OS DOCUMENTOS DE URÂNTIA
- A REVELAÇÃO DO TERCEIRO MILÊNIO -
INDICE
Documento 48
A Vida na Morôncia
48:0.1 (541.1) Os Deuses não podem – pelo menos não o fazem – transformar uma criatura de natureza animal grosseira num espírito perfeccionado por algum ato misterioso de magia criativa. Quando os Criadores desejam produzir seres perfeitos, eles o fazem por criação direta e original, mas nunca tratam de converter criaturas de origem animal e materiais em seres de perfeição num único passo.
48:0.2 (541.2) A vida na morôncia, do modo como se estende ao longo dos vários estágios da carreira do universo local, é a única abordagem possível pela qual os mortais materiais podem atingir o limiar do mundo do espírito. Que magia poderia a morte, a dissolução natural do corpo material, possuir para que um passo tão simples devesse instantaneamente transformar a mente mortal e material num espírito imortal e perfeccionado? Tais crenças não passam de superstições ignorantes e fábulas agradáveis.
48:0.3 (541.3) Sempre esta transição da morôncia se interpõe entre o estado mortal e o subsequente status de espírito dos seres humanos sobreviventes. Este estado intermediário do progresso no universo difere marcadamente nas várias criações locais, mas em intenção e propósito são todos bastante semelhantes. O arranjo dos mundos das mansões e moronciais mais elevados em Nébadon é bastante típico dos regimes de transição da morôncia nesta parte de Orvônton.
1. Materiais da Morôncia
48:1.1 (541.4) Os reinos da morôncia são as esferas de ligação do universo local entre os níveis material e espiritual da existência das criaturas. Esta vida na morôncia é conhecida em Urântia desde os primeiros dias do Príncipe Planetário. De tempos em tempos este estado de transição tem sido ensinado aos mortais, e o conceito, de forma distorcida, encontrou um lugar nas religiões da atualidade.
48:1.2 (541.5) As esferas da morôncia são as fases de transição da ascensão mortal pelos mundos de progressão do universo local. Apenas os sete mundos que rodeiam a esfera dos finalitores dos sistemas locais são chamados de mundos das mansões, mas todas as cinquenta e seis moradas de transição do sistema, em comum com as esferas mais elevadas ao redor das constelações e da sede-central do universo, são chamadas de mundos da morôncia. Estas criações partilham da beleza física e da grandiosidade da morôncia das esferas-sede do universo local.
48:1.3 (541.6) Todos estes mundos são esferas arquitetônicas e têm exatamente o dobro do número de elementos dos planetas evoluídos. Estes mundos feitos sob medida não apenas abundam em metais pesados e cristais, tendo cem elementos físicos, mas também têm exatamente cem formas de uma organização de energia única chamada material da morôncia. Os Controladores Físicos Mestres e os Supervisores de Potência da Morôncia são capazes de modificar as rotações das unidades primárias da matéria e ao mesmo tempo transformar estas associações de energia para criar esta nova substância.
48:1.4 (542.1) A vida inicial da morôncia nos sistemas locais é muito parecida com a do mundo material atual de vocês, tornando-se menos física e mais verdadeiramente moroncial nos mundos de estudo das constelações. E à medida que avançam para as esferas de Salvaciópolis, vocês alcançam níveis cada vez mais espirituais.
48:1.5 (542.2) Os Supervisores de Potência da Morôncia são capazes de efetuar uma união de energias materiais e espirituais, organizando assim uma forma da morôncia de materialização que é receptiva à sobreposição de um espírito controlador. Quando vocês atravessam a vida da morôncia de Nébadon, estes mesmos pacientes e habilidosos Supervisores de Potência da Morôncia os providenciarão sucessivamente com 570 corpos da morôncia, cada um numa fase da transformação progressiva de vocês. Desde o momento de deixarem os mundos materiais até que sejam constituídos um espírito de primeiro estágio em Salvaciópolis, vocês passarão por exatamente 570 mudanças da morôncia separadas e ascendentes. Oito destas ocorrem no sistema, setenta e uma na constelação e 491 durante a permanência nas esferas de Salvaciópolis.
48:1.6 (542.3) Nos dias da carne mortal o espírito divino reside em vocês, quase como uma coisa à parte – na realidade uma invasão do homem pelo espírito concedido pelo Pai Universal. Mas na vida da morôncia o espírito se tornará uma parte real de sua personalidade, e à medida que passam sucessivamente pelas 570 transformações progressivas, vocês ascendem do estado material ao espiritual da vida da criatura.
48:1.7 (542.4) Paulo ficou sabendo da existência dos mundos da morôncia e da realidade dos materiais da morôncia, pois escreveu: “Eles têm no céu uma substância melhor e mais duradoura”. E estes materiais da morôncia são reais, literais, como na “cidade que tem fundações cujo construtor e artífice é Deus”. E cada uma destas esferas maravilhosas é “um país melhor, isto é, um celestial”.
2. Supervisores de Potência da Morôncia
48:2.1 (542.5) Estes seres singulares estão exclusivamente envolvidos com a supervisão daquelas atividades que representam uma combinação do trabalho de energias espirituais e físicas ou semimateriais. Eles estão dedicados exclusivamente à ministração da progressão na morôncia. Não que eles ministrem tanto aos mortais durante a experiência de transição, mas sim tornam possível o ambiente de transição para as criaturas da morôncia em progresso. Eles são os canais de potência da morôncia que sustentam e energizam as fases da morôncia dos mundos de transição.
48:2.2 (542.6) Os Supervisores de Potência da Morôncia são a prole do Espírito Mãe de um universo local. Eles são bastante padronizados por projeto, embora diferindo ligeiramente em natureza nas várias criações locais. Eles são criados para a sua função específica e não requerem treinamento antes de assumirem suas responsabilidades.
48:2.3 (542.7) A criação dos primeiros Supervisores de Potência da Morôncia é simultânea com a chegada do primeiro sobrevivente mortal às margens de algum dos primeiros mundos de mansões de um universo local. Eles são criados em grupos de mil, classificados como segue:
48:2.4 (542.8) 1. Reguladores dos Circuitos400
48:2.5 (542.9) 2. Coordenadores de Sistemas200
48:2.6 (542.10) 3. Custódios Planetários100
48:2.7 (543.1) 4. Controladores Combinados100
48:2.8 (543.2) 5. Estabilizadores das Ligações100
48:2.9 (543.3) 6. Classificadores Seletivos50
48:2.10 (543.4) 7. Registradores Associados50
48:2.11 (543.5) Os supervisores de potência sempre servem em seu universo nativo. Eles são dirigidos exclusivamente pela atividade de espírito conjunta do Filho do Universo e do Espírito do Universo, mas por outro lado são um grupo totalmente autônomo. Eles mantêm sede em cada um dos primeiros mundos das mansões dos sistemas locais, onde trabalham em estreita associação tanto com os controladores físicos quanto com as serafinas, mas funcionam num mundo próprio no que diz respeito à manifestação de energia e aplicação do espírito.
48:2.12 (543.6) Às vezes eles também trabalham em conexão com fenômenos supramateriais nos mundos evolucionários como ministradores de designação temporária. Mas raramente servem nos planetas habitados; nem trabalham nos mundos de treinamento mais elevados do superuniverso, dedicando-se principalmente ao regime de transição da progressão na morôncia em um universo local.
48:2.13 (543.7) 1. Reguladores dos Circuitos. Estes são os seres singulares que coordenam a energia física e a espiritual e regulam seu fluxo nos canais segregados das esferas da morôncia, e estes circuitos são exclusivamente planetários, limitados a um único mundo. Os circuitos da morôncia são distintos tanto dos circuitos físicos quanto dos espirituais, e suplementares a eles, nos mundos de transição, e são necessários milhões destes reguladores para energizar até mesmo um sistema de mundos de mansões como aquele de Satânia.
48:2.14 (543.8) Os reguladores dos circuitos iniciam aquelas mudanças nas energias materiais que as tornam sujeitas ao controle e regulação de seus associados. Estes seres são geradores de potência da morôncia, bem como reguladores dos circuitos. Assim como um dínamo aparentemente gera eletricidade a partir da atmosfera, também estes dínamos vivos da morôncia parecem transformar as energias do espaço em todos os lugares naqueles materiais que os supervisores da morôncia entrelaçam nos corpos e atividades vitais dos mortais ascendentes.
48:2.15 (543.9) 2. Coordenadores de Sistemas. Uma vez que cada mundo da morôncia tem uma ordem separada de energia da morôncia, é extremamente difícil para os humanos visualizarem estas esferas. Mas em cada esfera de transição sucessiva, os mortais encontrarão a vida vegetal e tudo o mais pertencente à existência na morôncia progressivamente modificado para corresponder à espiritização em avanço do sobrevivente ascendente. E dado que o sistema de energia de cada mundo é assim individualizado, estes coordenadores operam para harmonizar e combinar tais diferentes sistemas de potência em uma unidade de trabalho para as esferas associadas de qualquer grupo em particular.
48:2.16 (543.10) Os mortais ascendentes progridem gradualmente do físico para o espiritual à medida que avançam de um mundo da morôncia para outro; daí a necessidade de providenciar uma escala ascendente de esferas da morôncia e uma escala ascendente de formas da morôncia.
48:2.17 (543.11) Quando os ascendentes dos mundos das mansões passam de uma esfera para outra, eles são entregues pelas serafinas de transporte aos receptores dos coordenadores do sistema no mundo avançado. Aqui, naqueles templos únicos no centro das setenta alas radiais onde estão as câmaras de transição similares aos salões de ressurreição no mundo inicial de recepção para os mortais de origem terrestre, as mudanças necessárias na forma da criatura são habilmente efetuadas pelos coordenadores do sistema. Estas primeiras mudanças na forma da morôncia requerem cerca de sete dias de tempo-padrão para a sua realização.
48:2.18 (544.1) 3. Custódios Planetários. Cada mundo da morôncia, desde as esferas das mansões até a sede-central do universo, está sob a custódia – no que diz respeito aos assuntos da morôncia – de setenta guardiões. Eles constituem o conselho planetário local da suprema autoridade da morôncia. Este conselho concede material para as formas da morôncia a todas as criaturas ascendentes que pousam nas esferas e autoriza aquelas mudanças na forma da criatura que tornam possível a um ascendente prosseguir para a esfera seguinte. Depois que os mundos das mansões forem percorridos, vocês serão trasladados de uma fase da vida da morôncia para outra sem terem que abdicar da consciência. A inconsciência acompanha apenas as primeiras metamorfoses e as últimas transições de um universo para outro e de Havona para o Paraíso.
48:2.19 (544.2) 4. Controladores Combinados. Um destes seres altamente mecânicos está sempre estacionado no centro de cada unidade administrativa de um mundo da morôncia. Um controlador combinado é sensível às energias físicas, espirituais e da morôncia e funcional com elas; e com este ser estão sempre associados dois coordenadores de sistema, quatro reguladores dos circuitos, um custódio planetário, um estabilizador das ligações e ou um registrador associado ou um classificador seletivo.
48:2.20 (544.3) 5. Estabilizadores das Ligações. Estes são os reguladores da energia da morôncia em associação com as forças físicas e do espírito do reino. Eles tornam possível a conversão da energia da morôncia em material da morôncia. A inteira organização da morôncia da existência está dependente dos estabilizadores. Eles abrandam as rotações de energia até aquele ponto em que a fisicalização pode ocorrer. Mas não tenho termos com os quais possa comparar ou ilustrar a ministração de tais seres. Está bem além da imaginação humana.
48:2.21 (544.4) 6. Classificadores Seletivos. À medida que vocês progridem de uma classe ou fase de um mundo da morôncia para outro, vocês têm que ser reprogramados ou sintonizados antecipadamente, e é a tarefa dos classificadores seletivos mantê-los em sincronia progressiva com a vida da morôncia.
48:2.22 (544.5) Embora as formas da morôncia básicas de vida e matéria sejam idênticas desde o primeiro mundo das mansões até a última esfera de transição no universo, há uma progressão funcional que gradualmente se estende do material ao espiritual. A adaptação de vocês a esta criação basicamente uniforme, mas sucessivamente em avanço e espiritualizante, é efetuada por esta ressincronização seletiva. Tal ajuste no mecanismo da personalidade equivale a uma nova criação, apesar de vocês manterem a mesma forma da morôncia.
48:2.23 (544.6) Vocês podem se submeter repetidamente ao teste destes examinadores e, assim que vocês registrarem uma realização espiritual adequada, eles os certificarão de bom grado para uma posição avançada. Estas mudanças progressivas resultam em reações alteradas ao ambiente da morôncia, tais como modificações nas necessidades alimentares e inúmeras outras práticas pessoais.
48:2.24 (544.7) Os classificadores seletivos também são de grande utilidade no agrupamento de personalidades da morôncia para fins de estudo, ensino e outros projetos. Eles naturalmente indicam aqueles que funcionarão melhor em associação temporária.
48:2.25 (544.8) 7. Registradores Associados. O mundo da morôncia tem seus próprios registradores, os quais servem em associação com os registradores do espírito na supervisão e custódia dos registros e outros dados indígenas às criações da morôncia. Os registros da morôncia estão disponíveis para todas as ordens de personalidades.
48:2.26 (545.1) Todos os reinos de transição da morôncia são igualmente acessíveis aos seres materiais e de espírito. Como progressores na morôncia vocês permanecerão em pleno contato com o mundo material e com as personalidades materiais, enquanto discernirão e confraternizarão cada vez mais com os seres de espírito; e no momento da partida do regime da morôncia, vocês terão visto todas as ordens de espíritos, com exceção de alguns dos tipos mais elevados, como os Mensageiros Solitários.
3. Companheiros da Morôncia
48:3.1 (545.2) Estas hostes dos mundos das mansões e da morôncia são a prole do Espírito Mãe de um universo local. Eles são criados de era em era em grupos de cem mil, e em Nébadon há atualmente mais de setenta bilhões destes seres singulares.
48:3.2 (545.3) Os Companheiros da Morôncia são treinados para o serviço pelos Melquisedeques num planeta especial perto de Salvaciópolis; eles não passam pelas escolas melquisedeques centrais. Em serviço eles abrangem desde os mundos mais baixos das mansões dos sistemas até as esferas de estudo mais altas de Salvaciópolis, mas raramente são encontrados nos mundos habitados. Eles servem sob a supervisão geral dos Filhos de Deus e sob a direção imediata dos Melquisedeques.
48:3.3 (545.4) Os Companheiros da Morôncia mantêm dez mil sedes-centrais num universo local – em cada um dos primeiros mundos das mansões dos sistemas locais. Eles são quase inteiramente uma ordem autogovernada e são, em geral, um grupo de seres inteligentes e leais; mas de vez em quando, em conexão com certas convulsões celestiais desafortunadas, eles são conhecidos por se desviarem. Milhares destas criaturas úteis foram perdidas durante os tempos da rebelião de Lúcifer em Satânia. O sistema local de vocês tem agora a sua cota plena destes seres, tendo só recentemente sido compensada a perda da rebelião de Lúcifer.
48:3.4 (545.5) Existem dois tipos distintos de Companheiros da Morôncia; um tipo é extrovertido, o outro introvertido, mas fora isso eles são iguais em status. Não são criaturas sexuadas, mas manifestam uma afeição comovedoramente bela um pelo outro. E embora dificilmente sejam companheiros no sentido material (humano), eles são muito próximos das raças humanas na ordem da existência das criaturas. As criaturas interplanárias dos mundos são os semelhantes mais próximos de vocês; depois vêm as querubinas da morôncia, e após elas os Companheiros da Morôncia.
48:3.5 (545.6) Estes companheiros são seres comovedoramente afetuosos e encantadoramente sociáveis. Eles possuem personalidades distintas, e quando vocês os encontrarem nos mundos das mansões, depois de aprenderem a reconhecê-los como uma classe, vocês logo discernirão a individualidade deles. Todos os mortais se assemelham; ao mesmo tempo, cada um de vocês possui uma personalidade distinta e reconhecível.
48:3.6 (545.7) Alguma ideia da natureza do trabalho destes Companheiros da Morôncia pode ser derivada da seguinte classificação de suas atividades num sistema local:
48:3.7 (545.8) 1. Os Guardiões dos Peregrinos não são designados para deveres específicos em sua associação com os progressores da morôncia. Estes companheiros são responsáveis pela inteira carreira na morôncia e, portanto, são os coordenadores do trabalho de todos os outros ministradores da morôncia e de transição.
48:3.8 (546.1) 2. Receptores de Peregrinos e Associadores Livres. Estes são os companheiros sociais dos recém-chegados aos mundos das mansões. Um deles certamente estará à disposição para acolhê-los quando vocês despertarem do primeiro sono transitório do tempo no mundo das mansões inicial, quando vocês experimentarem a ressurreição desde a morte da carne para a vida na morôncia. E desde o momento em que vocês são formalmente recebidos ao despertarem até aquele dia em que vocês deixam o universo local como um espírito de primeiro estágio, estes Companheiros da Morôncia sempre estão com vocês.
48:3.9 (546.2) Os companheiros não são atribuídos permanentemente a indivíduos. Um mortal ascendente em um dos mundos das mansões ou em mais elevados pode ter um companheiro diferente em cada uma das várias ocasiões sucessivas e novamente pode passar longos períodos sem um. Tudo dependeria das necessidades e também da oferta de acompanhantes disponíveis.
48:3.10 (546.3) 3. Anfitriões para Visitantes Celestiais. Estas criaturas graciosas são dedicadas ao entretenimento dos grupos supra-humanos de visitantes estudantis e outros celestiais que possam ter a chance de peregrinar nos mundos de transição. Vocês terão ampla oportunidade de visitar qualquer reino que tiverem alcançado experiencialmente. Os visitantes estudantis são permitidos em todos os planetas habitados, mesmo aqueles em isolamento.
48:3.11 (546.4) 4. Coordenadores e Diretores de Ligação. Estes companheiros são dedicados à facilitação da interação na morôncia e à prevenção de confusão. Eles são os instrutores de conduta social e progresso na morôncia, patrocinando aulas e outras atividades em grupo entre os mortais ascendentes. Eles mantêm extensas áreas onde congregam seus alunos e de tempos em tempos fazem requisições aos artesãos celestiais e aos diretores de retrospecção para o embelezamento dos seus programas. À medida que vocês progridem, entrarão em contato íntimo com estes companheiros e se tornarão extremamente afeiçoados a ambos os grupos. É uma questão de acaso se vocês serão associados a um tipo de companheiro extrovertido ou introvertido.
48:3.12 (546.5) 5. Intérpretes e Tradutores. Durante a carreira inicial na mansônia vocês recorrerão frequentemente aos intérpretes e tradutores. Eles conhecem e falam todas as línguas de um universo local; eles são os linguistas dos reinos.
48:3.13 (546.6) Vocês não adquirirão novos idiomas automaticamente; vocês ali aprenderão um idioma do mesmo modo que o fazem aqui embaixo, e estes seres brilhantes serão seus instrutores de idiomas. O primeiro estudo sobre os mundos das mansões será a língua de Satânia e depois a linguagem de Nébadon. E enquanto vocês estiverem aprendendo estas novas línguas os Companheiros da Morôncia serão seus eficientes intérpretes e tradutores pacientes. Vocês jamais encontrarão um visitante em qualquer destes mundos para quem algum dos Companheiros da Morôncia não seja capaz de atuar como intérprete.
48:3.14 (546.7) 6. Supervisores de Excursões e Retrospecções. Estes companheiros irão acompanhá-los nas viagens mais longas à esfera sede-central e aos mundos circundantes da cultura de transição. Eles planejam, conduzem e supervisionam todas essas viagens individuais e em grupo pelos mundos de treinamento e cultura do sistema.
48:3.15 (546.8) 7. Custódios de Áreas e Edifícios. Até as estruturas materiais e da morôncia aumentam em perfeição e grandiosidade à medida que vocês avançam na carreira da mansônia. Como indivíduos e como grupos vocês têm permissão para fazer certas mudanças nas moradas designadas como sedes para a sua permanência nos diferentes mundos das mansões. Muitas das atividades destas esferas ocorrem nos recintos abertos dos variadamente designados círculos, quadrados e triângulos. A maioria das estruturas dos mundos das mansões não tem telhado, sendo recintos de construção magnífica e ornamentação requintada. As condições climáticas e outras físicas que prevalecem nos mundos arquitetônicos tornam os telhados inteiramente desnecessários.
48:3.16 (547.1) Estes custódios das fases de transição da vida ascendente são supremos na administração dos assuntos da morôncia. Eles foram criados para este trabalho, e até a factualização do Ser Supremo, sempre permanecerão Companheiros da Morôncia; nunca desempenham outras funções.
48:3.17 (547.2) À medida que os sistemas e universos se estabelecem em luz e vida, os mundos das mansões deixam gradualmente de funcionar como esferas de transição do treinamento da morôncia. Cada vez mais os finalitores instituem seu novo regime de treinamento, o qual parece ser projetado para traduzir a consciência cósmica desde o presente nível do grande universo para aquele dos futuros universos exteriores. Os Companheiros da Morôncia estão destinados a funcionar cada vez mais em associação com os finalitores e em numerosos outros reinos não revelados atualmente em Urântia.
