the atomic nucleus, but it does not account for the cohesion of proton to proton nor for the adhesion of neutron to neutron. The paradoxical and powerful force of atomic cohesive integrity is a form of energy as yet undiscovered on Urantia.

42:8.7 (479.5) These mesotrons are found abundantly in the space rays which so incessantly impinge upon your planet.


9. Natural Philosophy


42:9.1 (479.6) Religion is not alone dogmatic; natural philosophy equally tends to dogmatize. When a renowned religious teacher reasoned that the number seven was fundamental to nature because there are seven openings in the human head, if he had known more of chemistry, he might have advocated such a belief founded on a true phenomenon of the physical world. There is in all the physical universes of time and space, notwithstanding the universal manifestation of the decimal constitution of energy, the ever-present reminder of the reality of the sevenfold electronic organization of prematter.

42:9.2 (479.7) The number seven is basic to the central universe and the spiritual system of inherent transmissions of character, but the number ten, the decimal system, is inherent in energy, matter, and the material creation. Nevertheless the atomic world does display a certain periodic characterization which recurs in groups of seven—a birthmark carried by this material world indicative of its far-distant spiritual origin.

42:9.3 (480.1) This sevenfold persistence of creative constitution is exhibited in the chemical domains as a recurrence of similar physical and chemical properties in segregated periods of seven when the basic elements are arranged in the order of their atomic weights. When the Urantia chemical elements are thus arranged in a row, any given quality or property tends to recur by sevens. This periodic change by sevens recurs diminishingly and with variations throughout the entire chemical table, being most markedly observable in the earlier or lighter atomic groupings. Starting from any one element, after noting some one property, such a quality will change for six consecutive elements, but on reaching the eighth, it tends to reappear, that is, the eighth chemically active element resembles the first, the ninth the second, and so on. Such a fact of the physical world unmistakably points to the sevenfold constitution of ancestral energy and is indicative of the fundamental reality of the sevenfold diversity of the creations of time and space. Man should also note that there are seven colors in the natural spectrum.

42:9.4 (480.2) But not all the suppositions of natural philosophy are valid; for example, the hypothetical ether, which represents an ingenious attempt of man to unify his ignorance of space phenomena. The philosophy of the universe cannot be predicated on the observations of so-called science. If such a metamorphosis could not be seen, a scientist would be inclined to deny the possibility of developing a butterfly out of a caterpillar.

42:9.5 (480.3) Physical stability associated with biologic elasticity is present in nature only because of the well-nigh infinite wisdom possessed by the Master Architects of creation. Nothing less than transcendental wisdom could ever design units of matter which are at the same time so stable and so efficiently flexible.


10. Universal Nonspiritual Energy Systems(Material Mind Systems)


42:10.1 (480.4) The endless sweep of relative cosmic reality, from the absoluteness of Paradise monota to the absoluteness of space potency, is suggestive of certain evolutions of relationship in the nonspiritual realities of the First Source and Center—those realities which are concealed in space potency, revealed in monota, and provisionally disclosed on intervening cosmic levels. This eternal cycle of energy, being circuited in the Father of universes, is absolute and, being absolute, is expansile in neither fact nor value; nevertheless the Primal Father is even now—as always—self-realizing of an ever-expanding arena of time-space, and of time-space-transcended, meanings, an arena of changing relationships wherein energy-matter is being progressively subjected to the overcontrol of living and divine spirit through the experiential striving of living and personal mind.

42:10.2 (480.5) The universal nonspiritual energies are reassociated in the living systems of non-Creator minds on various levels, certain of which may be depicted as follows:


42:10.3 (480.6) 1. Preadjutant-spirit minds. This level of mind is nonexperiencing and on the inhabited worlds is ministered by the Master Physical Controllers. This is mechanical mind, the nonteachable intellect of the most primitive forms of material life, but the nonteachable mind functions on many levels beside that of primitive planetary life.

42:10.4 (481.1) 2. Adjutant-spirit minds. This is the ministry of a local universe Mother Spirit functioning through her seven adjutant mind-spirits on the teachable (nonmechanical) level of material mind. On this level material mind is experiencing: as subhuman (animal) intellect in the first five adjutants; as human (moral) intellect in the seven adjutants; as superhuman (midwayer) intellect in the last two adjutants.

42:10.5 (481.2) 3. Evolving morontia minds—the expanding consciousness of evolving personalities in the local universe ascending careers. This is the bestowal of the local universe Mother Spirit in liaison with the Creator Son. This mind level connotes the organization of the morontia type of life vehicle, a synthesis of the material and the spiritual which is effected by the Morontia Power Supervisors of a local universe. Morontia mind functions differentially in response to the 570 levels of morontia life, disclosing increasing associative capacity with the cosmic mind on the higher levels of attainment. This is the evolutionary course of mortal creatures, but mind of a nonmorontia order is also bestowed by a Universe Son and a Universe Spirit upon the nonmorontia children of the local creations.

42:10.6 (481.3) The cosmic mind. This is the sevenfold diversified mind of time and space, one phase of which is ministered by each of the Seven Master Spirits to one of the seven superuniverses. The cosmic mind encompasses all finite-mind levels and co-ordinates experientially with the evolutionary-deity levels of the Supreme Mind and transcendentally with the existential levels of absolute mind—the direct circuits of the Conjoint Actor.

42:10.7 (481.4) On Paradise, mind is absolute; in Havona, absonite; in Orvonton, finite. Mind always connotes the presence-activity of living ministry plus varied energy systems, and this is true of all levels and of all kinds of mind. But beyond the cosmic mind it becomes increasingly difficult to portray the relationships of mind to nonspiritual energy. Havona mind is subabsolute but superevolutionary; being existential-experiential, it is nearer the absonite than any other concept revealed to you. Paradise mind is beyond human understanding; it is existential, nonspatial, and nontemporal. Nevertheless, all of these levels of mind are overshadowed by the universal presence of the Conjoint Actor—by the mind-gravity grasp of the God of mind on Paradise.


11. Universe Mechanisms


42:11.1 (481.5) In the evaluation and recognition of mind it should be remembered that the universe is neither mechanical nor magical; it is a creation of mind and a mechanism of law. But while in practical application the laws of nature operate in what seems to be the dual realms of the physical and the spiritual, in reality they are one. The First Source and Center is the primal cause of all materialization and at the same time the first and final Father of all spirits. The Paradise Father appears personally in the extra-Havona universes only as pure energy and pure spirit—as the Thought Adjusters and other similar fragmentations.

42:11.2 (481.6) Mechanisms do not absolutely dominate the total creation; the universe of universes in toto is mind planned, mind made, and mind administered. But the divine mechanism of the universe of universes is altogether too perfect for the scientific methods of the finite mind of man to discern even a trace of the dominance of the infinite mind. For this creating, controlling, and upholding mind is neither material mind nor creature mind; it is spirit-mind functioning on and from creator levels of divine reality.

42:11.3 (482.1) The ability to discern and discover mind in universe mechanisms depends entirely on the ability, scope, and capacity of the investigating mind engaged in such a task of observation. Time-space minds, organized out of the energies of time and space, are subject to the mechanisms of time and space.

42:11.4 (482.2) Motion and universe gravitation are twin facets of the impersonal time-space mechanism of the universe of universes. The levels of gravity response for spirit, mind, and matter are quite independent of time, but only true spirit levels of reality are independent of space (nonspatial). The higher mind levels of the universe—the spirit-mind levels—may also be nonspatial, but the levels of material mind, such as human mind, are responsive to the interactions of universe gravitation, losing this response only in proportion to spirit identification. Spirit-reality levels are recognized by their spirit content, and spirituality in time and space is measured inversely to the linear-gravity response.

42:11.5 (482.3) Linear-gravity response is a quantitative measure of nonspirit energy. All mass—organized energy—is subject to this grasp except as motion and mind act upon it. Linear gravity is the short-range cohesive force of the macrocosmos somewhat as the forces of intra-atomic cohesion are the short-range forces of the microcosmos. Physical materialized energy, organized as so-called matter, cannot traverse space without affecting linear-gravity response. Although such gravity response is directly proportional to mass, it is so modified by intervening space that the final result is no more than roughly approximated when expressed as inversely according to the square of the distance. Space eventually conquers linear gravitation because of the presence therein of the antigravity influences of numerous supermaterial forces which operate to neutralize gravity action and all responses thereto.

42:11.6 (482.4) Extremely complex and highly automatic-appearing cosmic mechanisms always tend to conceal the presence of the originative or creative indwelling mind from any and all intelligences very far below the universe levels of the nature and capacity of the mechanism itself. Therefore is it inevitable that the higher universe mechanisms must appear to be mindless to the lower orders of creatures. The only possible exception to such a conclusion would be the implication of mindedness in the amazing phenomenon of an apparently self-maintaining universe—but that is a matter of philosophy rather than one of actual experience.

42:11.7 (482.5) Since mind co-ordinates the universe, fixity of mechanisms is nonexistent. The phenomenon of progressive evolution associated with cosmic self-maintenance is universal. The evolutionary capacity of the universe is inexhaustible in the infinity of spontaneity. Progress towards harmonious unity, a growing experiential synthesis superimposed on an ever-increasing complexity of relationships, could be effected only by a purposive and dominant mind.

42:11.8 (482.6) The higher the universe mind associated with any universe phenomenon, the more difficult it is for the lower types of mind to discover it. And since the mind of the universe mechanism is creative spirit-mind (even the mindedness of the Infinite), it can never be discovered or discerned by the lower-level minds of the universe, much less by the lowest mind of all, the human. The evolving animal mind, while naturally God-seeking, is not alone and of itself inherently God-knowing.