48:3.18 (547.3) Vocês podem prever que estes seres provavelmente vão contribuir muito para que vocês desfrutem dos mundos das mansões, quer a sua permanência seja longa ou curta. E vocês continuarão a apreciá-los por toda a ascensão até Salvaciópolis. Eles não são, tecnicamente, essenciais para qualquer parte de sua experiência de sobrevivência. Vocês poderiam alcançar Salvaciópolis sem eles, mas sentiriam muita falta deles. Eles são o luxo da personalidade em sua carreira ascendente no universo local.
4. Os Diretores de Retrospecção
48:4.1 (547.4) A alegria jubilosa e o equivalente ao sorriso são tão universais quanto a música. Há um equivalente moroncial e espiritual da alegria e do riso. A vida ascendente é quase igualmente dividida entre trabalho e diversão – liberdade dos compromissos.
48:4.2 (547.5) O relaxamento celestial e o humor supra-humano são bem diferentes dos seus análogos humanos, mas todos nós de fato nos entregamos a uma forma de ambos; e eles realmente conseguem para nós, em nosso estado, exatamente o que o humor ideal é capaz de fazer por vocês em Urântia. Os Companheiros da Morôncia são hábeis patrocinadores da diversão, e são excelentemente apoiados pelos diretores de retrospecção.
48:4.3 (547.6) Vocês provavelmente entenderiam melhor o trabalho dos diretores de retrospecção se eles fossem comparados aos tipos mais elevados de humoristas de Urântia, embora essa fosse uma maneira extremamente grosseira e um tanto infeliz de tentar transmitir uma ideia da função destes diretores de mudança e relaxamento, estes ministradores do humor excelso dos reinos da morôncia e do espírito.
48:4.4 (547.7) Ao debater o humor do espírito, primeiro deixem-me dizer o que ele não é. A brincadeira do espírito nunca é tingida com a acentuação dos infortúnios dos fracos e desencaminhados. Tampouco é alguma vez blasfemo da retidão e glória da divindade. O nosso humor abrange três níveis gerais de apreciação:
48:4.5 (547.8) 1. Anedotas reminiscentes. Piadas derivadas das memórias de episódios passados na experiência de combate, luta e às vezes medo, e não raro da ansiedade insensata e infantil. Para nós, esta fase do humor deriva da capacidade profunda e enraizada de recorrer ao passado como material de memória com o qual agradavelmente se tempere e por outro lado aligeire as pesadas cargas do presente.
48:4.6 (548.1) 2. Humor corrente. A insensatez de muita coisa que tantas vezes nos causa séria preocupação, a alegria de descobrir a falta de importância de grande parte de nossa séria ansiedade pessoal. Apreciamos mais esta fase do humor quando somos mais capazes de diminuir as ansiedades do presente em favor das certezas do futuro.
48:4.7 (548.2) 3. Júbilo profético. Talvez seja difícil para os mortais imaginarem esta fase do humor, mas obtemos uma satisfação peculiar com a certeza de que “todas as coisas cooperam para o bem” – tanto para os espíritos e os moroncianos quanto para os mortais. Este aspecto do humor celestial cresce da nossa fé no cuidado amoroso dos nossos superiores e na estabilidade divina dos nossos Diretores Supremos.
48:4.8 (548.3) Mas os diretores de retrospecção dos reinos não estão exclusivamente envolvidos com retratar o alto humor das várias ordens de seres inteligentes; eles também estão ocupados com a liderança da diversão, a recreação espiritual e o entretenimento na morôncia. E neste contexto eles têm a cooperação entusiasta dos artesãos celestiais.
48:4.9 (548.4) Os próprios diretores de retrospecção não são um grupo criado; eles são um corpo recrutado que abrange seres que vão desde os nativos de Havona passando pelas hostes mensageiras do espaço e os espíritos ministradores do tempo até os progressores da morôncia dos mundos evolucionários. Todos são voluntários, entregando-se ao trabalho de ajudar seus companheiros na realização da mudança de pensamento e repouso da mente, pois tais atitudes são muito úteis para recuperar energias exauridas.
48:4.10 (548.5) Quando parcialmente exaustos pelos esforços da realização, e enquanto se espera a recepção de novas cargas de energia, há um prazer agradável em reviver as encenações de outros dias e eras. É repousante relembrar as primeiras experiências da raça ou da ordem. E é exatamente por isso que estes artistas são chamados de diretores de retrospecção – eles ajudam à retrospectiva da memória até um estado anterior de desenvolvimento ou a um status de ser menos experiente.
48:4.11 (548.6) Todos os seres desfrutam desta espécie de retrospecção exceto aqueles que são Criadores inerentes, portanto, autorrejuvenescedores automáticos, e certos tipos altamente especializados de criaturas, tais como os centros de potência e os controladores físicos, os quais são sempre e eternamente completamente ordenados em todas as suas reações. Estas liberações periódicas da tensão do dever funcional são uma parte regular da vida em todos os mundos do universo de universos, mas não na Ilha do Paraíso. Os seres nativos da morada central são incapazes de esgotamento e não estão, portanto, sujeitos a reenergização. E com tais seres de perfeição eterna no Paraíso não pode haver tal retrospecção às experiências evolucionárias.
48:4.12 (548.7) A maioria de nós ascendeu por estágios mais baixos de existência ou por níveis progressivos das nossas ordens, e é revigorante e até certo ponto divertido relembrar certos episódios de nossa experiência inicial. Há um descanso na contemplação daquilo que é antigo para a ordem de alguém e que permanece como uma posse de memória da mente. O futuro significa luta e avanço; indica trabalho, esforço e realização; mas o passado tem sabor de coisas já dominadas e alcançadas; a contemplação do passado permite o relaxamento e uma revisão tão despreocupada que provoca o júbilo do espírito e um estado mental na morôncia que beira a alegria.
48:4.13 (548.8) Até mesmo o humor mortal torna-se mais empático quando ilustra episódios que afetam aqueles que estão um pouco abaixo do atual estado de desenvolvimento da pessoa, ou quando retrata os supostos superiores sendo vítimas das experiências que são comumente associadas a supostos inferiores. Vocês de Urântia permitiram que muito do que é ao mesmo tempo vulgar e indelicado se confundisse com o seu humor, mas, no geral, vocês devem ser parabenizados por um senso de humor relativamente apurado. Algumas de suas raças têm uma rica veia dele e são por isso grandemente ajudadas em suas carreiras terrenas. Aparentemente, vocês receberam muito em termos de humor de sua herança adâmica, muito mais do que foi assegurado à música ou à arte.
48:4.14 (549.1) Satânia inteira, durante os momentos de diversão, aqueles momentos em que seus habitantes ressuscitam revigorantemente as memórias de um estágio inferior da existência, é edificada pelo humor agradável de um corpo de diretores de retrospecção de Urântia. O senso de humor celestial que temos sempre conosco, mesmo quando engajados nas tarefas mais difíceis, ajuda a evitar um excessivo desenvolvimento da noção de autoimportância. Mas não damos rédeas livres a isso, como vocês poderiam dizer, “nos divertimos”, exceto quando estamos no recesso das tarefas sérias de nossas respectivas ordens.
48:4.15 (549.2) Quando somos tentados a exaltar a nossa autoimportância, se pararmos para contemplar a infinitude da grandiosidade e magnificência dos nossos Criadores, nossa própria autoglorificação torna-se sublimemente ridícula, beirando até mesmo ao cômico. Uma das funções do humor é nos ajudar a todos a nos levarmos menos a sério. O humor é o antídoto divino para a exaltação do ego.
48:4.16 (549.3) A necessidade de relaxamento e diversão do humor é maior naquelas ordens de seres ascendentes que estão sujeitas a um estresse constante em suas lutas ascendentes. Os dois extremos da vida têm pouca necessidade de diversões humorísticas. Os homens primitivos não têm capacidade para isso, e os seres da perfeição do Paraíso não precisam disso. As hostes de Havona são naturalmente um conjunto alegre e estimulante de personalidades supremamente felizes. No Paraíso a qualidade da adoração suprime a necessidade de atividades de retrospecção. Mas entre aqueles que começam suas carreiras muito abaixo da meta da perfeição do Paraíso, há um amplo lugar para a ministração dos diretores de retrospecção.
48:4.17 (549.4) Quanto mais elevada a espécie mortal, maior a tensão e maior a capacidade de humor, bem como a necessidade dele. No mundo do espírito o oposto é verdadeiro: quanto mais alto ascendermos, menor a necessidade de diversões das experiências de retrospecção. Mas descendo a escala da vida do espírito do Paraíso até as hostes seráficas, há uma necessidade crescente da missão do júbilo e da ministração da alegria. Aqueles seres que mais precisam do refrigério da retrospecção periódica para o status intelectual das experiências anteriores são os tipos mais elevados da espécie humana, os moroncianos, os anjos e os Filhos Materiais, juntamente com todos os tipos similares de personalidade.
48:4.18 (549.5) O humor deve funcionar como uma válvula de segurança automática para evitar o acúmulo de pressões excessivas devido à monotonia da autocontemplação contínua e séria em associação com a intensa luta pelo progresso do desenvolvimento e pela nobre realização. O humor também funciona para diminuir o choque do impacto inesperado do fato ou da verdade, fato rígido inflexível e verdade sempre viva flexível. A personalidade mortal, jamais certa quanto àquilo com que se deparará em seguida, por meio do humor rapidamente capta – vê o ponto e alcança o discernimento – a natureza inesperada da situação seja ela fato ou verdade.
48:4.19 (549.6) Embora o humor de Urântia seja extremamente grosseiro e pouquíssimo artístico, ele serve um propósito valioso tanto como seguro de saúde quanto como um libertador da pressão emocional, prevenindo assim a tensão nervosa prejudicial e a autocontemplação excessivamente séria. Humor e diversão – relaxamento – nunca são reações de diligência progressiva; sempre são os ecos de uma olhada para trás, uma reminiscência do passado. Mesmo em Urântia e como são agora, vocês sempre acham rejuvenescedor quando por um curto período podem suspender as diligências dos esforços intelectuais mais novos e mais elevados e voltar às ocupações mais simples dos seus ancestrais.
48:4.20 (550.1) Os princípios da vida lúdica urantiana são filosoficamente sadios e continuam a se aplicar ao longo de sua vida ascendente, através dos circuitos de Havona até as margens eternas do Paraíso. Como seres ascendentes vocês estão de posse de memórias pessoais de todas as existências anteriores e mais baixas, e sem tais memórias de identidade do passado não haveria base para o humor do presente, seja o riso mortal ou a alegria da morôncia. É esta recordação de experiências passadas que providencia a base para a diversão e divertimento presentes. E assim vocês desfrutarão dos equivalentes celestiais do seu humor terreno durante toda a sua longa carreira na morôncia, e depois cada vez mais espiritual. E aquela parte de Deus (o Ajustador) que se torna uma parte eterna da personalidade de um mortal ascendente contribui com os tons da divindade para as expressões jubilosas, até mesmo o riso espiritual, das criaturas ascendentes do tempo e espaço.
5. As Instrutoras dos Mundos das Mansões
48:5.1 (550.2) As Instrutoras dos Mundos das Mansões são um corpo de querubinas e sanobinas abandonadas mas glorificadas. Quando um peregrino do tempo avança de um mundo de prova do espaço para os mundos das mansões e associados de treinamento na morôncia, ele é acompanhado pela sua serafina pessoal ou grupal, a guardiã do destino. Nos mundos da existência mortal as serafinas são habilmente assistidas por querubinas e sanobinas; mas quando o tutelado mortal dela é libertado dos laços da carne e inicia a carreira ascendente, quando a vida pós-material ou da morôncia começa, a serafina acompanhante não precisa mais das ministrações de suas anteriores tenentes, a querubina e a sanobina.
48:5.2 (550.3) Estas assistentes abandonadas das serafinas ministradoras são muitas vezes convocadas para a sede-central do universo, onde passam pelo abraço íntimo do Espírito Mãe do Universo e depois avançam para as esferas de treinamento dos sistemas como Instrutoras dos Mundos das Mansões. Estas instrutoras visitam frequentemente os mundos materiais e funcionam desde os mundos mais baixos das mansões até as mais altas esferas educacionais vinculadas à sede-central do universo. Por sua própria iniciativa elas podem retornar ao seu antigo trabalho associativo com as serafinas ministradoras.
48:5.3 (550.4) Há bilhões e bilhões destas instrutoras em Satânia, e seu número aumenta constantemente porque, na maioria dos casos, quando uma serafina prossegue para o interior com um mortal fusionado ao Ajustador, tanto uma querubina quanto uma sanobina são deixadas para trás.
48:5.4 (550.5) As Instrutoras dos Mundos das Mansões, como a maioria dos outros instrutores, são comissionadas pelos Melquisedeques. Elas são geralmente supervisionadas pelos Companheiros da Morôncia, mas como indivíduos e como instrutoras elas são supervisionadas pelos diretores em exercício das escolas ou esferas onde possam estar atuando como instrutoras.
48:5.5 (550.6) Estas querubinas avançadas habitualmente trabalham aos pares, como faziam quando vinculadas às serafinas. Elas são por natureza muito próximas do tipo de existência da morôncia, e são instrutoras inerentemente simpáticas aos mortais ascendentes e conduzem com extrema eficiência o programa dos mundos das mansões e do sistema educacional da morôncia.
48:5.6 (551.1) Nas escolas da vida da morôncia estas instrutoras se engajam no ensino individual, em grupo, em classe e em massa. Nos mundos das mansões tais escolas estão organizadas em três grupos gerais de cem divisões cada: as escolas do pensamento, as escolas do sentimento e as escolas do fazer. Quando vocês chegam à constelação, acrescentam-se as escolas de ética, as escolas de administração e as escolas de ajuste social. Nos mundos-sede do universo vocês entrarão nas escolas de filosofia, divindade e espiritualidade pura.
48:5.7 (551.2) Aquelas coisas que vocês poderiam ter aprendido na Terra, mas que não conseguiram aprender, têm que ser adquiridas sob a tutela destas instrutoras fiéis e pacientes. Não há estradas aristocráticas, atalhos ou caminhos fáceis para o Paraíso. Independentemente das variações individuais da rota, vocês dominam as lições de uma esfera antes de prosseguirem para outra; pelo menos isto é verdade depois que vocês deixam o mundo de sua natividade.
48:5.8 (551.3) Um dos propósitos da carreira da morôncia é efetuar a erradicação permanente nos sobreviventes mortais dos vestígios de traços animais tais como procrastinação, equívoco, insinceridade, fuga aos problemas, injustiça e busca de facilidades. A vida da mansônia desde cedo ensina aos jovens alunos da morôncia que o adiamento não é de forma alguma uma evasão. Depois da vida na carne, o tempo não mais está disponível como uma técnica de esquivar-se de situações ou de contornar obrigações desagradáveis.
48:5.9 (551.4) Começando o serviço na mais baixa das esferas de permanência, as Instrutoras dos Mundos das Mansões avançam, com a experiência, pelas esferas educacionais do sistema e da constelação até os mundos de treinamento de Salvaciópolis. Elas não estão sujeitas a nenhuma disciplina em especial seja antes ou depois de serem abraçadas pelo Espírito Mãe do Universo. Elas já foram treinadas para o seu trabalho enquanto serviam como associadas seráficas nos mundos nativos de seus alunos de permanência nos mundos das mansões. Elas tiveram experiência de fato com estes mortais em avanço nos mundos habitados. Elas são professoras práticas e compassivas, instrutoras sábias e compreensivas, guias capazes e eficientes. Elas estão inteiramente familiarizadas com os planos ascendentes e profundamente experientes nas fases iniciais da carreira de progressão.
48:5.10 (551.5) Muitas das mais antigas destas instrutoras, aquelas que serviram longamente nos mundos do circuito de Salvaciópolis, são reabraçadas pelo Espírito Mãe do Universo, e deste segundo abraço estas querubinas e sanobinas emergem com o status de serafinas.
6. Serafinas dos Mundos da Morôncia – Ministradoras de Transição
48:6.1 (551.6) Embora todas as ordens de anjos, desde as ajudantes planetárias até as serafinas supremas, ministrem nos mundos da morôncia, as ministradoras de transição são designadas mais exclusivamente para estas atividades. Estes anjos são da sexta ordem de servidoras seráficas, e sua ministração é dedicada a facilitar o trânsito das criaturas materiais e mortais da vida temporal na carne para os estágios iniciais da existência na morôncia nos sete mundos das mansões.
48:6.2 (551.7) Vocês devem compreender que a vida na morôncia de um mortal ascendente é realmente iniciada nos mundos habitados quando da concepção da alma, naquele momento em que a mente da criatura de status moral é residida pelo espírito Ajustador. E desse momento em diante, a alma mortal tem capacidade potencial para função supramortal, até mesmo para reconhecimento nos níveis mais elevados das esferas da morôncia do universo local.
48:6.3 (552.1) Vocês não estarão, porém, conscientes da ministração das serafinas de transição até que alcancem os mundos das mansões, onde elas trabalham incansavelmente para o avanço de seus alunos mortais, sendo designadas para o serviço nas seguintes sete divisões:
48:6.4 (552.2) 1. Evangelhos Seráficos. No momento em que se tornam conscientes nos mundos das mansões, vocês são classificados como espíritos em evolução nos registros do sistema. É verdade que vocês ainda não são espíritos na realidade, mas não são mais seres mortais ou materiais; vocês embarcaram na carreira pré-espírito e foram devidamente admitidos na vida da morôncia.
48:6.5 (552.3) Nos mundos das mansões os evangelhos seráficos lhes ajudarão a escolherem sabiamente entre as rotas opcionais para Edêntia, Salvaciópolis, Uversa e Havona. Se houver várias rotas igualmente aconselháveis, estas lhes serão apresentadas e vocês poderão selecionar aquela que mais lhes agrade. Estas serafinas então fazem recomendações aos quatro e vinte conselheiros em Jerusém sobre o curso que seria mais vantajoso para cada alma ascendente.
48:6.6 (552.4) Vocês não têm escolha irrestrita quanto ao seu curso futuro; mas podem escolher dentro dos limites daquilo que os ministros de transição e seus superiores sabiamente determinarem ser o mais adequado para a sua futura realização espiritual. O mundo do espírito é governado pelo princípio de respeitar sua escolha de livre arbítrio desde que o curso que vocês possam escolher não lhes seja prejudicial ou danoso para os seus companheiros.
48:6.7 (552.5) Estes evangelhos seráficos estão dedicados à proclamação do evangelho da progressão eterna, o triunfo da obtenção da perfeição. Nos mundos das mansões eles proclamam a grande lei da conservação e domínio da bondade: Nenhum ato de bem é alguma vez inteiramente perdido; pode ser frustrado por muito tempo, mas jamais inteiramente anulado, e é eternamente potente em proporção à divindade da sua motivação.
48:6.8 (552.6) Mesmo em Urântia eles aconselham os instrutores humanos da verdade e retidão a aderirem à pregação da “bondade de Deus, que leva ao arrependimento”, a proclamarem “o amor de Deus, que lança fora todo medo”. Mesmo assim estas verdades foram declaradas em seu mundo:
48:6.9 (552.7) Os Deuses são meus zeladores; eu não me desviarei;
48:6.10 (552.8) Lado a lado, Eles me conduzem pelos belos caminhos e gloriosos refrigérios da vida eterna.
48:6.11 (552.9) Eu não terei, nesta Presença Divina, falta de comida nem sede de água.
48:6.12 (552.10) Ainda que eu desça ao vale da incerteza ou ascenda aos mundos da dúvida,
48:6.13 (552.11) Ainda que eu ande na solidão ou com os companheiros da minha espécie,
48:6.14 (552.12) Ainda que eu triunfe nos coros de luz ou vacile nos lugares solitários das esferas,
48:6.15 (552.13) Teu bom espírito ministrará a mim, e teu glorioso anjo me confortará.
48:6.16 (552.14) Ainda que eu desça às profundezas da escuridão e da própria morte,
48:6.17 (552.15) Não duvidarei de Ti nem Te temerei,
48:6.18 (552.16) Pois eu sei que na plenitude dos tempos e na glória do Teu nome
48:6.19 (552.17) Tu me elevarás para me sentares Contigo nas fortificações do alto.
48:6.20 (553.1) Essa é a história sussurrada no período da noite ao menino pastor. Ele não conseguiu retê-la palavra por palavra, mas no melhor de sua memória ele a deu quase como está registrada hoje.
48:6.21 (553.2) Estas serafinas são também os evangelhos da boa nova da obtenção da perfeição para o sistema inteiro, bem como para o ascendente individual. Mesmo agora no jovem sistema de Satânia seus ensinamentos e planos abrangem provisões para as eras futuras quando os mundos das mansões não mais servirão aos ascendentes mortais como degraus para as esferas do alto.
48:6.22 (553.3) 2. Intérpretes raciais. As raças de seres mortais não são todas iguais. É verdade que existe um padrão planetário que percorre as naturezas e tendências físicas, mentais e espirituais das várias raças de um determinado mundo; mas também há tipos raciais distintos, e tendências sociais muito definidas caracterizam a descendência destes diferentes tipos básicos de seres humanos. Nos mundos do tempo, as intérpretes raciais seráficas promovem os esforços dos comissários da raça para harmonizar os pontos de vista variados das raças, e continuam a funcionar nos mundos das mansões, onde estas mesmas diferenças tendem a persistir em certa medida. Num planeta confuso, como Urântia, estes seres brilhantes mal tiveram uma oportunidade justa de funcionar, mas são as hábeis sociólogas e as sábias conselheiras étnicas do primeiro céu.