12. Pattern and Form—Mind Dominance


42:12.1 (483.1) The evolution of mechanisms implies and indicates the concealed presence and dominance of creative mind. The ability of the mortal intellect to conceive, design, and create automatic mechanisms demonstrates the superior, creative, and purposive qualities of man’s mind as the dominant influence on the planet. Mind always reaches out towards:


42:12.2 (483.2) 1. Creation of material mechanisms.

42:12.3 (483.3) 2. Discovery of hidden mysteries.

42:12.4 (483.4) 3. Exploration of remote situations.

42:12.5 (483.5) 4. Formulation of mental systems.

42:12.6 (483.6) 5. Attainment of wisdom goals.

42:12.7 (483.7) 6. Achievement of spirit levels.

42:12.8 (483.8) 7. The accomplishment of divine destinies—supreme, ultimate, and absolute.


42:12.9 (483.9) Mind is always creative. The mind endowment of an individual animal, mortal, morontian, spirit ascender, or finality attainer is always competent to produce a suitable and serviceable body for the living creature identity. But the presence phenomenon of a personality or the pattern of an identity, as such, is not a manifestation of energy, either physical, mindal, or spiritual. The personality form is the pattern aspect of a living being; it connotes the arrangement of energies, and this, plus life and motion, is the mechanism of creature existence.

42:12.10 (483.10) Even spirit beings have form, and these spirit forms (patterns) are real. Even the highest type of spirit personalities have forms—personality presences in every sense analogous to Urantia mortal bodies. Nearly all beings encountered in the seven superuniverses are possessed of forms. But there are a few exceptions to this general rule: Thought Adjusters appear to be without form until after fusion with the surviving souls of their mortal associates. Solitary Messengers, Inspired Trinity Spirits, Personal Aids of the Infinite Spirit, Gravity Messengers, Transcendental Recorders, and certain others are also without discoverable form. But these are typical of the exceptional few; the great majority have bona fide personality forms, forms which are individually characteristic, and which are recognizable and personally distinguishable.

42:12.11 (483.11) The liaison of the cosmic mind and the ministry of the adjutant mind-spirits evolve a suitable physical tabernacle for the evolving human being. Likewise does the morontia mind individualize the morontia form for all mortal survivors. As the mortal body is personal and characteristic for every human being, so will the morontia form be highly individual and adequately characteristic of the creative mind which dominates it. No two morontia forms are any more alike than any two human bodies. The Morontia Power Supervisors sponsor, and the attending seraphim provide, the undifferentiated morontia material wherewith the morontia life can begin to work. And after the morontia life it will be found that spirit forms are equally diverse, personal, and characteristic of their respective spirit-mind indwellers.

42:12.12 (483.12) On a material world you think of a body as having a spirit, but we regard the spirit as having a body. The material eyes are truly the windows of the spirit-born soul. The spirit is the architect, the mind is the builder, the body is the material building.

42:12.13 (484.1) Physical, spiritual, and mindal energies, as such and in their pure states, do not fully interact as actuals of the phenomenal universes. On Paradise the three energies are co-ordinate, in Havona co-ordinated, while in the universe levels of finite activities there must be encountered all ranges of material, mindal, and spiritual dominance. In nonpersonal situations of time and space, physical energy seems to predominate, but it also appears that the more nearly spirit-mind function approaches divinity of purpose and supremacy of action, the more nearly does the spirit phase become dominant; that on the ultimate level spirit-mind may become all but completely dominant. On the absolute level spirit certainly is dominant. And from there on out through the realms of time and space, wherever a divine spirit reality is present, whenever a real spirit-mind is functioning, there always tends to be produced a material or physical counterpart of that spirit reality.

42:12.14 (484.2) The spirit is the creative reality; the physical counterpart is the time-space reflection of the spirit reality, the physical repercussion of the creative action of spirit-mind.

42:12.15 (484.3) Mind universally dominates matter, even as it is in turn responsive to the ultimate overcontrol of spirit. And with mortal man, only that mind which freely submits itself to the spirit direction can hope to survive the mortal time-space existence as an immortal child of the eternal spirit world of the Supreme, the Ultimate, and the Absolute: the Infinite.


42:12.16 (484.4) [Presented by a Mighty Messenger on duty in Nebadon and by the request of Gabriel.]

 

Documento 42

A Energia - a Mente e a Matéria

42:0.1 (467.1) A FUNDAÇÃO do universo é material, no sentido em que a energia é a base de toda a existência; e a energia pura é controlada pelo Pai Universal. A força, a energia, é a coisa que permanece como um monumento perpétuo, demonstrando e provando a existência e a presença do Absoluto Universal. A imensa corrente de energia, que provém das Presenças do Paraíso, nunca faltou, nunca falhou; nunca houve nenhuma interrupção na sustentação infinita.

42:0.2 (467.2) A manipulação da energia do universo dá-se sempre de acordo com a vontade pessoal e com os mandados plenamente sábios do Pai Universal. Tal controle pessoal do poder manifestado, e da energia circulante, é modificado pelos atos coordenados e pelas decisões do Filho Eterno, bem como pelos propósitos unidos de Filho e Pai, executados pelo Agente Conjunto. Esses seres divinos atuam pessoalmente, e como indivíduos; e, funcionam, também, na pessoa e poderes de um número quase ilimitado de subordinados, cada um diferentemente expressivo do propósito eterno e divino no universo dos universos. Mas essas modificações, ou transmutações funcionais e provisionais do poder divino, de nenhum modo reduzem a verdade da afirmação de que toda a energia-força está sob o controle último de um Deus pessoal, residente no centro de todas as coisas.

 

1. Energias e Forças do Paraíso

 

42:1.1 (467.3) A base do universo é material, mas a essência da vida é espírito. O Pai dos espíritos é também o ancestral dos universos. O Pai eterno do Filho Original é também a fonte-eternidade do modelo original, a Ilha do Paraíso.

42:1.2 (467.4) A matéria — ou a energia, pois ambas não são senão manifestações diversas da mesma realidade cósmica, como fenômenos no universo — é inerente ao Pai Universal. “Nele consistem todas as coisas.” A matéria pode surgir para manifestar a energia inerente e demonstrar os poderes autocontidos, mas as linhas de gravidade envolvidas nas energias ligadas a todos esses fenômenos físicos derivam-se e dependem do Paraíso. O ultímatom, a primeira forma mensurável de energia, tem o Paraíso como o seu núcleo.

42:1.3 (467.5) Há, inata na matéria e presente no espaço universal, uma forma de energia não conhecida em Urântia. Quando for finalmente feita a descoberta dessa energia, então, os físicos irão sentir que terão solucionado, ou pelo menos quase, os mistérios da matéria. E assim terão dado mais um passo no sentido de se aproximar do Criador; e terão dominado mais uma fase da técnica divina; mas de modo nenhum terão encontrado Deus, nem terão desvendado o conhecimento da existência da matéria, nem a operação das leis naturais, separadamente da técnica cósmica do Paraíso, nem o propósito motivador do Pai Universal.

42:1.4 (468.1) Depois de um progresso ainda maior com novas descobertas, depois que Urântia houver avançado incomensuravelmente em relação aos conhecimentos atuais e, ainda que vós pudésseis alcançar o controle das rotações energéticas das unidades elétricas da matéria, a ponto de conseguir modificar as suas manifestações físicas — mesmo depois de todo esse progresso possível, os cientistas permanecerão, indefinidamente, impotentes ainda para criar sequer um átomo de matéria, ou gerar um raio de energia e, menos ainda, para outorgar à matéria aquilo que chamamos de vida.

42:1.5 (468.2) A criação da energia e a dádiva da vida são prerrogativas do Pai Universal e das personalidades Criadoras, coligadas a Ele. O rio da energia e da vida é uma efusão contínua vinda das Deidades, a corrente universal e harmônica de força do Paraíso, irradiando-se por todo o espaço. Essa energia divina penetra toda a criação. Os organizadores da força iniciam as mudanças e instituem as modificações da força-espaço, que se manifestam no surgimento da energia; e os diretores de potência transmutam energia em matéria; assim nascem os mundos materiais. Os Portadores da Vida iniciam, na matéria morta, aqueles processos aos quais chamamos vida, vida material. Os Supervisores do Poder Moroncial atuam do mesmo modo nos reinos da transição entre o mundo material e o espiritual. Os Criadores espirituais superiores inauguram processos semelhantes nas formas divinas de energia, que resultam em formas mais elevadas de espíritos de vida inteligente.

42:1.6 (468.3) A energia provém do Paraíso, formada segundo a ordem divina. A energia — a energia pura — compartilha da natureza da organização divina; é formada à semelhança dos três Deuses abraçados em um só, como eles funcionam na sede-central do universo dos universos. E toda a força é circuitada ao Paraíso; vem das Presenças do Paraíso e para lá retorna e, em essência, é uma manifestação da Causa não causada — o Pai Universal — ; e, sem o Pai, nada do que existe existiria.

42:1.7 (468.4) A força derivada da Deidade, existente em Si, é, em si mesma, eternamente existente. A energia-força é imperecível, indestrutível; essas manifestações do Infinito podem estar sujeitas à transmutação ilimitada, à transformação sem fim e à metamorfose eterna; mas em nenhum sentido ou grau, nem mesmo na menor proporção imaginável, poderiam ou deveriam elas sofrer extinção. Mas a energia, ainda que emergindo do Infinito, não se manifesta de forma infinita; há limites externos para o universo-mestre, como ele é atualmente concebido.