48:6.23 (553.4) Vocês devem considerar a declaração sobre o “céu” e o “céu dos céus”. O céu concebido pela maioria de seus profetas foi o primeiro dos mundos das mansões do sistema local. Quando o apóstolo falou de ser “arrebatado ao terceiro céu”, ele se referiu àquela experiência na qual o seu Ajustador ficou desvinculado durante o sono e neste estado inusitado fez uma projeção ao terceiro dos sete mundos das mansões. Alguns de seus sábios tiveram a visão do céu maior, “o céu dos céus”, do qual a experiência no mundo das mansões sétuplas foi apenas o primeiro; o segundo sendo Jerusém; o terceiro, Edêntia e seus satélites; o quarto, Salvaciópolis e as esferas educacionais circundantes; o quinto, Uversa; o sexto, Havona; e o sétimo, o Paraíso.
48:6.24 (553.5) 3. Planejadoras da Mente. Estas serafinas estão devotadas ao agrupamento efetivo dos seres da morôncia e à organização de seu trabalho em equipe nos mundos das mansões. Elas são as psicólogas do primeiro céu. A maioria desta divisão particular de ministradoras seráficas teve experiência anterior como anjos da guarda para os filhos do tempo, mas seus protegidos, por alguma razão, não conseguiram se personalizar nos mundos das mansões ou então sobreviveram pela técnica da fusão ao Espírito.
48:6.25 (553.6) É tarefa das planejadoras da mente estudar a natureza, experiência e status das almas dos Ajustadores em trânsito pelos mundos das mansões e facilitar seu agrupamento para missões e avanço. Mas estas planejadoras da mente não tramam, manipulam ou de outro modo tiram vantagem da ignorância ou outras limitações dos estudantes dos mundos das mansões. Elas são inteiramente equânimes e eminentemente justas. Elas respeitam sua vontade moroncial recém-nascida; elas os consideram seres volitivos independentes e procuram encorajar seu rápido desenvolvimento e avanço. Aqui vocês estão cara a cara com amigas verdadeiras e conselheiras compreensivas, anjos que são realmente capazes de ajudá-los a “ver a si mesmos como os outros os veem” e “a conhecer a si mesmos como os anjos os conhecem”.
48:6.26 (553.7) Mesmo em Urântia, estas serafinas ensinam a verdade eterna: se a sua própria mente não lhes serve bem, vocês podem substituí-la pela mente de Jesus de Nazaré, que sempre lhes serve bem.
48:6.27 (554.1) 4. Conselheiras da Morôncia. Estas ministradoras recebem seu nome porque são designadas para instruir, dirigir e aconselhar os mortais sobreviventes dos mundos de origem humana, almas em trânsito para as escolas mais elevadas da sede-central do sistema. Elas são as instrutoras daqueles que buscam o discernimento da unidade experiencial de níveis de vida divergentes, aqueles que estão tentando a integração de significados e a unificação de valores. Esta é a função da filosofia na vida mortal, da mota nas esferas da morôncia.
48:6.28 (554.2) A mota é mais do que uma filosofia superior; ela está para a filosofia como dois olhos estão para um; ela tem um efeito estereoscópico sobre significados e valores. O homem material vê o universo, por assim dizer, com apenas um olho – plano. Os estudantes dos mundos das mansões alcançam a perspectiva cósmica – profundidade – ao sobreporem as percepções da vida da morôncia sobre as percepções da vida física. E eles são habilitados a trazer estes pontos de vista materiais e moronciais para o verdadeiro foco em grande parte por meio da ministração incansável das suas conselheiras seráficas, as quais tão pacientemente instruem os estudantes dos mundos das mansões e os progressores da morôncia. Muitas das conselheiras instrutoras da ordem suprema das serafinas começaram suas carreiras como conselheiras das almas recém-libertadas dos mortais do tempo.
48:6.29 (554.3) 5. Técnicas. Estas são as serafinas que ajudam os novos ascendentes a se ajustarem ao novo e relativamente estranho ambiente das esferas da morôncia. A vida nos mundos de transição implica um contato real com as energias e materiais tanto do nível físico quanto da morôncia e, até certo ponto, com as realidades espirituais. Os ascendentes têm que se aclimatar a cada novo nível da morôncia, e em tudo isto eles são grandemente ajudados pelas técnicas seráficas. Estas serafinas atuam como elos com os Supervisores de Potência da Morôncia e com os Controladores Físicos Mestres e funcionam extensivamente como instrutoras dos peregrinos ascendentes sobre a natureza daquelas energias que são utilizadas nas esferas de transição. Elas servem como cruzadoras de emergência do espaço e desempenham numerosos outros deveres regulares e especiais.
48:6.30 (554.4) 6. Instrutoras-Registradoras. Estas serafinas são as registradoras das transações fronteiriças do espiritual e do físico, das relações entre homens e anjos, das transações na morôncia dos reinos mais baixos do universo. Elas também servem como instrutoras relativamente às técnicas eficientes e eficazes do registro de fatos. Há uma arte na agregação inteligente e coordenação de dados relacionados, e esta arte é aprimorada em colaboração com os artesãos celestiais, e mesmo os mortais ascendentes tornam-se assim afiliados às serafinas registradoras.
48:6.31 (554.5) As registradoras de todas as ordens seráficas dedicam certo tempo à educação e treinamento dos progressores da morôncia. Estas custódias angélicas dos fatos do tempo são as instrutoras ideais de todos os buscadores de fatos. Antes de saírem de Jerusém, vocês se tornarão bastante familiarizados com a história de Satânia e seus 619 mundos habitados, e grande parte desta história será transmitida pelas registradoras seráficas.
48:6.32 (554.6) Estes anjos estão todos na corrente de registradores que se estende dos mais baixos aos mais elevados custódios dos fatos do tempo e das verdades da eternidade. Algum dia eles vão ensinar vocês a buscar tanto a verdade quanto os fatos, para expandirem sua alma e sua mente. Mesmo agora vocês devem aprender a regar o jardim do seu coração, bem como a buscar as areias secas do conhecimento. As formas não têm valor quando as lições são aprendidas. Nenhum pintainho pode ser gerado sem a casca, e nenhuma casca tem valor depois que o pintainho é chocado. Mas às vezes o erro é tão grande que sua retificação por meio da revelação seria fatal para aquelas verdades lentamente emergentes que são essenciais para sua derrubada experiencial. Quando as crianças têm seus ideais, não os removam; deixem-nos crescer. E enquanto vocês estão aprendendo a pensar como homens, também devem aprender a orar como crianças.
48:6.33 (555.1) A lei é a própria vida e não as regras de sua conduta. O mal é uma transgressão da lei, não uma violação das regras de conduta pertinentes à vida, a qual é a lei. A falsidade não é uma questão de técnica de narração, mas algo premeditado como uma perversão da verdade. A criação de novas imagens a partir de fatos antigos, a reafirmação da vida dos pais na vida dos filhos – estes são os triunfos artísticos da verdade. A sombra variável de um cabelo, premeditada para um propósito falso, a menor distorção ou perversão daquilo que é princípio – estes constituem falsidade. Mas o fetiche da verdade factualizada, a verdade fossilizada, a braçadeira de ferro da chamada verdade imutável, mantém a pessoa cegamente num círculo fechado do fato frio. Pode-se estar tecnicamente certo quanto ao fato e eternamente errado na verdade.
48:6.34 (555.2) 7. Reservas Ministradoras. Um vasto corpo de todas as ordens de serafinas de transição é mantido no primeiro mundo das mansões. Ao lado das guardiãs do destino, estas ministradoras de transição são as que mais se aproximam dos humanos entre todas as ordens de serafinas, e muitos dos momentos de lazer de vocês serão passados com elas. Os anjos se deleitam no serviço e, quando descompromissados, geralmente ministram como voluntários. A alma de muitos mortais ascendentes foi pela primeira vez abrasada pelo fogo divino da vontade de servir por meio da amizade pessoal com as servidoras voluntárias das reservas seráficas.
48:6.35 (555.3) Delas vocês aprenderão a deixar que a pressão desenvolva estabilidade e certeza; a serem fiéis e sinceros e, ainda, alegres; a aceitar desafios sem reclamar e enfrentar dificuldades e incertezas sem medo. Elas perguntarão: se você falhar, você se levantará indomavelmente para tentar de novo? Se você for bem-sucedido, você manterá uma postura equilibrada – uma atitude estabilizada e espiritualizada – durante todo o esforço na longa luta para quebrar os grilhões da inércia material, para alcançar a liberdade da existência no espírito?
48:6.36 (555.4) Como os próprios mortais, estes anjos têm sido geradores de muitas decepções, e eles vão apontar que às vezes os desapontamentos mais decepcionantes para vocês se tornaram suas maiores bênçãos. Às vezes o plantio de uma semente necessita da sua morte, a morte de suas mais caras esperanças, antes que possa renascer para gerar os frutos de nova vida e novas oportunidades. E deles vocês aprenderão a sofrer menos através da tristeza e decepção, primeiro fazendo menos planos pessoais em relação a outras personalidades, e depois aceitando sua parte quando tiverem cumprido fielmente o seu dever.
48:6.37 (555.5) Vocês aprenderão que aumentam seus fardos e diminuem a probabilidade de sucesso ao se levarem excessivamente a sério. Nada pode ter precedência sobre o trabalho de sua esfera de status – este mundo ou o próximo. Muito importante é o trabalho de preparação para a próxima esfera mais elevada, mas nada se iguala à importância do trabalho no mundo em que vocês estão de fato vivendo. Mas embora o trabalho seja importante, o ego não é. Quando se sentem importantes, vocês perdem energia para o desgaste da dignidade do ego, de modo que sobra pouca energia para fazer o trabalho. A autoimportância, não a importância do trabalho, esgota as criaturas imaturas; é o elemento do ego que esgota, não o esforço para realizar. Vocês podem fazer trabalho importante se não se tornarem autoimportantes; vocês podem fazer várias coisas com a mesma facilidade que uma se deixarem a vocês mesmos de fora. A variedade é repousante; a monotonia é o que desgasta e esgota. O dia após dia é igual – apenas a vida ou a alternativa da morte.
7. Mota da Morôncia
48:7.1 (556.1) Os planos mais baixos da mota da morôncia unem-se diretamente aos níveis mais elevados da filosofia humana. No primeiro mundo das mansões é a prática instruir os estudantes menos avançados pela técnica das paralelas; isto é, em uma coluna são apresentados os conceitos mais simples de significados da mota, e na coluna oposta são feitas citações de afirmações análogas da filosofia mortal.
48:7.2 (556.2) Não faz muito tempo, enquanto executava uma missão no primeiro mundo das mansões de Satânia, tive ocasião de observar este método de instrução; e embora eu não possa apresentar o conteúdo mota da lição, estou autorizado a registrar as vinte e oito afirmações da filosofia humana que este instrutor da morôncia estava utilizando como material ilustrativo destinado a ajudar estes novos peregrinos dos mundos das mansões em seus primeiros esforços para compreender a significância e significado da mota. Estas ilustrações da filosofia humana eram:
48:7.3 (556.3) 1. Uma demonstração de habilidade especializada não significa posse de capacidade espiritual. A esperteza não é um substituto para o verdadeiro caráter.
48:7.4 (556.4) 2. Poucas pessoas vivem à altura da fé que realmente têm. O medo irracional é uma fraude intelectual magistral praticada contra a alma mortal em evolução.
48:7.5 (556.5) 3. As capacidades inerentes não podem ser excedidas; um copo nunca pode conter um litro. O conceito de espírito não pode ser imposto mecanicamente ao molde da memória material.
48:7.6 (556.6) 4. Poucos mortais jamais se atrevem a atribuir algo como a soma dos créditos de personalidade estabelecidos pelas ministrações combinadas da natureza e da graça. A maioria das almas empobrecidas é verdadeiramente rica, mas se recusa a acreditar nisso.
48:7.7 (556.7) 5. As dificuldades podem desafiar a mediocridade e derrotar os temerosos, mas elas apenas estimulam os verdadeiros filhos dos Altíssimos.
48:7.8 (556.8) 6. Desfrutar do privilégio sem abuso, ter liberdade sem licença, possuir poder e recusar-se firmemente a usá-lo para o autoengrandecimento – estas são as marcas da alta civilização.
48:7.9 (556.9) 7. Acidentes cegos e imprevistos não ocorrem no cosmos. Nem os seres celestiais ajudam o ser mais baixo que se recusa a agir perante a sua luz da verdade.
48:7.10 (556.10) 8. O esforço nem sempre produz alegria, mas não há felicidade sem esforço inteligente.
48:7.11 (556.11) 9. A ação alcança a força; a moderação resulta em encanto.
48:7.12 (556.12) 10. A retidão toca os acordes de harmonia da verdade, e a melodia vibra por todo o cosmos, até o reconhecimento do Infinito.
48:7.13 (556.13) 11. Os fracos condescendem em resoluções, mas os fortes agem. A vida é apenas um dia de trabalho – faça-o bem. O ato é nosso; as consequências são de Deus.
48:7.14 (556.14) 12. A maior aflição do cosmos é nunca ter sido afligido. Os mortais só aprendem a sabedoria experimentando a tribulação.
48:7.15 (556.15) 13. As estrelas são mais bem discernidas a partir do isolamento solitário das profundezas da experiência, não dos cumes iluminados e extáticos das montanhas.
48:7.16 (556.16) 14. Agucem o apetite de seus associados pela verdade; deem conselhos apenas quando solicitados.
48:7.17 (557.1) 15. A afetação é o esforço ridículo do ignorante para parecer sábio, a tentativa da alma estéril de parecer rica.
48:7.18 (557.2) 16. Vocês não podem perceber a verdade espiritual até que a experimente com sentimento, e muitas verdades não são realmente sentidas senão na adversidade.
48:7.19 (557.3) 17. A ambição é perigosa até que seja plenamente socializada. Vocês não adquiriram verdadeiramente nenhuma virtude até que seus atos os tornem dignos dela.
48:7.20 (557.4) 18. A impaciência é um veneno para o espírito; a raiva é como uma pedra lançada num ninho de vespas.
48:7.21 (557.5) 19. A ansiedade tem que ser abandonada. As decepções mais difíceis de suportar são aquelas que nunca chegam.
48:7.22 (557.6) 20. Apenas um poeta consegue discernir poesia na prosa banal da existência rotineira.
48:7.23 (557.7) 21. A alta missão de qualquer arte é, por meio de suas ilusões, prenunciar uma realidade mais elevada do universo, cristalizar as emoções do tempo no pensamento da eternidade.
48:7.24 (557.8) 22. A alma em evolução não se torna divina pelo que faz, mas pelo que se esforça por fazer.
48:7.25 (557.9) 23. A morte não acrescentou nada à posse intelectual ou à dotação espiritual, mas de fato acrescentou ao status experiencial a consciência da sobrevivência.
48:7.26 (557.10) 24. O destino da eternidade é determinado momento a momento pelas realizações da vida cotidiana. Os atos de hoje são o destino de amanhã.
48:7.27 (557.11) 25. A grandeza não reside tanto em possuir força quanto em fazer um uso sábio e divino dessa força.
48:7.28 (557.12) 26. O conhecimento é adquirido apenas pelo compartilhamento; é salvaguardado pela sabedoria e socializado pelo amor.
48:7.29 (557.13) 27. O progresso exige o desenvolvimento da individualidade; a mediocridade busca a perpetuação na padronização.
48:7.30 (557.14) 28. A defesa argumentativa de qualquer proposição é inversamente proporcional à verdade nela contida.
48:7.31 (557.15) Tal é o trabalho dos principiantes no primeiro mundo das mansões, enquanto os alunos mais avançados nos mundos posteriores estão dominando os níveis mais elevados de discernimento cósmico e da mota da morôncia.
8. Os Progressores da Morôncia
48:8.1 (557.16) Desde o momento da graduação nos mundos das mansões até a obtenção do status de espírito na carreira do superuniverso, os mortais ascendentes são denominados progressores da morôncia. Sua passagem por esta maravilhosa vida fronteiriça será uma experiência inesquecível, uma lembrança encantadora. É o portal evolucionário para a vida do espírito e a obtenção final da perfeição da criatura pela qual os ascendentes alcançam a meta do tempo – a descoberta de Deus no Paraíso.
48:8.2 (557.17) Há um propósito definido e divino em todo este esquema de progressão mortal da morôncia e subsequentemente do espírito, esta elaborada escola de treinamento do universo para as criaturas ascendentes. É o desígnio dos Criadores conceder às criaturas do tempo uma oportunidade gradual de dominar os detalhes da operação e administração do grande universo, e este longo curso de treinamento é melhor levado adiante fazendo com que o mortal sobrevivente suba gradualmente e por participação de fato em cada degrau da ascensão.
48:8.3 (558.1) O plano de sobrevivência mortal tem um objetivo prático e útil; vocês não são os destinatários de todo este trabalho divino e treinamento meticuloso apenas para que possam sobreviver meramente para desfrutar de felicidade infindável e tranquilidade eterna. Há uma meta de serviço transcendente oculta além do horizonte da presente era do universo. Se os Deuses planejassem apenas levar vocês em uma longa e eterna excursão de júbilo, Eles certamente não transformariam tão amplamente o universo inteiro em uma vasta e intrincada escola de treinamento prático, requisitando uma parte substancial da criação celestial como professores e instrutores, e então gastar eras e mais eras pilotando vocês, um por um, através desta gigantesca escola do universo de treinamento experiencial. A promoção do esquema de progressão mortal parece ser um dos principais interesses do presente universo organizado, e a maioria das inúmeras ordens de inteligências criadas estão direta ou indiretamente engajadas no avanço de alguma fase deste plano de perfeição progressiva.
48:8.4 (558.2) Ao percorrer a escala ascendente da existência vivente desde homem mortal até o abraço da Deidade, vocês de fato vivem a própria vida de cada fase e estágio possível da existência de criatura perfeccionada dentro dos limites da presente era do universo. De homem mortal a finalitor do Paraíso abrange tudo o que agora pode ser — abarca tudo o que atualmente é possível para as ordens viventes de seres-criaturas finitos, inteligentes e perfeccionados. Se o destino futuro dos finalitores do Paraíso é o serviço em novos universos agora em formação, é certo que nesta nova e futura criação não haverá ordens criadas de seres experienciais cujas vidas serão inteiramente diferentes daquelas que os finalitores mortais viveram em algum mundo como uma parte de seu treinamento ascendente, como um dos estágios do seu progresso de duração de uma era desde animal a anjo e do anjo ao espírito e do espírito a Deus.
48:8.5 (558.3) [Apresentado por um Arcanjo de Nébadon.]
Paper 48
The Morontia Life
48:0.1 (541.1) THE Gods cannot—at least they do not—transform a creature of gross animal nature into a perfected spirit by some mysterious act of creative magic. When the Creators desire to produce perfect beings, they do so by direct and original creation, but they never undertake to convert animal-origin and material creatures into beings of perfection in a single step.
48:0.2 (541.2) The morontia life, extending as it does over the various stages of the local universe career, is the only possible approach whereby material mortals could attain the threshold of the spirit world. What magic could death, the natural dissolution of the material body, hold that such a simple step should instantly transform the mortal and material mind into an immortal and perfected spirit? Such beliefs are but ignorant superstitions and pleasing fables.
48:0.3 (541.3) Always this morontia transition intervenes between the mortal estate and the subsequent spirit status of surviving human beings. This intermediate state of universe progress differs markedly in the various local creations, but in intent and purpose they are all quite similar. The arrangement of the mansion and higher morontia worlds in Nebadon is fairly typical of the morontia transition regimes in this part of Orvonton.
1. Morontia Materials
48:1.1 (541.4) The morontia realms are the local universe liaison spheres between the material and spiritual levels of creature existence. This morontia life has been known on Urantia since the early days of the Planetary Prince. From time to time this transition state has been taught to mortals, and the concept, in distorted form, has found a place in present-day religions.
48:1.2 (541.5) The morontia spheres are the transition phases of mortal ascension through the progression worlds of the local universe. Only the seven worlds surrounding the finaliters’ sphere of the local systems are called mansion worlds, but all fifty-six of the system transition abodes, in common with the higher spheres around the constellations and the universe headquarters, are called morontia worlds. These creations partake of the physical beauty and the morontia grandeur of the local universe headquarters spheres.
48:1.3 (541.6) All of these worlds are architectural spheres, and they have just double the number of elements of the evolved planets. Such made-to-order worlds not only abound in the heavy metals and crystals, having one hundred physical elements, but likewise have exactly one hundred forms of a unique energy organization called morontia material. The Master Physical Controllers and the Morontia Power Supervisors are able so to modify the revolutions of the primary units of matter and at the same time so to transform these associations of energy as to create this new substance.
48:1.4 (542.1) The early morontia life in the local systems is very much like that of your present material world, becoming less physical and more truly morontial on the constellation study worlds. And as you advance to the Salvington spheres, you increasingly attain spiritual levels.
48:1.5 (542.2) The Morontia Power Supervisors are able to effect a union of material and of spiritual energies, thereby organizing a morontia form of materialization which is receptive to the superimposition of a controlling spirit. When you traverse the morontia life of Nebadon, these same patient and skillful Morontia Power Supervisors will successively provide you with 570 morontia bodies, each one a phase of your progressive transformation. From the time of leaving the material worlds until you are constituted a first-stage spirit on Salvington, you will undergo just 570 separate and ascending morontia changes. Eight of these occur in the system, seventy-one in the constellation, and 491 during the sojourn on the spheres of Salvington.
48:1.6 (542.3) In the days of the mortal flesh the divine spirit indwells you, almost as a thing apart—in reality an invasion of man by the bestowed spirit of the Universal Father. But in the morontia life the spirit will become a real part of your personality, and as you successively pass through the 570 progressive transformations, you ascend from the material to the spiritual estate of creature life.
48:1.7 (542.4) Paul learned of the existence of the morontia worlds and of the reality of morontia materials, for he wrote, “They have in heaven a better and more enduring substance.” And these morontia materials are real, literal, even as in “the city which has foundations, whose builder and maker is God.” And each of these marvelous spheres is “a better country, that is, a heavenly one.”
2. Morontia Power Supervisors
48:2.1 (542.5) These unique beings are exclusively concerned with the supervision of those activities which represent a working combination of spiritual and physical or semimaterial energies. They are exclusively devoted to the ministry of morontia progression. Not that they so much minister to mortals during the transition experience, but they rather make possible the transition environment for the progressing morontia creatures. They are the channels of morontia power which sustain and energize the morontia phases of the transition worlds.
48:2.2 (542.6) Morontia Power Supervisors are the offspring of a local universe Mother Spirit. They are fairly standard in design though differing slightly in nature in the various local creations. They are created for their specific function and require no training before entering upon their responsibilities.
48:2.3 (542.7) The creation of the first Morontia Power Supervisors is simultaneous with the arrival of the first mortal survivor on the shores of some one of the first mansion worlds in a local universe. They are created in groups of one thousand, classified as follows:
48:2.4 (542.8) 1. Circuit Regulators400
48:2.5 (542.9) 2. System Co-ordinators200
48:2.6 (542.10) 3. Planetary Custodians100
48:2.7 (543.1) 4. Combined Controllers100
48:2.8 (543.2) 5. Liaison Stabilizers100
48:2.9 (543.3) 6. Selective Assorters50
48:2.10 (543.4) 7. Associate Registrars50
48:2.11 (543.5) The power supervisors always serve in their native universe. They are directed exclusively by the joint spirit activity of the Universe Son and the Universe Spirit but are otherwise a wholly self-governing group. They maintain headquarters on each of the first mansion worlds of the local systems, where they work in close association with both the physical controllers and the seraphim but function in a world of their own as regards energy manifestation and spirit application.
48:2.12 (543.6) They also sometimes work in connection with supermaterial phenomena on the evolutionary worlds as ministers of temporary assignment. But they rarely serve on the inhabited planets; neither do they work on the higher training worlds of the superuniverse, being chiefly devoted to the transition regime of morontia progression in a local universe.
48:2.13 (543.7) 1. Circuit Regulators. These are the unique beings who co-ordinate physical and spiritual energy and regulate its flow into the segregated channels of the morontia spheres, and these circuits are exclusively planetary, limited to a single world. The morontia circuits are distinct from, and supplementary to, both physical and spiritual circuits on the transition worlds, and it requires millions of these regulators to energize even a system of mansion worlds like that of Satania.
48:2.14 (543.8) Circuit regulators initiate those changes in material energies which render them subject to the control and regulation of their associates. These beings are morontia power generators as well as circuit regulators. Much as a dynamo apparently generates electricity out of the atmosphere, so do these living morontia dynamos seem to transform the everywhere energies of space into those materials which the morontia supervisors weave into the bodies and life activities of the ascending mortals.
48:2.15 (543.9) 2. System Co-ordinators. Since each morontia world has a separate order of morontia energy, it is exceedingly difficult for humans to visualize these spheres. But on each successive transition sphere, mortals will find the plant life and everything else pertaining to the morontia existence progressively modified to correspond with the advancing spiritization of the ascending survivor. And since the energy system of each world is thus individualized, these co-ordinators operate to harmonize and blend such differing power systems into a working unit for the associated spheres of any particular group.
48:2.16 (543.10) Ascending mortals gradually progress from the physical to the spiritual as they advance from one morontia world to another; hence the necessity for providing an ascending scale of morontia spheres and an ascending scale of morontia forms.
48:2.17 (543.11) When mansion world ascenders pass from one sphere to another, they are delivered by the transport seraphim to the receivers of the system co-ordinators on the advanced world. Here in those unique temples at the center of the seventy radiating wings wherein are the chambers of transition similar to the resurrection halls on the initial world of reception for earth-origin mortals, the necessary changes in creature form are skillfully effected by the system co-ordinators. These early morontia-form changes require about seven days of standard time for their accomplishment.
48:2.18 (544.1) 3. Planetary Custodians. Each morontia world, from the mansion spheres up to the universe headquarters, is in the custody—as regards morontia affairs—of seventy guardians. They constitute the local planetary council of supreme morontia authority. This council grants material for morontia forms to all ascending creatures who land on the spheres and authorizes those changes in creature form which make it possible for an ascender to proceed to the succeeding sphere. After the mansion worlds have been traversed, you will translate from one phase of morontia life to another without having to surrender consciousness. Unconsciousness attends only the earlier metamorphoses and the later transitions from one universe to another and from Havona to Paradise.
48:2.19 (544.2) 4. Combined Controllers. One of these highly mechanical beings is always stationed at the center of each administrative unit of a morontia world. A combined controller is sensitive to, and functional with, physical, spiritual, and morontial energies; and with this being there are always associated two system co-ordinators, four circuit regulators, one planetary custodian, one liaison stabilizer, and either an associate registrar or a selective assorter.
48:2.20 (544.3) 5. Liaison Stabilizers. These are the regulators of the morontia energy in association with the physical and spirit forces of the realm. They make possible the conversion of morontia energy into morontia material. The whole morontia organization of existence is dependent on the stabilizers. They slow down the energy revolutions to that point where physicalization can occur. But I have no terms with which I can compare or illustrate the ministry of such beings. It is quite beyond human imagination.
48:2.21 (544.4) 6. Selective Assorters. As you progress from one class or phase of a morontia world to another, you must be re-keyed or advance-tuned, and it is the task of the selective assorters to keep you in progressive synchrony with the morontia life.
48:2.22 (544.5) While the basic morontia forms of life and matter are identical from the first mansion world to the last universe transition sphere, there is a functional progression which gradually extends from the material to the spiritual. Your adaptation to this basically uniform but successively advancing and spiritizing creation is effected by this selective re-keying. Such an adjustment in the mechanism of personality is tantamount to a new creation, notwithstanding that you retain the same morontia form.
48:2.23 (544.6) You may repeatedly subject yourself to the test of these examiners, and as soon as you register adequate spiritual achievement, they will gladly certify you for advanced standing. These progressive changes result in altered reactions to the morontia environment, such as modifications in food requirements and numerous other personal practices.
48:2.24 (544.7) The selective assorters are also of great service in the grouping of morontia personalities for purposes of study, teaching, and other projects. They naturally indicate those who will best function in temporary association.
48:2.25 (544.8) 7. Associate Registrars. The morontia world has its own recorders, who serve in association with the spirit recorders in the supervision and custody of the records and other data indigenous to the morontia creations. The morontia records are available to all orders of personalities.
48:2.26 (545.1) All morontia transition realms are accessible alike to material and spirit beings. As morontia progressors you will remain in full contact with the material world and with material personalities, while you will increasingly discern and fraternize with spirit beings; and by the time of departure from the morontia regime, you will have seen all orders of spirits with the exception of a few of the higher types, such as Solitary Messengers.
3. Morontia Companions
48:3.1 (545.2) These hosts of the mansion and morontia worlds are the offspring of a local universe Mother Spirit. They are created from age to age in groups of one hundred thousand, and in Nebadon there are at present over seventy billion of these unique beings.
48:3.2 (545.3) Morontia Companions are trained for service by the Melchizedeks on a special planet near Salvington; they do not pass through the central Melchizedek schools. In service they range from the lowest mansion worlds of the systems to the highest study spheres of Salvington, but they are seldom encountered on the inhabited worlds. They serve under the general supervision of the Sons of God and under the immediate direction of the Melchizedeks.
48:3.3 (545.4) The Morontia Companions maintain ten thousand headquarters in a local universe—on each of the first mansion worlds of the local systems. They are almost wholly a self-governing order and are, in general, an intelligent and loyal group of beings; but every now and then, in connection with certain unfortunate celestial upheavals, they have been known to go astray. Thousands of these useful creatures were lost during the times of the Lucifer rebellion in Satania. Your local system now has its full quota of these beings, the loss of the Lucifer rebellion having only recently been made up.
48:3.4 (545.5) There are two distinct types of Morontia Companions; one type is aggressive, the other retiring, but otherwise they are equal in status. They are not sex creatures, but they manifest a touchingly beautiful affection for one another. And while they are hardly companionate in the material (human) sense, they are very close of kin to the human races in the order of creature existence. The midway creatures of the worlds are your nearest of kin; then come the morontia cherubim, and after them the Morontia Companions.
48:3.5 (545.6) These companions are touchingly affectionate and charmingly social beings. They possess distinct personalities, and when you meet them on the mansion worlds, after learning to recognize them as a class, you will soon discern their individuality. Mortals all resemble one another; at the same time each of you possesses a distinct and recognizable personality.
48:3.6 (545.7) Something of an idea of the nature of the work of these Morontia Companions may be derived from the following classification of their activities in a local system:
48:3.7 (545.8) 1. Pilgrim Guardians are not assigned to specific duties in their association with the morontia progressors. These companions are responsible for the whole of the morontia career and are therefore the co-ordinators of the work of all other morontia and transition ministers.
48:3.8 (546.1) 2. Pilgrim Receivers and Free Associators. These are the social companions of the new arrivals on the mansion worlds. One of them will certainly be on hand to welcome you when you awaken on the initial mansion world from the first transit sleep of time, when you experience the resurrection from the death of the flesh into the morontia life. And from the time you are thus formally welcomed on awakening to that day when you leave the local universe as a first-stage spirit, these Morontia Companions are ever with you.
48:3.9 (546.2) Companions are not assigned permanently to individuals. An ascending mortal on one of the mansion or higher worlds might have a different companion on each of several successive occasions and again might go for long periods without one. It would all depend on the requirements and also on the supply of companions available.
48:3.10 (546.3) 3. Hosts to Celestial Visitors. These gracious creatures are dedicated to the entertainment of the superhuman groups of student visitors and other celestials who may chance to sojourn on the transition worlds. You will have ample opportunity to visit within any realm you have experientially attained. Student visitors are allowed on all inhabited planets, even those in isolation.
48:3.11 (546.4) 4. Co-ordinators and Liaison Directors. These companions are dedicated to the facilitation of morontia intercourse and to the prevention of confusion. They are the instructors of social conduct and morontia progress, sponsoring classes and other group activities among the ascending mortals. They maintain extensive areas wherein they assemble their pupils and from time to time make requisition on the celestial artisans and the reversion directors for the embellishment of their programs. As you progress, you will come in intimate contact with these companions, and you will grow exceedingly fond of both groups. It is a matter of chance as to whether you will be associated with an aggressive or a retiring type of companion.
48:3.12 (546.5) 5. Interpreters and Translators. During the early mansonia career you will have frequent recourse to the interpreters and the translators. They know and speak all the tongues of a local universe; they are the linguists of the realms.
48:3.13 (546.6) You will not acquire new languages automatically; you will learn a language over there much as you do down here, and these brilliant beings will be your language teachers. The first study on the mansion worlds will be the tongue of Satania and then the language of Nebadon. And while you are mastering these new tongues, the Morontia Companions will be your efficient interpreters and patient translators. You will never encounter a visitor on any of these worlds but that some one of the Morontia Companions will be able to officiate as interpreter.
48:3.14 (546.7) 6. Excursion and Reversion Supervisors. These companions will accompany you on the longer trips to the headquarters sphere and to the surrounding worlds of transition culture. They plan, conduct, and supervise all such individual and group tours about the system worlds of training and culture.
48:3.15 (546.8) 7. Area and Building Custodians. Even the material and morontia structures increase in perfection and grandeur as you advance in the mansonia career. As individuals and as groups you are permitted to make certain changes in the abodes assigned as headquarters for your sojourn on the different mansion worlds. Many of the activities of these spheres take place in the open enclosures of the variously designated circles, squares, and triangles. The majority of the mansion world structures are roofless, being enclosures of magnificent construction and exquisite embellishment. The climatic and other physical conditions prevailing on the architectural worlds make roofs wholly unnecessary.
48:3.16 (547.1) These custodians of the transition phases of ascendant life are supreme in the management of morontia affairs. They were created for this work, and pending the factualization of the Supreme Being, always will they remain Morontia Companions; never do they perform other duties.
48:3.17 (547.2) As systems and universes are settled in light and life, the mansion worlds increasingly cease to function as transition spheres of morontia training. More and more the finaliters institute their new training regime, which appears to be designed to translate the cosmic consciousness from the present level of the grand universe to that of the future outer universes. The Morontia Companions are destined to function increasingly in association with the finaliters and in numerous other realms not at present revealed on Urantia.
48:3.18 (547.3) You can forecast that these beings are probably going to contribute much to your enjoyment of the mansion worlds, whether your sojourn is to be long or short. And you will continue to enjoy them all the way up to Salvington. They are not, technically, essential to any part of your survival experience. You could reach Salvington without them, but you would greatly miss them. They are the personality luxury of your ascending career in the local universe.
4. The Reversion Directors
48:4.1 (547.4) Joyful mirth and the smile-equivalent are as universal as music. There is a morontial and a spiritual equivalent of mirth and laughter. The ascendant life is about equally divided between work and play—freedom from assignment.
48:4.2 (547.5) Celestial relaxation and superhuman humor are quite different from their human analogues, but we all actually indulge in a form of both; and they really accomplish for us, in our state, just about what ideal humor is able to do for you on Urantia. The Morontia Companions are skillful play sponsors, and they are most ably supported by the reversion directors.
48:4.3 (547.6) You would probably best understand the work of the reversion directors if they were likened to the higher types of humorists on Urantia, though that would be an exceedingly crude and somewhat unfortunate way in which to try to convey an idea of the function of these directors of change and relaxation, these ministers of the exalted humor of the morontia and spirit realms.
48:4.4 (547.7) In discussing spirit humor, first let me tell you what it is not. Spirit jest is never tinged with the accentuation of the misfortunes of the weak and erring. Neither is it ever blasphemous of the righteousness and glory of divinity. Our humor embraces three general levels of appreciation:
48:4.5 (547.8) 1. Reminiscent jests. Quips growing out of the memories of past episodes in one’s experience of combat, struggle, and sometimes fearfulness, and ofttimes foolish and childish anxiety. To us, this phase of humor derives from the deep-seated and abiding ability to draw upon the past for memory material with which pleasantly to flavor and otherwise lighten the heavy loads of the present.
48:4.6 (548.1) 2. Current humor. The senselessness of much that so often causes us serious concern, the joy at discovering the unimportance of much of our serious personal anxiety. We are most appreciative of this phase of humor when we are best able to discount the anxieties of the present in favor of the certainties of the future.
48:4.7 (548.2) 3. Prophetic joy. It will perhaps be difficult for mortals to envisage this phase of humor, but we do get a peculiar satisfaction out of the assurance “that all things work together for good”—for spirits and morontians as well as for mortals. This aspect of celestial humor grows out of our faith in the loving overcare of our superiors and in the divine stability of our Supreme Directors.
48:4.8 (548.3) But the reversion directors of the realms are not concerned exclusively with depicting the high humor of the various orders of intelligent beings; they are also occupied with the leadership of diversion, spiritual recreation and morontia entertainment. And in this connection they have the hearty co-operation of the celestial artisans.
48:4.9 (548.4) The reversion directors themselves are not a created group; they are a recruited corps embracing beings ranging from the Havona natives down through the messenger hosts of space and the ministering spirits of time to the morontia progressors from the evolutionary worlds. All are volunteers, giving themselves to the work of assisting their fellows in the achievement of thought change and mind rest, for such attitudes are most helpful in recuperating depleted energies.
48:4.10 (548.5) When partially exhausted by the efforts of attainment, and while awaiting the reception of new energy charges, there is agreeable pleasure in living over again the enactments of other days and ages. The early experiences of the race or the order are restful to reminisce. And that is exactly why these artists are called reversion directors—they assist in reverting the memory to a former state of development or to a less experienced status of being.
48:4.11 (548.6) All beings enjoy this sort of reversion except those who are inherent Creators, hence automatic self-rejuvenators, and certain highly specialized types of creatures, such as the power centers and the physical controllers, who are always and eternally thoroughly businesslike in all their reactions. These periodic releases from the tension of functional duty are a regular part of life on all worlds throughout the universe of universes but not on the Isle of Paradise. Beings indigenous to the central abode are incapable of depletion and are not, therefore, subject to re-energizing. And with such beings of eternal Paradise perfection there can be no such reversion to evolutionary experiences.
48:4.12 (548.7) Most of us have come up through lower stages of existence or through progressive levels of our orders, and it is refreshing and in a measure amusing to look back upon certain episodes of our early experience. There is a restfulness in the contemplation of that which is old to one’s order, and which lingers as a memory possession of the mind. The future signifies struggle and advancement; it bespeaks work, effort, and achievement; but the past savors of things already mastered and achieved; contemplation of the past permits of relaxation and such a carefree review as to provoke spirit mirth and a morontia state of mind verging on merriment.
48:4.13 (548.8) Even mortal humor becomes most hearty when it depicts episodes affecting those just a little beneath one’s present developmental state, or when it portrays one’s supposed superiors falling victim to the experiences which are commonly associated with supposed inferiors. You of Urantia have allowed much that is at once vulgar and unkind to become confused with your humor, but on the whole, you are to be congratulated on a comparatively keen sense of humor. Some of your races have a rich vein of it and are greatly helped in their earthly careers thereby. Apparently you received much in the way of humor from your Adamic inheritance, much more than was secured of either music or art.
48:4.14 (549.1) All Satania, during times of play, those times when its inhabitants refreshingly resurrect the memories of a lower stage of existence, is edified by the pleasant humor of a corps of reversion directors from Urantia. The sense of celestial humor we have with us always, even when engaged in the most difficult of assignments. It helps to avoid an overdevelopment of the notion of one’s self-importance. But we do not give rein to it freely, as you might say, “have fun,” except when we are in recess from the serious assignments of our respective orders.
48:4.15 (549.2) When we are tempted to magnify our self-importance, if we stop to contemplate the infinity of the greatness and grandeur of our Makers, our own self-glorification becomes sublimely ridiculous, even verging on the humorous. One of the functions of humor is to help all of us take ourselves less seriously. Humor is the divine antidote for exaltation of ego.
48:4.16 (549.3) The need for the relaxation and diversion of humor is greatest in those orders of ascendant beings who are subjected to sustained stress in their upward struggles. The two extremes of life have little need for humorous diversions. Primitive men have no capacity therefor, and beings of Paradise perfection have no need thereof. The hosts of Havona are naturally a joyous and exhilarating assemblage of supremely happy personalities. On Paradise the quality of worship obviates the necessity for reversion activities. But among those who start their careers far below the goal of Paradise perfection, there is a large place for the ministry of the reversion directors.
48:4.17 (549.4) The higher the mortal species, the greater the stress and the greater the capacity for humor as well as the necessity for it. In the spirit world the opposite is true: The higher we ascend, the less the need for the diversions of reversion experiences. But proceeding down the scale of spirit life from Paradise to the seraphic hosts, there is an increasing need for the mission of mirth and the ministry of merriment. Those beings who most need the refreshment of periodic reversion to the intellectual status of previous experiences are the higher types of the human species, the morontians, angels, and the Material Sons, together with all similar types of personality.
48:4.18 (549.5) Humor should function as an automatic safety valve to prevent the building up of excessive pressures due to the monotony of sustained and serious self-contemplation in association with the intense struggle for developmental progress and noble achievement. Humor also functions to lessen the shock of the unexpected impact of fact or of truth, rigid unyielding fact and flexible ever-living truth. The mortal personality, never sure as to which will next be encountered, through humor swiftly grasps—sees the point and achieves insight—the unexpected nature of the situation be it fact or be it truth.
48:4.19 (549.6) While the humor of Urantia is exceedingly crude and most inartistic, it does serve a valuable purpose both as a health insurance and as a liberator of emotional pressure, thus preventing injurious nervous tension and overserious self-contemplation. Humor and play—relaxation—are never reactions of progressive exertion; always are they the echoes of a backward glance, a reminiscence of the past. Even on Urantia and as you now are, you always find it rejuvenating when for a short time you can suspend the exertions of the newer and higher intellectual efforts and revert to the more simple engagements of your ancestors.
48:4.20 (550.1) The principles of Urantian play life are philosophically sound and continue to apply on up through your ascending life, through the circuits of Havona to the eternal shores of Paradise. As ascendant beings you are in possession of personal memories of all former and lower existences, and without such identity memories of the past there would be no basis for the humor of the present, either mortal laughter or morontia mirth. It is this recalling of past experiences that provides the basis for present diversion and amusement. And so you will enjoy the celestial equivalents of your earthly humor all the way up through your long morontia, and then increasingly spiritual, careers. And that part of God (the Adjuster) which becomes an eternal part of the personality of an ascendant mortal contributes the overtones of divinity to the joyous expressions, even spiritual laughter, of the ascending creatures of time and space.
5. The Mansion World Teachers
48:5.1 (550.2) The Mansion World Teachers are a corps of deserted but glorified cherubim and sanobim. When a pilgrim of time advances from a trial world of space to the mansion and associated worlds of morontia training, he is accompanied by his personal or group seraphim, the guardian of destiny. In the worlds of mortal existence the seraphim is ably assisted by cherubim and sanobim; but when her mortal ward is delivered from the bonds of the flesh and starts out on the ascendant career, when the postmaterial or morontia life begins, the attending seraphim has no further need of the ministrations of her former lieutenants, the cherubim and sanobim.