42:1.8 (468.5) A energia é eterna, mas não infinita; e responde sempre à gravidade todo-abrangente da Infinitude. A força e a energia continuam eternamente; uma vez que tenham saído do Paraíso, devem retornar para lá, ainda que idades e mais idades sejam necessárias para completar o circuito ordenado. Aquilo que tem a sua origem na Deidade do Paraíso só pode ter como destino o Paraíso, ou alguma Deidade.

42:1.9 (468.6) E tudo isso confirma a nossa crença em um universo dos universos circular, um pouco limitado, mas ordenado e imenso. Não fora isso verdade, então a evidência do esgotamento da energia em algum ponto, mais cedo ou mais tarde, iria aparecer. Todas as leis, organizações, administração e testemunho dos exploradores do universo — tudo aponta para a existência de um Deus infinito e, ainda assim, para um universo finito, de uma circularidade de existência sem fim, quase sem limites, todavia finito, se comparado com a infinitude.

 

2. Sistemas Universais de Energia Não-Espiritual (Energias Físicas)

 

42:2.1 (469.1) De fato, é difícil encontrar as palavras adequadas, em qualquer língua de Urântia, por meio das quais designar e, portanto, descrever os vários níveis de força e de energia — física, mental ou espiritual. Essas narrativas não podem, de todo, ater-se às vossas definições de força, de energia, de poder e de potência. Há tanta pobreza, na vossa linguagem, que devemos usar tais termos com múltiplos significados. Neste documento, por exemplo, a palavra energia é usada para denotar todas as fases e formas de fenômenos de movimento, de ação e de potencial, enquanto força é usada para indicar os estágios da energia na pré-gravidade; e poder e potência, para os estágios da energia na pós-gravidade.

42:2.2 (469.2) Contudo, tentarei minimizar a confusão conceptual, sugerindo a prudência recomendável de adotar a seguinte classificação para a força cósmica, para a energia emergente e para a potência-física da energia do universo — a energia física:

42:2.3 (469.3) 1. Potência de espaço. Essa é a presença inquestionável, no espaço livre, do Absoluto Inqualificável. A extensão desse conceito denota o potencial de espaço-força do universo, inerente à totalidade funcional do Absoluto Inqualificável, enquanto a intenção desse conceito implica a totalidade da realidade cósmica — os universos — que emanou de modo eterno da Ilha do Paraíso, que é sem começo, sem fim, que nunca se move e que nunca muda.

42:2.4 (469.4) Os fenômenos específicos da parte inferior do Paraíso provavelmente abrangem três zonas de presença e de atuação da força absoluta: a zona de ponto de apoio fulcral do Absoluto Inqualificável, a zona da própria Ilha do Paraíso e a zona intermediária de algumas agências ou funções não identificadas, que se equalizam e se compensam. Essas zonas triconcêntricas são o centro do ciclo da realidade cósmica do Paraíso.

42:2.5 (469.5) A potência do espaço é uma pré-realidade; é o domínio do Absoluto Inqualificável e é sensível apenas à atração pessoal do Pai Universal, não obstante o fato de ela ser aparentemente modificável pela presença dos Mestres Organizadores Primários da Força.

42:2.6 (469.6) Em Uversa, faz-se referência à potência do espaço como absoluta.

42:2.7 (469.7) 2. Força primordial. Esta representa a primeira mudança básica na potência do espaço e pode ser uma das funções, no baixo Paraíso, do Absoluto Inqualificável. Sabemos que a presença do espaço que sai do baixo Paraíso é modificada, de alguma maneira, em relação àquela que está entrando. Independentemente, porém, de qualquer dessas possíveis relações, a transmutação, abertamente reconhecida, da potência do espaço em força primordial é uma função diferencial primária da presença-tensão dos organizadores da força viva do Paraíso.

42:2.8 (469.8) A força passiva, potencial, torna-se ativa e primordial em resposta à resistência oferecida pela presença, no espaço, dos Mestres Organizadores da Força Primariamente Derivados. A força está emergindo agora, do domínio exclusivo do Absoluto Inqualificável para os domínios de sensibilidade múltipla — em resposta a alguns movimentos primordiais iniciados pelo Deus da Ação e em seguida a certos movimentos de compensação que emanam do Absoluto Universal. A força primordial parece reagir à causação transcendental em uma medida proporcional ao absoluto.

42:2.9 (469.9) A força primordial, algumas vezes, é denominada energia pura; em Uversa referimo-nos a ela como segregata.

42:2.10 (470.1) 3. Energias emergentes. A presença passiva dos organizadores da força primária é suficiente para transformar a potência do espaço em força primordial e é nesse campo espacial, assim ativado, que esses mesmos organizadores da força começam suas operações iniciais ativas. A força primordial está destinada a passar por duas fases distintas de transmutação, nos reinos da manifestação da energia, antes de surgir como uma força no universo. Esses dois níveis de energia emergente são:

42:2.11 (470.2) a. Energia de potência. Essa é a energia poderosa-direcional, movimentadora de massa, poderosamente tensionada e de reações violentas — com sistemas gigantescos de energia, colocados em movimento pelas atividades dos organizadores da força primária. Essa energia primária, ou poderosa, não é sensível, inicialmente, de modo definido, à atração da gravidade do Paraíso; se bem que provavelmente produza uma massa agregada, ou uma sensibilidade espaço-direcional ao grupo coletivo de influências absolutas que operam a partir do lado baixo do Paraíso. Quando a energia emerge até o nível inicial de sensibilidade à atração circular e absoluta da gravidade do Paraíso, os organizadores da força primária cedem o seu lugar ao funcionamento dos seus colaboradores secundários.

42:2.12 (470.3) b. Energia de gravidade. A energia que agora surge é sensível à gravidade, carrega o potencial do poder do universo e transforma-se no ancestral ativo de toda a matéria do universo. Essa energia secundária ou gravitacional é o produto da elaboração da energia, resultante da presença-pressão e das tendências-tensões, estabelecidas pelos Mestres Organizadores Associados Transcendentais da Força. Em resposta ao trabalho desses manipuladores da força, a energia-espaço passa rapidamente do estágio potencial ao estado gravitacional, tornando-se assim sensível, diretamente, à atração da gravidade (absoluta) circular do Paraíso que, ao mesmo tempo revela um certo potencial de sensibilidade à atração da gravidade linear, inerente à massa material, que logo surge dos estágios eletrônicos e pós-eletrônicos da energia e da matéria. Com o aparecimento da sensibilidade à gravidade, os Mestres Organizadores Associados da Força podem retirar-se da energia dos ciclones de espaço, contanto que os Diretores do Poder do Universo fiquem designados para esse campo de ação.

42:2.13 (470.4) Estamos totalmente incertos a respeito das causas exatas dos estágios primordiais da evolução da força, mas reconhecemos a ação inteligente do Último, em ambos os níveis de manifestação emergente da energia. As energias potenciais e gravitacionais, quando observadas coletivamente, em Uversa, são denominadas ultimata.

42:2.14 (470.5) 4. Poder universal. A força-espaço foi transformada em energia de espaço e, em seguida, na energia de controle da gravidade. Assim, a energia física amadureceu até aquele ponto em que pode ser dirigida em canais de poder e servir aos propósitos múltiplos dos Criadores do universo. Esse trabalho é feito pelos versáteis diretores, centros e controladores da energia física no grande universo — as criações habitadas e organizadas. Esses Diretores do Poder, no Universo, assumem o controle mais ou menos completo de vinte e uma das trinta fases da energia que constituem o presente sistema de energia dos sete superuniversos. Esse domínio da energia-poder da matéria é o âmbito das atividades inteligentes do Sétuplo, funcionando sob o controle tempo-espacial do Supremo.

42:2.15 (470.6) Em Uversa, referimo-nos ao reino do poder no universo como gravita.

42:2.16 (470.7) 5. Energia de Havona. Os conceitos, nesta narrativa, deslocaram-se no sentido do Paraíso, à medida que a força-espaço transmutante foi seguida, nível a nível, até o nível de trabalhabilidade do poder-energia dos universos do tempo e do espaço. Continuando, no sentido do Paraíso, encontra-se em seguida uma fase preexistente de energia que é característica do universo central. Aqui o ciclo evolucionário parece voltar-se sobre si mesmo; a potência-energia agora parece começar a reverter-se na direção da força, mas uma força de natureza muito diferente daquela da potência do espaço e da força primordial. Os sistemas de energia de Havona não são duais; eles são trinos. É esse o domínio da energia existencial do Agente Conjunto, funcionando em nome da Trindade do Paraíso.

42:2.17 (471.1) Essas energias de Havona são conhecidas em Uversa como triata.

42:2.18 (471.2) 6. Energia transcendental. Este sistema de energia opera no nível superior e vem de um nível superior do Paraíso, existindo apenas em relação aos povos absonitos. Em Uversa é denominada tranosta.

42:2.19 (471.3) 7. Monota. Quando a energia vem do Paraíso, ela está próxima da divindade. Inclinamo-nos a acreditar que a monota é a energia viva, não-espiritual, do Paraíso — uma contraparte, na eternidade, da energia viva e espiritual do Filho Original — , sendo, portanto, o sistema de energia não-espiritual do Pai Universal.

42:2.20 (471.4) Não conseguimos diferençar a natureza do espírito do Paraíso e a da monota do Paraíso; são aparentemente semelhantes. Têm nomes diferentes, mas dificilmente vos poderá ser dito muito a respeito de uma realidade cujas manifestações espirituais e não-espirituais sejam diferenciáveis apenas por um nome.