48:5.2 (550.3) These deserted assistants of the ministering seraphim are often summoned to universe headquarters, where they pass into the intimate embrace of the Universe Mother Spirit and then go forth to the system training spheres as Mansion World Teachers. These teachers often visit the material worlds and function from the lowest mansion worlds on up to the highest of the educational spheres connected with the universe headquarters. Upon their own motion they may return to their former associative work with the ministering seraphim.
48:5.3 (550.4) There are billions upon billions of these teachers in Satania, and their numbers constantly increase because, in the majority of instances, when a seraphim proceeds inward with an Adjuster-fused mortal, both a cherubim and a sanobim are left behind.
48:5.4 (550.5) Mansion World Teachers, like most of the other instructors, are commissioned by the Melchizedeks. They are generally supervised by the Morontia Companions, but as individuals and as teachers they are supervised by the acting heads of the schools or spheres wherein they may be functioning as instructors.
48:5.5 (550.6) These advanced cherubim usually work in pairs as they did when attached to the seraphim. They are by nature very near the morontia type of existence, and they are inherently sympathetic teachers of the ascending mortals and most efficiently conduct the program of the mansion world and morontia educational system.
48:5.6 (551.1) In the schools of the morontia life these teachers engage in individual, group, class, and mass teaching. On the mansion worlds such schools are organized in three general groups of one hundred divisions each: the schools of thinking, the schools of feeling, and the schools of doing. When you reach the constellation, there are added the schools of ethics, the schools of administration, and the schools of social adjustment. On the universe headquarters worlds you will enter the schools of philosophy, divinity, and pure spirituality.
48:5.7 (551.2) Those things which you might have learned on earth, but which you failed to learn, must be acquired under the tutelage of these faithful and patient teachers. There are no royal roads, short cuts, or easy paths to Paradise. Irrespective of the individual variations of the route, you master the lessons of one sphere before you proceed to another; at least this is true after you once leave the world of your nativity.
48:5.8 (551.3) One of the purposes of the morontia career is to effect the permanent eradication from the mortal survivors of such animal vestigial traits as procrastination, equivocation, insincerity, problem avoidance, unfairness, and ease seeking. The mansonia life early teaches the young morontia pupils that postponement is in no sense avoidance. After the life in the flesh, time is no longer available as a technique of dodging situations or of circumventing disagreeable obligations.
48:5.9 (551.4) Beginning service on the lowest of the tarrying spheres, the Mansion World Teachers advance, with experience, through the educational spheres of the system and the constellation to the training worlds of Salvington. They are subjected to no special discipline either before or after their embrace by the Universe Mother Spirit. They have already been trained for their work while serving as seraphic associates on the worlds native to their pupils of mansion world sojourn. They have had actual experience with these advancing mortals on the inhabited worlds. They are practical and sympathetic teachers, wise and understanding instructors, able and efficient guides. They are entirely familiar with the ascendant plans and thoroughly experienced in the initial phases of the progression career.
48:5.10 (551.5) Many of the older of these teachers, those who have long served on the worlds of the Salvington circuit, are re-embraced by the Universe Mother Spirit, and from this second embrace these cherubim and sanobim emerge with the status of seraphim.
6. Morontia World Seraphim—Transition Ministers
48:6.1 (551.6) While all orders of angels, from the planetary helpers to the supreme seraphim, minister on the morontia worlds, the transition ministers are more exclusively assigned to these activities. These angels are of the sixth order of seraphic servers, and their ministry is devoted to facilitating the transit of material and mortal creatures from the temporal life in the flesh on into the early stages of morontia existence on the seven mansion worlds.
48:6.2 (551.7) You should understand that the morontia life of an ascending mortal is really initiated on the inhabited worlds at the conception of the soul, at that moment when the creature mind of moral status is indwelt by the spirit Adjuster. And from that moment on, the mortal soul has potential capacity for supermortal function, even for recognition on the higher levels of the morontia spheres of the local universe.
48:6.3 (552.1) You will not, however, be conscious of the ministry of the transition seraphim until you attain the mansion worlds, where they labor untiringly for the advancement of their mortal pupils, being assigned for service in the following seven divisions:
48:6.4 (552.2) 1. Seraphic Evangels. The moment you consciousize on the mansion worlds, you are classified as evolving spirits in the records of the system. True, you are not yet spirits in reality, but you are no longer mortal or material beings; you have embarked upon the prespirit career and have been duly admitted to the morontia life.
48:6.5 (552.3) On the mansion worlds the seraphic evangels will help you to choose wisely among the optional routes to Edentia, Salvington, Uversa, and Havona. If there are a number of equally advisable routes, these will be put before you, and you will be permitted to select the one that most appeals to you. These seraphim then make recommendations to the four and twenty advisers on Jerusem concerning that course which would be most advantageous for each ascending soul.
48:6.6 (552.4) You are not given unrestricted choice as to your future course; but you may choose within the limits of that which the transition ministers and their superiors wisely determine to be most suitable for your future spirit attainment. The spirit world is governed on the principle of respecting your freewill choice provided the course you may choose is not detrimental to you or injurious to your fellows.
48:6.7 (552.5) These seraphic evangels are dedicated to the proclamation of the gospel of eternal progression, the triumph of perfection attainment. On the mansion worlds they proclaim the great law of the conservation and dominance of goodness: No act of good is ever wholly lost; it may be long thwarted but never wholly annulled, and it is eternally potent in proportion to the divinity of its motivation.
48:6.8 (552.6) Even on Urantia they counsel the human teachers of truth and righteousness to adhere to the preaching of “the goodness of God, which leads to repentance,” to proclaim “the love of God, which casts out all fear.” Even so have these truths been declared on your world:
48:6.9 (552.7) The Gods are my caretakers; I shall not stray;
48:6.10 (552.8) Side by side they lead me in the beautiful paths and glorious refreshing of life everlasting.
48:6.11 (552.9) I shall not, in this Divine Presence, want for food nor thirst for water.
48:6.12 (552.10) Though I go down into the valley of uncertainty or ascend up into the worlds of doubt,
48:6.13 (552.11) Though I move in loneliness or with the fellows of my kind,
48:6.14 (552.12) Though I triumph in the choirs of light or falter in the solitary places of the spheres,
48:6.15 (552.13) Your good spirit shall minister to me, and your glorious angel will comfort me.
48:6.16 (552.14) Though I descend into the depths of darkness and death itself,
48:6.17 (552.15) I shall not doubt you nor fear you,
48:6.18 (552.16) For I know that in the fullness of time and the glory of your name
48:6.19 (552.17) You will raise me up to sit with you on the battlements on high.
48:6.20 (553.1) That is the story whispered in the night season to the shepherd boy. He could not retain it word for word, but to the best of his memory he gave it much as it is recorded today.
48:6.21 (553.2) These seraphim are also the evangels of the gospel of perfection attainment for the whole system as well as for the individual ascender. Even now in the young system of Satania their teachings and plans encompass provisions for the future ages when the mansion worlds will no longer serve the mortal ascenders as steppingstones to the spheres on high.
48:6.22 (553.3) 2. Racial Interpreters. All races of mortal beings are not alike. True, there is a planetary pattern running through the physical, mental, and spiritual natures and tendencies of the various races of a given world; but there are also distinct racial types, and very definite social tendencies characterize the offspring of these different basic types of human beings. On the worlds of time the seraphic racial interpreters further the efforts of the race commissioners to harmonize the varied viewpoints of the races, and they continue to function on the mansion worlds, where these same differences tend to persist in a measure. On a confused planet, such as Urantia, these brilliant beings have hardly had a fair opportunity to function, but they are the skillful sociologists and the wise ethnic advisers of the first heaven.
48:6.23 (553.4) You should consider the statement about “heaven” and the “heaven of heavens.” The heaven conceived by most of your prophets was the first of the mansion worlds of the local system. When the apostle spoke of being “caught up to the third heaven,” he referred to that experience in which his Adjuster was detached during sleep and in this unusual state made a projection to the third of the seven mansion worlds. Some of your wise men saw the vision of the greater heaven, “the heaven of heavens,” of which the sevenfold mansion world experience was but the first; the second being Jerusem; the third, Edentia and its satellites; the fourth, Salvington and the surrounding educational spheres; the fifth, Uversa; the sixth, Havona; and the seventh, Paradise.
48:6.24 (553.5) 3. Mind Planners. These seraphim are devoted to the effective grouping of morontia beings and to organizing their teamwork on the mansion worlds. They are the psychologists of the first heaven. The majority of this particular division of seraphic ministers have had previous experience as guardian angels to the children of time, but their wards, for some reason, failed to personalize on the mansion worlds or else survived by the technique of Spirit fusion.
48:6.25 (553.6) It is the task of the mind planners to study the nature, experience, and status of the Adjuster souls in transit through the mansion worlds and to facilitate their grouping for assignment and advancement. But these mind planners do not scheme, manipulate, or otherwise take advantage of the ignorance or other limitations of mansion world students. They are wholly fair and eminently just. They respect your newborn morontia will; they regard you as independent volitional beings, and they seek to encourage your speedy development and advancement. Here you are face to face with true friends and understanding counselors, angels who are really able to help you “to see yourself as others see you” and “to know yourself as angels know you.”
48:6.26 (553.7) Even on Urantia, these seraphim teach the everlasting truth: If your own mind does not serve you well, you can exchange it for the mind of Jesus of Nazareth, who always serves you well.
48:6.27 (554.1) 4. Morontia Counselors. These ministers receive their name because they are assigned to teach, direct, and counsel the surviving mortals from the worlds of human origin, souls in transit to the higher schools of the system headquarters. They are the teachers of those who seek insight into the experiential unity of divergent life levels, those who are attempting the integration of meanings and the unification of values. This is the function of philosophy in mortal life, of mota on the morontia spheres.
48:6.28 (554.2) Mota is more than a superior philosophy; it is to philosophy as two eyes are to one; it has a stereoscopic effect on meanings and values. Material man sees the universe, as it were, with but one eye—flat. Mansion world students achieve cosmic perspective—depth—by superimposing the perceptions of the morontia life upon the perceptions of the physical life. And they are enabled to bring these material and morontial viewpoints into true focus largely through the untiring ministry of their seraphic counselors, who so patiently teach the mansion world students and the morontia progressors. Many of the teaching counselors of the supreme order of seraphim began their careers as advisers of the newly liberated souls of the mortals of time.
48:6.29 (554.3) 5. Technicians. These are the seraphim who help new ascenders adjust themselves to the new and comparatively strange environment of the morontia spheres. Life on the transition worlds entails real contact with the energies and materials of both the physical and morontia levels and to a certain extent with spiritual realities. Ascenders must acclimatize to every new morontia level, and in all of this they are greatly helped by the seraphic technicians. These seraphim act as liaisons with the Morontia Power Supervisors and with the Master Physical Controllers and function extensively as instructors of the ascending pilgrims concerning the nature of those energies which are utilized on the transition spheres. They serve as emergency space traversers and perform numerous other regular and special duties.
48:6.30 (554.4) 6. Recorder-Teachers. These seraphim are the recorders of the borderland transactions of the spiritual and the physical, of the relationships of men and angels, of the morontia transactions of the lower universe realms. They also serve as instructors regarding the efficient and effective techniques of fact recording. There is an artistry in the intelligent assembly and co-ordination of related data, and this art is heightened in collaboration with the celestial artisans, and even the ascending mortals become thus affiliated with the recording seraphim.
48:6.31 (554.5) The recorders of all the seraphic orders devote a certain amount of time to the education and training of the morontia progressors. These angelic custodians of the facts of time are the ideal instructors of all fact seekers. Before leaving Jerusem, you will become quite familiar with the history of Satania and its 619 inhabited worlds, and much of this story will be imparted by the seraphic recorders.
48:6.32 (554.6) These angels are all in the chain of recorders extending from the lowest to the highest custodians of the facts of time and the truths of eternity. Some day they will teach you to seek truth as well as fact, to expand your soul as well as your mind. Even now you should learn to water the garden of your heart as well as to seek for the dry sands of knowledge. Forms are valueless when lessons are learned. No chick may be had without the shell, and no shell is of any worth after the chick is hatched. But sometimes error is so great that its rectification by revelation would be fatal to those slowly emerging truths which are essential to its experiential overthrow. When children have their ideals, do not dislodge them; let them grow. And while you are learning to think as men, you should also be learning to pray as children.
48:6.33 (555.1) Law is life itself and not the rules of its conduct. Evil is a transgression of law, not a violation of the rules of conduct pertaining to life, which is the law. Falsehood is not a matter of narration technique but something premeditated as a perversion of truth. The creation of new pictures out of old facts, the restatement of parental life in the lives of offspring—these are the artistic triumphs of truth. The shadow of a hair’s turning, premeditated for an untrue purpose, the slightest twisting or perversion of that which is principle—these constitute falseness. But the fetish of factualized truth, fossilized truth, the iron band of so-called unchanging truth, holds one blindly in a closed circle of cold fact. One can be technically right as to fact and everlastingly wrong in the truth.
48:6.34 (555.2) 7. Ministering Reserves. A large corps of all orders of the transition seraphim is held on the first mansion world. Next to the destiny guardians, these transition ministers draw the nearest to humans of all orders of seraphim, and many of your leisure moments will be spent with them. Angels take delight in service and, when unassigned, often minister as volunteers. The soul of many an ascending mortal has for the first time been kindled by the divine fire of the will-to-service through personal friendship with the volunteer servers of the seraphic reserves.
48:6.35 (555.3) From them you will learn to let pressure develop stability and certainty; to be faithful and earnest and, withal, cheerful; to accept challenges without complaint and to face difficulties and uncertainties without fear. They will ask: If you fail, will you rise indomitably to try anew? If you succeed, will you maintain a well-balanced poise—a stabilized and spiritualized attitude—throughout every effort in the long struggle to break the fetters of material inertia, to attain the freedom of spirit existence?
48:6.36 (555.4) Even as mortals, so have these angels been father to many disappointments, and they will point out that sometimes your most disappointing disappointments have become your greatest blessings. Sometimes the planting of a seed necessitates its death, the death of your fondest hopes, before it can be reborn to bear the fruits of new life and new opportunity. And from them you will learn to suffer less through sorrow and disappointment, first, by making fewer personal plans concerning other personalities, and then, by accepting your lot when you have faithfully performed your duty.
48:6.37 (555.5) You will learn that you increase your burdens and decrease the likelihood of success by taking yourself too seriously. Nothing can take precedence over the work of your status sphere—this world or the next. Very important is the work of preparation for the next higher sphere, but nothing equals the importance of the work of the world in which you are actually living. But though the work is important, the self is not. When you feel important, you lose energy to the wear and tear of ego dignity so that there is little energy left to do the work. Self-importance, not work-importance, exhausts immature creatures; it is the self element that exhausts, not the effort to achieve. You can do important work if you do not become self-important; you can do several things as easily as one if you leave yourself out. Variety is restful; monotony is what wears and exhausts. Day after day is alike—just life or the alternative of death.
7. Morontia Mota
48:7.1 (556.1) The lower planes of morontia mota join directly with the higher levels of human philosophy. On the first mansion world it is the practice to teach the less advanced students by the parallel technique; that is, in one column are presented the more simple concepts of mota meanings, and in the opposite column citation is made of analogous statements of mortal philosophy.
48:7.2 (556.2) Not long since, while executing an assignment on the first mansion world of Satania, I had occasion to observe this method of teaching; and though I may not undertake to present the mota content of the lesson, I am permitted to record the twenty-eight statements of human philosophy which this morontia instructor was utilizing as illustrative material designed to assist these new mansion world sojourners in their early efforts to grasp the significance and meaning of mota. These illustrations of human philosophy were:
48:7.3 (556.3) 1. A display of specialized skill does not signify possession of spiritual capacity. Cleverness is not a substitute for true character.
48:7.4 (556.4) 2. Few persons live up to the faith which they really have. Unreasoned fear is a master intellectual fraud practiced upon the evolving mortal soul.
48:7.5 (556.5) 3. Inherent capacities cannot be exceeded; a pint can never hold a quart. The spirit concept cannot be mechanically forced into the material memory mold.
48:7.6 (556.6) 4. Few mortals ever dare to draw anything like the sum of personality credits established by the combined ministries of nature and grace. The majority of impoverished souls are truly rich, but they refuse to believe it.
48:7.7 (556.7) 5. Difficulties may challenge mediocrity and defeat the fearful, but they only stimulate the true children of the Most Highs.
48:7.8 (556.8) 6. To enjoy privilege without abuse, to have liberty without license, to possess power and steadfastly refuse to use it for self-aggrandizement—these are the marks of high civilization.
48:7.9 (556.9) 7. Blind and unforeseen accidents do not occur in the cosmos. Neither do the celestial beings assist the lower being who refuses to act upon his light of truth.
48:7.10 (556.10) 8. Effort does not always produce joy, but there is no happiness without intelligent effort.
48:7.11 (556.11) 9. Action achieves strength; moderation eventuates in charm.
48:7.12 (556.12) 10. Righteousness strikes the harmony chords of truth, and the melody vibrates throughout the cosmos, even to the recognition of the Infinite.
48:7.13 (556.13) 11. The weak indulge in resolutions, but the strong act. Life is but a day’s work—do it well. The act is ours; the consequences God’s.
48:7.14 (556.14) 12. The greatest affliction of the cosmos is never to have been afflicted. Mortals only learn wisdom by experiencing tribulation.
48:7.15 (556.15) 13. Stars are best discerned from the lonely isolation of experiential depths, not from the illuminated and ecstatic mountain tops.
48:7.16 (556.16) 14. Whet the appetites of your associates for truth; give advice only when it is asked for.
48:7.17 (557.1) 15. Affectation is the ridiculous effort of the ignorant to appear wise, the attempt of the barren soul to appear rich.
48:7.18 (557.2) 16. You cannot perceive spiritual truth until you feelingly experience it, and many truths are not really felt except in adversity.
48:7.19 (557.3) 17. Ambition is dangerous until it is fully socialized. You have not truly acquired any virtue until your acts make you worthy of it.
48:7.20 (557.4) 18. Impatience is a spirit poison; anger is like a stone hurled into a hornet’s nest.
48:7.21 (557.5) 19. Anxiety must be abandoned. The disappointments hardest to bear are those which never come.
48:7.22 (557.6) 20. Only a poet can discern poetry in the commonplace prose of routine existence.
48:7.23 (557.7) 21. The high mission of any art is, by its illusions, to foreshadow a higher universe reality, to crystallize the emotions of time into the thought of eternity.
48:7.24 (557.8) 22. The evolving soul is not made divine by what it does, but by what it strives to do.
48:7.25 (557.9) 23. Death added nothing to the intellectual possession or to the spiritual endowment, but it did add to the experiential status the consciousness of survival.
48:7.26 (557.10) 24. The destiny of eternity is determined moment by moment by the achievements of the day by day living. The acts of today are the destiny of tomorrow.
48:7.27 (557.11) 25. Greatness lies not so much in possessing strength as in making a wise and divine use of such strength.
48:7.28 (557.12) 26. Knowledge is possessed only by sharing; it is safeguarded by wisdom and socialized by love.
48:7.29 (557.13) 27. Progress demands development of individuality; mediocrity seeks perpetuation in standardization.
48:7.30 (557.14) 28. The argumentative defense of any proposition is inversely proportional to the truth contained.
48:7.31 (557.15) Such is the work of the beginners on the first mansion world while the more advanced pupils on the later worlds are mastering the higher levels of cosmic insight and morontia mota.
8. The Morontia Progressors
48:8.1 (557.16) From the time of graduation from the mansion worlds to the attainment of spirit status in the superuniverse career, ascending mortals are denominated morontia progressors. Your passage through this wonderful borderland life will be an unforgettable experience, a charming memory. It is the evolutionary portal to spirit life and the eventual attainment of creature perfection by which ascenders achieve the goal of time—the finding of God on Paradise.
48:8.2 (557.17) There is a definite and divine purpose in all this morontia and subsequent spirit scheme of mortal progression, this elaborate universe training school for ascending creatures. It is the design of the Creators to afford the creatures of time a graduated opportunity to master the details of the operation and administration of the grand universe, and this long course of training is best carried forward by having the surviving mortal climb up gradually and by actual participation in every step of the ascent.
48:8.3 (558.1) The mortal-survival plan has a practical and serviceable objective; you are not the recipients of all this divine labor and painstaking training only that you may survive just to enjoy endless bliss and eternal ease. There is a goal of transcendent service concealed beyond the horizon of the present universe age. If the Gods designed merely to take you on one long and eternal joy excursion, they certainly would not so largely turn the whole universe into one vast and intricate practical training school, requisition a substantial part of the celestial creation as teachers and instructors, and then spend ages upon ages piloting you, one by one, through this gigantic universe school of experiential training. The furtherance of the scheme of mortal progression seems to be one of the chief businesses of the present organized universe, and the majority of innumerable orders of created intelligences are either directly or indirectly engaged in advancing some phase of this progressive perfection plan.
48:8.4 (558.2) In traversing the ascending scale of living existence from mortal man to the Deity embrace, you actually live the very life of every possible phase and stage of perfected creature existence within the limits of the present universe age. From mortal man to Paradise finaliter embraces all that now can be—encompasses everything presently possible to the living orders of intelligent, perfected finite creature beings. If the future destiny of the Paradise finaliters is service in new universes now in the making, it is assured that in this new and future creation there will be no created orders of experiential beings whose lives will be wholly different from those which mortal finaliters have lived on some world as a part of their ascending training, as one of the stages of their agelong progress from animal to angel and from angel to spirit and from spirit to God.
48:8.5 (558.3) [Presented by an Archangel of Nebadon.]
Documento 48
A Vida Moroncial
48:0.1 (541.1) OS DEUSES não podem transformar uma criatura grosseira, de natureza animal, em um espírito perfeccionado. por algum ato misterioso de mágica criativa — ou, pelo menos, não o fazem. Quando os Criadores desejam gerar seres perfeitos, eles o fazem por criação direta e original; mas nunca se propõem a converter criaturas materiais, e de origem animal, em seres de perfeição, em um único passo.
48:0.2 (541.2) A vida moroncial, estendendo-se, tal como o faz, aos vários estágios da carreira do universo local, é o único caminho possível por meio do qual os mortais materiais podem alcançar o umbral do mundo espiritual. Que magia poderia ter a morte, a dissolução natural do corpo material, para que um passo tão elementar pudesse, instantaneamente, transformar a mente mortal e material em um espírito imortal e perfeito? A crença disso não é senão uma superstição ignorante envolta por uma fábula agradável.
48:0.3 (541.3) Essa transição moroncial interpõe-se sempre entre o estado mortal e o status espiritual subseqüente dos seres humanos sobreviventes. Esse estado intermediário de progresso no universo é marcadamente diferente em cada uma das várias criações locais, mas, em intento e propósito, são todos bastante similares. A estruturação dos mundos das mansões e mundos moronciais mais elevados em Nébadon é bastante típica dos regimes de transição moroncial nessa parte de Orvônton.
1. Os Materiais Moronciais
48:1.1 (541.4) Os reinos moronciais são as esferas de ligação, no universo local, entre os níveis materiais e espirituais da existência da criatura. A vida moroncial tem sido conhecida, em Urântia, desde os dias iniciais do Príncipe Planetário. De tempos em tempos, esse estado de transição tem sido ensinado aos mortais, e o conceito, de um modo distorcido, tem encontrado lugar nas religiões atuais.
48:1.2 (541.5) As esferas moronciais são as fases de transição da ascensão mortal pelos mundos de progressão do universo local. Apenas os sete mundos que rodeiam a esfera dos finalitores dos sistemas locais são chamados de mundos das mansões, mas todas as cinqüenta e seis moradas de transição do sistema, em comum com as esferas mais elevadas em volta das constelações e da sede-central do universo, são chamadas de mundos moronciais. Essas criações compartilham a beleza física e a grandeza moroncial das esferas da sede-central do universo local.
48:1.3 (541.6) Todos esses mundos são esferas arquitetônicas, e possuem exatamente o dobro do número de elementos dos planetas evoluídos. Esses mundos feitos sob medida têm não apenas metais pesados e cristais em abundância, com cem elementos físicos, mas apresentam também exatamente cem formas de uma organização única da energia denominada matéria moroncial. Os Mestres Controladores Físicos e os Supervisores do Poder Moroncial são, assim, capazes de modificar a rotação das unidades primárias da matéria para, ao mesmo tempo, transformar as associações de energia de modo a criar essa nova substância.
48:1.4 (542.1) A vida moroncial primitiva nos sistemas locais é muito semelhante àquela do vosso mundo material atual, tornando-se menos física e mais verdadeiramente moroncial nos mundos de estudo da constelação. E, à medida que atingirdes as esferas de Sálvington, alcançareis níveis cada vez mais espirituais.
48:1.5 (542.2) Os Supervisores do Poder Moroncial são capazes de efetuar uma união das energias materiais e espirituais e, desse modo, organizar uma forma moroncial de materialização que seja receptiva à sobreposição do controle de um espírito. Na medida que fordes passando pela vida moroncial de Nébadon, esses mesmos Supervisores do Poder Moroncial, com a sua paciência e habilidade, irão prover-vos, sucessivamente, com 570 corpos moronciais, cada um constituindo-se numa fase da vossa transformação progressiva. Desde o momento em que houverdes deixado os mundos materiais, até vos tornardes um espírito do primeiro estágio, em Sálvington, vós ireis passar exatamente por 570 mudanças moronciais diferentes e ascendentes. Oito dessas mudanças ocorrem no sistema; setenta e uma na constelação; e 491 durante a vossa permanência nas esferas de Sálvington.
48:1.6 (542.3) Nos dias da carne mortal, o espírito divino reside em vós, quase como uma coisa à parte — na realidade, como uma invasão é que o espírito outorgado do Pai Universal habita no homem. Na vida moroncial, entretanto, o espírito tornar-se-á uma parte real da vossa personalidade, e à medida que fordes passando sucessivamente pelas 570 transformações progressivas, vós ascendereis, do estado material de vida da criatura, ao espiritual.
48:1.7 (542.4) Paulo teve conhecimento da existência dos mundos moronciais e da realidade dos materiais moronciais, pois escreveu: “Nos céus existe uma substância melhor e mais durável”. E esses materiais moronciais são reais, ao pé da letra, exatamente como na “cidade que tem fundações, e cujo arquiteto e construtor é Deus”. E cada uma dessas maravilhosas esferas é “um país melhor, isto é, um país celeste”.
2. Os Supervisores de Poder Moroncial
48:2.1 (542.5) Esses seres únicos e singulares ocupam-se exclusivamente da supervisão das atividades que representam uma combinação do trabalho de energias espirituais e físicas, ou energias semimateriais. Eles devotam-se exclusivamente à ministração da progressão moroncial. Não é que eles tão-somente ministrem aos mortais durante a experiência de transição, porém, mais propriamente, eles tornam possível a existência de ambientes de transição para as criaturas moronciais em progressão. Eles são os canais para o poder moroncial, o qual sustenta e energiza as fases moronciais dos mundos de transição.
48:2.2 (542.6) Os Supervisores do Poder Moroncial são uma progênie do Espírito Materno do universo local. São bastante padronizados nas suas formas, embora difiram ligeiramente, em natureza, de uma criação local para outra. São criados para a sua função específica e não necessitam de nenhum aperfeiçoamento antes de assumirem as suas responsabilidades.
48:2.3 (542.7) A criação dos primeiros Supervisores do Poder Moroncial é simultânea com a chegada do primeiro sobrevivente mortal às margens de um dos primeiros mundos das mansões, em um universo local. Criados em grupos de mil, são eles classificados como se segue:
48:2.4 (542.8) 1. Reguladores dos Circuitos400
48:2.5 (542.9) 2. Coordenadores de Sistemas200
48:2.6 (542.10) 3. Custódios Planetários100
48:2.7 (543.1) 4. Controladores Combinados100
48:2.8 (543.2) 5. Estabilizadores das Ligações100
48:2.9 (543.3) 6. Classificadores Seletivos50
48:2.10 (543.4) 7. Registradores Associados50
48:2.11 (543.5) Os supervisores do poder sempre servem nos seus universos de nascimento. São dirigidos exclusivamente pela atividade espiritual conjunta do Filho do Universo e do Espírito do Universo; por outro lado, entretanto, formam um grupo totalmente autogovernado. Eles mantêm uma sede-central em cada um dos primeiros mundos das mansões dos sistemas locais, onde trabalham em estreita associação, tanto com os controladores físicos quanto com os serafins, funcionando, todavia, em um mundo deles próprios, no que afeta a manifestação da energia e a aplicação do espírito.
48:2.12 (543.6) Eles também trabalham algumas vezes ligados a fenômenos supramateriais, nos mundos evolucionários, como ministros designados temporariamente. Raramente servem nos planetas habitados; nem trabalham nos mundos mais elevados de educação do superuniverso, mas devotam-se principalmente ao regime de transição da progressão moroncial em um universo local.
48:2.13 (543.7) 1. Os Reguladores dos Circuitos. Estes são seres únicos que coordenam a energia física e a energia espiritual, e que regulam o seu fluxo nos canais separados das esferas moronciais; e esses circuitos são exclusivamente planetários, limitados a um único mundo. Os circuitos moronciais são distintos tanto dos circuitos físicos quanto dos espirituais, nos mundos de transição, sendo suplementares a ambos; e são necessários, mesmo, milhões desses reguladores para energizar um sistema de mundos das mansões, como o de Satânia.
48:2.14 (543.8) Os reguladores dos circuitos iniciam aquelas mudanças, nas energias materiais, que as tornam sujeitas ao controle e à regulagem dos colaboradores deles. Esses seres são geradores do poder moroncial, assim como reguladores dos circuitos. De modo semelhante àquele pelo qual um dínamo aparentemente gera a eletricidade, retirando-a da atmosfera, esses dínamos moronciais vivos parecem transformar as energias, de todos os lugares do espaço, nos materiais que os supervisores moronciais entrelaçam nos corpos e nas atividades vitais dos mortais ascendentes.
48:2.15 (543.9) 2. Os Coordenadores dos Sistemas. Posto que cada mundo moroncial tem uma ordem distinta de energia moroncial, é extremamente difícil para os humanos visualizarem essas esferas. Todavia, em cada esfera sucessiva de transição, os mortais encontrarão a vida vegetal e tudo o mais que faz parte da existência moroncial, progressivamente modificada, de modo a corresponder à espiritualização, em avanço, do sobrevivente ascendente. E já que o sistema de energia de cada mundo é individualizado desse modo, esses coordenadores operam para harmonizar e dosar esses sistemas diferentes de poder até formarem uma unidade operativa, para as esferas associadas de qualquer grupo particular.
48:2.16 (543.10) Os mortais ascendentes progridem gradualmente do físico até o espiritual, enquanto vão avançando de um mundo moroncial para outro; e disso surge a necessidade de proporcionar uma escala ascendente de esferas moronciais e uma escala ascendente de formas moronciais.
48:2.17 (543.11) Quando os seres ascendentes dos mundos das mansões passam de uma esfera a outra, os serafins de transporte entregam-nos aos receptores dos coordenadores do sistema, no mundo mais avançado. E ali, naqueles templos singulares, no centro das setenta alas radiais, onde estão as salas de transição, semelhantes às salas de ressurreição no mundo inicial de recepção, para os mortais originários da Terra, as mudanças necessárias são habilmente efetuadas, pelos coordenadores do sistema, na forma da criatura. Para que se realizem essas mudanças iniciais na forma moroncial, são necessários cerca de sete dias do tempo-padrão.
48:2.18 (544.1) 3. Os Custódios Planetários. Cada mundo moroncial está sob a custódia de setenta guardiães — no que concerne aos assuntos moronciais — , desde as esferas das mansões até as sedes-centrais do universo. Eles constituem o conselho planetário local de suprema autoridade moroncial. Esse conselho concede o material das formas moronciais para todas as criaturas ascendentes que aterrissam nas esferas, e autoriza as mudanças, na forma da criatura, que tornam possível a um ascendente continuar até a esfera seguinte. Depois que os mundos das mansões são atravessados, vós sereis transladados de uma fase da vida moroncial para outra, sem ter de perder a consciência. A inconsciência acontece apenas durante as metamorfoses iniciais e nas últimas transições de um universo para outro, e de Havona ao Paraíso.
48:2.19 (544.2) 4. Os Controladores Combinados. Um desses seres, altamente mecânicos, está sempre posicionado no centro de cada unidade administrativa de um mundo moroncial. Um controlador combinado é sensível às energias físicas, espirituais e moronciais; e é funcional, atuando segundo as mesmas; e, associados a este ser, estão sempre dois coordenadores de sistema, quatro reguladores dos circuitos, um custódio planetário, um estabilizador das ligações e um registrador associado ou um classificador seletivo.
48:2.20 (544.3) 5. Os Estabilizadores das Ligações. São os reguladores da energia moroncial, em associação com as forças físicas e espirituais do reino. Eles tornam possível a conversão da energia moroncial em matéria moroncial. Toda a organização da existência moroncial depende dos estabilizadores. Eles reduzem a rotação da energia até aquele ponto em que esta pode tornar-se física. Contudo, não possuo termos de comparação, nem como ilustrar a ministração desses seres. Está muito além da imaginação humana.
48:2.21 (544.4) 6. Os Classificadores Seletivos. À medida que progredis de uma classe ou fase, de um mundo moroncial, para outro, deveis ser reprogramados ou sintonizados segundo um diapasão mais elevado, e esta é a tarefa dos classificadores seletivos: manter-vos em sincronia progressiva dentro da vida moroncial.
48:2.22 (544.5) Enquanto as formas moronciais básicas de vida e matéria são idênticas; há, desde o primeiro mundo das mansões até a última esfera de transição do universo, uma progressão funcional que se estende gradativamente do material ao espiritual. A vossa adaptação a uma tal criação, basicamente uniforme, mas que tem um avanço sucessivamente espiritualizante, é efetivada por essa reprogramação seletiva. Esse ajustamento no mecanismo da personalidade é equivalente a uma nova criação, não obstante o fato de manterdes a mesma forma moroncial.
48:2.23 (544.6) Podeis sujeitar-vos repetidamente ao teste desses examinadores e, tão logo registrardes o adiantamento espiritual adequado, eles irão atestar, com prazer, que estais qualificados para um ponto mais avançado. Essas mudanças progressivas resultam em modificações nas reações ao meio ambiente moroncial, tais como modificações nos quesitos alimentares e numerosas outras práticas pessoais.
48:2.24 (544.7) Os classificadores seletivos prestam também o grande serviço de agrupar as personalidades moronciais, para fins de estudo, ensino e outros projetos. Eles indicam, naturalmente, aqueles que melhor funcionarão numa associação temporária.
48:2.25 (544.8) 7. Os Registradores Associados. O mundo moroncial tem os seus próprios registros e arquivistas, os quais servem em associação com os registradores do espírito, na supervisão e custódia de arquivos e outros dados implícitos às criações moronciais. Os arquivos moronciais estão disponíveis para todas as ordens de personalidades.
48:2.26 (545.1) Todos os reinos moronciais de transição são acessíveis, do mesmo modo, aos seres materiais e espirituais. Na condição de seres moronciais em progresso permanecereis em pleno contato com o mundo material e, ao mesmo tempo, com personalidades materiais; e ireis discernir os seres do espírito, de um modo crescente, e confraternizar-vos com eles; e, à época da partida do regime moroncial, vós havereis visto todas as ordens de espíritos, com exceção de uns poucos dos tipos mais elevados, tais como os Mensageiros Solitários.
3. Os Companheiros Moronciais
48:3.1 (545.2) Tais hostes dos mundos das mansões e moronciais são progênie do Espírito Materno de um universo local. São criados, de idade em idade, em grupos de cem mil, e, em Nébadon atualmente, existem mais de setenta bilhões desses seres singulares.
48:3.2 (545.3) Os Companheiros Moronciais são treinados, para o serviço, pelos Melquisedeques, em um planeta especial perto de Sálvington; mas não passam pelas escolas centrais dos Melquisedeques. O seu serviço é prestado desde o primeiro mundo das mansões, dos sistemas, até as mais altas esferas de estudo de Sálvington; no entanto, raramente são encontráveis nos mundos habitados. Eles servem sob a supervisão geral dos Filhos de Deus e sob a direção imediata dos Melquisedeques.
48:3.3 (545.4) Os Companheiros Moronciais mantêm dez mil sedes-centrais em um universo local — em cada um dos primeiros mundos das mansões dos sistemas locais. São uma ordem quase integralmente autogovernada e, em geral, formam grupos inteligentes e leais de seres; mas é sabido, de quando em quando, que, ligando-se a certos levantes celestes infelizes, se desviaram. Milhares dessas criaturas úteis foram perdidas durante os tempos da rebelião de Lúcifer em Satânia. Hoje, o vosso sistema local tem a sua cota completa desses seres; a perda na rebelião de Lúcifer havendo sido recomposta apenas recentemente.
48:3.4 (545.5) Há dois tipos distintos de Companheiros Moronciais: um tipo é dinâmico, o outro é reservado; mas, de resto, eles equivalem-se em status. Não são criaturas sexuadas, mas demonstram um afeto tocante e belo uns pelos outros. E, ainda que sejam dificilmente agregáveis no sentido material (humano), eles têm uma ordem de existência, enquanto criaturas, muito próxima da das raças humanas. As criaturas intermediárias dos mundos são os vossos semelhantes mais próximos; em seguida, vêm os querubins moronciais e, depois destes, os Companheiros Moronciais.
48:3.5 (545.6) Esses companheiros, de um modo comovente, são seres afetuosos e encantadoramente sociáveis. Possuem personalidades distintas e, quando vós os conhecerdes nos mundos das mansões, depois de aprenderdes a reconhecê-los como uma classe, logo discernireis a sua individualidade. Todos os mortais parecem-se uns com os outros; ao mesmo tempo, cada um de vós possui uma personalidade distinta e reconhecível.
48:3.6 (545.7) Uma idéia sobre a natureza do trabalho desses Companheiros Moronciais pode ser dada pela seguinte classificação das suas atividades, em um sistema local:
48:3.7 (545.8) 1. Guardiães dos Peregrinos, estes não são designados para deveres específicos na sua associação com os progressores moronciais. São companheiros responsáveis por toda a carreira moroncial e, portanto, são os coordenadores do trabalho de todos os outros ministros moronciais e transicionais.
48:3.8 (546.1) 2. Receptores dos Peregrinos e Associadores Livres. Estes são os companheiros sociais dos recém-chegados aos mundos das mansões. Um deles certamente estará disponível para dar-vos as boas-vindas, ao acordardes no mundo inicial das mansões, vindos do vosso primeiro sono de trânsito do tempo, quando experienciareis a ressurreição da morte na carne para a vida moroncial. E, desde o momento em que vós receberdes as boas-vindas, formalmente, ao acordardes, até aquele dia em que deixareis o universo local como um espírito do primeiro estágio, esses Companheiros Moronciais estarão sempre convosco.
48:3.9 (546.2) Os Companheiros não são designados permanentemente para os indivíduos. Um mortal ascendente, em um mundo das mansões ou em outro mais elevado, poderia ter um companheiro diferente em cada uma das várias ocasiões sucessivas e, de novo, poderia ficar, por longos períodos, sem nenhum deles. Tudo dependeria das necessidades e também da disponibilidade de companheiros.
48:3.10 (546.3) 3. Anfitriões dos Visitantes Celestes. Estas criaturas gentis dedicam-se ao entretenimento dos grupos supra-humanos de estudantes visitantes e outros seres celestes que acaso possam estar em permanência nos mundos de transição. Vós tereis amplas oportunidades de visitar qualquer reino pelo qual já tenhais passado experiencialmente. Aos estudantes visitantes é permitido ir a todos os planetas habitados, mesmo àqueles em isolamento.
48:3.11 (546.4) 4. Coordenadores e Diretores das Ligações Sociais. Estes companheiros dedicam-se a facilitar o inter-relacionamento moroncial e a prevenção das confusões. São os instrutores da conduta social e do progresso moroncial, promovendo classes e outras atividades grupais entre os mortais ascendentes. Mantêm áreas extensas onde reúnem os seus alunos e, de tempos em tempos, fazem uma requisição de artesãos celestes e diretores de retrospecção para ilustrações dos seus programas. À medida que progredirdes, ireis entrar em contato íntimo com esses companheiros e sentireis uma afeição bastante grande por ambos os grupos. Se ireis estar associados a um tipo mais dinâmico ou a um tipo mais retraído de companheiro, isso é uma questão de oportunidade.
48:3.12 (546.5) 5. Intérpretes e Tradutores. Durante o princípio da carreira em mansônia, vós ireis recorrer, freqüentemente, aos intérpretes e tradutores. Eles conhecem e falam todas as línguas de um universo local; são os lingüistas dos reinos.
48:3.13 (546.6) Vós não ireis adquirir o conhecimento de novas línguas automaticamente; ireis aprender uma língua, ali, do mesmo modo que o fizestes aqui, e esses seres brilhantes serão os vossos professores de línguas. O primeiro estudo nos mundos das mansões será o da língua de Satânia e, depois, o da língua de Nébadon. E, enquanto estiverdes adquirindo o domínio completo dessas novas línguas, os Companheiros Moronciais serão os vossos intérpretes eficientes e tradutores pacientes. Nunca encontrareis um visitante, em qualquer desses mundos, para quem algum dentre os Companheiros Moronciais não seja capaz de atuar como intérprete.
48:3.14 (546.7) 6. Supervisores de Excursões e Retrospecção. Estes companheiros vos acompanharão nas viagens mais longas à esfera sede-central e mundos circundantes de cultura de transição. Planejam, conduzem e supervisionam todas as viagens individuais e grupais aos mundos de aperfeiçoamento e cultura do sistema.
48:3.15 (546.8) 7. Custódios das Áreas e Edifícios. Até mesmo as estruturas materiais e moronciais têm a sua perfeição e grandeza aumentada à medida que avançais na carreira em mansônia. Enquanto indivíduos e como grupos, é-vos permitido fazer certas mudanças nas moradas destinadas a vós, como sede da vossa permanência nos diferentes mundos das mansões. Muitas das atividades dessas esferas acontecem nos recintos abertos dos círculos, quadrados e triângulos diversificadamente designados. A maioria das estruturas dos mundos das mansões não tem telhados, sendo recintos de construção magnífica e ornamentação requintada. As condições climáticas e outras condições físicas que prevalecem nos mundos arquitetônicos tornam os telhados completamente desnecessários.