42:2.21 (471.5) Sabemos que as criaturas finitas podem alcançar a experiência da adoração do Pai Universal, por intermédio da ministração de Deus, o Sétuplo, e dos Ajustadores do Pensamento, mas duvidamos de que qualquer personalidade subabsoluta ou, até mesmo, os diretores de potência possam compreender a infinitude da energia da Primeira Grande Fonte e Centro. Uma coisa é certa: os diretores de potência podem ser conhecedores da técnica da metamorfose da força-espaço, mas eles não revelam o segredo para o resto de nós. A minha opinião é de que eles não compreendem plenamente a função dos organizadores da força.

42:2.22 (471.6) Esses diretores de potência são, eles próprios, catalisadores da energia; isto é, a presença deles é a causa pela qual a energia segmenta-se, organiza-se ou reúne-se em formação por unidades. E tudo isso implica que deve haver algo inerente à energia, na presença dessas entidades do poder, que a leva a funcionar assim. Os Melquisedeques de Nébadon há muito denominaram o fenômeno da transmutação da força cósmica em poder, no universo, como uma das sete “infinidades da divindade”. E é até esse ponto que vós ireis avançar nessa questão a vossa ascensão no universo local.

42:2.23 (471.7) Não obstante sermos incapazes de compreender plenamente a origem, natureza e transmutações da força cósmica, estamos inteiramente atualizados sobre todas as fases do comportamento da energia emergente, desde os tempos da sua sensibilidade direta e inequívoca à ação da gravidade do Paraíso — por volta do tempo do início da função dos diretores de potência do superuniverso.

 

3. A Classificação da Matéria

 

42:3.1 (471.8) Em todos os universos a matéria é idêntica, com exceção do universo central. A matéria, para ter as suas propriedades físicas, depende da velocidade de rotação dos membros que a compõem, depende do número e do tamanho desses componentes que giram, depende da distância deles ao corpo do núcleo ou do conteúdo de espaço da matéria, bem como da presença de certas forças ainda não descobertas em Urântia.

42:3.2 (471.9) Há dez grandes divisões da matéria, nos diferentes sóis, planetas e corpos espaciais:

 

42:3.3 (472.1) 1. A matéria ultimatômica — as unidades físicas primordiais da existência material, as partículas de energia que compõem os elétrons.

42:3.4 (472.2) 2. A matéria subeletrônica — o estágio explosivo e repelente dos supergases solares.

42:3.5 (472.3) 3. A matéria eletrônica — o estágio elétrico da diferenciação material — elétrons, prótons e várias outras unidades que entram na constituição variada dos grupos eletrônicos.

42:3.6 (472.4) 4. A matéria subatômica — a matéria que existe amplamente no interior dos sóis abrasantes.

42:3.7 (472.5) 5. Os átomos fragmentados — encontrados nos sóis em fase de resfriamento e em todo o espaço.

42:3.8 (472.6) 6. A matéria ionizada — os átomos individuais, desprovidos dos seus elétrons externos (quimicamente ativos) por meio de atividades elétricas, térmicas ou dos raios X, e por meio de solventes.

42:3.9 (472.7) 7. A matéria atômica — o estágio químico da organização dos elementos, as unidades componentes da matéria molecular ou visível.

42:3.10 (472.8) 8. O estágio molecular da matéria — a matéria, como ela existe em Urântia, em um estado de materialização relativamente estável, sob condições comuns.

42:3.11 (472.9) 9. A matéria radioativa — a tendência desorganizadora e a atividade dos elementos mais pesados, sob condições de aquecimento moderado e de pressão gravitacional menor.

42:3.12 (472.10) 10. A matéria em colapso — a matéria relativamente estável, encontrada no interior de sóis frios ou mortos. Essa forma de matéria não é de fato estacionária; há ainda alguma atividade ultimatômica e mesmo eletrônica, mas ali as unidades estão em grande proximidade, e as suas velocidades de rotação encontram-se grandemente diminuídas.

 

42:3.13 (472.11) Tal classificação da matéria diz respeito mais à sua organização do que às formas sob as quais se mostram aos seres criados. E também não leva em conta os estágios pré-emergentes da energia, nem as eternas materializações no Paraíso e no universo central.

 

4. A Energia e as Transmutações da Matéria

 

42:4.1 (472.12) A luz, o calor, a eletricidade, o magnetismo, a química, a energia e a matéria são — em origem, natureza e destino — uma única e mesma coisa, junto com outras realidades materiais ainda não descobertas em Urântia.

42:4.2 (472.13) Nós não compreendemos plenamente as mudanças quase infindáveis, às quais a energia física possa estar sujeita. Num universo, ela aparece como luz, em um outro, como luz mais calor, noutro, como formas de energia desconhecidas em Urântia; em incalculáveis milhões de anos, pode reaparecer como alguma forma de energia elétrica irrequieta, alguma energia elétrica ou poder magnético incontido; e, ainda mais tarde, pode aparecer novamente, em um outro universo, como alguma forma de matéria variável, passando por uma série de metamorfoses, e, em seguida, ter o seu desaparecimento exterior físico nalgum grande cataclismo dos reinos. E então, após idades incontáveis e após vagar quase interminavelmente por inúmeros universos, de novo, essa mesma energia pode reemergir e, muitas vezes, ter a sua forma e potencial alterados; e, assim, tais transformações continuam por idades sucessivas e por incontáveis reinos. Assim a matéria continua o seu fluxo, passando por transmutações no tempo, mas alinhando-se sempre, verdadeiramente, ao círculo da eternidade; e, ainda que há muito impedida de retornar à sua fonte original, é sempre sensível a essa fonte e prossegue interminavelmente no caminho ordenado pela Personalidade Infinita que a emitiu.

42:4.3 (473.1) Os centros de potência e seus colaboradores estão ocupados com o trabalho de transmutar o ultímatom nos circuitos e nas revoluções dos elétrons. Esses seres únicos controlam e compõem o poder, com a sua hábil manipulação da unidade básica da energia materializada, o ultímatom. Eles são os mestres da energia que circula nesse estado primitivo. Em conexão com os controladores físicos, eles são capazes de controlar efetivamente e dirigir a energia, mesmo depois que ela haja sido transmutada, até o nível elétrico, o assim chamado estágio eletrônico. Mas o alcance da ação deles fica enormemente abreviado, quando, organizada eletronicamente, a energia passa a girar dentro de sistemas atômicos. Após tal materialização, as energias ficam sob o controle completo do poder de atração da gravidade linear.

42:4.4 (473.2) A gravidade atua positivamente nas linhas de poder e canais de energia dos centros de potência e dos controladores físicos, mas esses seres têm apenas uma relação negativa com a gravidade — o exercício dos seus dons antigravitacionais.

42:4.5 (473.3) Em todo o espaço, o frio e outras influências físicas trabalham criativamente organizando os ultímatons em elétrons. O calor é a medida da atividade eletrônica, enquanto o frio significa meramente a ausência de calor — o repouso relativo da energia — , o status da carga-força universal do espaço, desde que nem a energia emergente nem a matéria organizada estejam presentes, e desde que não sejam sensíveis à gravidade.

42:4.6 (473.4) A presença da gravidade, bem como a sua ação, é o que impede o surgimento do zero absoluto teórico, pois o espaço interestelar não permite a temperatura do zero absoluto. Em todo o espaço organizado há correntes de energias que são sensíveis à gravidade, circuitos de poder e de atividades ultimatômicas, bem como de energias eletrônicas em organização. Praticamente falando, o espaço não é vazio. E mesmo a atmosfera de Urântia vai tornando-se crescentemente menos densa, até que à altitude de cinco mil quilômetros ela começa a esmaecer-se nessa parte do universo, e se transformar na matéria do espaço comum. O espaço conhecido, mais próximo do vazio, em Nébadon, conteria cerca de cem ultímatons — o equivalente a um elétron — em cada dezesseis centímetros cúbicos. Essa escassez de matéria é considerada como sendo praticamente o espaço vazio.

42:4.7 (473.5) A temperatura — o calor e o frio — é secundária, apenas para a gravidade nos reinos da evolução da energia e da matéria. Os ultímatons são humildemente obedientes às temperaturas extremas. As temperaturas baixas favorecem certas formas de construção eletrônica e de formação de conjuntos atômicos, ao passo que as temperaturas altas facilitam toda a sorte de quebras atômicas e desintegração material.

42:4.8 (473.6) Quando submetidas ao calor e à pressão, em certos estados solares internos, todas as associações de matéria podem ser rompidas, excetuando-se as mais primitivas. O calor pode assim vencer grandemente a estabilidade da gravidade. Mas nenhum calor, ou pressão solar, conhecido pode converter os ultímatons de volta à energia de potência.

42:4.9 (473.7) Os sóis abrasantes podem transformar a matéria em várias formas de energia, ao passo que os mundos escuros e todo o espaço exterior podem desacelerar a atividade eletrônica e ultimatômica, a ponto de converter essas energias na matéria dos reinos. Certas associações eletrônicas de natureza próxima, bem como muitas das associações básicas de matéria nuclear, são formadas sob as temperaturas excessivamente baixas do espaço aberto, sendo mais tarde aumentadas pela associação com adições maiores de energia materializante.

42:4.10 (473.8) Em toda essa metamorfose, que nunca acaba, entre energia e matéria, devemos contar com a influência da pressão da gravidade e com o comportamento antigravitacional das energias ultimatômicas, sob certas condições de temperatura, velocidade e revolução. A temperatura, as correntes de energia, a distância e a presença dos organizadores da força viva e diretores de potência também exercem o seu papel em todo o fenômeno de transmutação da energia e da matéria.