48:3.16 (547.1) Esses custódios das fases de transição da vida ascendente são supremos na gestão dos assuntos moronciais. Eles foram criados para esse trabalho e, enquanto aguardam a factualização do Ser Supremo, continuarão sendo sempre os Companheiros Moronciais; nunca realizando outras tarefas.
48:3.17 (547.2) Na medida que os sistemas e os universos forem sendo estabelecidos em luz e vida, os mundos das mansões deixarão, progressivamente, de funcionar como esferas para a transição de educação moroncial. Cada vez mais os finalitores instituirão o seu regime de educação, que parece destinar-se a transferir a conscientização cósmica do nível atual do grande universo para os universos exteriores futuros. Os Companheiros Moronciais estão destinados a funcionar cada vez mais em associação com os finalitores e em inúmeros outros reinos não-revelados em Urântia até o momento presente.
48:3.18 (547.3) Vós podeis prever que esses seres irão provavelmente contribuir muito para que desfruteis melhor dos mundos das mansões, sendo longa ou curta a vossa permanência neles. E continuareis a gozar da companhia deles durante toda a vossa ascensão a Sálvington. Eles não são, tecnicamente, essenciais a qualquer parte da vossa experiência de sobrevivência. Vós poderíeis alcançar Sálvington sem eles, mas eles vos fariam muita falta. Constituem-se em um luxo para a personalidade, na vossa carreira ascendente no universo local.
4. Os Diretores de Retrospecção
48:4.1 (547.4) A alegria jubilosa e o equivalente ao sorriso são tão universais quanto a música. Há um equivalente moroncial e um equivalente espiritual para a alegria e para o riso. A vida ascendente é como que dividida igualmente entre o trabalho e a diversão — a ausência do compromisso.
48:4.2 (547.5) O relaxamento celeste e o humor supra-humano são muito diferentes dos seus análogos humanos, mas todos nós nos permitimos realmente uma variação de cada um deles; e eles fazem por nós, de fato, no estado em que estamos, quase exatamente o que o humor ideal é capaz de fazer por vós, em Urântia. Os Companheiros Moronciais são promotores hábeis da recreação, sendo muito competentemente apoiados pelos diretores de retrospecção.
48:4.3 (547.6) Vós iríeis, provavelmente, entender melhor o trabalho dos diretores de retrospecção se eles fossem comparados aos tipos mais elevados de humoristas de Urântia, embora esta seja uma maneira por demais grosseira e um tanto infeliz de tentar dar-vos uma idéia da função desses diretores da variedade e da recreação, desses ministros do elevado humor dos reinos moronciais e espirituais.
48:4.4 (547.7) Ao analisar o humor espiritual, devo primeiro dizer-vos o que ele não é. Aquilo que é engraçado para um ser espírital nunca vem da ridicularização dos infortúnios dos fracos e dos fracassados. E jamais blasfema contra a retidão e glória da divindade. O nosso humor abrange três níveis gerais de apreciação:
48:4.5 (547.8) 1. As anedotas sobre as reminiscências. Os gracejos nascem da memória de episódios passados da própria experiência de combate, de lutas e algumas vezes do temor e não raro das ansiedades tolas e infantis. Para nós, essa fase do humor deriva de uma capacidade profunda e enraizada de retirar, das memórias do passado, um material com o qual temperamos agradavelmente as pesadas cargas do presente, deixando-as também mais leves.
48:4.6 (548.1) 2. O humorismo corriqueiro. A falta de sentido de grande parte das coisas que tão freqüentemente nos levam a preocupações sérias, o júbilo de descobrir a pouca importância de grande parte das nossas ansiedades pessoais sérias. Apreciamos muito esse tipo de humor, quando nos tornamos mais capazes de dar um desconto nas ansiedades do presente em favor das certezas do futuro.
48:4.7 (548.2) 3. O júbilo profético. Talvez seja difícil para os mortais visualizarem essa espécie de humor, mas temos uma satisfação especial com a segurança “de que todas as coisas trabalham juntas para o bem” — para os seres espirituais e moronciais, tanto quanto para os mortais. Esse aspecto do humor celeste nasce da nossa fé na proteção amorosa dos nossos superiores e da estabilidade divina dos nossos Diretores Supremos.
48:4.8 (548.3) Todavia, os diretores de retrospecção dos reinos não estão preocupados exclusivamente em descrever o alto humor das várias ordens de seres inteligentes; ocupam-se também em dirigir a diversão, a recreação espiritual e os divertimentos moronciais. E, para tanto, contam com a sincera cooperação dos artesãos celestes.
48:4.9 (548.4) Os próprios diretores de retrospecção não são um grupo criado; formam um corpo recrutado que abrange seres indo desde os nativos de Havona, passando pelas hostes de mensageiros do espaço e pelos espíritos ministradores do tempo, até os progressores moronciais dos mundos evolucionários. Todos são voluntários, doando a si próprios ao trabalho de ajudar os companheiros na realização da mudança do pensamento e descanso da mente, pois essas atitudes muito ajudam na recuperação das energias exauridas.
48:4.10 (548.5) Quando parcialmente esgotados pelos esforços da realização e, enquanto aguardamos receber novas cargas de energia, encontramos um prazer agradável em reviver as nossas atuações de outros dias e idades. É repousante lembrar-nos das primeiras experiências da raça ou da ordem. E é exatamente por isso que esses artistas são chamados de diretores de retrospecção — eles ajudam na retrospecção, feita pela memória, na busca de um estado primário do desenvolvimento ou de um momento anterior de menos experiência do ser.
48:4.11 (548.6) Todos os seres têm prazer com essa espécie de retrospecção, exceto aqueles que são Criadores inerentes e, portanto, auto-rejuvenescedores automáticos, e certos tipos altamente especializados de criaturas, tais como os centros de potência e os controladores físicos, que são eterna e meticulosamente pragmáticos em todas as suas reações. As liberações periódicas das tensões do dever funcional são uma parte regular da vida em todos os mundos no universo dos universos, mas não na Ilha do Paraíso. Os seres naturais da morada central são incapazes de se esgotarem e não estão, portanto, sujeitos à reenergização. Além do que, para esses seres de perfeição eterna do Paraíso não pode haver nenhuma retrospecção de experiências evolucionárias.
48:4.12 (548.7) A maioria de nós ascendeu de estágios mais baixos de existência, ou por meio de níveis progressivos, dentro das nossas ordens; e, em certa medida, é repousante e até divertido recordar certos episódios das nossas primeiras experiências. Há um repouso na contemplação do que é antigo, para a nossa própria ordem, e que fica na mente como uma posse da memória. O futuro significa luta e avanço; representa trabalho, esforço e realização; mas o passado tem o sabor das coisas já conquistadas e dominadas; a contemplação do passado permite o descanso e uma revisão tão livre de preocupações que provoca a alegria espiritual e um estado moroncial de mente que beira à exultação.
48:4.13 (548.8) Até mesmo o humor mortal fica mais afável, quando ilustra episódios envolvendo seres cujo estado de desenvolvimento está um pouco abaixo do próprio estado atual, ou quando envolve supostos superiores como vítimas das experiências comumente associadas aos seres supostamente inferiores. Vós, de Urântia, permitis, por demais, que muito do que é ao mesmo tempo vulgar e cruel seja misturado ao vosso humor, mas, no todo, deveis ser parabenizados por possuir um senso de humor relativamente apurado. Algumas das vossas raças têm uma rica veia de humorismo que as ajuda grandemente nas carreiras terrenas. Aparentemente, vós recebestes muito, do sentido do humor, da vossa herança Adâmica, muito mais do que vos foi assegurado na música tanto quanto nas artes.
48:4.14 (549.1) Durante as épocas de recreação, naquelas horas em que os seus habitantes fazem ressurgir, de um modo arrefecido, as memórias de um estágio anterior mais baixo de existência, todo o Satânia é edificado pelo agradável humor do corpo de diretores de retrospecção de Urântia. O senso de humor celeste, nós o conservamos sempre conosco, mesmo quando engajados no mais difícil dos compromissos. Ele nos ajuda a evitar que a noção da nossa própria importância se desenvolva fora das medidas. Entretanto, não damos asas a ele, de modo livre, como se diz comumente “divirta-se”; exceto quando estamos em recesso, fora dos compromissos sérios das nossas respectivas ordens.
48:4.15 (549.2) Quando somos tentados a maximizar a nossa própria importância, se pararmos para contemplar a infinitude da grandeza e da magnitude Daqueles que nos fizeram, a nossa própria autoglorificação torna-se sublimemente ridícula, beirando mesmo ao cômico. Uma das funções do humor é ajudar cada um a levar-se menos a sério. O humor é o antídoto divino para a exaltação do ego.
48:4.16 (549.3) A necessidade da descontração e da diversão trazidas pelo humor é maior nas ordens de seres ascendentes que, em sua luta para se elevar, estão submetidas a uma tensão contínua. Os dois extremos da vida pouca necessidade têm da recreação do humorismo. Os homens primitivos não têm capacidade para tal; e os seres com a perfeição do Paraíso não têm tal necessidade. As hostes de Havona são, naturalmente, um conjunto de personalidades supremamente felizes, extremamente cheias de júbilo e hilariantes. No Paraíso, a qualidade da adoração elimina a necessidade das atividades da retrospecção, mas, em meio àqueles que iniciam as suas carreiras muito abaixo da meta da perfeição do Paraíso, há bastante lugar para a ministração dos diretores de retrospecção.
48:4.17 (549.4) Quanto mais elevada a espécie mortal, maior a tensão e capacidade de humor, como também maior será a necessidade dele. No mundo do espírito, o oposto é verdadeiro: quanto mais alto nós ascendermos, menor será a necessidade das diversões com a experiência da retrospecção. Continuando, porém, escala abaixo na vida do espírito, do Paraíso até as hostes seráficas, há uma crescente necessidade da missão da alegria e da ministração da hilariedade. Aqueles seres que mais necessitam do revigoramento de uma retrospecção periódica, até o estado intelectual de experiências prévias, são os tipos mais elevados de espécies humanas, os seres moronciais, os anjos e os Filhos Materiais, juntamente com todos os tipos semelhantes de personalidades.
48:4.18 (549.5) O humor deveria funcionar como uma válvula automática de segurança para prevenir o acúmulo de pressões excessivas, causadas pela monotonia de uma autocontemplação séria e contínua, em ligação com a intensa luta pelo progresso evolutivo e pelas realizações nobres. O humor também funciona para reduzir o choque do impacto inesperado de um fato ou da verdade; do fato rígido e inflexível e da verdade flexível e eternamente viva. A personalidade mortal nunca se sente segura diante daquilo com que se deparará em seguida; no entanto, por meio do humor, rapidamente vê do que se trata e encontra o discernimento interior e capta a natureza inesperada da situação, seja do fato, seja da verdade.
48:4.19 (549.6) Conquanto o humor de Urântia seja grosseiro demais e quase sem arte, ele tem valor pelo seu propósito, é tanto uma segurança para a saúde como um liberador da pressão emocional, impedindo, assim, as tensões nervosas nocivas e uma autocontemplação séria em demasia. O humor e a recreação — a descontração — nunca são reações de esforços progressivos; são sempre ecos de uma olhada para trás, de uma reminiscência do passado. Mesmo em Urântia, e do modo como sois agora, vós sempre achais rejuvenescedor quando, por um curto período, podeis suspender a tensão dos esforços intelectuais novos e mais elevados e voltar às ocupações mais simples dos vossos ancestrais.
48:4.20 (550.1) Os princípios da vida recreativa de Urântia são filosoficamente sadios e continuam a ser aplicáveis durante a vossa vida ascendente, desde os circuitos de Havona até as margens eternas do Paraíso. Como seres ascendentes, estais de posse das memórias pessoais de todas as existências anteriores e menos elevadas, e, sem essas lembranças da identidade do passado, não haveria nenhuma base para o humor do presente, seja o riso dos mortais, seja a alegria moroncial. É a recordação das experiências passadas que fornece a base para a diversão e o recreio do presente. E assim ireis desfrutar dos equivalentes celestes do vosso humor terreno durante todo o caminho ascendente das vossas longas carreiras moronciais, que ficam cada vez mais espirituais. E, a parte de Deus (o Ajustador) que se torna uma parte eterna da personalidade de um mortal ascendente, contribui com os supratons da divindade para as expressões jubilosas, e também para o riso espiritual das criaturas ascendentes do tempo e do espaço.
5. Os Educadores dos Mundos das Mansões
48:5.1 (550.2) Os Mestres do Mundo das Mansões são um corpo de querubins e sanobins desmembrados, mas glorificados. Quando um peregrino do tempo avança, de um mundo de provas do espaço até os mundos das mansões e os mundos interligados de aperfeiçoamento moroncial, ele é acompanhado pelo seu serafim pessoal ou grupal, o guardião do destino. Nos mundos de existência mortal, o serafim é ajudado, com muita competência, pelos querubins e sanobins; mas, quando o pupilo mortal deles é liberado dos laços da carne e inicia a sua carreira ascendente, quando a vida pós-material ou moroncial começa, o serafim acompanhante não tem mais necessidade das ministrações dos seus antigos lugar-tenentes, o querubim e o sanobim.
48:5.2 (550.3) Esses assistentes do serafim ministrante são abandonados então, e, freqüentemente, convocados até a sede-central do universo, onde passam pelo abraço estreito do Espírito Materno do Universo, seguindo depois para as esferas de aperfeiçoamento do sistema, como Mestres dos Mundos das Mansões. Esses instrutores visitam, freqüentemente, os mundos materiais, desde o mundo mais baixo das mansões até as esferas educacionais mais altas ligadas à sede-central do universo, e trabalham nelas. Por sua própria iniciativa, podem retornar ao seu trabalho associativo anterior, com os serafins ministrantes.
48:5.3 (550.4) Há bilhões e bilhões desses instrutores em Satânia, e o número deles está constantemente crescendo, porque, na maioria dos casos, quando um serafim acompanha um mortal fusionado com o Ajustador, no seu caminho para o interior, um querubim e um sanobim são deixados para trás.
48:5.4 (550.5) Os Mestres dos Mundos das Mansões, como a maioria dos outros instrutores, são designados pelos Melquisedeques. Geralmente, são supervisionados pelos Companheiros Moronciais, mas, enquanto indivíduos e como professores, eles são supervisionados pelos chefes em exercício das escolas ou esferas nas quais possam estar funcionando como instrutores.
48:5.5 (550.6) Esses querubins avançados comumente trabalham aos pares, como faziam quando estavam agregados aos serafins. Por natureza, eles estão muito próximos do tipo moroncial de existência e são instrutores inerentemente compassivos para com os mortais ascendentes. E, de um modo muito eficiente, conduzem o programa preparatório do mundo das mansões e do sistema de educação moroncial.
48:5.6 (551.1) Nas escolas de vida moroncial, esses educadores engajam-se no ensino individual e grupal, de classes e de massa. Nos mundos das mansões, essas escolas são organizadas em três grupos gerais de cem divisões cada: as escolas do pensamento, as escolas do sentimento e as escolas da ação. Quando alcançardes a constelação, as escolas de ética, administração e ajustamento social, serão acrescentadas. Nos mundos sedes-centrais do universo, entrareis nas escolas de filosofia, de divindade e de espiritualidade pura.
48:5.7 (551.2) Aquelas coisas que poderíeis ter aprendido na Terra, mas cujo conhecimento não obtivestes, devem, então, ser aprendidas sob a tutela desses instrutores fiéis e pacientes. Não existem caminhos mais nobres, nem atalhos especiais, ou sendeiros fáceis para o Paraíso. Independentemente das variações individuais de itinerário, deveis conquistar a mestria das lições de uma esfera, antes de prosseguirdes para outras; isso é verdadeiro, ao menos depois que houverdes deixado o mundo em que nascestes.
48:5.8 (551.3) Um dos propósitos da carreira moroncial é extirpar, permanentemente, dos sobreviventes mortais os vestígios de características animais, tais como a procrastinação, os equívocos, a insinceridade, o escapismo aos problemas, a injustiça e a opção pelo mais fácil. A vida em mansônia muito cedo ensina aos jovens alunos moronciais que não se evita uma coisa adiando-a. Após a vida na carne, o tempo não mais está disponível como uma técnica para esquivar-vos das situações, nem para evitar as obrigações desagradáveis.
48:5.9 (551.4) Começando por servir nas mais baixas das esferas de permanência, os Mestres dos Mundos das Mansões avançam, havendo adquirido experiência, nas esferas educacionais do sistema e constelação, até os mundos de aperfeiçoamento de Sálvington. Eles não se submetem a nenhuma disciplina especial, nem antes nem depois do abraço do Espírito Materno do Universo. Já foram treinados para o seu trabalho, enquanto serviam como colaboradores seráficos, nos mundos de nascimento dos seus pupilos permanentes nos mundos das mansões. Tiveram uma experiência efetiva com esses mortais em avanço, nos mundos habitados. São professores práticos e compassivos, instrutores sábios e compreensivos, guias capazes e eficientes. Eles estão inteiramente familiarizados com os planos ascendentes e são profundamente experientes nas fases iniciais da carreira de progressão.
48:5.10 (551.5) Muitos dos mais antigos desses mestres, aqueles que têm servido há longa data nos mundos do circuito de Sálvington, são reabraçados pelo Espírito Materno do Universo e, deste segundo abraço, esses querubins e sanobins emergem com o status de serafins.
6. Os Serafins dos Mundos Moronciais – Os Ministros de Transição
48:6.1 (551.6) Embora todas as ordens de anjos, desde os ajudantes planetários até os serafins supremos, ministrem nos mundos moronciais, os ministros de transição são mais exclusivamente designados para essas atividades. Esses anjos são da sexta ordem de servidores seráficos, e a sua ministração é devotada a facilitar o trânsito, para as criaturas materiais e mortais, da vida temporal na carne até os primeiros estágios da existência moroncial nos sete mundos das mansões.
48:6.2 (551.7) Devíeis compreender que a vida moroncial de um mortal ascendente realmente tem o seu início nos mundos habitados, quando se dá a concepção da alma, naquele momento em que a mente da criatura de status moral é residida pelo espírito Ajustador. Desse momento em diante, a alma mortal tem capacidade potencial para uma função supramortal, e até mesmo para ser reconhecida nos níveis mais elevados das esferas moronciais do universo local.
48:6.3 (552.1) Não sereis, contudo, conscientes da ministração dos serafins de transição, antes de atingirdes os mundos das mansões, onde eles trabalham incansavelmente, para o avanço dos seus pupilos mortais, sendo designados ao serviço segundo as sete divisões seguintes:
48:6.4 (552.2) 1. Os Evangelhos Seráficos. No momento em que retomais a consciência, nos mundos das mansões, sereis classificados como espíritos em evolução nos registros do sistema. É bem verdade, na realidade, que então ainda não sereis espíritos, mas já não sereis mais seres mortais nem materiais, já tereis embarcado na carreira de pré-espíritos e já fostes devidamente admitidos à vida moroncial.
48:6.5 (552.3) Nos mundos das mansões, os evangelhos seráficos vos ajudarão a escolher, sabiamente, entre os caminhos opcionais para Edêntia, Sálvington, Uversa e Havona. Se houver um certo número de caminhos igualmente aconselháveis, estes serão colocados diante de vós; e ser-vos-á permitido escolher aquele que mais vos atrair. Esses serafins, então, fazem recomendações aos vinte e quatro conselheiros em Jerusém a respeito daquele curso que deve ser o mais favorável para cada alma ascendente.
48:6.6 (552.4) Não vos é dado escolher, irrestritamente, o vosso futuro percurso; todavia, podereis optar, dentro dos limites daquilo que determinam os ministros de transição e os superiores deles, sabiamente, como a via mais adequada para realizardes vossa meta espiritual futura. O mundo espiritual é governado pelo princípio do respeito à escolha feita pelo vosso livre-arbítrio, desde que o percurso que possais escolher não esteja em detrimento de vós próprios e desde que não vá causar danos aos vossos companheiros.
48:6.7 (552.5) Esses evangelhos seráficos estão dedicados à proclamação da palavra de Deus para a progressão eterna, para o triunfo ao atingir a perfeição. Nos mundos das mansões, eles proclamam a grande lei da conservação e do predomínio da bondade: nenhum ato de bondade jamais se perde totalmente; pode permanecer frustrado por muito tempo, mas nunca é totalmente anulado, e é eternamente potente na proporção da divindade da sua motivação.
48:6.8 (552.6) Mesmo em Urântia, eles aconselham os mestres humanos da verdade e retidão a aderir à pregação “da bondade de Deus, que leva ao arrependimento” e a proclamar “o amor de Deus, que elimina todo o temor”. E, desse modo, as verdades têm sido declaradas no vosso mundo:
48:6.9 (552.7) Os Deuses são os meus guardiães; eu não me perderei;
48:6.10 (552.8) Lado a lado, conduzem-me pelos belos caminhos e na glória revigorante da vida eterna.
48:6.11 (552.9) E, nessa divina presença, não terei fome de alimento nem sede de água.
48:6.12 (552.10) Ainda que eu desça ao vale da incerteza ou ascenda aos mundos da dúvida,
48:6.13 (552.11) Ainda que caminhe na solidão ou com os meus semelhantes,
48:6.14 (552.12) Mesmo que eu triunfe nos coros da luz ou titubeie nos locais solitários das esferas,
48:6.15 (552.13) O Vosso bom espírito ministrará a mim, e o Vosso anjo glorioso confortar-me-á.