42:4.11 (474.1) O acréscimo de massa à matéria é igual ao acréscimo de energia, dividido pelo quadrado da velocidade da luz. Num sentido dinâmico, o trabalho que a matéria em repouso pode realizar é igual à energia despendida para manter unidas as suas partes, desde o Paraíso, menos a resistência das forças a serem vencidas no trânsito e a atração exercida pelas partes da matéria, umas sobre as outras.

42:4.12 (474.2) A existência das formas pré-eletrônicas da matéria está indicada pelos dois pesos atômicos do chumbo. O chumbo de formação original pesa ligeiramente mais do que aquele produzido por meio da desintegração do urânio, por emanações do rádio; e essa diferença no peso atômico representa a verdadeira perda de energia na quebra atômica.

42:4.13 (474.3) A integridade relativa da matéria é assegurada pelo fato de que a energia pode apenas ser absorvida e liberada naquelas quantidades exatas a que os cientistas de Urântia denominaram de quanta. Essa providência sábia, nos reinos materiais, serve para manter os universos em funcionamento contínuo.

42:4.14 (474.4) A quantidade de energia absorvida ou liberada, quando as posições eletrônicas ou outras se alternam, é sempre um “quantum” ou algum múltiplo do mesmo, mas o comportamento vibratório, ou ondulatório, dessas unidades de energia é determinado, integralmente, pelas dimensões das estruturas materiais envolvidas. Essas manifestações da energia, sob a forma de ondas, têm 860 vezes os diâmetros dos ultímatons, elétrons, átomos ou outras das unidades que lhes dão origem. A confusão interminável que acompanha a observação da mecânica, das ondas de comportamento quântico, é devida à superposição de ondas de energia: duas cristas podem combinar-se, para formar uma crista de altura dupla, enquanto uma crista e um vão podem combinar-se, ocasionando assim um cancelamento mútuo.

 

5. Manifestações de Energia Ondulatória

 

42:5.1 (474.5) No superuniverso de Orvônton há uma centena de oitavas de energias de ondas. Dessa centena de grupos de manifestações de energia, sessenta e quatro, total ou parcialmente, são reconhecidas em Urântia. Os raios do sol constituem-se de quatro oitavas na escala do superuniverso, sendo que os raios visíveis abrangem uma única oitava, a de número quarenta e seis nessa série. O grupo ultravioleta vem em seguida, ao passo que a dez oitavas acima se encontram os raios X, seguidos pelos raios gama do rádio. Os raios da energia do espaço exterior estão a trinta e duas oitavas acima da luz visível do sol, tão freqüentemente misturados que estão às partículas minúsculas de matéria altamente energizada associadas a eles. Imediatamente abaixo da luz visível do sol surgem os raios infravermelhos, e trinta oitavas abaixo está o grupo de radiotransmissão.

42:5.2 (474.6) As manifestações da energia ondulatória — do ponto de vista do esclarecimento científico do século vinte em Urântia — podem ser classificadas nos dez grupos seguintes:

 

42:5.3 (474.7) 1. Raios infra-ultimatômicos — as rotações limítrofes dos ultímatons quando os mesmos começam a assumir uma forma definida. Esse é o primeiro estágio da energia emergente, em que os fenômenos ondulatórios podem ser detectados e medidos.

42:5.4 (474.8) 2. Raios ultimatômicos. A reunião da energia na esfera diminuta dos ultímatons, ocasiona vibrações no conteúdo do espaço, as quais são discerníveis e mensuráveis. E, muito antes que os físicos descubram o ultímatom, sem dúvida irão detectar os fenômenos causados pelos raios lançados sobre Urântia. Esses raios curtos e poderosos representam a atividade inicial dos ultímatons à medida que se desaceleram até aquele ponto em que se voltam para organizarem eletronicamente a matéria. À medida que os ultímatons se aglomeram, formando elétrons, uma condensação ocorre com a conseqüente estocagem de energia.

42:5.5 (475.1) 3. Raios espaciais curtos. Estas são as mais curtas de todas as vibrações puramente eletrônicas e representam o estágio pré-atômico dessa forma de matéria. Esses raios requerem temperaturas extraordinariamente altas ou extraordinarimente baixas para a sua produção. Há duas espécies desses raios espaciais: uma que se dá com o nascimento dos átomos e a outra que indica a desagregação atômica. A maior quantidade deles emana dos planos de maior densidade do superuniverso, a Via Láctea, que é também o plano mais denso dos universos exteriores.

42:5.6 (475.2) 4. Estágio eletrônico. Este estágio de energia é a base de toda a materialização, nos sete superuniversos. Quando os elétrons passam de níveis de energia mais elevados para os mais baixos, de velocidade orbital, é desprendido sempre um quantum determinado. As mudanças de órbitas dos elétrons resultam na ejeção, ou na absorção, de partículas da energia-luz, bastante definidas e uniformemente mensuráveis, enquanto o elétron individualmente sempre desprende uma partícula de energia-luz quando submetido à colisão. As manifestações da energia ondulatória também são geradas a partir de atividades dos corpos positivos e outros representantes do estágio eletrônico.

42:5.7 (475.3) 5. Raios gama — são as emanações que caracterizam a dissociação espontânea da matéria atômica. A melhor ilustração dessa forma de atividade eletrônica está nos fenômenos associados à desintegração do rádio.

42:5.8 (475.4) 6. Grupo dos raios X. O próximo passo na desaceleração dos elétrons gera as várias formas de raios X solares junto com os raios X artificialmente gerados. A carga eletrônica forma um campo elétrico; o movimento faz surgir uma corrente elétrica; a corrente elétrica produz um campo magnético. Quando um elétron é paralisado subitamente, o distúrbio eletromagnético resultante produz os raios X; os raios X são essa perturbação. Os raios X solares são idênticos àqueles gerados mecanicamente para explorar o interior do corpo humano, excetuando-se o fato de que são ligeiramente mais longos.

42:5.9 (475.5) 7. Raios ultravioleta ou os raios químicos da luz do sol e as suas várias produções mecânicas.

42:5.10 (475.6) 8. Luz branca — toda a luz visível dos sóis.

42:5.11 (475.7) 9. Raios infravermelhos — a desaceleração da atividade eletrônica, ainda mais próxima de um estágio considerável de aquecimento.

42:5.12 (475.8) 10. Ondas hertzianas — aquelas energias utilizadas, em Urântia, para as teledifusões.

 

42:5.13 (475.9) A todas essas dez fases da atividade ondulatória da energia, o olho humano apenas pode reagir a uma oitava: àquela da luz solar global de um sol comum.

42:5.14 (475.10) O chamado éter é meramente um nome coletivo, usado para designar um grupo de atividades de força e energia que ocorrem no espaço. Os ultímatons, os elétrons e outras agregações da energia em forma de massa são partículas uniformes de matéria e, no seu trânsito no espaço, elas realmente se propagam em linha reta. A luz e todas as outras formas de manifestação de energia reconhecíveis consistem de uma sucessão de partículas definidas de energia que se propagam em linha reta, excetuando-se nos pontos em que a sua trajetória é modificada pela gravidade e outras forças que intervêm. Que essas procissões de partículas de energia surjam como fenômenos ondulatórios, quando sujeitas a certas observações, é devido à resistência das camadas de força, não diferenciadas, em todo o espaço: o éter hipotético, e à tensão da intergravidade das agregações associadas de matéria. O espaçamento dos intervalos entre as partículas de matéria, junto com a velocidade inicial dos feixes de energia, estabelece a aparência ondulatória de muitas formas de matéria-energia.

42:5.15 (476.1) A excitação do conteúdo de espaço produz uma reação ondulatória à passagem das partículas de matéria que se movem rapidamente, do mesmo modo que a passagem de uma embarcação, pelas águas, inicia ondas de várias amplitudes e intervalos.

42:5.16 (476.2) O comportamento da força primordial dá surgimento a fenômenos que são, de muitos modos, análogos ao éter por vós postulado. O espaço não é vazio; as esferas de todo o espaço giram e mergulham em um vasto oceano disseminado de energia-força; e nem mesmo o interior de um átomo, no espaço, é vazio. Não há nenhum éter, contudo; e a ausência mesma desse éter hipotético capacita os planetas habitados a escaparem de cair no sol e os elétrons, nas suas órbitas, a resistirem a cair para dentro do núcleo.

 

6. Ultímatons, Elétrons e Átomos

 

42:6.1 (476.3) Conquanto a carga de espaço da força universal seja homogênea e indiferenciada, a organização da energia, evoluída em matéria, requer a concentração da energia em massas discretas, de dimensões definidas e peso estabelecido — uma reação precisa à gravidade.

42:6.2 (476.4) A gravidade local ou linear torna-se plenamente operativa com o surgimento da organização atômica da matéria. A matéria pré-atômica torna-se ligeiramente sensível à gravidade quando ativada por raios X e outras energias similares, mas nenhum empuxo de atração da gravidade linear mensurável é exercido sobre as partículas livres, desagregadas e sem carga de energia-eletrônica, ou sobre os ultímatons não agrupados.

42:6.3 (476.5) Os ultímatons funcionam por atração mútua, respondendo apenas à atração circular da gravidade do Paraíso. Sem a reação à gravidade linear, eles mantêm-se vagando assim em um espaço universal. Os ultímatons são capazes de acelerar a sua velocidade de revolução, a ponto de atingir o comportamento de uma antigravidade parcial, mas não podem, independentemente dos diretores organizadores da força ou poder, atingir a velocidade crítica, na qual escapam para a desindividualização, e retornam ao estado de energia potencial. Na natureza, os ultímatons escapam do status de existência física apenas quando participam da ruptura terminal de um sol resfriado que se extingue.