48:6.16 (552.14) Ainda que desça às profundezas da escuridão e da própria morte,
48:6.17 (552.15) Não duvidarei de Vós, nem Vos temerei,
48:6.18 (552.16) Pois sei que, na plenitude dos tempos e na glória do Vosso nome,
48:6.19 (552.17) Vós me elevareis, para que eu me assente Convosco nas fortificações das alturas.
48:6.20 (553.1) Essa foi a história sussurrada ao menino pastor durante a noite. Ele não conseguiu guardar palavra por palavra, mas, com o melhor da sua memória, nos deu o que ainda hoje é relembrado do modo acima.
48:6.21 (553.2) Estas serafinas são também os evangelhos, a palavra de Deus, para que todo o sistema atinja a perfeição, tanto quanto o ascendente individual. E, mesmo agora, no jovem sistema de Satânia, os seus ensinamentos e planos abrangem provisões para as idades futuras, quando os mundos das mansões não mais servirem aos ascendentes mortais como patamares para as esferas do alto.
48:6.22 (553.3) 2. Os Intérpretes Raciais. As raças dos seres mortais não são todas iguais. É bem verdade que há um modelo planetário a reger a natureza e tendências físicas, mentais e espirituais das várias raças de um dado mundo; mas também há tipos raciais distintos e tendências sociais bastante definidas que caracterizam as progênies desses tipos básicos, mas diferentes, de seres humanos. Nos mundos do tempo, os intérpretes raciais seráficos suplementam os esforços dos comissários da raça, no sentido de harmonizar os pontos de vista variados das raças; e eles continuam a funcionar nos mundos das mansões, onde essas mesmas diferenças tendem a persistir em certa medida. Num planeta confuso, tal como Urântia, esses seres brilhantes mal tiveram uma oportunidade condigna de funcionar à altura, no entanto, são hábeis sociólogos e sábios conselheiros étnicos do primeiro céu.
48:6.23 (553.4) Deveríeis considerar a declaração sobre o “céu” e sobre o “céu dos céus”. O céu concebido pela maioria dos vossos profetas é o primeiro mundo das mansões do sistema local. Quando o apóstolo falou sobre ter sido “levado ao terceiro céu”, referia-se ele à experiência na qual o seu Ajustador destacava-se dele durante o sono e, nesse estado inusitado, fazia uma projeção ao terceiro dos sete mundos das mansões. Alguns dos vossos sábios tiveram a visão do céu maior, “o céu dos céus”, do qual a experiência sétupla no mundo das mansões não é senão o primeiro céu; o segundo, sendo Jerusém; o terceiro, Edêntia e seus satélites; o quarto, Sálvington e as esferas educacionais que a circundam; o quinto, Uversa; o sexto, Havona; e o sétimo, o Paraíso.
48:6.24 (553.5) 3. Os Planejadores da Mente. Estes serafins devotam-se a agrupar efetivamente os seres moronciais e organizar o seu trabalho em equipes, nos mundos das mansões. Eles são os psicólogos do primeiro céu. A maioria dessa divisão especial de ministros seráficos teve uma experiência anterior como anjos guardiães de filhos do tempo, mas os seus pupilos, por alguma razão, fracassaram na sua personalização nos mundos das mansões, ou, então, sobreviveram por meio da técnica de fusão com o Espírito.
48:6.25 (553.6) É tarefa dos planejadores da mente estudar a natureza, experiência e status das almas que têm Ajustadores, e que estão em trânsito nos mundos das mansões, facilitando os agrupamentos delas para os serviços e o avanço. Esses planejadores da mente, porém, não tramam, não manipulam, nem tiram vantagem de nenhum modo em vista da ignorância e outras limitações dos estudantes do mundo das mansões. São integralmente equânimes e eminentemente justos. Eles respeitam a vossa recém-nascida vontade moroncial; vos consideram como seres volitivos independentes e procuram encorajar o vosso rápido desenvolvimento e avanço. Aqui, estareis face a face com amigos verdadeiros e com conselheiros compreensivos, anjos que são realmente capazes de ajudar-vos a “verdes a vós próprios como os outros vos vêem” e de “conhecer-vos como os anjos vos conhecem”.
48:6.26 (553.7) Mesmo em Urântia, esses serafins ensinam a eterna verdade: Se a vossa própria mente não vos presta um bom serviço, podeis substituí-la pela mente de Jesus de Nazaré, que vos irá sempre servir bem.
48:6.27 (554.1) 4. Os Conselheiros Moronciais. Estes ministros recebem tal nome porque são designados para ensinar, direcionar e aconselhar os mortais sobreviventes dos mundos de origem humana, almas em trânsito para as escolas mais altas da sede-central do sistema. Eles são educadores daqueles que buscam discernir interiormente, pela unidade experiencial dos níveis divergentes de vida, aqueles que estão tentando a integração dos significados e a unificação dos valores. Essa função, na vida mortal, é da filosofia e, nas esferas moronciais, é função da mota.
48:6.28 (554.2) A mota é mais que uma filosofia superior; ela está para a filosofia assim como dois olhos estão para um olho só; ela gera um efeito estereoscópico sobre os significados e valores. O homem material vê o universo como ele é, mas apenas com um olho — no plano. Os estudantes dos mundos das mansões alcançam a perspectiva cósmica — a profundidade — pela superposição das percepções da vida moroncial, por sobre as percepções da vida física. E tornam-se capazes de colocar esses pontos de vista materiais e moronciais sob um enfoque verdadeiro, em grande parte graças à ministração incansável dos conselheiros seráficos, que tão pacientemente ensinam aos estudantes dos mundos das mansões e progressores moronciais. Muitos dos conselheiros mestres, da ordem dos serafins supremos, começaram as suas carreiras como conselheiros das almas recém-liberadas dos mortais do tempo.
48:6.29 (554.3) 5. Os Técnicos. Estes são os serafins que ajudam os novos ascendentes a ajustarem-se ao novo e relativamente estranho meio ambiente das esferas moronciais. A vida, nos mundos de transição, acarreta um contato real com as energias e materiais, tanto do nível físico quanto dos níveis moronciais e, em uma certa medida, com as realidades espirituais. Os ascendentes devem aclimatar-se a cada novo nível moroncial e, para tudo isso, são grandemente ajudados pelos técnicos seráficos. Esses serafins atuam como ligações, com os Supervisores do Poder Moroncial e com os Mestres Controladores Físicos, e funcionam abrangentemente como instrutores para os peregrinos ascendentes, no que diz respeito à natureza das energias que são utilizadas nas esferas de transição. Eles servem como cruzadores espaciais de emergência, e executam numerosos outros deveres regulares e especiais.
48:6.30 (554.4) 6. Os Mestres Registradores. Estes serafins são os registradores das transações fronteiriças entre o espiritual e o físico, das relações entre homens e anjos, das transações moronciais nos mais baixos dos reinos do universo. Também servem como instrutores das técnicas eficientes e definitivas de registro dos fatos. Há uma arte na reunião e na coordenação inteligente de dados correlatos; essa arte é aprimorada em colaboração com os artesãos celestes, e mesmo os mortais ascendentes podem afiliar-se assim a esse aprendizado junto aos serafins registradores.
48:6.31 (554.5) Os registradores de todas as ordens seráficas devotam um certo período de tempo à educação e aperfeiçoamento dos progressores moronciais. Esses custódios angélicos dos fatos do tempo são instrutores ideais para todos aqueles que buscam os fatos. Antes de deixar Jerusém, vos tornareis bastante familiarizados com a história de Satânia e seus 619 mundos habitados, sendo que muito dessa história vos será passada pelos registradores seráficos.
48:6.32 (554.6) Todos esses anjos fazem parte da corrente de registradores que se estende desde os mais baixos aos mais altos custódios dos fatos do tempo e verdades da eternidade. Algum dia, eles irão ensinar-vos a buscar a verdade, tanto quanto os fatos, para que possais expandir a vossa alma, bem como a vossa mente. E, mesmo agora, devíeis aprender a regar o jardim do vosso coração, bem como buscar as areias secas do conhecimento. As formas passam a não ter valor quando as lições são aprendidas. Nenhum pintainho pode existir sem o ovo, e nenhuma casca de ovo tem valor depois de o pintinho haver saído. Algumas vezes, porém, o erro é tão grande que a sua retificação, por meio da revelação, seria fatal para aquelas verdades que emergem vagarosamente, mas que são essenciais para superar experiencialmente o erro. Quando as crianças têm os seus ideais, não os destruamos; deixemo-los crescer. E enquanto estais aprendendo a pensar como homens, deveríeis também estar aprendendo a orar como crianças.
48:6.33 (555.1) A lei é a vida em si mesma e não as regras para conduzi-la. O mal é uma transgressão da lei; não uma violação das regras de conduta pertinentes à vida, que é a lei. A falsidade não é uma questão de técnica de narração, mas algo premeditado como uma perversão da verdade. A criação de novos quadros tirados de velhos fatos, um restabelecimento da vida dos pais nas vidas da sua prole — esses são os triunfos artísticos da verdade. A sombra de um cacho de cabelo, premeditada para um propósito inverdadeiro; o mais leve torcer ou perverter daquilo que é um princípio — isso constitui a falsidade. Contudo, o fetiche da verdade factualizada, a verdade fossilizada, a braçadeira de ferro da assim chamada verdade imutável, encerra-nos cegamente dentro do círculo fechado do fato frio. Podemos estar tecnicamente certos quanto ao fato e eternamente errados quanto à verdade.
48:6.34 (555.2) 7. As Reservas Ministrantes. Um imenso corpo de todas as ordens de serafins de transição é mantido no primeiro mundo das mansões. De todas as ordens de serafins, esses ministros de transição, depois dos guardiães do destino, são os que mais se aproximam dos humanos, e muitos dos vossos momentos de lazer serão passados junto a eles. Os anjos têm no serviço um prazer e, quando descompromissados, muitas vezes ministram como voluntários. A alma de muitos mortais ascendentes foi, pela primeira vez, tocada pela chama divina da vontade de servir por meio de amizade pessoal com os servidores voluntários das reservas seráficas.
48:6.35 (555.3) Deles, ireis aprender a fazer com que as pressões se transformem em estabilidade e certeza; a serdes fiéis, sérios e alegres, em tudo e por tudo; a aceitar os desafios sem queixas; e enfrentar dificuldades e incertezas sem medo. Eles perguntarão: se fracassardes, levantar-vos-eis indômitos para tentar de novo? Se bem-sucedidos, vós mantereis uma atitude bem equilibrada — uma atitude estável e espiritualizada — em cada esforço, na longa luta para quebrar as correntes da inércia material, para alcançar a liberdade da existência espiritual?
48:6.36 (555.4) Como os próprios mortais, esses anjos têm enfrentado muitas decepções, e eles vos mostrarão como, algumas vezes, os vossos desapontamentos mais decepcionantes puderam transformar-se nas vossas maiores bênçãos. Algumas vezes, o plantio de uma semente necessita da sua morte, a morte das vossas esperanças mais queridas, antes que renasça para dar os frutos da nova vida e da nova oportunidade. Deles ireis aprender a sofrer menos, pelas tristezas e desapontamentos, primeiro, fazendo menos planos pessoais envolvendo outras personalidades, e depois, aceitando a vossa parte quando houverdes fielmente cumprido o vosso dever.
48:6.37 (555.5) Ireis aprender que as vossas cargas aumentam e as possibilidades de sucesso diminuem quando vos levais excessivamente a sério. Nada pode ter precedência sobre o trabalho na esfera em que possuís o vosso status — esse mundo ou o próximo. Muito importante é o trabalho de preparação para a próxima e mais elevada esfera; no entanto, em importância, nada se iguala ao trabalho feito no mundo em que estais de fato vivendo. E assim, embora o trabalho seja importante, o ego não o é. Quando vos sentis importantes, perdeis energia por meio do desgaste da dignidade do ego, de modo que pouca energia sobra para fazer o trabalho. Dar-se muita auto-importância e pouca importância ao trabalho exaure as criaturas imaturas; é o elemento do ego que exaure, não o esforço para realizar. Podeis fazer um trabalho importante, se não vos atribuirdes auto-importância excessiva; podeis fazer várias coisas tão facilmente quanto fazeis uma só, se deixardes a vós próprios de fora. A variedade descansa; a monotonia é o que desgasta e exaure. O dia após dia é igual — apenas a vida ou a alternativa da morte.
7. A Mota Moroncial
48:7.1 (556.1) Os planos mais baixos da mota moroncial confluem, tangenciando, imediatamente abaixo, os mais altos níveis da filosofia humana. No primeiro mundo das mansões a prática é ensinar aos estudantes menos avançados pela técnica das paralelas; isto é, em uma coluna são apresentados os mais simples conceitos dos significados da mota, e numa coluna ao lado são colocadas as citações de afirmações análogas da filosofia mortal.
48:7.2 (556.2) Há pouco tempo, enquanto cumpria um compromisso no primeiro mundo das mansões de Satânia, eu tive a ocasião de observar esse método de ensino; e, embora não possa eu apresentar a parte da lição que corresponde à mota, é-me permitido recordar as vinte e oito afirmações da filosofia humana que aquele instrutor moroncial estava utilizando como material ilustrativo, destinado a ajudar esses recém-chegados ao mundo das mansões nos seus primeiros esforços para compreender o significado e o sentido da mota. Essas ilustrações da filosofia humana eram:
48:7.3 (556.3) 1. Uma demonstração de habilidade especializada não significa a posse de capacidade espiritual. A engenhosidade não substitui o caráter verdadeiro.
48:7.4 (556.4) 2. Poucas pessoas vivem à altura da fé que na verdade possuem. O medo irracional é uma fraude intelectual madrasta, praticada contra a alma mortal em evolução.
48:7.5 (556.5) 3. As capacidades inerentes não podem ser superadas; em um copo jamais pode caber um litro. O conceito espiritual não pode ser mecanicamente imposto aos moldes da memória material.
48:7.6 (556.6) 4. Poucos mortais ousam atribuir a soma dos créditos da sua personalidade aos ministérios combinados da natureza e da graça. A maioria das almas empobrecidas é verdadeiramente rica, mas se recusa a acreditar nisso.
48:7.7 (556.7) 5. As dificuldades podem desafiar a mediocridade e derrotar os temerosos, mas apenas estimulam os verdadeiros filhos dos Altíssimos.
48:7.8 (556.8) 6. Desfrutar do privilégio sem abuso, ter liberdade sem licença, possuir o poder e firmemente se recusar a usá-lo para o auto-engrandecimento — essas marcas indicam uma alta civilidade, numa alta civilização.
48:7.9 (556.9) 7. Acidentes cegos e imprevistos não ocorrem no cosmo. Nem os seres celestes ajudam um ser mais baixo que se recusa a agir sob a luz da sua verdade.
48:7.10 (556.10) 8. O esforço nem sempre produz alegria, mas não existe felicidade sem esforço inteligente.
48:7.11 (556.11) 9. A ação gera a força; a moderação resulta em encanto.
48:7.12 (556.12) 10. A retidão toca as cordas da harmonia da verdade; e a melodia vibra em todo o cosmo, para reconhecer até mesmo o Infinito.
48:7.13 (556.13) 11. Os fracos condescendem em tomar resoluções, mas os fortes agem. A vida não é senão um dia de trabalho — faça-o bem. O ato é nosso; as conseqüências são de Deus.
48:7.14 (556.14) 12. A maior aflição em todo o cosmo é nunca ter sido afligido. Os mortais apenas aprendem a sabedoria pela experiência da tribulação.
48:7.15 (556.15) 13. É do isolamento solitário das profundezas experienciais que as estrelas são mais bem discernidas, não dos cumes iluminados e deslumbrantes das montanhas.
48:7.16 (556.16) 14. Estimulai o apetite dos vossos companheiros pela verdade; e, conselhos, vós o dareis apenas quando vos for pedido.
48:7.17 (557.1) 15. A afetação é o esforço ridículo do ignorante para parecer sábio, a tentativa da alma estéril de parecer rica.
48:7.18 (557.2) 16. Vós não podeis perceber a verdade espiritual até que a vossa experiência a tenha provado, contudo muitas verdades não são realmente sentidas senão na adversidade.
48:7.19 (557.3) 17. A ambição é perigosa até que ela seja integralmente socializada. Vós não adquirireis, verdadeiramente, uma virtude sequer, antes que os vossos atos vos façam dignos dela.
48:7.20 (557.4) 18. A impaciência é um veneno para o espírito; a raiva é como uma pedra atirada em um ninho de vespas.
48:7.21 (557.5) 19. A ansiedade deve ser abandonada. As decepções mais difíceis de serem toleradas são as que nunca chegam.
48:7.22 (557.6) 20. Apenas um poeta pode ver poesia na prosa lugar-comum da existência rotineira.
48:7.23 (557.7) 21. A missão elevada de qualquer arte é, por meio das suas ilusões, prenunciar uma realidade universal superior, é cristalizar as emoções do tempo no pensamento da eternidade.
48:7.24 (557.8) 22. A alma em evolução não se torna divina pelo que faz, mas por aquilo que se esforça por fazer.
48:7.25 (557.9) 23. A morte nada acrescenta à posse intelectual nem à dotação espiritual, mas ao cabedal experiencial acrescenta a consciência da sobrevivência.
48:7.26 (557.10) 24. O destino da eternidade é determinado, momento a momento, por aquilo que é realizado na vida do dia-a-dia. Os atos de hoje são o destino de amanhã.
48:7.27 (557.11) 25. A grandeza não repousa tanto em possuir força, quanto em fazer um uso sábio e divino dessa força.
48:7.28 (557.12) 26. O conhecimento é adquirido apenas pelo compartilhamento; ele é salvaguardado pela sabedoria e socializado pelo amor.
48:7.29 (557.13) 27. O progresso requer o desenvolvimento da individualidade; a mediocridade busca a perpetuação na padronização.
48:7.30 (557.14) 28. A necessidade de defender uma proposição por meio da argumentação é inversamente proporcional ao teor da sua verdade implícita.
48:7.31 (557.15) Esse é um trabalho para os iniciantes no primeiro mundo das mansões, enquanto os alunos mais avançados, nos mundos seguintes, estão já cuidando da própria mestria sobre níveis mais elevados do discernimento cósmico e da mota moroncial.
8. Os Progressores Moronciais
48:8.1 (557.16) Desde a época da graduação, nos mundos das mansões, até alcançarem o status espiritual na carreira do superuniverso, os mortais ascendentes são denominados progressores moronciais. A vossa passagem por essa maravilhosa vida fronteiriça será uma experiência inesquecível, de memória encantadora. É o portal evolucionário para a vida do espírito, e é o atingir final da perfeição da criatura, por meio do qual os seres ascendentes realizam a meta do tempo — encontrar Deus no Paraíso.
48:8.2 (557.17) Um propósito divino e definido existe em todo esse esquema moroncial, e posteriormente espiritual, de progressão mortal, nessa escola universal de minuciosa educação para as criaturas ascendentes. É desígnio dos Criadores proporcionar às criaturas do tempo uma oportunidade gradual de aprendizado, para que adquiram a mestria sobre os detalhes da operação e da administração do grande universo; e esse curso longo de aperfeiçoamento será mais bem aproveitado se os mortais sobreviventes efetuarem a escalada gradativamente, e por meio de uma participação efetiva em cada passo da ascensão.
48:8.3 (558.1) O plano de sobrevivência para os mortais tem um objetivo prático e útil; vós não sois os receptáculos, de todo esse trabalho divino e desse aperfeiçoamento cuidadoso, apenas para poderdes sobreviver e gozar de uma bênção infindável e uma tranqüilidade eterna. Há uma meta de serviço transcendente, oculta além do horizonte da presente idade do universo. Se os Deuses tivessem como desígnio meramente levar-vos em uma longa e eterna excursão de júbilo, por certo eles não haveriam transformado tão amplamente todo o universo em uma vasta e intrincada escola prática de aperfeiçoamento, a qual requer uma parte substancial da criação celeste, como professores e instrutores, para, então, despender idades e mais idades pilotando-vos, um por um, por meio dessa gigantesca escola do universo para a educação experiencial. A implementação do esquema de progressão mortal parece ser um dos principais serviços do universo presentemente organizado; e a maioria das inumeráveis ordens de inteligências criadas, está, direta ou indiretamente, engajada em fazer, em alguma fase, com que esse plano progressivo de perfeccionamento progrida.
48:8.4 (558.2) Percorrendo a escala ascendente da existência viva, do homem mortal ao abraço da Deidade, de fato vós viveis a vida mesma de todas as fases e estágios possíveis da existência da criatura perfeccionada, dentro dos limites da idade presente do universo. Na trajetória de homem mortal a finalitor do Paraíso, fica abrangido tudo o que agora pode ser — engloba tudo o que atualmente se faz possível às ordens viventes de seres-criaturas finitos, inteligentes e perfeccionados. Se o futuro destino dos finalitores do Paraíso for o de servir, nos novos universos, ora em formação, fica assegurado que nessa nova e futura criação não haverá ordens criadas, de seres experienciais, cujas vidas possam vir a ser inteiramente diferentes das que os finalitores mortais viveram, em algum mundo, como parte do seu aperfeiçoamento ascendente, como um dos estágios do seu progresso de idade em idade, do animal ao anjo, do anjo ao espírito e do espírito a Deus.
48:8.5 (558.3) [Apresentado por um Arcanjo de Nébadon.]