42:6.4 (476.6) Os ultímatons, ainda desconhecidos em Urântia, desaceleram-se passando por muitas atividades físicas antes de atingirem os pré-requisitos da energia de revolução para a organização eletrônica. Os ultímatons têm três variedades de movimentos: a resistência mútua à força cósmica, as rotações individuais de potencial antigravitacional e, no interior do elétron, as posições intraeletônicas daquela centena de ultímatons mutuamente interassociados.

42:6.5 (476.7) A atração mútua mantém cem ultímatons juntos na constituição do elétron; e nunca há mais nem menos do que cem ultímatons em um elétron típico. A perda de um ou mais ultímatons destrói a identidade eletrônica típica, trazendo à existência, desse modo, uma das dez formas modificadas do elétron.

42:6.6 (476.8) Os ultímatons não descrevem órbitas ou giros em torno dos circuitos dentro dos elétrons, mas espalham-se ou agrupam-se, de acordo com as suas velocidades de rotação axial, determinando assim as dimensões diferenciais eletrônicas. Essa mesma velocidade ultimatômica, de rotação axial, também determina as reações negativas ou positivas dos vários tipos de unidades eletrônicas. A segregação total e o agrupamento de matéria eletrônica, junto com a diferenciação elétrica, entre os corpos negativos e positivos de matéria-energia, resultam dessas funções várias das interassociações dos ultímatons componentes.

42:6.7 (477.1) Cada átomo tem um diâmetro ligeiramente maior do que um quarto de milionésimo de milímetro enquanto um elétron pesa um pouco mais do que uma duodécima-milésima parte do menor átomo, o do hidrogênio. O próton positivo, característico do núcleo atômico, ainda que possa não ser maior do que um elétron negativo, pesa quase duas mil vezes mais.

42:6.8 (477.2) Se a massa da matéria fosse ampliada, a ponto de um elétron pesar 2,83 gramas, então o tamanho teria de ser aumentado proporcionalmente, e o volume desse elétron tornar-se-ia tão grande quanto o da Terra. Se o volume de um próton — mil e oitocentas vezes mais pesado do que um elétron — fosse ampliado até o tamanho da cabeça de um alfinete, então, nessa mesma proporção a cabeça do alfinete atingiria um diâmetro igual ao da órbita da Terra ao redor do sol.

 

7. A Matéria Atômica

 

42:7.1 (477.3) Toda a matéria desenvolve-se em uma ordem semelhante à da formação de um sistema solar. No centro de cada universo diminuto de energia existe uma porção nuclear de existência material, relativamente estável e estacionária. Essa unidade central é dotada de uma possibilidade tríplice de manifestação. Em torno desse centro de energia giram, em uma profusão sem fim, mas em circuitos flutuantes, as unidades de energia que são vagamente comparáveis aos planetas que giram em torno do sol, em algum grupo estelar como o vosso próprio sistema solar.

42:7.2 (477.4) Dentro do átomo, os elétrons giram em torno do próton central, relativamente com o mesmo espaço que os planetas possuem para girar em torno do sol no espaço do sistema solar. Há uma distância relativa, em relação ao tamanho real, entre os núcleos atômicos e os circuitos eletrônicos internos, a qual corresponde à que existe entre o planeta mais interno, Mercúrio, e o vosso sol.

42:7.3 (477.5) As rotações axiais e suas velocidades orbitais, em torno do núcleo, estão ambas além da imaginação humana, para não mencionar as velocidades dos seus ultímatons componentes. As partículas positivas do rádio voam para o espaço a velocidades de dezesseis mil quilômetros por segundo, enquanto as partículas negativas atingem uma velocidade que se aproxima daquela da luz.

42:7.4 (477.6) Os universos locais são de construção decimal. Há apenas uma centena de materializações atômicas distinguíveis da energia-espaço em um universo dual; e essa é a organização máxima possível da matéria em Nébadon. Essa centena de formas de matéria consiste de uma série regular na qual giram, de um a cem elétrons, em torno de um núcleo central relativamente compacto. É essa associação ordenada e confiável, de várias energias, que constitui a matéria.

42:7.5 (477.7) Nem todos os mundos exibirão uma centena de elementos reconhecíveis na sua superfície, mas em algum lugar esses elementos estarão ou terão estado presentes, ou se encontram em processo de evolução. As condições que envolvem a origem e evolução futura de um planeta determinam quantos dos cem tipos atômicos poderão ser encontrados. Os átomos mais pesados não são encontráveis na superfície de muitos mundos. Mesmo em Urântia os elementos mais pesados conhecidos manifestam uma tendência de estilhaçarem-se no ar, como é ilustrado pelo comportamento do rádio.

42:7.6 (477.8) A estabilidade do átomo depende do número de nêutrons eletricamente inativos no corpo central. O comportamento químico depende completamente da atividade dos elétrons livres em órbita.

42:7.7 (478.1) Em Orvônton nunca foi possível reunir naturalmente acima de cem elétrons orbitais em um sistema atômico. Sempre que se introduziu artificialmente cento e um destes no campo orbital, o resultado tem sempre sido um deslocamento quase instantâneo do próton central com a dispersão enlouquecida dos elétrons e outras energias liberadas.

42:7.8 (478.2) Ainda que os átomos possam conter de um a cem elétrons em órbita, apenas os dez elétrons exteriores, dos átomos maiores, giram em torno do núcleo central como corpos distintos e separados, intacta e compactamente girando em órbitas precisas e definidas. Os trinta elétrons mais próximos do centro são de difícil observação e detecção, como corpos separados e organizados. Essa mesma proporção relativa de comportamento eletrônico, em relação à proximidade nuclear, prevalece em todos os átomos, a despeito do número de elétrons abrangido. Quanto mais próximo se está do núcleo, menos a individualização dos elétrons acontece. A extensão da energia ondulatória de um elétron pode assim espalhar-se para ocupar todas as órbitas atômicas menores; e isso é especialmente verdade sobre os elétrons mais próximos do núcleo atômico.

42:7.9 (478.3) Os trinta elétrons das órbitas mais internas têm individualidade, mas os seus sistemas de energia tendem a se intermesclar, estendendo-se de elétron a elétron, e quase de órbita a órbita. Os próximos trinta elétrons constituem a segunda família, ou a zona de energia, e são de uma individualidade mais pronunciada, os seus corpos de matéria exercem um controle mais completo sobre os sistemas de energia que os acompanham. Os próximos trinta elétrons, a terceira zona de energia, são ainda mais individualizados e circulam em órbitas mais distintas e definidas. Os dez últimos elétrons, presentes apenas nos dez elementos mais pesados, possuem a dignidade da independência e são, portanto, capazes de escapar mais ou menos livremente do controle do núcleo-mãe. Com um mínimo de variação de temperatura e pressão, os membros desse quarto grupo mais externo de elétrons escaparão da atração do núcleo central, como fica ilustrado na dispersão espontânea do urânio e dos elementos semelhantes.

42:7.10 (478.4) Os primeiros vinte e sete átomos, aqueles que contêm de um a vinte e sete elétrons em órbita, são mais fáceis de serem distinguidos do que os restantes. Do vigésimo-oitavo, em diante, encontramos cada vez mais a imprevisibilidade da presença suposta do Absoluto Inqualificável. Um pouco dessa imprevisibilidade eletrônica, todavia, é causada pelas velocidades axiais das rotações ultimatômicas diferenciais e pela propensão inexplicada dos ultímatons de “amontoarem-se”. Outras influências — físicas, elétricas, magnéticas e gravitacionais — também colaboram para produzir comportamentos eletrônicos variáveis. Os átomos são, pois, semelhantes a pessoas quanto à previsibilidade. Os estatísticos podem anunciar leis que governam um grande número, seja de átomos, seja de pessoas; mas não individualmente para um único átomo, nem para uma única pessoa.

 

8. A Coesão Atômica

 

42:8.1 (478.5) Ainda que a gravidade seja um dos vários fatores a contribuir para manter coeso um minúsculo sistema atômico, há, também presente, em meio a essas unidades físicas básicas, uma energia poderosa e desconhecida, e o segredo da sua constituição básica e do seu comportamento último é uma força que ainda não foi descoberta em Urântia. Tal influência universal permeia todo o espaço interior abrangido por essa mínima organização da energia.

42:8.2 (478.6) O espaço entre os elétrons de um átomo não é vazio. Dentro de um átomo, esse espaço entre os elétrons é ativado por manifestações ondulatórias perfeitamente sincronizadas às velocidades de rotação dos elétrons e ultímatons. Essa força não é inteiramente dominada pelas leis reconhecidas por vós, de atração positiva e negativa; o seu comportamento, portanto, algumas vezes é imprevisível. Essa influência sem nome parece ser uma reação da força do espaço, da parte do Absoluto Inqualificável.

42:8.3 (479.1) Os prótons carregados e os nêutrons não carregados, do núcleo do átomo, são mantidos coesos pela função de reciprocidade do mésotron, uma partícula de matéria 180 vezes mais pesada do que o elétron. Sem esse arranjo, a carga elétrica contida nos prótons seria desagregadora do núcleo atômico.

42:8.4 (479.2) Do modo como os átomos são constituídos, nem as forças elétricas nem as gravitacionais poderiam manter o núcleo coeso. A integridade do núcleo é sustentada pela função coesiva recíproca do mésotron, que é capaz de conservar partículas carregadas e não carregadas em coesão, por causa do poder superior da massa-força e da função suplementar de levar os prótons e os nêutrons a mudarem constantemente de lugar. O mésotron faz com que a carga elétrica das partículas do núcleo seja trocada sem cessar, em um sentido e no outro, entre os prótons e os nêutrons. Num infinitésimo de segundo, uma dada partícula do núcleo é um próton carregado e, no próximo, é um nêutron não carregado. E essas alternâncias, no status da energia, são tão inacreditavelmente rápidas que a carga elétrica fica impedida de ter qualquer oportunidade de funcionar como uma influência desagregadora. Assim, o mésotron funciona como uma partícula “portadora de energia” que poderosamente contribui para a estabilidade nuclear do átomo.

42:8.5 (479.3) A presença e a função do mésotron explicam também outro enigma atômico. Quando os átomos atuam radioativamente, eles emitem muito mais energia do que seria esperado. Esse excesso de radiação deriva-se da quebra do mésotron “portador de energia”, que, por isso, transforma-se em um mero elétron. A desintegração do mésotron é também acompanhada pela emissão de certas partículas pequenas não carregadas.

42:8.6 (479.4) O mésotron explica certas propriedades coesivas do núcleo atômico, mas não é ele que gera a coesão entre próton e próton, nem a adesão de nêutron e nêutron. A força paradoxal e poderosa da integridade coesiva, no átomo, é uma forma de energia ainda não descoberta em Urântia.

42:8.7 (479.5) Esses mésotrons são abundantemente encontrados nos raios do espaço que incidem, tão incessantemente, sobre o vosso planeta.

 

9. A Filosofia Natural

 

42:9.1 (479.6) A religião não é a única a ser dogmática; a filosofia natural tende igualmente a dogmatizar. Um renomado educador religioso chegou à conclusão de que o número sete era fundamental à natureza, porque há sete aberturas na cabeça humana; mas se ele tivesse sabido mais sobre a química, ele poderia ter advogado tal crença fundamentado em um fenômeno verdadeiro do mundo físico. Em todos os universos físicos do tempo e do espaço, apesar da manifestação universal da constituição decimal da energia, há uma reminiscência, sempre presente, da realidade da organização eletrônica sétupla da pré-matéria.

42:9.2 (479.7) O número sete é básico para o universo central e para o sistema espiritual de transmissões inerentes de caráter; mas o número dez, o sistema decimal, é inerente à energia, à matéria e à criação material. O mundo atômico, contudo, apresenta uma certa caracterização periódica que é recorrente em grupos de sete — uma marca de nascença que o mundo material carrega e que indica a sua longínqua origem espiritual.

42:9.3 (480.1) Essa persistência sétupla da constituição criativa é exibida nos domínios químicos, como uma recorrência de propriedades químicas e físicas semelhantes, em grupos separados e periódicos de sete, quando os elementos básicos são arranjados segundo a ordem seqüencial dos seus pesos atômicos. Quando os elementos químicos de Urântia são ordenados, assim, em uma fila qualquer, uma certa qualidade ou propriedade tem a tendência de repetir-se a cada sete elementos. Essa mudança periódica a cada sete ocorre decrescentemente e com variações em toda a tábua química, sendo mais intensamente observável nos primeiros grupos ou de pesos atômicos mais baixos. A começar por qualquer elemento, após notar-se uma propriedade, essa qualidade irá mudar por seis elementos consecutivos, mas ao alcançar o oitavo, ela tende a reaparecer, isto é, o oitavo elemento, quimicamente ativo, assemelha-se ao primeiro, o nono ao segundo, e assim por diante. Esse fato, do mundo físico, aponta inequivocamente a constituição sétupla da energia ancestral e indica a realidade fundamental da diversidade sétupla das criações do tempo e do espaço. O homem deveria também notar que há sete cores no espectro natural.

42:9.4 (480.2) Mas nem todas as suposições da filosofia natural são válidas; um exemplo é o éter hipotético, que representa uma tentativa engenhosa do homem de dar unidade à própria ignorância sobre o fenômeno do espaço. A filosofia do universo não pode ser elaborada com base nas observações da chamada ciência. Se a metamorfose de uma borboleta não fosse perceptível, um cientista estaria inclinado a negar a possibilidade da mesma desenvolver-se a partir de uma lagarta.

42:9.5 (480.3) A estabilidade física, associada à elasticidade biológica, está presente na natureza apenas por causa da quase infinita sabedoria possuída pelos Arquitetos Mestres da criação. Nada, a não ser a sabedoria transcendental, poderia jamais projetar unidades de matéria que são ao mesmo tempo tão estáveis e tão eficazmente flexíveis.

 

10. Sistemas Não-Espirituais de Energias Universais (Sistemas da Mente Material)

 

42:10.1 (480.4) O movimento sem fim da realidade cósmica relativa, fluindo desde a absolutez da monota do Paraíso, até a absolutez da potência do espaço, sugere certas evoluções de relacionamento entre as realidades não-espirituais da Primeira Fonte e Centro — aquelas realidades que estão ocultas na potência do espaço, reveladas na monota, e provisoriamente divulgadas em níveis cósmicos intermediários. Esse ciclo eterno de energia, estando ligado ao circuito do Pai dos Universos, é absoluto e, em sendo absoluto, não é expansível de nenhuma forma, nem em valor; o Pai Primordial, entretanto — agora e sempre — , realiza em Si uma arena de significados, sempre em expansão, de espaço-tempo, que transcende o espaço-tempo; uma arena de relações mutáveis, nas quais a matéria-energia está sendo progressivamente objeto do supercontole do espírito vivo divino por intermédio de um esforço experiencial da mente viva e pessoal.

42:10.2 (480.5) As energias universais não-espirituais são reassociadas nos sistemas vivos de mentes não Criadoras, em vários níveis, alguns dos quais podem ser descritos como a seguir:

 

42:10.3 (480.6) 1. Espíritos pré-ajudantes da mente. Este nível de mente é não-experiencial e, nos mundos habitados, é ministrado pelos Mestres Controladores Físicos. Essa é a mente mecânica, o intelecto não-ensinável, da forma mais primitiva de vida material; mas a mente não-ensinável funciona em muitos níveis, além daquele da vida planetária primitiva.

42:10.4 (481.1) 2. Espíritos ajudantes da mente. Esta é uma ministração do Espírito Materno do universo local, funcionando através dos seus sete espíritos ajudantes da mente, no nível ensinável (não-mecânico) da mente material. Nesse nível, a mente material está experienciando: como intelecto subhumano (animal) por meio dos primeiros cinco ajudantes; como intelecto humano (moral) por intermédio dos sete ajudantes; como intelecto supra-humano (nos seres intermediários) por meio dos dois últimos ajudantes.

42:10.5 (481.2) 3. Mentes moronciais em evolução — a consciência, em expansão, das personalidades em evolução, nas suas carreiras ascendentes no universo local. Esta é uma outorga do Espírito Materno do universo local, em conexão com o Filho Criador. Esse nível de mente indica a organização do tipo moroncial de veículo de vida, uma síntese do material e do espiritual que é efetuada pelos Supervisores do Poder Moroncial de um universo local. A mente moroncial funciona diferencialmente, em resposta aos 570 níveis de vida moroncial, demonstrando uma capacidade associativa crescente com a mente cósmica, nos níveis mais elevados de realização. Esse é o curso evolucionário das criaturas mortais, mas a mente de uma ordem não-moroncial é também outorgada por um Filho do Universo e por um Espírito do Universo, aos filhos não-moronciais das criações locais.

42:10.6 (481.3) A mente cósmica. Essa é a mente setuplamente diversificada do tempo e do espaço, cada fase da mesma sendo ministrada por um dos Sete Espíritos Mestres, a um dos sete superuniversos. A mente cósmica engloba todos os níveis da mente finita e coordena-se experiencialmente com os níveis da deidade evolucionária da Mente Suprema, e transcendentalmente com o nível existencial da mente absoluta — os circuitos diretos do Agente Conjunto.

42:10.7 (481.4) No Paraíso, a mente é absoluta; em Havona, absonita; em Orvônton, finita. A mente indica sempre a presença-atividade da ministração viva, acrescida de sistemas de energia variada; e isso é verdade em todos os níveis e para todas as espécies de mentes. Mas, para além da mente cósmica, torna-se cada vez mais difícil descrever as relações da mente com a energia não-espiritual. A mente de Havona é subabsoluta, mas é supra-evolucionária; sendo experiencial-existencial está mais próxima do absonito do que de qualquer outro conceito revelado a vós. A mente do Paraíso está adiante da compreensão humana; ela é existencial, não-espacial e não-temporal. Entretanto, todos esses níveis de mente são sobrepujados pela presença universal do Agente Conjunto — pela atração da gravidade mental do Deus da mente no Paraíso.

 

11. Os Mecanismos do Universo

 

42:11.1 (481.5) Na avaliação e reconhecimento da mente, deveria ser lembrado que o universo não é nem meramente mecânico, nem mágico; ele é uma criação da mente e um mecanismo com leis. Na aplicação prática, contudo, se as leis da natureza operam naquilo que parecem ser os reinos duais do físico e do espiritual, na realidade, eles são apenas um. A Primeira Fonte e Centro é a causa primordial de toda a materialização e, ao mesmo tempo, é o Pai primeiro, e o Pai final de todos os espíritos. O Pai do Paraíso aparece pessoalmente nos universos, fora de Havona, apenas como energia pura e espírito puro — como o Ajustador do Pensamento e outros fragmentos semelhantes.

42:11.2 (481.6) Os mecanismos não dominam, absolutamente, toda a criação; o universo dos universos é totalmente planejado pela mente, feito pela mente e administrado pela mente. Mas o mecanismo divino do universo dos universos é por demais perfeito, no todo, para que os métodos científicos da mente finita do homem nele possam discernir, por um mínimo que seja, o domínio da mente infinita. Pois a mente que cria, controla e mantém não é nem a mente material, nem a mente da criatura; é a mente do espírito, funcionando nos níveis criadores da realidade divina e a partir deles.

42:11.3 (482.1) A capacidade de discernir e descobrir a mente, com base nos mecanismos do universo, depende inteiramente da habilidade, escopo e capacidade da mente investigadora empenhada na tarefa de observação. As mentes do espaço-tempo, organizadas a partir das energias do tempo e do espaço, ficam sujeitas aos mecanismos do tempo e do espaço.

42:11.4 (482.2) O movimento e a gravitação no universo são facetas gêmeas do mecanismo impessoal do espaço-tempo, no universo dos universos. Os níveis, para o espírito, a mente e a matéria, de sensibilidade à gravidade, são totalmente independentes do tempo, mas apenas os níveis verdadeiros da realidade do espírito são independentes do espaço (são não-espaciais). Os níveis mais elevados da mente do universo — os níveis da mente espiritual — podem também ser não-espaciais, mas os níveis da mente material, tais como os da mente humana, são sensíveis às interações da gravitação do universo, apenas quando perdem essa sensibilidade à proporção que se identificam com o espírito. Os níveis da realidade do espírito são reconhecidos pelo seu conteúdo de espírito; e a espiritualidade no tempo e no espaço é medida na proporção inversa da sensibilidade à gravidade linear.

42:11.5 (482.3) A sensibilidade à gravidade linear é uma medida quantitativa da energia não-espiritual. Toda a massa — ou energia organizada — está sujeita a essa atração, a menos que o movimento e a mente atuem sobre ela. A gravidade linear é a força de coesão, de curto alcance, do macrocosmo, do mesmo modo que as forças da coesão interna do átomo são as forças de curto alcance do microcosmo. A energia física materializada, organizada naquilo que se chama de matéria, não pode atravessar o espaço sem ter a sua sensibilidade à gravidade linear alterada. Se bem que essa sensibilidade à gravidade seja diretamente proporcional à massa, ela é modificada pelo espaço intermediário, de um modo tal que o resultado final, quando expresso pelo inverso do quadrado da distância, nada mais é que grosseiramente aproximado. O espaço finalmente predomina sobre a gravitação linear por causa da presença, nele, das influências antigravitacionais de numerosas forças supramateriais que operam neutralizando a ação da gravidade e todas as respostas a ela.

42:11.6 (482.4) Os mecanismos cósmicos extremamente complexos, e que aparentam surgir de um modo altamente automático, tendem sempre a esconder a presença da mente intrínseca que os originou ou criou, para toda e qualquer inteligência, no universo, que esteja em um nível muito abaixo daquele da natureza e capacidade do mecanismo em si mesmo. E, por isso, torna-se inevitável que os mecanismos mais elevados do universo pareçam, para as ordens mais baixas de criaturas, não ter mente. A única exceção possível dessa conclusão seria a de atribuir uma mente ao incrível fenômeno de um universo, que aparentemente se automantém — mas essa é uma questão para a filosofia, mais do que de experiência real.

42:11.7 (482.5) Como a mente coordena o universo, a rigidez dos mecanismos não existe. O fenômeno da evolução progressiva, associado à automanutenção cósmica, é universal. A capacidade de evolução do universo é inexaurível à infinitude da espontaneidade. O progresso, no sentido da unidade harmoniosa, a síntese experiencial crescente superposta a uma complexidade sempre crescente de relações, só poderia ser alcançado por uma mente que tenha propósito e que seja dominante.

42:11.8 (482.6) Quanto mais elevada for a mente do universo, associada a um fenômeno universal qualquer, tanto mais difícil torna-se descobri-la para os tipos mais baixos de mente. E, já que a mente do mecanismo do universo é a mente-espírito criativa (a própria mente do Infinito), ela nunca pode ser descoberta ou percebida pelas mentes de nível baixo do universo; e muito menos pela mente mais baixa de todas, a humana. A mente animal em evolução, conquanto seja naturalmente buscadora de Deus, não é por si mesma, nem em si mesma, inerentemente conhecedora de Deus.

 

12. Modelo e Forma – O Predomínio da Mente

 

42:12.1 (483.1) A evolução dos mecanismos implica e indica a presença oculta e a predominância da mente criativa. A capacidade do intelecto mortal de conceber, projetar e criar mecanismos automáticos demonstra que as qualidades superiores, criativas e plenas de propósito, da mente do homem, são a influência dominante no planeta. A mente tende sempre para a:

 

42:12.2 (483.2) 1. Criação de mecanismos materiais.

42:12.3 (483.3) 2. Descoberta de mistérios ocultos.

42:12.4 (483.4) 3. Exploração de situações remotas.

42:12.5 (483.5) 4. Formulação de sistemas mentais.

42:12.6 (483.6) 5. Alcance dos objetivos da sabedoria.

42:12.7 (483.7) 6. Realização de níveis do espírito.

42:12.8 (483.8) 7. Cumprimento dos destinos divinos — supremos, últimos e absolutos.

 

42:12.9 (483.9) A mente é sempre criativa. O dom da mente de um indivíduo animal, mortal, moroncial, ascendente espiritual ou que tenha alcançado a finalidade, é sempre competente para produzir um corpo adequado e útil para a identidade da criatura vivente. Todavia, o fenômeno da presença de uma personalidade, ou do modelo de uma identidade, como tal, não é uma manifestação de energia, seja física, mental ou espiritual. A forma da personalidade é o aspecto modelar de um ser vivo; denota uma ordenação das energias, e isso, acrescentado à vida e ao movimento, é o mecanismo da existência da criatura.

42:12.10 (483.10) Mesmo os seres espirituais têm forma, e essas formas espirituais (os modelos) são reais. Até o tipo mais elevado de personalidades espirituais tem formas — presenças de personalidades análogas, em todos os sentidos, aos corpos mortais de Urântia. Quase todos os seres encontrados nos sete superuniversos possuem formas. Todavia, há umas poucas exceções a essa regra geral: os Ajustadores do Pensamento parecem existir sem uma forma, antes de fundirem-se com as almas sobreviventes dos seus colaboradores mortais. Os Mensageiros Solitários, os Espíritos Inspirados da Trindade, os Ajudantes Pessoais do Espírito Infinito, os Mensageiros por Gravidade, os Registradores Transcendentais e alguns outros seres também não possuem formas descobertas. Contudo, essas são as raras exceções típicas; a grande maioria tem formas autênticas de personalidade, formas que são individualmente características e que são reconhecíveis e pessoalmente distinguíveis.

42:12.11 (483.11) A conexão da mente cósmica com a ministração dos espíritos ajudantes da mente desenvolve um tabernáculo físico adequado para o ser humano em evolução. De um modo semelhante, a mente moroncial individualiza a forma moroncial para todos os sobreviventes mortais. Do mesmo modo que um corpo mortal é pessoal e característico para cada ser humano, assim, a forma moroncial será altamente individual e adequadamente característica da mente criativa que o domina. Não há duas formas moronciais sequer parecidas, como não há dois corpos humanos idênticos. Os Supervisores do Poder Moroncial patrocinam, e o serafim assistente providencia os materiais moronciais não diferenciados a partir dos quais a vida moroncial pode começar a trabalhar. E, após a vida moroncial, será constatado que as formas do espírito são igualmente diferentes, pessoais e características das respectivas mentes-espíritos que residem nelas.

42:12.12 (483.12) Vós, num mundo material, pensais em um corpo como tendo um espírito; mas nós consideramos o espírito como tendo um corpo. Os olhos materiais são verdadeiramente as janelas da alma que nasce do espírito. O espírito é o arquiteto, a mente é o construtor, o corpo é a edificação material.

42:12.13 (484.1) As energias físicas, espirituais e mentais, como tais e nos seus estados puros, não interagem integralmente como factualizações no universo dos fenômenos. No Paraíso, as três energias estão coordenadas, em Havona têm de ser e são coordenadas; ao passo que, nos níveis de atividades finitas do universo, todas as gamas de predominâncias devem ser encontradas, a material, a mental e a espiritual. Em situações não pessoais do tempo e do espaço, a energia física parece predominar; mas também parece que quanto mais a função da mente-espírito aproxima-se da divindade, em propósito, e da supremacia, em ação, tanto mais nitidamente a fase do espírito torna-se predominante; parece também que, no nível último, o espírito-mente pode tornar-se quase completamente dominante. No nível absoluto, o espírito certamente é predominante. E daí em diante, no reino do tempo e espaço, sempre que uma realidade do espírito divino esteja presente, sempre que uma mente-espírito real estiver funcionando, haverá sempre uma tendência a produzir uma contraparte material ou física daquela realidade do espírito.

42:12.14 (484.2) O espírito é a realidade criativa; a contraparte física é o reflexo, no tempo-espaço, da realidade do espírito, a repercussão física da ação criativa da mente-espírito.

42:12.15 (484.3) A mente domina universalmente a matéria, exatamente como esta, por sua vez, é sensível e responde ao controle último do espírito. E, no homem mortal, apenas aquela mente que livremente se submete ao direcionamento do espírito pode almejar sobreviver à existência mortal do espaço-tempo, tal uma criança imortal do mundo eterno do espírito do Supremo, do Último e do Absoluto: o Infinito.

 

42:12.16 (484.4) [Apresentado por um Mensageiro Poderoso a serviço em Nébadon, e a pedido de Gabriel.]